7×1 para o vírus

Imagem: Freepik

Imagine um mundo onde não houvessem hospitais, leitos ou profissionais de saúde para nos atender quando precisássemos. Hoje é praticamente isso que estamos vivendo: não temos mais estrutura! Será que ainda não deu para entender que a pandemia é um assunto grave e que não há leitos hospitalares disponíveis para todos? Tem filas nas UTIs e pessoas morrendo em casa!

Vemos o nosso gestor municipal apelando com a atitude extrema de filmar as unidades de saúde para escancarar o colapso do setor. O que mais é necessário fazer para evidenciar que a crise sanitária está sem controle?

Nós queremos ter o direito de “cansar” do distanciamento social, mas nos esquecemos de que o vírus não respeita esse “direito”. Quando afrouxamos os cuidados, ele se espalha em escala exponencial. É isso que está acontecendo.

O agravamento da pandemia é consequência de comportamentos irresponsáveis, que ignoram as medidas de proteção. 

Enquanto deveriam estar em isolamento, várias pessoas saem de casa para trabalhar ou para outra atividade, mesmo tendo sintomas de Covid-19 ou mesmo tendo em casa alguém da família contaminado. É o serviço de “Uber” para o vírus.

É possível ignorar os protocolos de saúde, mas é impossível ignorar nossos mortos. Essa postura tem preço e a fatura está aí para ser paga com vidas. O Brasil se aproxima de 260 mil mortos pela doença.

Quando caiu o avião da equipe Chapecoense, em 2016, morreram em torno de 70 pessoas e o fato foi considerado uma tragédia que gerou intensa comoção social. Muitos times, desportistas e empresas manifestaram que se importavam, divulgando #forçaChape.

Hoje estamos sendo derrotados por 7×1 para o vírus.

Nesta quarta-feira (03) batemos o recorde com 1.910 mortes no Brasil em apenas 24 horas devido à Covid e qual a nossa reação? Cadê nosso respeito, onde estão nossos milhares de “força Chape”? 

Antigamente, quando falecia alguém, as empresas fechavam e expressavam seu luto com uma faixa preta em frente à porta. Hoje milhares de mortes são relevadas e luta-se para manter as portas abertas.

A pandemia não é uma tragédia? O que aconteceu com a nossa humanidade?

Aqui em Cascavel o maior evento do agronegócio do país foi cancelado, pois a coordenação avaliou que se uma vida sequer fosse perdida por conta da feira, já não teria valido a pena realizá-la.

Esse é o sentimento.

A gravidade da situação atual demanda medidas drásticas. Se não queremos virar estatística e enlutar nossas famílias, temos que respeitar as medidas restritivas impostas pelas autoridades. 

Até o ministro da Saúde ficou de vir a Cascavel.

Lembrem-se: a nossa luta contra o vírus não acabou. 

Nós somos os próximos pacientes em potencial.

Saúde a todos!

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