O coração do imperador Dom Pedro I (1798-1834) já se encontra em solo brasileiro. Preservado em formol, o coração de Dom Pedro I chegou à Base Aérea de Brasília na manhã desta segunda-feira (22), como parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro.
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Emprestado pelo governo português para ser exposto durante a comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, o órgão do primeiro imperador brasileiro foi trazido de Portugal a bordo de um jato executivo da Força Aérea Brasileira (FAB) que pousou em Natal perto das 6 horas de hoje (22).
Da capital potiguar, a aeronave seguiu para Brasília, onde a relíquia permanecerá até o dia 8 de setembro, quando será devolvido à Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, em cuja igreja, na cidade portuguesa do Porto, está guardada há quase 200 anos.
“É de grande significado que o país receba o coração do seu libertador. É uma relíquia que ficará exposta, com visitação pública, no Palácio do Itamaraty, de 23 de agosto a 8 de setembro”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, há duas semanas. “Será um elemento catalisador muito relevante para as celebrações do bicentenário da Independência do Brasil”, acrescentou o chanceler na ocasião.
O governo brasileiro já anunciou que, em respeito à memória de Pedro I, tratará a presença do coração do antigo monarca com as mesmas honras de Estado dispensadas a chefes de outras nações em visita ao país. Amanhã (23), o órgão será levado ao Palácio do Planalto, onde está prevista uma cerimônia com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
No Itamaraty, o órgão de cerca de 9 quilos será exposto no interior de uma cápsula de vidro , guardada em uma sala climatizada especialmente preparada para a ocasião e sob a vigilância da Polícia Federal (PF). No dia 7 de setembro, data da independência do Brasil, o coração estará em um evento, ao lado de outros chefes de Estado convidados.

Onde estão os restos mortais de Dom Pedro I?
Os restos mortais de Dom Pedro I e de outros integrantes da Casa Imperial estão sepultados numa cripta que fica sob o Monumento à Independência, no Parque da Independência, em São Paulo. Os despojos foram trazidos ao Brasil pela ditadura militar para a comemoração dos 150 anos da Independência, em 1972.
Por que o coração ficou em Portugal?
Partiu de Dom Pedro I a decisão, segundo Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, cidade portuguesa que abriga a relíquia. “O rei Dom Pedro IV, horas antes de morrer em 24 de setembro de 1834, no Palácio de Queluz onde nascera, chamou para junto de si a Imperatriz Dona Amélia, a quem manifestou o desejo de que seu coração fosse entregue à cidade do Porto como prova de reconhecimento pelos devotados sacrifícios que os portugueses haviam feito. Ficou decidido que este importante tesouro da cidade ficaria depositado na Capela Mor da Igreja da Lapa, em um sarcófago protegido por cinco chaves”, disse.
As celebrações do bicentenário da Independência marcam a primeira vez que o coração de Dom Pedro I voltará ao Brasil desde a morte do monarca, em 1834. A aprovação para a vinda do coração de Dom Pedro I foi concedida pela Câmara Municipal da cidade do Porto, onde o coração está preservado seguindo orientações deixadas por ele em seu testamento.
Fonte: Agência Brasil
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