Quem é Santiago Peña, o novo presidente do Paraguai

Santiago Peña, presidente eleito do Paraguai, comemora com apoiadores após resultados finais da eleição de domingo

Neste domingo (30), o economista de direita Santiago Peña foi eleito presidente do Paraguai por uma ampla margem, mantendo o Partido Colorado no poder, apesar das divisões internas e acusações de corrupção contra seus líderes. Aos 44 anos, esta foi a primeira vez que Peña participou de uma eleição nacional, tendo perdido a indicação à Presidência nas primárias coloradas em 2017 para o atual presidente, Mario Abdo Benítez. Embora seja considerado um tecnocrata com uma carreira acadêmica brilhante, Peña tem pouca experiência política.

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Sua entrada na política veio através do ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018), que o filiou ao Partido Colorado e o indicou ministro da Economia. Peña é frequentemente chamado de “secretário de Cartes” por seus adversários, mas ele parece não se sentir afetado. Descrito como uma pessoa serena, ele credita seus princípios sólidos de compromisso, responsabilidade, honestidade e integridade, bem como o apoio de sua família, por sua trajetória.

Peña estudou na Universidade Columbia, em Nova York, e trabalhou por algum tempo para o Fundo Monetário Internacional, além de ter feito parte da direção do Banco Central do Paraguai. Durante a campanha, destacou o apoio de sua família e prometeu criar 500 mil postos de trabalho, embora não tenha apresentado um programa de governo detalhado.

Pai aos 17 anos, Peña se opõe à legalização do aborto e defende a família “em sua composição tradicional: mãe, pai e filhos”. Ele pretende manter as relações com Taiwan, apesar dos questionamentos de setores produtivos que exigem a abertura das exportações para a China, e também tem um “laço fraternal enorme com Israel”, pretendendo mudar novamente a embaixada do Paraguai para Jerusalém. Entretanto, Peña foi criticado por elogiar a estabilidade trazida pela longa ditadura de Alfredo Stroessner no país, que limitou muitas liberdades e direitos humanos sob o pretexto da estabilidade.

Fonte: ABC Color

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