Em meio a fake news sobre urnas eletrônicas, Paraguai vai às urnas domingo para eleger novo presidente

Os candidatos Efraín Alegre e Santiago Peña durante campanha no Paraguai

A reta final da campanha presidencial do Paraguai tem sido marcada por uma frente ampla formada por partidos de esquerda, direita e centro que se opõem ao partido governista, bem como pela disseminação de fake news sobre a eficácia das urnas eletrônicas. As pesquisas não indicam um favorito claro entre os dois candidatos que aparecem com mais chances: Santiago Peña, do Partido Colorado, e Efraín Alegre, do Partido Liberal. No entanto, o terceiro colocado, Paraguayo Cubas, deve definir a disputa. Os resultados serão conhecidos no próximo domingo, dia 30.

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O analista de risco político da empresa brasileira Atlas/Intel, Yuri Sanches, afirmou que a maioria dos eleitores quer mudança, com 55% dos eleitores optando por Alegre ou Cubas. No entanto, o Partido Colorado, de Peña, é hegemonia no país e tem uma máquina política poderosa. Ainda assim, o partido não está unido, com o presidente Mario Abdo Benítez não participando da campanha e se referindo a Peña de modo depreciativo. Horacio Cartes, ex-presidente e empresário do setor do tabaco que apoia Peña, também não tem aparecido publicamente na campanha.

A disseminação de fake news sobre a eficácia das urnas eletrônicas no Paraguai é semelhante ao que ocorreu nas últimas eleições brasileiras. A reportagem publicada pelo jornal La Nación, que acusou a mulher do candidato da oposição de alugar um apartamento para hospedar hackers brasileiros que interfeririam no resultado eleitoral, foi amplamente divulgada pelo brasileiro Oswaldo Eustáquio, foragido da Justiça brasileira. Eustáquio negou ser marqueteiro de Peña, mas admitiu atuar informalmente como jornalista à direita, com base nos princípios e valores conservadores.

Oswaldo Eustáquio
No Brasil, Eustáquio fez campanha para Bolsonaro. No Paraguai tem trabalhado informalmente a favor de Santiago Peña

 

As pesquisas sobre a disputa no Paraguai têm apresentado resultados incertos. De acordo com a última pesquisa do instituto Atlas/Intel, divulgada há duas semanas, Peña e Alegre estão tecnicamente empatados, com leve vantagem para o opositor. No entanto, há levantamentos que dão uma diferença de 25 pontos percentuais a favor de Peña. Além disso, ao contrário do Brasil, a eleição no Paraguai não é polarizada entre esquerda e direita, e conta com a presença de um terceiro protagonista, Paraguayo Cubas, que se apresenta como antissistema e rejeita as instituições tradicionais da política.

Fonte: O Gloo

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