Uma das tendências mundiais agora começa a ser cogitada oficialmente no Brasil: a criação de uma moeda digital oficial para o país.
Mais do que cogitada, a ideia será efetivamente analisada pelo Banco Central, que acaba de criar um grupo de estudos visando preparar terreno para o futuro.
O conceito de emissão de moeda digital pelos bancos contrais é conhecido mundialmente pela sigla CBDC (Central Bank Digital Currency).
Apesar de ser virtual, uma CBDC é diferente de uma criptomoeda, pelo fato da primeira ser fiduciária e, portanto, ter garantia nacional e regulação federal – enquanto a segunda não possui.
No mundo
Alguns países já adotam a moeda digital, como é o caso da Tunísia e Senegal, enquanto outros estão em fase de testes, como são exemplos China, Canadá e Suécia, que é um dos países mais avançados do mundo na adoção de pagamentos virtuais e sua moeda digital se chama e-krona.
Na América Latina o país mais adiantado nesse processo de evolução da política monetária é o Uruguai, que lançou em 2017 o projeto piloto de sua moeda digital chamada e-peso.
Pioneiro
O Uruguai foi pioneiro mundial na experiência em larga escala. O e-peso contém a mesma informação que uma nota física, detalhando o número de série, a assinatura e a garantia do Banco Central – porém os dados são lidos por meio de um token.
Outro ponto que destacou o Uruguai foi ter conseguido implementar o uso do e-peso mesmo na ausência de acesso à internet.
No entanto, mesmo reconhecendo a qualidade do sistema criado pelo referido país, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que a iniciativa carecia de mais pesquisas, para analisar o impacto de um CBDC na transmissão da política monetária, nas instituições financeiras e na dolarização. Com isso o projeto uruguaio desacelerou.
Nossa vez
Com várias experiências em andamento em nível mundial, o Brasil agora está prestes a fazer levantamentos sobre diversos aspectos que envolvem a novidade: identificação de riscos, segurança cibernética, proteção de dados, normas e impactos.
A emissão de moeda eletrônica estaria alinhada com o processo de modernização que será trazido pelo Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central e que começará a funcionar em novembro em nosso país.
Por outro lado, a iniciativa de emissão de novas cédulas de 200 reais caminha na direção contrária – enquanto a inclinação mundial é declinar cada vez mais do uso de moeda física.
Mas, como por enquanto a virtualização se trata apenas de estudo, o Brasil ainda está longe de colocar o plano digital em prática.
Minha dúvida é: como você acha que poderia ser chamada a nossa moeda digital? E-Real? E-Rara? E-Difícil?…
Se demorar muito pra sair do papel poderá se chamar E-tarde. Mas o mais importante é torcermos para se tornar realidade e, acima de tudo, que seja segura.
Sucesso a todos!
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