Sabe aquelas publicações que você faz nas redes sociais para ser lembrado no futuro sobre qual era o panorama atual, que no caso será o passado?
Então, são tantos fatos extraordinários atualmente que cabe aqui um relato de questões pontuais na área econômica. Assim, poderemos revisitar essas informações no futuro.
Primeiro, é inevitável citar que a pandemia teve impactos violentos em vários setores. Mas, para termos uma visão global desse cenário bastante afetado, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano é de -5,95% (Relatório Focus).
Nesta semana o Brasil estabelece a menor taxa básica de juros (Selic) nominal da sua história, a partir da decisão de hoje (05) do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a qual passa a ser de 2% ao ano. O objetivo é estimular a economia, desaquecida em função da crise sanitária.
Por outro lado, a Bolsa de Valores tem recorde diário no número de pessoas físicas se tornando investidoras, cujo total em junho somava 2,6 milhões. Ontem, dia 04 de agosto, o volume de negócios na B3 ultrapassou R$ 40,4 bilhões em um único pregão.
A cotação do ouro à vista bateu recorde de valorização, ao ultrapassar a barreira dos US$ 2.000 a onça-troy, nesta semana. A demanda dos investidores é por segurança, diante das incertezas nas economias mundiais, e da falta de rendimento dos Títulos Públicos.
Outro fato extraordinário é o governo brasileiro distribuindo dinheiro para o povo, uma medida importante e estratégica para a economia. O auxílio emergencial poderá ser estendido até o fim do ano.
Por outro lado, as despesas correntes em alta por conta da pandemia estão sendo argumento na tentativa de romper o teto de gastos do governo, o que acende o alerta para o possível aumento da dívida pública. E a indisciplina fiscal desagrada agências avaliadoras de risco país para recebimento de investimentos externos.
Paralelamente, o Ministério da Economia trabalha na construção da Reforma Tributária. Dentre várias mudanças, está planejando um pacote que criará um imposto nos moldes da antiga CPMF, que inclui a redução de tributos das folhas de pagamentos das empresas; a ampliação da faixa salarial de isenção do Imposto de Renda de R$ 1,9 mil para R$ 3 mil; e a exclusão da cobrança de IPI sobre eletrodomésticos.
Também estuda reduzir a alíquota de imposto de renda pessoa física da faixa salarial mais alta, dos atuais 27,5% para em torno de 25%. No entanto, em troca analisa acabar com as deduções médicas.
O Congresso, por sua vez, deve analisar nesta quinta-feira (06) projeto que limita os juros do cheque especial em no máximo 30% ao ano – enquanto atualmente cada banco tem sua taxa, que vai de zero (Banco Inter) a 381,79% a.a. (Banco Sofisa).
Enquanto os bancos reduzem seus lucros durante a pandemia, grandes empresas como Embraer registraram prejuízos bilionários no segundo trimestre.
Bom, esses são alguns assuntos dos quais pretendo lembrar a partir deste artigo-cápsula do tempo. Você tem sugestão de outros tópicos? Sugira aqui embaixo nos comentários. Desde já muito obrigada pela sua colaboração.
Sucesso a todos!
*A autora é jornalista e investidora.
Fonte: Fonte não encontrada
Deixe um comentário