Neste domingo (8) comemora-se mais um Dia Internacional da Mulher. Há muitas controvérsias sobre a origem do Dia da Mulher, geralmente associada a um incêndio que matou 125 mulheres numa fábrica de Nova York, em 1911. Por isso, muito mais do que um dia de homenagens, de flores e de bombons, o Dia da Mulher deveria ser sobretudo uma data para a reflexão.
Claro que pode e deve haver gentileza. Mas adoçar e florescer a data faz a mulher retornar a um lugar meramente “essencialista” e apaga a relação entre mulheres e luta.
A igualdade entre homens e mulheres, consagrada no artigo 5º. da Constituição brasileira, é a base de uma sociedade democrática. É bem verdade que a democracia já fez muito para reduzir a discriminação. Mas ainda há muito mais por fazer, pois as mulheres ainda sofrem inúmeras violências, tanto físicas, quanto salariais e discriminação no ambiente de trabalho.
Conquistaram espaço no mercado de trabalho, mas os salários são menores, e elas estão menos presentes nas posições de chefia. Estão na universidade, mas ainda há exploração. Há autonomia, mas muitas vezes as mulheres não podem andar nas ruas sem medo. E liberdade é não ter medo.
Por isso, o Dia Internacional da Mulher deve ser um dia, principalmente, de mobilização, de reflexão. Uma reflexão sobre a discriminação, a subordinação, o assédio e a violência que todas as mulheres sofrem pelo simples fato de serem mulheres.
E aos homens é imprescindível sua participação e comprometimento, para pôr fim ao machismo, somando-se a essa reivindicação, sem medos nem desculpas.
Neste dia 8 de março e nos outros dias também, ao encontrar uma mulher, mais do que oferecer flores, o melhor é olhar para ela e dizer que a acompanha em sua luta.
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