Você conhece alguém que tem caderneta de poupança? Muitas pessoas né, pra não dizer todas, inclusive você. Pois talvez esteja na hora de dar um “chute” nessa poupança! Calma, sem violência… vou explicar.
No último dia 05 de fevereiro o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu novamente a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia, fixada em 4,25% ao ano: é a menor da história! E o que a sua poupança tem a ver com isso? Essa mudança afetará o rendimento dela e você poderá ter prejuízo se deixar seu dinheiro lá!
A partir da definição do novo patamar da taxa Selic, a estimativa é de que a poupança passará a render em torno de 2,98% ao ano. Então, grosso modo, se você depositar R$ 1.000 na poupança, ao final de um ano terá R$ 1.029,80.
Porém, é preciso considerar a inflação, que deprecia o verdadeiro valor do dinheiro ao longo do tempo. Segundo o Boletim Focus, a taxa de inflação prevista para este ano no Brasil é de 3,4% ao ano (mais que o rendimento da poupança!). Significa que o rendimento real da poupança será negativo em -0,41% (o cálculo é 2,98% menos 3,4%, ou traduzindo: a poupança dá prejuízo).
Como assim… se você terá mais de R$ 1.000? É que a inflação faz com que o seu dinheiro perca poder de compra.
Se você consegue comprar um determinado produto com esses mil reais hoje, daqui um ano, devido à inflação, você precisará de R$ 1.034,00 para comprar o mesmo produto. Então, com o rendimento que teve na poupança nesse período (R$ 29,80) você não poderá mais compra-lo.
Portanto, ao fim de um ano aquele dinheiro que você depositou na poupança para render, na verdade perderá o seu poder de compra! E o pior: quanto mais tempo depositado lá, mais se acumulará a desvalorização.
Por esta razão é importante sabermos diferenciar “poupança” de “investimento”. Poupar é não gastar, guardar o dinheiro. Investir é aplicá-lo e fazê-lo render, aumenta-lo efetivamente.
Sendo assim, a tradicional poupança continua sendo melhor do que guardar o dinheiro em casa, no cofrinho. Porém, se você quiser investir a resposta é bem direta: na poupança, não!
Tem várias outras alternativas mais rentáveis tanto em renda fixa como variável. Qual delas é melhor? Depende do seu perfil de investidor(a). Mas esse é assunto para outro capítulo.
Então, se você realmente quer fazer suas finanças prosperarem, busque conhecer mais sobre outras alternativas de investimento nas instituições financeiras. Pense nisso.
Sucesso a todos!
*A autora é jornalista e investidora.
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