Em voo da Blue Origin, engenheiro mineiro se torna o 1º civil brasileiro a ir para o espaço

Engenheiro Victor Hespanha é o segundo brasileiro a ir para o espaço, depois do astronauta Marcos Pontes

O engenheiro Victor Hespanha, de Minas Gerais, tornou-se o segundo brasileiro e primeiro civil do País a ir para o espaço. O voo aconteceu neste sábado (4), em missão da Blue Origin, empresa de turismo espacial do bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon. No País, o pioneiro foi, há 16 anos, o astronauta Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia.

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Com atraso de cerca de 25 minutos, o voo em um foguete New Shepard decolou no West Texas às 10h26 da manhã do horário de Brasília. Pouco depois, a separação do propulsor da cápsula ocorreu, com pico de velocidade de 3,2 mil km/h e altitude de 100 km. Por volta das 10h30, os passageiros à bordo presenciaram a sensação de gravidade por alguns minutos, como planejado, e atingiram a linha de Karman, tida por convenções internacionais como o início do espaço.

Aos 5 minutos de voo, começou a descida da cápsula por meio de três paraquedas em direção à Terra, com velocidade média de 26 km/h. Às 10h36, a equipe da Blue Origin recebia de volta os recém-coroados astronautas.

Ao contrário de muitos passageiros que disputaram a compra de passagens espaciais, Hespanha não teve de pagar milhões de dólares pelo voo: o brasileiro investiu cerca de R$ 12 mil em NFTs, critptoativos colecionáveis e exclusivos, o que lhe permitiu ser sorteado para a viagem. 

Este é o quinto voo da Blue Origin, que levou outros cinco passageiros, além de Hespanha: Evan Dick, Katya Echazarreta, Hamish Harding, Jaison Robinson e Victor Vescovo.

Diferentemente dos voos para a Estação Espacial Internacional, que está em órbita a 408 km de distância da Terra, a nave New Shepard faz uma viagem suborbital: o objetivo é cruzar a linha de Karman, a 100 km de altitude, que, por convenção internacional, marca o início do espaço sideral. No total, a viagem tem cerca de 10 minutos de duração e três etapas, cada uma com suas particularidades: o lançamento do foguete, a separação da cápsula com os passageiros e o retorno da tripulação à Terra em queda livre com paraquedas.

Mirando o barateamento das viagens espaciais, a Blue Origin usa uma técnica de reutilização de foguete, em que o lançador desce verticalmente para a Terra depois de cumprir o objetivo de lançar a cápsula – é um método também explorado pela SpaceX. A New Shepard é composta por um lançador de quase 16 metros de altura e uma cápsula semioval na ponta. Atinge uma aceleração superior a Mach 3, ou seja, três vezes a velocidade do som. 

Veja o vídeo da expedição:

Fonte: Estadão

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