Em uma área historicamente marcada pela predominância masculina, são as mulheres que assumem o protagonismo por trás das principais obras de infraestrutura rodoviária do Governo do Paraná. Desde o processo de licitação até a execução dos projetos, tudo passa pelo olhar minucioso das engenheiras do alto escalão do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).
E não são poucas obras. Nos últimos anos entraram em execução projetos em todas as regiões do Estado, como a revitalização da PRC-280 (Sudoeste), duplicação da BR-277 em Cascavel (Oeste), duplicação da PR-323 em Umuarama (Noroeste), duplicação da PR-445 (Norte), Contorno de Wenceslau Braz (Norte Pioneiro) e duplicação da Rodovia dos Minérios (RMC).
Servidora desde 2014, Janice Kazmierczak Soares, 39, é diretora técnica do DER/PR, além de coordenadora do programa estratégico de infraestrutura e logística, realizado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ela é quem coordena a execução, fiscalização e monitoramento de mais de 30 projetos e 40 obras rodoviárias.
Acostumada com a rotina de estar na estrada diariamente, a engenheira formada pela UFPR acompanha de perto cada passo das obras mais importantes do Paraná.
“São muitas obras e cada uma tem a sua particularidade. Para mim é um desafio muito grande porque é um trabalho de extrema relevância para nossa sociedade. Nosso objetivo é sempre entregar a obra no prazo, com a melhor execução possível. Poder ajudar as pessoas e o desenvolvimento do Paraná é muito gratificante”, explica.
“Tivemos um crescimento de mulheres na engenharia e elas estão fazendo um trabalho excelente. Tanto é que temos muitas mulheres nas equipes de coordenação e de gestão do DER do Paraná”, comemora.
A engenheira Elaine Cristina Koutton, de 47 anos, foi a primeira mulher a ser nomeada superintendente regional do DER/PR, cargo que exerceu de 2019 a 2021, nos primeiros anos da gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Atualmente é gerente de obras e serviços da área do Litoral e responsável pela fiscalização do ferry boat.
No ano passado, Elaine assumiu a presidência da comissão de fiscalização da contratação integrada da Ponte de Guaratuba. “Eu amo o que faço. É muito gratificante poder participar de uma obra tão importante e esperada para população do Paraná, principalmente para o Litoral, como é a da Ponte de Guaratuba”, diz.
Sua inspiração de seguir a Engenharia Civil partiu de uma mulher, quando ainda era adolescente. Hoje, ela ressalta a importância do DER/PR de ter mulheres em cargos do alto escalão.
“Com 15 anos, eu trabalhava no setor administrativo de uma construtora. Nessa empresa tinha uma engenheira fiscal de obras. Eu a observava e achava demais aquela mulher comandando todos aqueles homens na obra. Foi o que me inspirou. Atualmente, eu não me deparo com a questão de machismo como antigamente. Nós somos respeitadas nas obras e também ocupamos posições de liderança. Eu penso que quanto mais mulheres na profissão, melhores as obras serão executadas”, garante.
TIRANDO DO PAPEL – Quando se trata de “tirar a obra do papel”, o trabalho de Thais Koyama é fundamental. A engenheira de 33 anos é a coordenadora de licitações do DER/PR, setor que cuida de uma etapa fundamental e de alta complexidade no setor público.
Thais foi presidente da comissão da licitação da Ponte de Guaratuba, além de ter trabalhado em outras licitações importantes, como a duplicação da Rodovia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, a duplicação do Trevo Gauchão, em Umuarama, e a revitalização da PRC-280, em Palmas, no Sul do Estado.
“É uma função de muita responsabilidade. São obras importantes para a população e com alto valor de investimento. Trabalho com seriedade e procuro dar o meu máximo. Meu objetivo é ver as obras começando”, explica Thais.
“De fato a engenharia civil é predominantemente masculina, mas é por isso que temos que demonstrar ainda mais capacidade para ocupar o nosso lugar. Para as meninas que querem seguir essa carreira, se esforcem e estudem muito. Acreditem em vocês mesmas”, afirma a coordenadora do DER/PR.
MÃOS À OBRA – A recompensa pelo esforço também move a engenheira Thamirys dos Santos Glovacki, que todas as manhãs está de pé desde às 7h na Rodovia dos Minérios. Ela é supervisora de obras de arte especiais (pontes e viadutos) da maior obra do Governo do Paraná na Região Metropolitana de Curitiba . Com apenas 33 anos, exalta, como mulher negra, as conquistas profissionais.
“Eu me tornei engenheira civil porque sempre gostei de obras, de ir para campo e atuar na prática. É uma área muito dominada por homens, ainda mais na engenharia rodoviária. Acho que sou um exemplo de estar aqui, de estar trabalhando com vários homens e sendo respeitada. Por isso eu convido todas as mulheres, e também as mulheres negras, que sonham em ser engenheira civil. Venham e se sintam acolhidas nessa profissão”, afirma a engenheira.
Fonte: Secom Paraná
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