Apoiar e acolher mulheres vítimas da violência. Esse é o objetivo do projeto SobreVivência, desenvolvido por professores e acadêmicos dos cursos de Direito e Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Câmpus Toledo. A iniciativa, que foi lançada durante o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher – e exatamente no ano em que a Lei Maria Penha completa 15 anos, já realizou centenas de atendimentos pelo Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e pelo Núcleo de Prática em Psicologia (NPP) da Universidade.
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Os atendimentos consistem em momentos de apoio emocional, psicológico e ações que possam ajudar as vítimas também nas questões jurídicas. A advogada e docente do curso de Direito da PUCPR Toledo, Bárbara Saatkamp, foi uma das idealizadoras do projeto e explica que foi durante as práticas jurídicas que professores e acadêmicos perceberam as necessidades das mulheres que buscavam apoio nos Núcleos. As questões mais recorrentes estão vinculadas à área do Direito de Família, como divórcio, dissolução de união estável, partilha de bens, guarda, alimentos, visitas e, que, em grande parte, também envolvem casos de violência doméstica e, por consequência as vítimas carregam traumas que, na maioria dos casos, as impede de seguir a vida.
“Percebemos em muitos casos a necessidade do acompanhamento psicológico e então fazemos o encaminhamento da vítima para o Núcleo de Psicologia. Essa integração é inevitável, sobretudo quando se fala de violência doméstica, porque não se trabalha apenas com questões jurídicas, mas também com os traumas psicológicos. A Psicologia e o Direito se complementam”, revela Bárbara.
Os atendimentos no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da PUCPR Toledo promovem a inclusão social e o acesso à justiça com proteção de direitos humanos e de direitos fundamentais em conflitos familiares que envolvem violência doméstica. Já no Núcleo de Prática em Psicologia da PUCPR Toledo (NPP), as mulheres recebem apoio, acolhimento e orientações importantes, principalmente sobre o reconhecimento do tipo de violência que vem sofrendo e como lidar com o processo de separação. A atuação conjunta dos acadêmicos dos cursos de Direito e de Psicologia é supervisionada pelos professores da Universidade.
Adriana Dias Basseto, psicóloga e professora da PUCPR Toledo, explica que é muito importante, quando se pensa num ciclo de violência, reconhecer que tipo de violência é essa, já que dos relacionamentos abusivos não são reconhecidos pelas vítimas. “O que meu marido ou meu namorado faz comigo é violência? Será que isso é uma forma agressiva de me responder, de me tratar? Será que ele não faz isso por cuidado ou por querer atenção? São perguntas que as mulheres que não se reconhecem no ciclo de violência fazem sempre que são agredidas física e psicologicamente. O atendimento é fundamental para que a mulher repense sobre tudo aquilo que tira a individualidade, que não permite que ela expresse sentimentos, desejos, vontades e as suas reais necessidades”, afirma a psicóloga.
Para os acadêmicos é a oportunidade de aprimorar os conhecimentos adquiridos durante a graduação em prol da sociedade. “Os estudantes de Psicologia e de Direito conquistam experiência. Esses dois profissionais assessorados pelo conhecimento e pela habilidade técnica promovem uma melhor escuta e definem as demandas de cada caso e o encaminhamento adequado para melhor atender a vítima. Para o estudante, é também a oportunidade de desenvolver empatia e a conduta pessoal e profissional”, explica Adriana.
Serviço:
Núcleo de Prática em Psicologia (NPP) da PUCPR Toledo
Endereço: Rua Crissiumal, 3119 – Jardim La Salle (anexo ao Seminário Maria Mãe da Igreja)
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 13h às 22h
Telefone: (45) 3277-8690
Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da PUCPR Toledo
Endereço: Rua Haroldo Hamilton, 52 – Centro
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h
WhatsApp: (45) 99805-3289
Fonte: Assessoria
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