A advogada Amanda Partata, presa em Goiânia na quarta-feira (20/12) suspeita de ter envenenado e matado o ex-sogro e a mãe dele no último domingo (17), teria premeditado todo o crime.
É o que afirma o delegado Carlos Alfama, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), responsável pela investigação. Além disso, a suspeita estaria perseguindo e ameaçando o ex-namorado, Leonardo Filho, filho e neto das vítimas, por meio de números e perfis falsos.
Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados em Goiânia, já forjou uma gravidez anteriormente e é suspeita de aliciar crianças de 10 a 16 anos durante um estágio em uma escola. Uma das hipóteses levantadas pelas investigações é de que o policial civil Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram após beber um suco envenenado.
— Ela mostrou uma personalidade extremamente voltada ao crime. Usa tecnologia para mascarar números de telefone. Forja relacionamento afetivo com as vítimas. Tem personalidade criminosa e dissimulada. Essa divulgação do caso se mostra necessária justamente por conta das outras denúncias contra Amanda — declarou o delegado Carlos Alfama.
Segundo o delegado, não há chance das mortes estarem relacionadas com uma intoxicação alimentar ou outra causa natural. Durante o interrogatório, Amanda se recusou a fornecer a senha de seu celular e forjou um vômito.
ENVENENAMENTO DE MÃE E FILHO:
Mãe e filho, de 58 e 86 anos, morreram em Goiânia (GO) após comerem doces comprados em um estabelecimento famoso da cidade.
Segundo informações iniciais de familiares, os dois passaram mal no domingo (17) e foram internados juntos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde morreram com poucas horas de diferença. O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios de Goiás.
— Ainda que a polícia não encontre veneno algum, a certeza da morte por envenenamento se mantém. Ela esteve por três horas na residência antes de ir embora, sabemos que ela comeu, mas não bebeu o suco. No interrogatório, quando falamos que os bolos foram apreendidos, Amanda não esboçou reação, mas “travou” quando falamos sobre o suco — detalhou o delegado.
Relembre o casoLeonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86 anos, mãe e filho, morreram em Goiânia entre domingo e segunda-feira (18/12) vítimas de envenenamento. Em um primeiro momento, a suspeita foi de que eles tivessem sofrido uma intoxicação alimentar causada por alimentos contaminados de uma famosa doceria de Goiânia.
A polícia excluiu qualquer relação com a doceria. “A injustiça direta de um crime é contra a vítima, mas houve uma injustiça grande contra a doceria. É uma empresa séria, responsável, que colaborou totalmente com todos os pontos da investigação”, garante Alfama.
Por uma questão técnica, os policiais acreditam que o veneno tenha sido ministrado no suco, pois é mais fácil dissolver o produto no líquido. A motivação, na avaliação da polícia, está ligada ao fato de Amanda não aceitar o término do namoro. Ela poderá responder por duplo homicídio duplamente qualificado.
Qual seria a motivação do crime?
Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que a motivação seria a rejeição pelo término do relacionamento com o filho de Leonardo, que durou cerca de três meses. O rapaz decidiu terminar a relação amigavelmente, há dois meses.
Quem é a suspeita de mortes por envenenamento?
A mulher, que estaria por trás do envenenamento, se identifica nas redes sociais como “psicóloga, terapeuta cognitivo-comportamental, advogada aposentada e mãe”. Seu nome, no entanto, não aparece no Cadastro Nacional de profissionais inscritos.
Na OAB, seu cadastro aparece como regular.
— Em relação ao envenenamento, doenças transmitidas por alimentos têm percursos diferentes. Está descartado intoxicação alimentar, e vamos buscar as substâncias que causaram as duas mortes. Embora tenham sido coletados os alimentos e o suco, existe a possibilidade de envenenamento por um alimento que não foi coletado. Mais de 300 pesticidas são analisados procurando compatibilidade — explicou o perito Olegario Augusto da Costa Oliveira.
Fonte: Enquantoissoemgoiás
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