O uso de um produto incapacitante, possivelmente spray de pimenta, agravou a situação do policial penal que trabalhava como segurança na casa noturna Moonlight na noite em que foi atropelada e morta a jovem Daiane de Jesus Oliveira. Ele acabou sendo indiciado por homicídio doloso, pois a investigação policial concluiu que o uso do produto contribuiu para que a jovem permanecesse desorientada no meio da pista o que resultou no seu atropelamento e morte (veja o vídeo mais abaixo).
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Foram 52 dias de investigação, 15 testemunhas ouvidas e quatro perícias até que a Polícia Civil de Cascavel chegasse à conclusão do inquérito.
A tragédia ocorreu em 28 de maio, na rua Paraná, no centro de Cascavel, em frente ao clube noturno Moonlight, depois que a vítima foi impedida de entrar no estabelecimento pelos seguranças.
Todo o incidente foi capturado por câmeras de vigilância, cujas imagens foram cruciais para apoiar o trabalho da Delegacia de Homicídios. Após receber os laudos e realizar as oitivas, o delegado Fabiano Mozza apresentou as conclusões que agora serão encaminhadas para o Ministério Público.
Os responsáveis
De acordo com a Delegacia de Homicídios, o policial penal teria usado o spray nos olhos de Daiane. A perícia das imagens em câmera lenta mostra que ele efetuou três disparos do produto contra a jovem, sendo uma quando ainda estava de pé e outras duas quando já estava caída no meio da pista.
Isso, segundo o inquérito, deixou a vítima momentaneamente incapacitada para se levantar e sair da pista para evitar ser atropelada. Por conta disso, o policial penal foi indiciado por homicídio doloso com dolo eventual. Confira o vídeo periciado pela polícia:
O motorista do carro, durante seu depoimento, afirmou que não percebeu ter atropelado uma mulher. Inicialmente, ele supôs ter passado sobre um objeto parecido com papelão, posteriormente alterando sua versão para a possibilidade de ter atropelado um cachorro.
Os laudos indicam que o Golf estava a uma velocidade de 73 km/h a alguns metros do local do atropelamento. Testemunhas afirmaram que o motorista acelerou ainda mais após o incidente, sugerindo que a velocidade era muito acima do permitido, que é de 60km/h no local.
O motorista do carro foi indiciado crime de homicídio culposo com possibilidade de agravante em função da velocidade na via.
Em relação aos outros seguranças presentes no local, deverão ser indiciados por omissão de socorro. Testemunhas relataram que um grupo de pessoas alertou os seguranças sobre a vítima caída na rua de intenso fluxo de veículos.
Até o momento os investigados continuam em liberdade pois de acordo com a Delegacia de Homicídios, os envolvidos não obstruíram a investigação, não possuem antecedentes criminais e não apresentam risco de fuga.
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