Se você está em casa e ouve uma mãe gritando com seu filho, batendo, você tem o costume de ‘prestar atenção’ A pergunta que pode parecer uma intromissão na vida alheia pode, sim, salvar uma vida.
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Exagero? Talvez mas, se as pessoas que estavam próximas as tantas crianças que perderam a vida nos últimos anos devido a casos de abusos no país quem sabe, elas teriam algum futuro.
Essa semana, em todo Brasil, foi dia de lembrar delas. Dia em que é celebrado o Dia de Combate a Violência Infantil. Mas, muito além dos casos que terminam de forma trágica, tal qual acontece com os relatos da violência contra as mulheres, na maior parte dos casos tudo começa com uma palavra proferida para ferir os pequenos.
De acordo com um levantamento solicitado pelo Preto no Branco, junto à Secretaria de Assistência Social, somente no ano passado 397 crianças e adolescentes foram vítimas de algum tipo de violência. E pior, os dados apontam que uma mesma criança sofreu mais de um abuso.
O recorde de casos é a negligência, com 208 atendimentos, seguida pela violência intrafamiliar com 190, psicológica com 116, abuso sexual com 80 constatações e a violência física, com 63.
O número é alto e, no comparativo com 2019, por exemplo, de forma geral é 28,5% maior. Naquele ano foram 176 registros de negligência, 110 de violência intrafamiliar, 85 psicológica, 70 de abuso sexual e 44 casos de violência física. Foram ao todo 823 abusos no ano passado contra 622, dois anos antes.
E os números só aumentam. Esse ano, em pouco mais de quatro meses, 119 crianças e adolescentes já foram vitimas de abusos, totalizando 271 casos. Ou seja, a cada dia em 2022 pelo menos dois atendimentos de violência contra a criança foram registrados em Cascavel.
Mas, você deve se perguntar: qual a importância da denúncia? É um fato estatístico. Em 2020, por exemplo, quando as crianças e adolescentes ficaram em casa, sem frequentar as escolas, todos os índices de violência caíram em relação aos últimos anos. É justamente na escola que as crianças conseguem ter o alento que, muitas vezes falta em casa.
Treinadas e conhecendo seus pequenos, as professoras conseguem ver no dia a dia a mudança no comportamento dos seus alunos. E são essas alterações, muitas vezes repentinas, que faz com que se abram os olhos para o problema.
De acordo com os dados da Secretaria, em 2020 foram 260 crianças ou adolescentes atendidos sendo 146 vítimas de negligência, 83 de violência intrafamiliar, 64 de violência psicológica, 58 de abuso sexual e 41 de violência física.
Veja os números:
VIOLÊNCIA 2017 2018 2019 2020 2021 2022*
Negligência 159 149 176 146 208 56
Intrafamiliar 54 64 110 83 190 58
Psicológica 95 98 83 64 116 41
Sexual 69 77 70 58 80 27
Física 67 51 44 41 63 26
Alienação Parental 21 25 15 10 21 10
*Dados até maio de 2022.
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