Casos de violência infantil crescem 28,5% em dois anos

Em pouco mais de quatro meses, 119 crianças e adolescentes já foram vitimas de abusos, totalizando 271 casos | Foto: Banco de imagens

Se você está em casa e ouve uma mãe gritando com seu filho, batendo, você tem o costume de ‘prestar atenção’ A pergunta que pode parecer uma intromissão na vida alheia pode, sim, salvar uma vida.

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Exagero? Talvez mas, se as pessoas que estavam próximas as tantas crianças que perderam a vida nos últimos anos devido a casos de abusos no país quem sabe, elas teriam algum futuro.

Essa semana, em todo Brasil, foi dia de lembrar delas. Dia em que é celebrado o Dia de Combate a Violência Infantil. Mas, muito além dos casos que terminam de forma trágica, tal qual acontece com os relatos da violência contra as mulheres, na maior parte dos casos tudo começa com uma palavra proferida para ferir os pequenos.

De acordo com um levantamento solicitado pelo Preto no Branco, junto à Secretaria de Assistência Social, somente no ano passado 397 crianças e adolescentes foram vítimas de algum tipo de violência. E pior, os dados apontam que uma mesma criança sofreu mais de um abuso.

O recorde de casos é a negligência, com 208 atendimentos, seguida pela violência intrafamiliar com 190, psicológica com 116, abuso sexual com 80 constatações e a violência física, com 63.

O número é alto e, no comparativo com 2019, por exemplo, de forma geral é 28,5% maior. Naquele ano foram 176 registros de negligência, 110 de violência intrafamiliar, 85 psicológica, 70 de abuso sexual e 44 casos de violência física. Foram ao todo 823 abusos no ano passado contra 622, dois anos antes.

E os números só aumentam. Esse ano, em pouco mais de quatro meses, 119 crianças e adolescentes já foram vitimas de abusos, totalizando 271 casos. Ou seja, a cada dia em 2022 pelo menos dois atendimentos de violência contra a criança foram registrados em Cascavel.

Mas, você deve se perguntar: qual a importância da denúncia? É um fato estatístico. Em 2020, por exemplo, quando as crianças e adolescentes ficaram em casa, sem frequentar as escolas, todos os índices de violência caíram em relação aos últimos anos. É justamente na escola que as crianças conseguem ter o alento que, muitas vezes falta em casa.

Treinadas e conhecendo seus pequenos, as professoras conseguem ver no dia a dia a mudança no comportamento dos seus alunos. E são essas alterações, muitas vezes repentinas, que faz com que se abram os olhos para o problema.

De acordo com os dados da Secretaria, em 2020 foram 260 crianças ou adolescentes atendidos sendo 146 vítimas de negligência, 83 de violência intrafamiliar, 64 de violência psicológica, 58 de abuso sexual e 41 de violência física.

Veja os números:

VIOLÊNCIA   2017  2018  2019  2020  2021  2022*

Negligência  159    149    176    146    208    56

Intrafamiliar            54       64       110    83       190    58

Psicológica   95       98       83       64       116    41

Sexual           69       77       70       58       80       27

Física  67       51       44       41       63       26

Alienação Parental            21       25       15       10       21       10

*Dados até maio de 2022.

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