O juiz criminal de Marechal Cândido Rondon Clairton Mário Spinassi determinou na semana passada a prisão de três rondonenses condenados no âmbito da Operação Clone desencadeada no ano de 2008 e que desbaratou uma quadrilha que atuava na transferência fraudulenta de veículos. Na ocasião, foram cumpridos pela Polícia Federal de Cascavel, oito mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão.
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Em julho de 2016, a justiça em primeira instância proferiu sentença condenando nove pessoas envolvidas no esquema, além de ter absolvido uma pessoa e ter considerado extinta a punibilidade de outras duas. Todos os condenados recorreram da sentença junto ao Tribunal de Justiça, em Curitiba. Em setembro de 2017, o Tribunal de Justiça negou os recursos, mas extinguiu a punibilidade de cinco dos réus.
Insatisfeitos com o resultado no Tribunal de Justiça do Paraná, três dos réus interpuseram recursos especiais junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que também foram negados. Após esgotados todos os recursos, o juiz Clairton Spinassi expediu novo despacho no último dia 19 de novembro, em que determina o início do cumprimento das penas a quatro dos réus, sendo três em regime fechado e um em regime aberto, além do pagamento de dias-multa.
Foi determinada a prisão dos réus Claudiney Lucas Barbosa (pena de 10 anos, 11 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado e 88 dias-multa), Clóvis Antônio Spielmann (11 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado e 100 dias-multa, e Eder Roecker (11 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado e 120 dias multa).
A ré Ingrid Rosa Glucksberg também foi condenada, mas poderá cumprir a sua pena de 4 anos em regime aberto. Ela foi condenada ainda a pagar 60 dias-multa.
Relembre o caso
A Polícia Federal de Cascavel prendeu no dia 19 de junho de 2008, oito pessoas durante a Operação Clone, destinada a desarticular uma quadrilha especializada em realizar a transferência fraudulenta de veículos, possivelmente roubados ou furtados, a fim de registrá-los em nomes de “laranjas” e dissimular os verdadeiros proprietários.
Conforme a PF, a quadrilha atuava na região Oeste do Paraná, especialmente na cidade de Marechal Cândido Rondon e possuía ramificações nas cidades de Toledo, Mercedes, Quatro Pontes, Cascavel e Pato Bragado.
Segundo as investigações, a quadrilha contava com a participação de servidores da Ciretran de Marechal Cândido Rondon, que recebiam para realizar a confecção dos documentos falsos. As investigações duraram cerca de um ano e possibilitaram a identificação de uma quadrilha, composta por despachantes e servidores públicos, cujo objetivo era a transferência fraudulenta de veículos. Após a transferência irregular, os veículos eram utilizados especialmente para o transporte de mercadorias sem comprovação de origem, como cigarros.
Pelo menos 80 policiais participaram da ação.
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