Neste sábado (5), o candidato à prefeitura de Cascavel, Edgar Bueno (PSDB), ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) junto à 68ª Zona Eleitoral de Cascavel, alegando abusos cometidos por seus adversários, Renato Silva (PL), candidato a prefeito, e Henrique Antunes Mecabô (Novo), candidato a vice-prefeito. A ação também envolve o atual prefeito, Leonaldo Paranhos (PL). Bueno e sua coligação “Minha Vida é Cascavel” denunciam o uso indevido da máquina pública, abuso dos meios de comunicação e favorecimento indevido através de contratos milionários com veículos de imprensa locais.
Segundo a ação, Renato Silva e Henrique Mecabô estão sendo amplamente beneficiados por veículos de comunicação de Cascavel, como as rádios CBN Cascavel e Rádio Colméia, de propriedade da família de Renato, além do portal CGN e o jornal Gazeta do Paraná, que teriam veiculado conteúdos favoráveis aos investigados, enquanto promoveram críticas constantes ao candidato Edgar Bueno.
Também são citadas na ação as emissoras de rádio Massa FM e Estúdio FM para que apresentem em juízo as gravações de alguns programas a partir da data de 6 de junho.
Abuso dos meios de comunicação
A ação detalha que a cobertura feita pelos veículos de imprensa citados estaria promovendo uma exposição desigual entre os candidatos, com matérias exaltando a atual administração e seus apoiadores, e com críticas frequentes à campanha de Bueno.
O portal CGN, da família Formighieri, é citado como um dos principais responsáveis pela promoção da imagem de Renato Silva e Mecabô. Segundo a denúncia, o veículo teria recebido um contrato de locação milionário com o município próximo ao início das campanhas eleitorais, o que teria intensificado a “simpatia” do portal pelos candidatos da situação. A CGN teria destacado positivamente as ações da atual administração, como a inauguração do eletroterminal com ônibus elétricos, ao mesmo tempo que atacava o candidato Edgar Bueno, em matérias que o associavam a fake news e censura.
O jornal Gazeta do Paraná, também de propriedade do grupo econômico da família Formighieri, foi citado pela sua cobertura elogiosa e pela suposta falta de imparcialidade na divulgação de matérias, o que, segundo a coligação de Bueno, influenciou diretamente a percepção pública dos candidatos.
Contratos suspeitos
A ação ainda destaca contratos milionários firmados entre a administração municipal e empresas de comunicação ligadas aos investigados. Segundo o documento, a empresa Gazeta do Paraná Ltda, do pai do proprietário da CGN, foi beneficiada com um contrato milionário m agosto de 2024, às vésperas do início oficial das campanhas eleitorais.
A coligação de Bueno alega que esses recursos foram utilizados para garantir uma cobertura positiva para os candidatos da situação.
Pedidos de sanções
A coligação de Edgar Bueno pede que a Justiça Eleitoral reconheça o abuso de poder político, econômico e midiático praticado pelos investigados, que teria desequilibrado a disputa eleitoral. Entre as sanções solicitadas estão:
- Cassação dos registros de candidatura de Renato da Silva e Henrique Mecabô;
- Inelegibilidade por oito anos para os investigados, incluindo o atual prefeito Leonaldo Paranhos, por uso indevido da máquina pública e favorecimento econômico aos veículos de comunicação;
- Suspensão do contrato firmado entre a administração municipal e as empresas de comunicação citadas na ação.
Imparcialidade questionada
A ação ainda argumenta que as empresas de comunicação, ao serem concessões públicas, deveriam adotar uma postura neutra, principalmente durante o período eleitoral. No entanto, segundo a denúncia, a cobertura massiva e favorável aos investigados caracterizaria um uso indevido dos meios de comunicação para influenciar o eleitorado.
O processo segue em tramitação na 68ª Zona Eleitoral de Cascavel, e as partes envolvidas ainda aguardam a decisão judicial.
Caso as sanções sejam aplicadas, o resultado das eleições pode ser drasticamente alterado, com a eventual cassação das candidaturas de Renato Silva e seu vice, Henrique Mecabô.
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