A cidade de Cascavel recebeu nesta quinta-feira (01) a visita do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para uma reunião com autoridades e entidades da região Oeste sobre as novas concessões de pedágio no Paraná. As entidades da região são contra o modelo apresentado pelo Governo Federal.
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A reunião foi na prefeitura, com portas fechadas. O ministro acabou transmitindo a sua fala numa rede social. Mas, os questionamentos e argumentações das lideranças da região não foram transmitidos.
Em rápida entrevista, Tarcísio de Freitas disse que veio a Cascavel para sentir e entender a angústia da região. Acrescentou que a reunião foi uma abertura de portas sobre o assunto e que novos encontros devem ser realizados para debater o tema.
“Há um espaço para construir um bom modelo juntos. Todos queremos uma tarifa de pedágio justa, investimentos e cumprimento de cronograma. Como construir isso é o que precisamos acertar”, disse ao final da reunião.
As entidades do Oeste querem uma licitação pelo menor preço tarifário e sem outorga. O temor é que o Oeste perca ainda mais competitividade a partir das novas concessões.
O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD, Rainer Zielasko, afirmou que a conversa com o ministro se resumiu no conceito do modelo do pedágio, sem considerar aspectos específicos de obras.
“Apresentamos informações e considerações que nos levaram a ser contrários à outorga onerosa e ao modelo híbrido e também das razões pelas quais defendemos a menor tarifa”, afirmou ele. Tarcísio, por sua vez, manifestou as razões que levaram o Ministério a propor o modelo híbrido, privilegiando obras.
Rainer considera que esse é o início de um diálogo que poderá levar à construção de uma solução melhor às partes envolvidas no debate, e principalmente aos usuários. O prefeito Leonaldo Paranhos disse que o encontro foi importante porque a região pode falar com o ministro sem interlocutores.
“Pudemos olhar nos olhos do Tarcísio e fazer apontamentos que fundamentam nossa decisão de defender o pedágio pela menor tarifa”, destacou o prefeito de Cascavel, que representou a Amop.
Durante o encontro, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, apresentou números que ressaltam a importância do Paraná no contexto econômico brasileiro e de que quanto um dos pedágios mais caros do Brasil pesa sobre os ombros do setor produtivo.
A nova proposta de pedágio prevê a concessão por 30 anos de 3.327 quilômetros de estradas federais e estaduais. No projeto 100% do valor da outorga a ser cobrada pelas futuras concessões de pedágio seja reinvestida nas rodovias do Estado. Além disso, 15 novas praças devem ser implantadas no Paraná, uma delas entre Cascavel e Toledo na BR-467.
Após a reunião em Cascavel o ministro seguiu para Curitiba, onde teria outra reunião para tratar dos pedágios com o governador do Paraná, Ratinho Junior.
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