O PL, partido de Valdemar Costa Neto e ao qual o presidente Jair Bolsonaro também é filiado, negou, na noite desta terça-feira (15), que pretende questionar o resultado das eleições deste ano. Um suposto relatório foi divulgado ontem pelo site O Antagonista. O portal afirmou que a sigla vai pedir a anulação do pleito de 2022, que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente.
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O Preto no Branco também teve acesso ao documento, que apresenta a logo PL e é assinado por Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu; e pelo engenheiro Flávio Gottardo de Oliveira. Os dois últimos são formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O relatório diz não ser “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”.
“Para encontrar evidências de que este grupo de urnas não teria funcionado corretamente, foi realizada uma análise inteligente dos dados contidos nos arquivos Log de Urna de todos os modelos de urna eletrônica, utilizados nas eleições de 2022”, diz trecho do relatório.
Por meio de nota, o PL afirmou que o resultado da fiscalização do partido termina apenas no mês de dezembro e rechaçou a matéria do portal.
“Está em andamento. Ainda não foi divulgada qualquer versão final do relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”, diz o comunicado.
Na semana passada, Valdemar da Costa Neto não reconheceu a vitória de Lula nas eleições deste ano. O dirigente partidário disse que a legenda não se posicionaria sobre a lisura do pleito até a divulgação do relatório da fiscalização das Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentado no dia seguinte, e, assim como as outras entidades fiscalizadoras, também não encontrou indícios de fraude no processo eleitoral, apesar de também não ter descartada essa possibilidade.
O Antagonista reforça documento
Em nova matéria publicada após o manifesto do PL, o site O Antagonista reforça a autenticidade do documento agora classificado como “obsoleto”. Segundo o site, o relatório foi compartilhado internamente na cúpula do PL e do governo de Jair Bolsonaro.
“Trata-se, portanto, de um documento real e atual, ainda que não seja a versão final”, considera o texto.
Segundo o engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo partido e ouvido pelo site, “ainda não foi divulgada qualquer versão final de relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”, afirmou.
“Após a contratação do IVL para a fiscalização pelo PL, todo o trabalho realizado pelo IVL é CONFIDENCIAL e, se for divulgado, o será pelo PL. Até ser liberada a versão final, os documentos são classificados como PRELIMINAR.”
Fonte: Correio Brasiliense
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