Apesar das resistências internas, o MDB oficializou a senadora Simone Tebet (MT) como candidata à presidência da República pelo partido. Em convenção virtual, realizada nesta quarta-feira, a indicação foi aprovada com o aval da maioria dos diretórios da legenda. Foram 262 votos favoráveis à candidatura própria e apenas 9 votos “não”.
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Votaram 182 delegados do partido — alguns têm direito mais de um voto, por causa das funções que desempenham na sigla e se possuem cargo eletivo, por exemplo. Foram 97 delegados que não votaram. Não foram registrados votos dos diretórios de Alagoas e Paraíba.
Ao se pronunciar na reunião, Tebet argumentou que a candidatura própria ao Palácio do Planalto dará à sigla mais envergadura para eleger um número maior de postulantes ao Legislativo.
Com a declaração, a senadora tentou atrair os correligionários que vão concorrer a vagas no Parlamento, que costumam argumentar que o partido deveria investir os recursos de que dispõe para tentar aumentar suas bancadas no Congresso, em vez de apostar numa candidatura ao Executivo federal que soma 1% nas pesquisas, como Tebet.
A maior parte dos dissidentes do MDB já declarou publicamente apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Planalto. Um número menor flerta com o projeto à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de a reunião ser virtual, o presidente nacional do partido, o deputado Baleia Rossi (SP) conduziu a convenção diretamente da sede do partido em Brasília. Durante a abertura, ele esteve acompanhado dos presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e Cidadania, Roberto Freire, partidos que apoiam a candidatura de Tebet. Baleia destacou que os três partidos formam o “centro democrático”.
Os PSDB e o Cidadania formam uma federação partidária, e também fizeram sua convenção nacional nesta quarta. Cabe a eles a indicação do vice na chapa encabeçada por Tebet.
A preferência da senadora é pelo tucano Tasso Jereissati (CE), mas ele próprio tem admitido a aliados que vem perdendo o entusiasmo com a possibilidade de compor com a colega de Senado. O resfriamento da relação se deu, sobretudo, em virtude das dificuldades que tucanos e emedebistas têm tido para chegar a acordos em disputas estaduais. Na maioria dos casos, nenhuma das duas siglas abre mão de indicar o cabeça de chapa na corrida pelo governo local.
Fonte: O Gloo
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