Prisão de Izaqueu expõe Parra e Bocasanta

Vereadores Parra e Bocasanta | Fotos: Flávio Ulsenheimer

O delegado que cuida do Departamento de Combate à Corrupção, Rogerson Salgado, tem acumulado serviço nas últimas semanas.  Enquanto investiga denúncia do uso irregular de máquinas e servidores da Prefeitura em propriedade particular, além de tocar o inquérito do ex-servidor João Merlo, desde a noite passada a Polícia se ocupa do flagrante contra Izaqueu Silva, ex-assessor do vereador Roberto Parra (MDB), parlamentar investigado em suspeita de rachadinha com nomeados no seu mandato.

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Outro legislador citado na bronca das últimas horas  é o médico Jorge Bocasanta (Patriotas), que se declara vítima de perseguição, suspeitando do Ministério Público. “Querem me pegar de qualquer jeito e tentam armar contra minha pessoa”, assegura.

Flagrante com $

Izaqueu Silva foi flagrado recebendo dinheiro da família de uma paciente submetida à cirurgia de útero exposto, feita por Bocasanta, no Hospital Salete. A paciente esperava por vaga na fila do SUS e, conforme denúncia de familiares, recebeu proposta de agilização mediante pagamento de R$ 2 mil, valor negociado e reduzido a R$ 1 mil. Segundo informações da imprensa, agentes monitoraram o pagamento feito a Izaqueu na casa da família e realizaram a prisão.

O ex-comissionado passou a noite sendo interrogado e, até o meio desta tarde, ainda permanecia detido. O advogado criminalista Julio Morbach trabalha na obtenção de Habeas Corpus.

Também são mencionados no imbróglio o ex-vereador Ganso Sem Limite, da assessoria de Bocasanta; e Osmar Cabeleireiro, da equipe de Parra. Todos alegam inocência e se colocam a disposição dos investigadores. 

Câmara silencia 

O presidente do Legislativo, Alécio Espínola, não teve dificuldades em conduzir a sessão desta terça-feira (18). Os vereadores foram rápidos nas votações que acabaram em menos de uma hora, sem gastar tempo em discussões. A estratégia funcionou bem e nenhum comentou a situação de Izaqueu, optando em esperar a conclusão da investigação. Nos bastidores circulam comentários de que o detido tem munição para esquentar a pauta e fazer delação premiada.

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