Tudo indica que sim. O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), ameaçou o empresário Duka Siliprandi, dono da rádio Studio FM, e o caso pode ser mais um indo parar no Judiciário.
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Duka continua gravando áudios opinativos divulgados em seu prefixo e nas redes sociais, desaprovando o que considera postura administrativa radical equivocada do gestor no combate ao Covid-19. O prefeito não gostou e ameaça divulgar a lista dos maiores devedores de tributos, onde aparece a família Siliprandi. Outros relacionados devem mais que ela e serão expostos pois também questionam débitos na Justiça.
O alcaide quer a dívida de Duka quitada e, só depois, admite receber puxão de orelha. Paranhos tem os dados dos inadimplentes na sua mesa e planeja coletiva de imprensa tornando pública a relação que soma perto de R$ 500 milhões. Entre os devedores aparecem apoiadores políticos dele e, nem por isso, ganharão salvo conduto, sinaliza.
Na última conversa com Duka, o prefeito voltou a usar o termo “picareta”, um dos seus preferidos quando confronta alguém, afirmando que o crítico é responsável por mortes em função da inexistência de respiradores que a prefeitura não pode comprar por falta de dinheiro.
Queixa-crime
O diretor da Studio FM, Jeferson Miranda, confirma que foi feita ata notarial comprovando a veracidade da conversação e possíveis implicações legais. Consta que Paranhos se referiu a Duka como “assassino”. Segundo ele, haverá ajuizamento de queixa-crime contra Paranhos por injúria e outros enquadramentos. O prefeito não costuma dar entrevistas no prefixo, mas tem espaço garantido, esclarece o radialista.
Siliprandi desafia
O advogado Carlos Chili Siliprandi, irmão de Duka, explica que não existe sonegação e sim discussões judiciais sobre a legalidade na cobrança do IPTU. “É um imposto cobrado de forma errada”, enfatiza.
O debate jurídico costuma ser complexo e a Justiça decide se o pagamento ocorre ou não. E as decisões são cumpridas, assegura. “A família Siliprandi não tem objeção à divulgação, desde que o prefeito me permita participar da coletiva com esclarecimentos que julgo importantes à opinião pública”, destaca Chili. Para cada imóvel em discussão, o proprietário é obrigado a dar outro em garantia da dívida. Se o loteador perder, o Município toma posse.
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