No quesito marketing político o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos nunca foi de “matar com a unha”. Sem dinheiro na Comunicação para contratar campanhas e pouca perspectiva de licitar pretendidos R$ 3 milhões destinados ao custeio da propaganda oficial, o alcaide vai à luta sem dificuldades em cavar patrocínios particulares. O caso da LAR é o mais recente.
O dirigente cooperativista Irineu da Costa Rodrigues ouviu a proposta do gestor e concordou pagar o Estimu Lar nas televisões. Garantiu meia hora diária de programa sonhado, gestado, pensado e, ao que consta, quase todo produzido pelo próprio Paranhos, num carinho aos idosos cascavelenses.
O público alvo está na terceira idade, porém a novidade alcança o eleitorado de “mamando a caducando”. Paranhos orienta pessoalmente a equipe Secom encarregada de botar a programação na mão do âncora Edely Tápia.
E a exibição não ficará só na Catve (10h) e Tarobá (14h30). Outros canais negociam com o experiente e ético publicitário Caio Gottlieb, agenciador da cooperativa nos contratos. Ele mantém discrição, mas o valor de cada um é faturamento comemorado nos veículos.
Abuso no ar e cesta básica
A estimativa da coluna é de algo ao redor dos R$ 80.000,00 até aqui. Embora o prefeito garanta nem lhe passar pela cabeça fazer propaganda atrás de votos, caberá aos assessores tentar conter exposição excessiva do pré-candidato à reeleição e de outros agentes públicos lincados ao próximo pleito.
Nesta terça (21), por exemplo, o entrevistado nos dois blocos foi Hudson Moreschi, ex-secretário da Seaso e declarado pretendente ao Legislativo.
Olheiros de plantão monitoram tudo e nas mídias sociais os questionamentos esquentam. No grupo Cascavel Sem Dono, administrado pelo agrônomo Mario de Sá, se fala em denúncia provada envolvendo servidor praticando abuso ao entregar cesta básica nos bairros.
Mas esse é outro assunto.
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