HUSSEIN BAKRI: “A região Oeste pode contar comigo em suas lutas em todos os momentos”

Deputado Hussein Bakri

Com mais de 30 anos de vida pública, o deputado estadual Hussein Bakri (PSD) é o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná. E, como tal, tem acompanhado de perto a batalha que o estado vem travando no enfrentamento do novo coronavírus.  Nesta entrevista exclusiva ao jornal PRETO NO BRANCO, Bakri faz uma análise dos impactos que esta situação deve causar em outras áreas, como na política e nos investimentos públicos.

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Apesar de ter a base política na região de União da Vitória, onde foi vereador e prefeito, Hussein Bakri vem ampliando sua atuação parlamentar, passando a representar também municípios da região Oeste nos seus pleitos junto ao Governo do Estado. Ele destaca três obras do Governo que devem mudar a realidade do Oeste nos próximos anos: a revitalização do Trevo Cataratas, a duplicação da BR 277 até o trevo de São João do Oeste e a ampliação da capacidade de escoamento da Ferroeste.

PRETO NO BRANCO – Como Líder do Governo na Assembleia, quais têm sido os maiores desafios de Hussein Bakri?

DEPUTADO HUSSEIN BAKRI – Sem dúvida nenhuma, esse é o meu maior desafio em mais de 30 anos de vida pública. Pela Liderança, passam todos os projetos do Governo encaminhados à Assembleia e todas as propostas dos deputados que, de uma forma ou de outra, podem interferir no dia a dia do Executivo. Além disso, tenho a função de ser a ponte dos parlamentares com o Palácio Iguaçu e preciso muitas vezes atuar como mediador. Afinal, são 45 deputados na base aliada e cada um tem opiniões diferentes, visões de mundo distintas. Então, tem sido um desafio enorme todos os dias.

 PB – Como o senhor avalia as ações de enfrentamento ao novo coronavírus no Estado. As ações têm dado resultado?

BAKRI – O Governador Ratinho Junior foi muito feliz na escolha que fez em colocar o secretário Beto Preto à frente da Saúde do Paraná. Ele é médico e foi prefeito de Apucarana com grande aprovação e, portanto, une os aspectos técnico e político. As medidas contra o coronavírus são reavaliadas dia a dia, porque a ciência ainda está conhecendo a doença. Mas o trabalho tem sido muito bem feito. O próprio Ministério da Saúde elencou Curitiba como a primeira grande capital que, considerando o índice de incidência de casos por 1 milhão de habitantes e a capacidade de assistência hospitalar, poderia, em tese, optar por um distanciamento social seletivo. E, na economia, o Governo anunciou medidas de liberação de crédito barato a empresas e trabalhadores bem como socorro financeiro à população em vulnerabilidade social.

 PB – Desemprego e queda da arrecadação provavelmente serão as próximas consequências do coronavírus.  O que os municípios do Paraná podem esperar? O Estado terá condições de socorrer as cidades do interior?

BAKRI – A situação é bastante difícil. Para se ter uma ideia, a estimativa de perda de receita do Estado passa de R$ 3 bilhões. Por isso, o Governador tem mantido contanto constante com a nossa bancada federal, porque, da mesma forma que as prefeituras vão precisar do apoio do Estado, o Estado também terá de se socorrer da ajuda da União. O prefeito Darlan Scalco, presidente da Associação dos Municípios do Paraná, tem participado de todas as discussões envolvendo o coronavírus em Curitiba nesse sentido, numa demonstração do caráter municipalista do Governo Ratinho Junior desde o primeiro dia do mandato. Pode ter certeza que, neste momento de crise do coronavírus, não será diferente.

 PB – Em 2019 a Assembleia aprovou um reajuste salarial parcelado até 2022 para os servidores. Essa questão está resolvida ou existe risco de novo impasse quando chegar a data-base?

BAKRI – É preciso ressaltar que foi o Governador Ratinho Junior quem descongelou a data-base dos servidores, que estavam sem reposição salarial há quatro anos. Ele foi ao limite financeiro para garantir esse direito do funcionalismo, mas sem comprometer o caixa do Estado. Agora, com a crise provocada pelo coronavírus, a data-base deste ano terá de ser avaliada com a devida cautela que o momento exige.

 PB – Além destas questões do coronavírus e dos servidores, que outros grandes desafios o Governo terá pela frente neste ano e nos próximos?

BAKRI – O Paraná tem uma situação financeira estável, é o maior produtor de alimentos por metro quadrado do mundo, tem um dos principais portos do país. Portanto, nosso potencial é enorme e precisa ser otimizado. Para isso, é preciso dotar todas as regiões do Estado da infraestrutura necessária para o Paraná crescer, se desenvolver e, assim, gerar emprego e renda à população. Há R$ 350 milhões reservados para a confecção de projetos executivos de grandes obras, que sairão do papel ao longo deste mandato e, certamente, colocarão o Paraná em outro patamar no médio prazo.

 PB – Especificamente para o Oeste do Paraná, o que a região pode esperar do Governo Ratinho Junior nestes cerca de dois anos e meio de mandato que ainda restam?

BAKRI – Ganho em infraestrutura. Nos próximos anos, a realidade da região será completamente transformada por várias obras, entre as quais eu destaco três. A revitalização do Trevo Cataratas, na entrada de Cascavel, por onde passam mais de 30 mil veículos por dia; a duplicação do trecho da BR-277 entre o posto da Polícia Rodoviária Federal e o trevo do distrito de São João do Oeste; e a ampliação da capacidade de escoamento da Ferroeste, em parceria com a Rumo.

 PB – O ano de 2020 é ano eleitoral e, apesar de ser eleição municipal, os deputados acabam se envolvendo. Qual o impacto disso no andamento das matérias na Assembleia?

BAKRI – Numa situação normal, evidentemente que impactaria no dia a dia dos trabalhos da Casa, já que alguns deputados devem ser candidatos a prefeito e os demais estarão presentes nos municípios apoiando este ou aquele nome. Mas, em virtude do coronavírus, não sabemos se a eleição será mantida para outubro. Fala-se em transferir para novembro. Então, ainda é preciso esperar a decisão da Justiça Eleitoral.

 PB – Como será o apoio político nas eleições do Governador e do senhor, com Líder, nas principais cidades do Paraná? A começar por Curitiba.

BAKRI – Em Curitiba, o Governador tem ótima relação com o prefeito Rafael Greca. Ao mesmo tempo, há outros dois aliados pré-candidatos ao cargo: o deputado Delegado Francischini e o secretário Ney Leprevost. No momento certo, essa discussão vai acontecer e o caminho sempre será o bem da população da nossa capital. Quanto a mim, defendo que o PSD tenha candidatura própria a prefeito sempre que for possível, inclusive nas cidades que eu represento. Entendo que somos hoje o partido mais forte do Estado e com quadros capacitados e alinhados ao projeto do Governador, para fazermos do Paraná o Estado mais moderno e inovador do Brasil.

 PB – Apesar de ser de União da Vitória, o senhor tem expandido suas bases e tem atuado politicamente também em outras regiões, como aqui no Oeste, por exemplo, onde é possível perceber sua presença em alguns municípios. Essa expansão vislumbra um projeto político maior para o deputado?

BAKRI – No ano passado fui procurado por várias lideranças políticas aqui do Oeste para ajudar na solução de demandas da região. Graças ao bom relacionamento que temos dentro do Governo, desde então conseguimos trazer uma série de investimentos pra cá, porque sabemos da importância da região para todo o Paraná. E é importante ressaltar que nada disso seria possível sem o trabalho sério dos prefeitos da região, que mantêm as certidões das prefeituras em dia e são incansáveis em suas idas a Curitiba na busca de recursos. Sempre digo que quem tem o dinheiro é o Governo. Como deputado, busco ser a ponte entre o Estado e o município e seguirei à disposição do Oeste do Paraná nesse trabalho.

PB – Suas Considerações finais.

BAKRI – Faço política desde os meus 22 anos de idade, como vereador mais jovem da história de União da Vitória. Depois como prefeito por duas vezes e agora como deputado no segundo mandato e Líder do Governo. Portanto, minha vida sempre foi servir à população, inicialmente da minha cidade e hoje em prol de mais dos 11 milhões de paranaenses. A região Oeste pode contar comigo em suas lutas em todos os momentos.

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