Cascavel sem dono e de muitas mãos

O ex-secretário de Esportes, Wanderley Faust (foto), encaminhou à coluna:

“Cascavel avança e agora é a 14ª melhor cidade do Brasil”. 

Essa é a boa notícia. Somos a 14ª melhor do Brasil e 3ª do Paraná no IDGM – Índice Desafios da Gestão Municipal –, estudo da Macroplan que revela quais cidades entregam mais saúde, educação, segurança e saneamento. 

Na última década, Cascavel avançou 27 posições, o que significa a maior evolução dentre todas as cidades avaliadas no ranking.

A má notícia é que o prefeito Paranhos acredita ser o único responsável pelo ótimo resultado, como se tivesse construído tudo do zero em três anos. 

Pensando e agindo assim, o prefeito ignora a contribuição de seus antecessores no cargo. Cada qual fez uma parte para Cascavel se tornar o que é hoje. 

Para citar exemplo, a área em que Cascavel obteve a melhor colocação foi o saneamento, com o 4º melhor do país. Isto somente foi possível pelo contrato de concessão firmado pelo Edgar Bueno em 2004 com a Sanepar, impondo objetivos audaciosos quanto ao abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, para colocar Cascavel no mesmo patamar das cidades mais desenvolvidas do planeta.

Deu certo.

Desrespeito e obsessão 

Cascavel tem 100% de acesso à água e quase 100% de rede de esgoto.

A própria Macroplan, que elabora o ranking, afirma em seu site: “O estudo da Macroplan não avalia a gestão de prefeituras específicas, mas o legado de várias administrações das cidades, aferindo a evolução dos indicadores na última década, assim como no último ano.”

É uma imaturidade e um desrespeito do Paranhos não reconhecer e valorizar o trabalho dos prefeitos anteriores. A obsessão em fazer marketing cega o atual prefeito que tenta faturar para si todos os progressos de tantos que contribuíram para o que Cascavel é hoje. Respeito é um bem fundamental para um líder público”.