Na semana em que o comércio pode em fim voltar a funcionar, claro que com os devidos cuidados, uma das maiores preocupações da população, além de se proteger da Covid-19 é, sem dúvidas, como conseguir pagar todos os ‘boletos’. Para quem conseguiu manter o emprego, a situação tende a ser mais fácil do que para as dezenas que buscam uma nova vaga no mercado de trabalho.
RECEBA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS PELO WHATS. ENTRE NO GRUPO.
Essa é a realidade da administradora Regiane de Souza Paiva, que está desempregada há cinco meses. Segundo ela, que já havia passado pelo fantasma do desemprego entre 2018 e 2019, a chegada da pandemia do coronavírus trouxe junto o desemprego. “Meu último trabalho foi na área de contabilidade em uma empresa no ramo de transportes rodoviários. Mas, depois de 10 meses de empresa precisei pedir demissão porque não tenho com quem deixar minhas filhas de 3 e 6 anos”.
Regiane conta que procurou emprego por mais de um ano, fez diversas entrevistas e que, muitas vezes, a negativa na contratação implicava na idade. “Apesar de possuir graduação e pós-graduação, com diversos cursos nas áreas administrativas e financeiras, não conseguia nada acredito que por ter já 42 anos. Recebi muitas desculpas para a não contratação e em várias esse era um impeditivo. Outro é o fato de ter filhos pequenos, pois algumas empresas alegam que o funcionário poderá faltar ao trabalho nas vezes em que eles ficam doentes”.
A Regiane faz parte das quase 300 pessoas que foram demitidas somente nos cinco primeiros meses de 2020 em Cascavel. Os números são do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), que possui dados de todo país.
Conforme o Cadastro nos meses de janeiro a maio, o município contratou 21.279 pessoas contra 21.577 demissões. Comparando com o mesmo período do ano passado, houve aumento nos dois dados: foram 19.378 contratações e 17.341 demissões, com saldo positivo de mais de duas mil vagas em 2019.
De acordo com dados coletados pelo Preto no Branco, o mês de abril de 2020 foi o pior para a economia cascavelense. Foram 1.956 contratações contra 4.023 demissões. Déficit de 2.067 postos de trabalho. Por outro lado, o mês de fevereiro teve o melhor resultado no comparativo entre contratações e demissões: saldo positivo de 1.199 vagas.
Municípios veem economia ‘minguar’
Nos cinco primeiros meses de 2020, o Oeste do Paraná empregou 60.782 pessoas e, ao mesmo tempo, demitiu 63.267. Diferença de 4% no total. As demissões se acentuaram nos meses de abril e maio, justamente quando houve em várias cidades a quarentena, em que diversas atividades foram suspensas. O mês com o maior número de contratações no Oeste foi fevereiro, com 16.927 pessoas colocadas no mercado de trabalho. Já o mês com o maior número de demissões foi março, com um total de 14.136 desligamentos. No comparativo entre admissões e demissões, abril apresentou o maior coeficiente: foram 7.369 contratações contra 13.153 desligamentos, déficit de 5.789 vagas.
O Preto no Branco também fez o comparativo entre 2019 e 2020 de alguns dos principais municípios do Oeste do Paraná e, assim como em Cascavel, em Foz do Iguaçu e Guaíra o saldo de janeiro a maio de 2020 é negativo.
Em Foz do Iguaçu, por exemplo, de janeiro a maio do ano passado foram 10.282 contratações e 9.555 demissões; saldo de 727 novos postos de trabalho. No mesmo período de 2020, a queda foi acentuada: 9.302 contratações contra 14.459 desligamentos; déficit de 5.157 vagas.
Em Guaíra tanto em 2019 quanto este ano os números são negativos. Foram 594 contratações e 601 demissões no ano passado e 707 contratações e 900 desligamentos em 2020.
Toledo, Medianeira, Marechal Cândido Rondon e Assis Chateaubriand tiveram, em ambos os anos, números positivos. Em Toledo foram 7.533 pessoas contratadas e 7.171 demitidas no ano passado e 9.565 admitidos e 8.199 desligados em 2020.
Fonte: Fonte não encontrada
Deixe um comentário