Comércio de Cascavel prevê queda de até 50% nas vendas para o Dia das Mães

Considerado o segundo Natal dos comerciantes, o Dia das Mães celebrado no próximo domingo (10), deverá ser mais ‘frio’ em relação aos anos anteriores. A expectativa é de que as vendas no varejo caiam 60% em todo Brasil. 

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Em Cascavel a situação não é diferente e, conforme o presidente do Sindilojas, Leopoldo Furlan, o setor que mais fatura nessa época geralmente é o de roupas, calçados e artigos relacionados. “Mas este ano acreditamos que, em função das regras para provas, a falta de eventos, teremos uma restrição nas compras deste tipo de consumidor. Por outro lado  podemos sentir que o consumidor, que por força das restrições fica mais tempo em casa, deve consumir mais produtos relacionados ao dia a dia”.

Questionado em relação a queda no movimento em Cascavel, Furlan cita que dependendo do ramo a queda será de até 50% no movimento. “Já podemos sentir que na venda com cartão, que no caso dos cartões de débito correspondiam a 60%, mudou. A venda no crédito passou a ser maior”.

O presidente do Sindilojas cita que o maior impacto será com as vendas de final de ano. “Muitos consumidores ainda não sentiram o impacto causado, mesmo porque a maioria trabalha por comissão e só sentirá a diferença em mais ou menos dois meses”.

Ele cita que lá na frente, a inadimplência irá prejudicar o comércio como um todo.  “Hoje, por conta da crise, as pessoas estão comprando no crédito e muitos não conseguirão pagar o cartão por causa dos juros altos. Além disso, tem os demais boletos, o desemprego. São clientes que não terão crédito para comprar no Natal nem o 13º salário para liquidar suas contas”.

Dólar alto e falta de planejamento

Para Leopoldo Furlan, outro problema enfrentado pelos brasileiros como um todo é a alta do dólar, que está batendo recordes históricos há algumas semanas. “Boa parte dos produtos são ou possuem algum dispositivo importado, como os eletrônicos por exemplo. Eles estão com o preço bastante elevado”.

A orientação, segundo ele, é tentar planejar os gastos e comprar com cautela. “Normalmente parte dos consumidores não tem planejamento nas compras e só consegue voltar a ter crédito com abonos de fim de ano. Esse pessoal acaba saindo do mercado”.

Leopoldo Furlan, presidente do Sindilojas.

 

 

 

 

 

Comércio tem que se reinventar

Proprietária de uma loja de acessórios no centro de Cascavel desde 2016, Vanessa Romero disse que esse ano, mais do que nunca, é preciso se reinventar. “O comércio já está se movimentando, estamos fazendo vendas online, entregas nas casas. Vendas por Facebook e Instagram devem dar o tom esse ano”.

Em relação as expectativas, ela disse que a insegurança ainda predomina. “Temos receio de que o comércio volte a fechar. Claro que não será como no ano passado, com muitas pessoas circulando nas ruas. Acredito que as pessoas estão optando pelas compras de maior necessidade como roupas, calçados, chinelos. Como as mães estão mais em casa, o foco deve ser isso”.

Agabel Viera Krefta, proprietária de uma loja de calçados e artigos em couro, disse que o Dia das Mães sempre foi uma época boa, mas este ano é difícil saber. “As pessoas estão dando prioridade ao essencial e quem pode gastar não está saindo. Quem trabalha com coisas ‘supérfluas’, por assim dizer, está fácil”.

Questionada a respeito de uma possível mudança na data, cogitada por alguns estados, Bel diz que não sabe se ajudaria. “Final do ano a coisa vai ser complicada, até porque muita gente vai atrasar contas. Será um caos. Aquela injeção na economia no fim de ano acho que não vai acontecer”.

Vanessa Romero: “Vendas por Facebook e Instagram devem dar o tom esse ano”
Agabel Viera Krefta: “As pessoas estão dando prioridade ao essencial”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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