Parlamentares da Câmara dos Deputados ouviram, nesta terça-feira (08), mães de vítimas do acidente da aeronave ATR-72, a jornalista Adriana Ibba, mãe da pequena Liz Ibba, e Maria de Fátima Albuquerque, mãe da vítima Arianne Estevam Risso que perderam suas vidas no acidente aéreo do voo 2283 da Voepass em 9 de agosto.
A terceira reunião extraordinária da comissão externa, presidida pelo deputado federal Newton Bonin e presença do relator, Nelsinho Padovani, que investiga o desastre contou com a presença do diretor do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, Carlos Eduardo Palhares Machado, o delegado da Polícia Federal – Chefe do Serviço de Segurança Aeroportuária, Rodrigo Borges Correia para esclarecerem detalhes técnicos e forenses relacionados ao acidente.
Durante a audiência, Adriana emocionou os presentes ao denunciar o que chamou de “tragédia anunciada” e criticou a falta de manutenção nas aeronaves.“Não foi simplesmente um acidente, não foi uma fatalidade que pegou todos de surpresa. Foi sim uma tragédia anunciada”, afirmou Adriana, ressaltando o sentimento de omissão e negligência que marcou o caso. Segundo ela, a segurança aérea foi tratada com desrespeito, resultando na perda de inúmeras vidas. “Quantas vezes essas aeronaves degradadas sem a devida manutenção levantaram voo sob olhares preocupados e alertas ignorados? Quantas vidas poderiam ter sido salvas se a segurança tivesse sido tratada como prioridade?”, questionou.O deputado Nelsinho Padovani evidenciou informação sobre a falta de manutenção e condições precárias da aeronave.“Tivemos relatos que um ex-funcionário denunciou o uso de palito em sistema antigelo de avião em 2019. Isso mostra a falta de cuidado com a segurança e a vida das pessoas” lembrou.
O acidente e suas consequências
O voo 2283, operado pela Voepass, partiu de Cascavel no dia 9 de agosto, com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A aeronave, modelo ATR 72, levava 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo. O acidente aconteceu próximo à cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, a apenas 20 minutos do horário previsto para o pouso. As causas da queda ainda estão sendo investigadas.
As investigações sobre o acidente continuam em andamento, mas o clamor por justiça e pela revisão dos protocolos de segurança ganha força a cada novo depoimento. As famílias esperam que essa tragédia sirva de alerta para evitar que novas vidas sejam perdidas em circunstâncias similares.
Fonte: Assessoria
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