Há dois anos morando em Canoas, a confeiteira Lia Silva, de Cascavel, conversou com o Preto no Branco nesta semana. Lia, que tem dois meninos pequenos, disse que quando viu a água invadir tudo, só pensou em proteger os pequenos. “É desesperador. Vim pra cá para ficar mais perto dos meus pais, para tentar uma vida melhor. Ver o que eu conquistei com horas sem dormir totalmente destruído, é terrível”.Lia recebeu ajuda para sair da casa onde morava por um voluntário, que a levou para um abrigo seguro. “Muito se fala de como está a situação aqui, mas só quem está vivendo isso pode dimensionar”.
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Transferida de Cascavel há um ano, Josiane Brustolin corroborou o relato de Lia. “Nunca pensei em passar por isso aqui. É um pesadelo”.Assim como o desespero ainda é grande, a solidariedade do povo brasileiro é emocionante. Em Cascavel diversos pontos de coleta foram espalhados na cidade. Além do Corpo de Bombeiros, polícia, defesa civil, e outros espaços públicos, pessoas comuns estão se organizando para mandar donativos. “O Rio Grande do Sul está destruído e nós não podemos ficar de braços cruzados. Se cada um doar um pouco, fazer o mínimo, já é de grande valia”, disse Adriana Moraes, que lotou o carro com doações.


Auxílio do Estado
Somente na quinta-feira (09), o Governo do Paraná enviou medicamentos, 300 bolsas de sangue e seis de plaquetas, além de insumos hospitalares, para atender uma solicitação do governo gaúcho.
Desde o dia 1º de maio a Sanepar enviou cinco caminhões-pipa, 144 mil copos de água e colchões para ajudar as vítimas das chuvas. Na área da segurança pública, 32 policiais militares, oito viaturas, helicóptero e embarcação foram enviados, além de uma equipe da Polícia Científica com quatro técnicos de perícia e insumos para auxiliar as forças de segurança do Rio Grande do Sul. Pelo Corpo de Bombeiros, uma nova equipe foi enviada nesta quarta (08), com 37 bombeiros militares em substituição a equipe paranaense que já atuava na região.
Operação de Guerra
Muito além dos donativos que estão sendo arrecadados pelos paranaenses, o Corpo de Bombeiros do Estado enviou militares para auxiliar no resgate das vítimas. A previsão é de que eles permaneçam no Rio Grande do Sul é até o dia 16, mas isso pode mudar uma vez que, segundo os institutos que analisam o clima, a chuva deve voltar a cair no Estado.
Para ajudar o povo gaúcho a arrecadação dos donativos foi estendida até o dia 22 de maio e também foi incluído nos itens roupas, calçados, utensílios domésticos e itens de cama e banho.
Até agora o Paraná já encaminhou mais de 500 toneladas para o Rio Grande do Sul, uma das maiores campanhas já feitas no Estado. Somente nos seis primeiros dias em meio a um cenário dito por muitos como de guerra, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná foi responsável pelo resgate de 930 pessoas, além de centenas de animais.
Trabalho voluntário
O Correios e o Corpo de Bombeiros de Cascavel estão precisando de voluntários para fazer a separação dos donativos, que serão arrecadados até o dia 22 de maio.
No Correios para ser voluntário é preciso se inscrever pelo e-mail [email protected] com nome completo, CPF, telefone de contato e endereço. Nos bombeiros o cadastro, com as mesmas informações, pode ser feito no quartel central, na Rua General Osório.
Quem quiser ajudar, os itens arrecadados são: alimentos não perecíveis; água; produtos de limpeza; produtos de higiene; cobertores; colchões; vestuário (roupas e calçados); utensílios domésticos.
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