Uma falha no sistema de desgelo, conhecido como ‘de-ice’ foi apontado, no relatório preliminar, como a possível causa do acidente aéreo da VoePass que saiu de Cascavel e caiu na cidade de Vinhedo (SP) matando 62 pessoas, no dia 9 de agosto.
O relatório preliminar da Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foi divulgado ontem (06) em uma coletiva de imprensa em Brasília.
Conforme o documento apresentado, a caixa-preta registrou o momento em que os pilotos relataram problema no sistema degelo. Eles teriam acionado o dispositivo cerca de três vezes e, inclusive, estava acionado no momento da queda.
O sistema de desgelo é responsável pela remoção do gelo já formado e acumulado na estrutura da aeronave e, ainda no dia do acidente aéreo, diversos especialistas no setor citaram que isso seria uma possível causa para a tragédia.
As duas caixas-pretas do avião chegaram ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores do Cenipa, em Brasília, no último dia 10/8. O órgão informou no último dia 13/8 que conseguiu extrair com êxito as gravações de voz e de voo.
Os registros são do Cockpit Voice Recorder (CVR), que é o gravador de voz da cabine, e do Flight Data Recorder (FDR), responsável por registrar os dados de voo, como altitude e velocidade, entre outros.
Ainda segundo o Cenipa, os pilotos da aeronave da VoePass que caiu em Vinhedo (SP), tinham treinamento específico para voar em condições de gelo. Conforme o órgão, a metereologia previa condição de gelo severo no trajeto do avião e que a aeronave podia voar nessas circunstâncias.
A tragédia
O voo 2283 da VoePass saiu de Cascavel e tinha como destinho a cidade de Guarulhos (SP). Sobrevoando Vinhedo, faltando menos de 20 minutos para pousar no destino, houve um problema e a aeronave perdeu a altitude rapidamente, caindo bruscamente. Todas as pessoas que estavam à bordo, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes, morreram na hora.
Fonte: Metrópoles
Deixe um comentário