Era uma vez, nos primórdios da Era da Informação, um pequeno Reino Corporativo cuja rainha era tímida e vivia em seus aposentos, ou reunida com a cúpula da Diretoria Real.
Até mesmo nas reuniões diretivas ela era pouco requerida, limitando-se a auxiliar o Rei, enquanto os demais presentes apenas baixavam suas cabeças sem dar opinião, pois eram considerados soldados executores.
Apesar de sua posição de relevância, era uma rainha que não reinava. Tinha postura coadjuvante, atendo-se apenas a descrever as regras de conduta, punições ou meros comunicados internos.
Os negócios do Reino mantinham o mesmo ritmo de sempre, com os resultados de sempre.
Enquanto os negócios andavam, a rainha preferia permanecer no alto do castelo, com seus termos rebuscados e cultos, que a grande maioria nem sequer compreendia. Ela acreditava que os executores das tarefas do Reino Corporativo não precisavam tomar conhecimento das ações da Realeza.
E foi graças a um boom de demanda extraordinária do mercado, que o pequeno Reino Corporativo vislumbrou a oportunidade de crescer.
Foi necessário aumentar significativamente a população de executores para produzir mais. Eles passaram a ser tantos que não se entendiam mais. Não sabiam a quem se reportar e nem a quem levar as necessidades ou as ideias. Foi aí que surgiram problemas, erros das equipes, pedidos não atendidos, entregas fora do prazo, faltas ao trabalho, furos no controle de estoque e tantos outros.
Até que um dia, a rainha saiu da cúpula do castelo e percebeu que a maior ameaça ao Reino Corporativo era ela mesma, por não estar exercendo corretamente a sua função de comunicar.
No dia seguinte, a Rainha Comunicação realizou um discurso inflamado para todo o Reino. Declarou que o Império seria dela. Que ela passaria a ser prioridade entre todos os setores e processos, a começar pela Realeza. E quando todos se comunicaram efetivamente, o fenômeno do sucesso aconteceu! O Reino cresceu tanto que virou multinacional.
Foi assim que uma nova era se estabeleceu, na qual a Comunicação se tornou estratégica em todo reino corporativo. E em todos eles passou-se a estabelecer uma comunicação assertiva, em que os líderes transmitem a todos a missão, visão e valores da empresa. Em que os colaboradores passaram não apenas a trabalhar, mas sim a se dedicar ao propósito da corporação, com o qual se identificam e do qual se orgulham.
A Rainha estabeleceu a Era da Comunicação.
Gostou? Neste texto busquei tratar de forma leve de um tema sério, que acomete muitas organizações e gera consequências tangíveis e intangíveis para o público interno e externo.
Em diversas empresas a comunicação tem sido coadjuvante. Na história, nem tão fictícia assim, é fácil atribuir a culpa à personagem Comunicação, mas na vida real precisamos ter a consciência de que a comunicação é atribuição dos gestores, em todos os níveis. Portanto, são eles os responsáveis pelos problemas gerados em consequência da falta de comunicação ou de uma comunicação falha eu deficitária.
A boa notícia é que é possível sanar esse problema, valorizando o trabalho de comunicação interna, unificando o discurso, fazendo uso de canais eficientes e de uma linguagem clara e objetiva.
Sucesso a todos!
* A autora é jornalista e investidora.
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