Abertura de empresas é 64% maior que fechamentos

Mesmo com a crise, mais empresas abriram as portas

Ter o negócio próprio. Esse é sonho de milhares de brasileiros. E isso não é diferente em Cascavel, onde apesar da crise em função das restrições impostas pelo novo coronavírus, o volume de abertura de empresas no primeiro semestre de 2020 foi 64% maior do que o de fechamentos. 

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De acordo com dados do Município o primeiro semestre de 2020 foi bastante positivo no comparativo com o mesmo período de 2019 e 2018. Nos seis primeiros meses deste ano foram abertas 2.660 empresas, crescimento de 9% no comparativo com 2019 e de mais de 20% em 2018. Foram abertas 2.418 empresas no ano passado e 2.111 no ano anterior.

Já em relação ao fechamento de empresas o primeiro semestre do ano passado foi o pior dos últimos três anos e, na época, sem coronavírus. Em 2019, 1.129 empresários precisar encerrar suas atividades. No ano anterior foram 895 e, nestes primeiros seis meses de 2020 foram 947.

Mas, nem tudo são flores. Muitos empresários têm passado maus bocados e, por isso, lutam arduamente para não ter que fechar as portas.

Sonho interrompido

A empresária Dayane Cristine de Paula é um destes casos que vem batalhando para sobreviver na pandemia. Ela trabalha com acessórios da linha afro. Com boas vendas online e na informalidade em todo ano passado, ela viu o sonho de ter uma loja se tornar um problema em épocas de pandemia. “Vendia super bem pela internet, via redes sociais e surgiu a oportunidade de abrir minha loja física este ano. Eu e meu esposo pensamos cada detalhe, abrimos empresa, encontramos um lugar e estudamos formas de não ter muitas despesas para fazer tudo funcionar perfeitamente. Abri a loja em fevereiro com a perspectiva de ser um sucesso, já que trabalho com uma linha que tem um público específico e com peças exclusivas”.

Dayane conta que, menos de um mês depois, viu seu sonho desabar. “Em março tivemos o lockdown e com três crianças pequenas, sem ter onde deixá-los, precisei fechar a loja e voltar para as vendas online”.

Segundo ela, como o esposo trabalha e por não possuir família em Cascavel, o fato de precisar cuidar dos filhos e a queda significativa nas vendas, a desmotivaram. “Mesmo com peças lindas, diferentes e com baixo custo, meus produtos são considerados supérfluos e, com isso, as vendas presenciais se reduziram a quase zero”. A empresária cita que a estrutura da loja continua na sala comercial, mas que ela não tem conseguido trabalhar. “Creio que se continuar assim vou fechar as portas de vez e voltar à informalidade. Não tenho com quem deixar as crianças, não posso levar elas comigo porque há risco de se contaminar com o coronavírus e pior, as vendas são mínimas. Felizmente trabalho freelancer com criação de cartazes, mas minha família não consegue se manter sem que eu tenha vendas significativas para valer a pena as despesas como aluguel, água, luz, impostos, entre outros”, lamenta.

A empresária Dayane de Paula abriu sua loja em fevereiro deste ano e desde março passa por dificuldades

 

 

 

 

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