Cascavel é a única cidade no Paraná e uma das poucas do Brasil onde uma Associação Comercial e Industrial abraçou importantes projetos e ações voltadas à tecnologia e à inovação.
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A pequena silício do oeste conta com empresas ou as chamadas startups de tecnologia e inovação que estão residentes na Acic produzindo conhecimento e tecnologia para solucionar problemas para todo o Brasil. Quem sabe, logo para o planeta.O município que é considerado um case do sucesso no agro, agora aparece com um verdadeiro expoente na tecnologia em projetos que se enraízam por toda a região oeste.
Quem conta dessa trajetória é o executivo do Acic Labs, o empresário Sérgio Altavini. “Tudo nasceu em 2017 quando um grupo da gestão da Acic na época, entre eles o atual presidente Siro Canabarro que é ligado ao setor de tecnologia, visitou grandes polos de conhecimento tecnológico mundial, entre eles o Vale do Silício nos Estados Unidos, quando o grupo voltou logo pensou, por que não fazer algo assim por aqui? E assim nasceu o projeto que hoje é um sucesso”, contou.
O pequeno vale do silício cascavelense e do oeste do Paraná está ganhando projeções nacionais. Um dos exemplos é a Edubot, startup que nasceu e está incubada até hoje na Acic Labs, aceleradora e hub de inovação da Acic. A empresa voltada à tecnologia robótica produz material didático para o ensino/aprendizagem na área, tornando-a acessível para estudantes de escolas públicas e privadas de todo o país.
Para se ter ideia do tamanho e da importância do Acic Labs, em 2021 ele recebeu um prêmio e certificação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) pelo desenvolvimento e tecnologia que podem ser aplicados ao agro, com inserções que podem resolver problemas históricos como os problemas históricos de gerenciamento de todos os espaços dentro de um aviário. O município é considerado um dos maiores produtores da avicultura brasileira.
Mas afinal de contas, o que é o Acic Labs?
Segundo a Associação Comercial e Industrial de Cascavel, o Acic Labs nasceu para desenvolver um papel de destaque no ecossistema de inovação de Cascavel, “já considerado um dos mais pulsantes do Paraná”. Uma de suas atribuições está justamente na chamada aceleradora e hub de inovação abrangendo os residentes que precisam de apoio para transformar ideias em negócios.
Atualmente mais ali mais de uma dezena de residentes e o tempo de incubação varia de seis meses a um ano, dependendo do grau de maturação do projeto.
Desta “incubadora”, já saíram projetos inovadores para os mais diversos segmentos, sobretudo ao pujante e bilionário agronegócio regional, como mencionado anteriormente. Entre os destaques estão as startups que estão focadas em tecnologia inovadora para o controle e ambientes e das condições de produção em granjas aviárias.
Existem ao menos três formas para que uma empresa de inovação ingresse como residente no Acic Labs e leve sua estrutura para dentro da Associação Comercial. “A primeira é contato direto dos empreendedores com a direção da aceleradora. Um dos critérios de seleção está na maturidade da ideia ou do projeto e se ele tem potencial para ser aplicável, replicável e escalável”, contou o executivo Sérgio Altavini. “Outro é receber convite do Acic Labs para participar e a terceiro forma de acesso se dá por meio de editais”. Por enquanto todas as vagas estão lotadas, mas novos editais não estão descartados.
Ao se tornar residente, a empresa de inovação usufruirá de um ambiente apropriado para o aprimoramento de ideias e projetos, contará com mentorias, participará de meetups com empresários e investidores e receberá auxílio técnico para desenvolver seus produtos ou serviços, mas é importante destacar que não há ajuda financeira, propriamente dita. As incubadas estão nos mais diferentes estágios – ideação, aceleração e tração e todas recebem colaborações para o fortalecimento de sua ideia, produto ou serviço enquanto estiverem na condição de residentes, lembrou a própria Associação Comercial.
No campo das ideias
Para aquelas em início de trabalhos, ainda no campo de amadurecimento do projeto, não há qualquer custo em participar da incubação. Já para aquelas que têm CNPJ e faturamento há cobrança de mensalidade, que é bastante acessível, segundo Sérgio Altavini. “Todas as startups participam de um planejamento e semanalmente precisam apresentar relatório com os passos vencidos. A Acic Labs já conta com bons cases de sucesso, de startups que começaram pequenas e que hoje fazem sucesso no Brasil”, ressalta o diretor da Acic, Siro Canabarro.
“Uma das funções centrais da Acic Labs, e esse foi um ponto determinante para que a associação comercial investisse nesse projeto, é oferecer aos empresários, dos mais diferentes setores, um ambiente no qual possam ter acesso ao melhor das inovações e das novas tecnologias que mudam a forma como as empresas se posicionam no mercado”, completou.
Braços e tentáculos e um caminho pelo Iguassu Valley
Por toda a região oeste do Paraná, a tecnologia e a inovação passaram a ser pontos decisivos para muitas atividades e avanços em pesquisa e, claro, em ações práticas com soluções para o dia a dia.
O Sistema Regional de Inovação do Oeste do Paraná, conhecido como o SRI Oeste do Paraná, é uma das câmaras técnicas ligadas ao gigante e poderoso POD (Programa Oeste em Desenvolvimento). Importante destacar que é no POD onde estão desde as gigantescas indústrias regionais até projetos mais modestos, mas com potencial de desenvolvimento.
“A rede opera de forma integrada por toda a região para a geração, difusão e utilização de tecnologias e inovação”, alerta o projeto. Todos os municípios inseridos no POD, mais de 50, contam com alguma interligação direta que vai levar ou possibilitar contatos entre os que têm problemas e os que têm soluções para elas.
O reconhecido e premiado Iguassu Valley estimula, conecta e monitora a implementação de projetos, ações, negócios, políticas públicas e outras iniciativas que fortaleçam o Ecossistema de Inovação, alinhado às estratégias do POD. “Entre seus produtos está a plataforma SRI, que pode ser acessada pelo site, plataformasri.pti.org.br/, que agrega as ofertas e demandas de diversos setores da região Oeste do Paraná.
Quem participa?
Os participantes do SRI são: governo que opera como responsável por fomentar políticas públicas que incentivem o processo de inovação; Universidades que atuam como a principal construtora e difusora do conhecimento científico; Empresas que são responsáveis por transformar o conhecimento científico puro em conhecimento aplicado.
Essa ação de Governança Regional está antenada na promoção do desenvolvimento econômico da região em um processo participativo, fomentando no território a cooperação entre os atores, públicos e privados, para o planejamento e a implementação de uma estratégia de desenvolvimento integrada.
“A Iguassu-IT é parceira do SRI e faz parte da governança para o apoio ao desenvolvimento da região Oeste do Paraná”, afirma o POD.“O Iguassu Valley é um movimento que atua por meio de governança regional e municipais com objetivo de fomentar o ecossistema de inovação do Oeste do Paraná. Instituições de apoio, grandes empresas, startups, instituições de ensino e pesquisa, fomento e habitats de inovação colaboram entre si, estimulando, conectando e monitorando a inovação para tornarem a região referência mundial”.
E tudo interligado, forma uma grande rede de conhecimento e de desenvolvimento tecnológico, reforça Sérgio Altavini.
Fonte: Assessoria
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