Alunos da Unioeste elaboram e-book com dicas a empresas

Acadêmicos das áreas de economia e contabilidade da Unioeste encontraram um jeito diferente de ajudar empresas nesse momento de crise sem precedentes. Eles criaram uma cartilha que traça o histórico de resiliência de empresas e de como elas podem, diante de um cenário tão difícil e conturbado, reforçar suas defesas contra problemas que podem levá-las até à falência.

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A professora Neiva Capponi informa que a ideia surgiu de um bate-papo e que os alunos, por meio da elaboração de textos, passaram a coletar impressões sobre os transtornos econômicos e sociais provocados pelo coronavírus. “E os resultados foram tão bons que percebemos que havia ali um caminho de ajuda robusto”, diz o acadêmico de Ciências Contábeis Yuri Steffani.

A intenção inicial era a elaboração de um folder com dicas práticas sobre atitudes possíveis diante do momento. Mas como o material reunido, e que foi aprofundado em seguida pelos acadêmicos, optou-se pela elaboração de um e-book – que será gratuitamente distribuído pelas mais diferentes entidades ligadas ao setor produtivo de Cascavel e da região na qual a Unioeste tem alcance.

O material traz fundamentações de grandes autores estudados nas áreas das ciências econômicas, como Peter Drucker e Michael Porter. A mestranda em economia Ana Carolina Fernandes Alves informa que o material permite aos empresários conhecer a origem dos problemas que levaram a teses e a soluções aplicadas com sucesso até hoje em empresas dos mais diferentes setores e em praticamente todo o mundo. “No e-book estão informações, caminhos para a adoção de condutas e também orientações práticas que esclarecem as mais diferentes dúvidas”, segundo Ana.

Uma das preocupações na elaboração do material é reconhecer que essa é uma crise diferente e já considerada a mais dura em cem anos. Ou seja, as pessoas que estão à frente de grandes empresas, corporações e instituições jamais experimentaram um desafio dessa envergadura. Por isso, quanto mais informações e ajuda eles tiverem, melhor, diz Yuri. A professora Neiva destaca que o conteúdo apresenta o caminho que o ser humano trilhou ao longo dos anos, bem como tudo o que está ligado ao contexto e amadurecimento da sociedade ao longo de gerações, principalmente no que se refere às crises.

Uma das características percebidas durante o projeto, de acordo com o acadêmico de Ciências Contábeis Kaio Strelow, é que o homem e as instituições que ele criou são muito resilientes. “Ele aprende, persevera, se reinventa e prossegue a sua jornada”. De todas as dificuldades ele tira lições que o deixam ainda mais forte e preparado para as próximas provações, que sem dúvida virão. O grupo de estudos apurou que em cem anos, o Brasil enfrentou 25 crises, e que o mundo passou por seis de alcance global. “Elas são cíclicas e todas têm muito a ensinar”, diz Kaio.

A professora Neiva destaca um aspecto importante do trabalho, de que a academia não pode se fechar nela mesma. E que essa colaboração é uma maneira que os próprios acadêmicos encontraram de ajudar a comunidade na qual está inserida. Para elaborar as dicas, os alunos, com a colaboração da professora, percorreram um longo caminho e pinçaram as soluções que parecem as mais indicadas para o atual momento de dificuldades que as empresas atravessam principalmente em consequência do isolamento e das restrições de convívio social.

 

Dicas

A análise central foi feita com base nas forças de Michel Porter, que trata sobre concorrentes, poder de barganha, ameaças quanto a produtos substitutos, novos entrantes e poder de barganha dos clientes. Entre as sugestões que o e-book traz estão não tomar medidas de forma precipitada, não decidir no calor da emoção, porque a chance de tomar uma medida errada e com consequências graves é bastante comum, pensar, refletir e considerar os pilares fundamentais do negócio, trabalhar com foco em união e sempre apoiados pelo associativismo.

O diretor de Comunicação Social da Acic, Carlos Guedes, teve acesso ao material e o considera rico e de grande importância para as empresas. “Tudo o que se puder agregar nesse momento é bem-vindo, principalmente uma colaboração como essa de professores e acadêmicos que estudam a fundo temas como esse, de crises como a que agora estamos atravessando”.

 

Fonte: Assessoria

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