O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e o Instituto Água e Terra (IAT), criaram cards para orientar a população sobre como proceder ao se deparar com animais silvestres. Dependendo do lugar de residência, o encontro com este tipo de animal pode ser algo bastante comum. As dicas sobre como lidar com cobras, gambás, ouriços e lagartos estão sendo publicadas semanalmente nas redes sociais e podem ser acessadas aqui .
O secretário Valdemar Bernardo Jorge destaca a importância da informação para os cuidados ambientais. “Com esses informativos queremos mostrar que com informação e conscientização é possível prevenir acidentes e preservar a vida dos animais”, afirma.
O primeiro animal a figurar no guia é a serpente. A primeira coisa a se fazer, neste caso, é manter a calma e afastar crianças e animais domésticos para evitar acidentes. Elas não veem os seres humanos como potenciais presas, portanto, não têm interesse e tampouco perseguem pessoas.
Os acidentes normalmente acontecem quando alguém invade o raio de limite delas, por isso é importante isolar o animal, sempre mantendo uma distância segura. Para criar essa separação pode ser utilizado um rodo ou vassoura para direcioná-la gentilmente para algum local. A orientação é fazer fotos e vídeos e enviar para o Setor de Fauna do IAT auxiliar na identificação e demais orientações. O telefone é (41) 3213-3767.
As recomendações para evitar acidentes também passam pelo uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos; usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc; cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana; limpar paióis e terreiros para evitar ratos, além de não deixar lixo acumulado. A Secretaria de Saúde tem um guia para orientar o contato com serpentes e o que fazer se a pessoa for picada.
No Paraná, são encontradas as seguintes espécies peçonhentas:Bothrops alternatus(urutu, cruzeira, urutu cruzeiro),Bothrops jararaca(jararaca, jararaca do rabo branco),B. jararacuçu(jararacuçu),B. moojenii(caiçaca, jararacão, jararaca),B. cotiara(cotiara),B. neuwiedi(jararaca pintada),B. Itapetiningae(jararaquinha do cerrado),Crotalus(cascavéis) e Micrurus(coral verdadeira).
Outro animal comumente encontrado em áreas urbanas é o gambá. Ele consegue se adaptar e viver perto do homem, portanto se aproxima do ser humano pela facilidade em adquirir alimento e abrigo. O convívio pacífico com estes animais é possível. Para não atraí-los, não se deve deixar alimentos disponíveis no quintal, manter latas de lixo fechadas com cadeados e evitar acúmulo de entulhos – o que, aliás, atraem também outros animais, causando desequilíbrios ambientais.
Segundo Tassia Mariane Merisio, médica veterinária do setor de Fauna do IAT, normalmente os gambás se afastam sozinhos das casas. “O importante é afastar animais de estimação para que não ataquem o gambá. É só deixar que siga o rumo dele, o que provavelmente vai ocorrer durante a noite. Se for necessário, é só ligar para o Setor de Fauna do IAT”, explica.
Outros animais, como ouriços e lagartos, vão constar em breve nos informativos. A orientação é basicamente a mesma: evitar contato agressivo porque eles não atacam espontaneamente seres humanos. Matar ou maltratar animais silvestre são crimes previstos na Lei Federal 9.605 de 12 de fevereiro de 1998.
Fonte: Secom Paraná
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