Aos 87 anos, televisão brasileira perde a atriz Eva Wilma, vítima de câncer

Eva Wilma, em 2018 | Foto: Agência O Globo

A atriz Eva Wilma morreu neste sábado (15), aos 87 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, vítima de um câncer no ovário que, disseminado, levou a uma insuficiência respiratória. A artista estava internada desde o dia 15 de abril, inicialmente para tratar problemas cardíacos e renais. O câncer foi descoberto no último dia 7 de maio. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista. 

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“Vivinha, é assim (sorridentes) que vamos lembrar de você. Obrigado pelos momentos maravilhosos que vivemos juntos e estarão eternamente em nossos corações”, escreveram os agentes da atriz no Instagram.

Casada por 21 anos (1955/76) com John Herbert, separou-se dele para viver mais 23 anos, de 1979 a 2002, até a morte do segundo marido, Carlos Zara. Socialite, trambiqueira, mulher comum. Eva Wilma, a Vivinha, tudo fez, e com o maior brilho.

Carreira

Foi uma bela mistura que produziu Eva Wilma Riefle, atriz que entrou para o imaginário do espectador brasileiro de cinema, teatro e televisão simplesmente como Eva Wilma. 

Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini nasceu em São Paulo, em 1933, filha de um metalúrgico alemão e uma portenha judia. Em setembro do ano passado, a atriz comemorou 70 anos de carreira. No início da década de 1950, após chamar a atenção como bailarina clássica, ela estreou como figurante em filmes italianos e fez dois filmes com o diretor Armando Couto e o ator Procópio Ferreira, “O Homem dos Papagaios” e “A Sogra”. Ao longo da carreira, trabalhou com diretores como Walter Hugo Khouri (“A ilha”), Luiz Sérgio Person (“São Paulo S.A”) e Roberto Farias (“A cidade ameaçada”).

Na TV, a atriz estreou na Tupi, em 1953, no seriado “Namorados de São Paulo” (depois rebatizado para “Alô, doçura”). Na época, a televisão era toda feita ao vivo — o videotape só chegou em 1959, na TV Continental, no Rio.

Ao longo dos anos 1970, Eva Wilma se tornou uma das principais estrelas da TV brasileira. Fez sucesso atuando ao lado do ator Carlos Zara em diversos programas, muitas vezes como par romântico.

Os sucessos da atriz  na telinha incluem as gêmeas Ruth e Raquel na primeira versão de “Mulheres de Areia”, de Ivani Ribeiro, e papeis em novelas como “A viagem”, “O direito de nascer” e “Selva de pedra”. Na década de 1990, fez sucesso como Altiva, com seu sotaque nordestino e misturado com inglês na fictícia Greenville.

Após um período ausente, voltou às novelas com “Fina Estampa”, de 2011. Também fez aparições no seriado “A grande família” em 2014.

Em setembro, aderiu às lives, apresentando-se dentro de casa com o espetáculo virtual  “Eva, a live”, transmitido no YouTube e no Instagram.

 

Fonte: Estadão e O Gloo

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