Ex-vereador e pré-candidato a Deputado Estadual o corretor de imóveis Olavo Santos, que também tem uma ligação muito forte com Marechal Cândido Rondon, é o entrevistado da semana do Preto no Branco.
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Olavo Santos, que foi vereador em Cascavel de 2017 a 2020, é defensor do voto útil regional e quer, segundo ele, enfrentar os “gigantes” da política paranaense.
Preto no Branco – Na última eleição municipal o senhor concorreu a vereador e não se elegeu. O que faltou?
Olavo Santos – Faltou dentro da nossa composição, um pouquinho mais de voto. A gente ficou na suplência, se tivesse em outro partido estava eleito. Então, faz parte do processo político. Como da outra vez a gente logrou êxito, nessa aqui faltou um pouquinho.
Preto no Branco – Então foi a composição da chapa que influenciou na não reeleição?
Olavo Santos – Eu sempre tive a preocupação de formar líderes. E como fundamos a pastoral política, incentivamos que cada paróquia pudesse escolher um membro daquela localidade para ser candidato. E nessa época eu saí, digamos assim prejudicado, pois a paróquia que fui não realizou o processo e naquelas que eu tinha um grande trânsito, como a Neva, Cancelli, Santa Luzia, tiveram o seu representante. Posso ter sido prejudicado de uma maneira, mas sou muito feliz em ter ajudado a fomentar vários líderes.
Preto no Branco – Como nasceu esse projeto de ser pré-candidato a deputado estadual?
Olavo Santos – Eu aguardei bem, analisei o convite do partido, o tempo necessário pra ver a formação da chapa, porque sabemos que é uma disputa muito forte, muito acirrada e diante daquilo que eu experienciei como vereador, eu digo que sou pré-candidato a deputado estadual para desafiar os gigantes da política do estado do Paraná.
Preto no Branco – Como pretende encarar esse desafio?
Olavo Santos – Vamos despertar o Paraná. Vamos despertar o Oeste do Paraná porque muitos desses gigantes, falo gigantes porque tem grupo político muito grande, tem poder econômico, e eles vêm emprestam a liderança e a influência das lideranças na região. Pegam muitos votos e acontece de não voltarem mais. Na hora das decisões de enviar ou fomentar um desenvolvimento econômico ou um investimento, priorizam o norte ou a Região Metropolitana de Curitiba.
Preto no Branco – Esse número alto de pré-candidatos pode prejudicar uma possível candidatura sua?
Olavo Santos – Então, estamos desafiando esses gigantes. Queremos conclamar as pessoas a terem a consciência do voto útil regional. E é para isso que precisamos despertar o Oeste, porque a nossa gente é trabalhadora. Existe uma apatia na Assembleia Legislativa por parte dos representantes do Oeste e precisamos ir lá injetar um ânimo, um gás novo, mostrar trabalho, mostrar serviço.
Preto no Branco – Em todas as eleições um grande número de deputados vem de outras regiões angariar votos no oeste. Isso pode atrapalhar a sua campanha?
Olavo Santos – Atrapalha não a campanha do pré-candidato Olavo Santos, atrapalha o Oeste do Paraná. Atrapalha você que depois têm seus direitos tolhidos ou diminuídos. É por isso que eu entrei nessa disputa. Para combater, para desafiar ‘esses caras’. Precisamos ter mais seriedade na política. E finalizando sim, lastimável que ainda não tenhamos o voto distrital.
Preto no Branco – Passando pela convenção do partido e confirmando sua candidatura, quais serão suas principais bandeiras?
Olavo Santos – Primeiramente, combater a corrupção de pauta. Essa encenação, esse teatro que fizeram na Assembleia Legislativa a respeito do pedágio, por exemplo. É uma encenação, aí vem com palavras bonitas, tapinha nas costas, dizendo que isso é coisa do Governo Federal, isso não é bem assim e sabemos que nossa gente não é boba. Estamos próximo de termos pedágios na rodovia de Cascavel a Toledo, de Marechal Cândido Rondon a Guaíra e nós vimos o quê? Não vimos nossos representantes na Assembleia Legislativa se levantarem veementemente para se posicionar do lado da população.
Preto no Branco – Com relação a geração de empregos, o que pode ser feito para alavancar a oferta de vagas, principalmente para nossos jovens?
Olavo Santos – Precisamos fortalecer a região, ter um compromisso com esses jovens, com o potencial do Oeste, ter a obrigação de oportunizar à eles para que fiquem aqui. Agora, se ele quiser ir embora, por opção, é outra coisa. Mas, por necessidade, não podemos falhar. Todos precisam de governo, um empresário, industrial, o agricultor, o pobre, o mais necessitado. Todos eles em determinado momento precisam mais de atenção do governo e precisamos estar muito atentos a isso.
Preto no Branco – Porque ainda há um distanciamento do político com o eleitor mais simples? O senhor pretende fazer uma prestação de contas à população?
Olavo Santos – Uma das coisas que a gente pretende fazer é prestar contas. Não dá pra reunir toda a população, mas pelo menos convidar as lideranças dos segmentos para conversar, explicar porque que tivemos que votar sim ou não. Vamos deixar as pessoas falarem. O principal é deixar as pessoas falarem. Qual o problema de sentar com quem pensa diferente? Se a pessoa pensa diferente de mim, qual o problema nisso? Eu acho que é justamente aí que está a grandeza do ser humano.
Preto no Branco – Vivemos um período de muita violência com as pessoas reclamando que não tem mais sossego. O que pode ser feito para mudar essa realidade?
Olavo Santos – Sempre acreditei no trabalho preventivo e hoje vemos que está faltando contingente, falta gente para fazer a segurança. Estamos com carência de material humano, mas precisamos investir no trabalho preventivo, na inteligência, isso é questão de gestão. E aqui vai minha crítica direta a quem está no comando, porque dinheiro tem. Precisamos usar a inteligência, precisamos ter sabedoria. Só que essa situação da maneira como está, não pode continuar. Não é responsabilidade do município ficar colocando guardas nas ruas. A Guarda Municipal está à disposição, mas nós pagamos imposto para o estado colocar. E aí cadê a gestão dos nossos deputados? Ah mais trouxe uma viatura, ‘tô’ trazendo isso. Não gente, viatura não basta. É preciso ter um programa de trabalho preventivo.
Preto no Branco – O senhor vai de candidatura independente ou pretende fazer dobradinha?
Olavo Santos – A dobradinha por força de lei deve ser somente no alinhamento dos candidatos do seu partido. Então isso por força de lei e também por afinidade, temos o Deltan Dallagnol, o delegado Alamino e a Bibiane Horse, em Foz do Iguaçu. Na questão de dobrada oficial a legislação nos estabelece que devemos fazer com aqueles que são do nosso partido e eu citei aqui três dos colegas que são pré-candidatos a deputado federal.
Preto no Branco – E esse vai e vem do juiz Sérgio Moro, qual a sua leitura sobre isso?
Olavo Santos – Eu tenho a lamentar esse período da vida do Moro. Porque é um homem inteligente e competente. Acho que ele está percebendo agora, que política no Brasil não é para amadores. Eu tenho para mim que ele ou tem muita vaidade ou é muito mal assessorado. Ele é muito inteligente, tem lá a condição de num momento oportuno mais pra frente, se preparando melhor para política, contribuir com o nosso Brasil.
Preto no Branco – Em relação ao Governo do Estado qual a posição do partido?
Olavo Santos – O Podemos fechou questão. Álvaro Dias vai para a reeleição ao senado e já tem pré-acordado de estar com o governador Ratinho Júnior. Então o Álvaro como o candidato ao senado e Ratinho como o escolhido para a reeleição ao Governo do Estado do Paraná.
Preto no Branco – Em nível federal, qual é a posição do Podemos?
Olavo Santos – Estamos aguardando. Gostaria muito que o Podemos tivesse uma definição, um candidato nosso. Então, estamos aguardando esse posicionamento do Podemos na convenção ou nas convenções e daí resolvendo isso teremos um direcionamento.
Preto no Branco – Qual mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores?
Olavo Santos – É sempre bom ter um espaço como esse aqui no Preto no Branco, porque falamos para milhares de pessoas. As pessoas podem sentir e perceber se a mensagem é verdadeira, se é do coração, se tem compromisso ou se é um teatro. Quero aqui convidar as pessoas que fiquem atentas e vamos juntos despertar o Oeste do Paraná. Eu estou desafiando os gigantes da política e para isso vamos ter que nos unir para alcançar o êxito.