A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem investigado por diversos furtos praticados contra residências e condomínios nos bairros Mercês, Bom Retiro e São Francisco, em Curitiba. A captura aconteceu nesta segunda-feira (26).
O indivíduo foi identificado como autor de pelo menos cinco furtos praticados na região e também é investigado em um inquérito de 2023 pelo mesmo crime.
Segundo as investigações, ele agia de forma oportunista durante a madrugada ou em horários de pouco movimento. “Forçava os portões mas casas, arrombava portões dos condomínios, pulava grades. Nos locais, furtava bicicleta, botijão de gás ou o que estivesse mais fácil de pegar. Além disso, testava os carros para verificar se estavam destrancados”, conta a delegada Daniela Antunes.
No último fim de semana, o indivíduo encontrou um veículo aberto, do qual subtraiu uma carteira com diversos cartões, que posteriormente foram utilizados por ele em estabelecimentos comerciais.
“Após o registro de vários boletins de ocorrência, reunimos estes cinco casos nos quais foi possível identificar que se tratava de um mesmo indivíduo que aparecia nas imagens de câmeras de segurança das casas das vítimas e de vizinhos”, explica a delegada.
Com a obtenção das imagens que registraram os crimes, a equipe da PCPR, por meio de um complexo trabalho de inteligência policial, chegou até a identidade do homem e representou à justiça pela prisão preventiva.
Após a expedição do mandado, a equipe policial realizou diligências, localizou e prendeu o indivíduo. Ele foi levado à unidade policial, passou por depoimento e, na sequência, foi encaminhado ao sistema penitenciário.
O prazo de inscrições para o Concurso Vestibular de Inverno 2025 da Universidade Estadual de Maringá (UEM) termina no dia 4 de junho. Os interessados que ainda não se inscreveram precisam acessar o site do vestibular , preencher o formulário de inscrição e concluir o pagamento da taxa. O edital também está disponível no endereço eletrônico.
A taxa de inscrição é de R$ 194 e deve ser paga – por meio de código PIX – até o dia 6 de junho. A inscrição só é efetivada após o pagamento. O vestibular é o primeiro concurso para ingresso no ano letivo de 2026, previsto para iniciar em março do ano que vem. A prova está marcada para 13 de julho de 2025, com aplicações nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Curitiba, Goioerê, Ivaiporã, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa e Umuarama.
O Vestibular de Inverno 2025 oferta 936 vagas de graduação, divididas entre 594 para ampla concorrência e 342 para políticas afirmativas de cotas. As mudanças promovidas em 2023 pela Central do Vestibular Unificado (CVU) seguem válidas. A principal delas foi a eliminação da prova de conhecimentos específicos. Dessa forma, o candidato pode se inscrever em até três opções de cursos diferentes – que não precisam ser de uma mesma área.
A pontuação da prova também teve alterações: a redação passou a valer 120 pontos e alguns itens que zeravam a produção textual foram retirados. Além disso, o candidato que não pontuar nas questões objetivas, ainda assim, terá seu texto avaliado. A desclassificação automática só ocorrerá em caso de falta ou nota zero na redação.
NOVOS CURSO– O vestibular oferece 936 vagas em mais de 70 cursos de graduação presenciais e gratuitos da UEM, distribuídos entre o câmpus sede, em Maringá, e outros cinco câmpus regionais da instituição – Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Ivaiporã e Umuarama.
Uma das novidades deste ano é a mudança de nome do curso de Informática, que passa a se chamar Engenharia de Software. A graduação, com o mínimo de 5 e o máximo de 9 anos de duração, é ofertada no câmpus de Maringá, no turno da noite. No Vestibular de Inverno, são ofertadas 11 vagas para o curso, sendo 8 para ampla concorrência e 3 para cotas.
Outra novidade é a oferta de vagas para novos cursos de graduação da UEM – Engenharia Têxtil e Serviço Social, no câmpus de Maringá; e Arquitetura e Urbanismo, Engenharia de Computação e Tecnologia em Gastronomia, no Câmpus Regional de Umuarama (CAU).
O curso de Nutrição, previsto para ser ofertado no câmpus sede em 2026, não terá vagas ofertadas neste vestibular, pois ainda depende de aprovação do Governo do Estado. As primeiras vagas serão ofertadas no Vestibular de Verão 2025, marcado para 2 de novembro.
Mais informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no site do Vestibular de Inverno , no App Vestibular UEM e no perfil do Instagram @oficialuem . Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato com a CVU pelo telefone e WhatsApp (44) 3011-5705 ou pelos endereços de e-mail [email protected] e [email protected].
O palco do Miniauditório do Teatro Guaíra recebe nesta terça (27) e quarta-feira (28) o ator Adriano Petermann, que encena o Canto 17 da “Ilíada”, numa performance que resgata a potência transformadora da poesia homérica. O espetáculo leva o público a um dos momentos mais impactantes da epopeia: a batalha desesperada entre gregos e troianos pela posse do corpo de Pátroclo.
Homero, com sua maestria, oferece neste canto uma das mais inquietantes metáforas da guerra; a disputa pelo cadáver é comparada ao ato de esticar um couro de boi pelas extremidades para extrair-lhe a gordura. Nessa imagem brutal, os corpos dos guerreiros tombam ao redor do morto, como se o próprio Pátroclo, inerte, fosse o centro gravitacional do massacre. A guerra revela, assim, sua essência trágica: uma dança macabra em torno de um corpo sem vida.
A encenação enfatiza o paradoxo fundamental expresso por Homero: lutar até a morte por algo irremediável. A narrativa, longe de glorificar a bravura, denuncia a insensatez do heroísmo quando submetido a uma lógica de honra desmedida e vingança cega. O espetáculo convida o público a uma reflexão profunda: qual é, afinal, o sentido da guerra?
Além do embate físico, o Canto 17 expõe os jogos de poder entre Heitor, Ajax, Menelau e outros heróis, que protagonizam uma dança estratégica e feroz, na qual o corpo de Pátroclo se torna totem e troféu. Os deuses também intervém, inclinando a balança do conflito ora para um lado, ora para outro, como se a morte fosse uma moeda em mãos caprichosas. Nesse tabuleiro a vida humana se revela frágil, consumida por ideais abstratos e vontades divinas.
A atuação de Petermann corporifica a densidade ética e estética da poesia de Homero. Mais do que uma leitura, é uma evocação ritual que nos confronta com a brutalidade dos mitos fundadores da cultura ocidental. Ao trazer à cena o primeiro humanista da história, o espetáculo dirigido por Octavio Camargo, com iluminação de Beto Bruel, oferece ao público, com sensibilidade e força poética, a tragédia de Pátroclo.
Serviço:
Quando: 27/05 (terça-feira), 20h; e 28/05 (quarta-feira), 19h e 21h
Local: Miniauditório do Teatro Guaíra (R. Amintas de Barros, 70)
O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) informam que uma intensa massa de ar polar deve atingir o Estado a partir dos próximos dias, provocando queda acentuada nas temperaturas em todas as regiões. O frio intenso poderá causar prejuízos em diversas explorações agrícolas, como hortaliças, tomate, milho, café, pastagens e frutíferas tropicais. Para minimizar os danos, produtores podem adotar algumas medidas preventivas, conforme a orientação das equipes técnicas do IDR-Paraná.
Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada também é uma ferramenta que auxilia os produtores e hoje atende diversas atividades agropecuárias – avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo. Ele ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil.
Durante a vigência do serviço, pesquisadores do IDR-Paraná e do Simepar divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado. Quando há previsão de massas de ar frio com potencial de causar danos, um alerta é emitido e amplamente divulgado com antecedência.
Confira as dicas:
CAFÉ– Em relação ao café, nos plantios novos, com até seis meses de campo, recomenda-se o enterrio das mudas para proteção contra o frio. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou com aquecimento, sendo possível adotar as duas medidas simultaneamente. A proteção deve ser retirada assim que a massa de ar frio se afastar e o risco de geada cessar.
Para lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a orientação é amontoar terra no tronco das plantas, até o primeiro par de folhas. Esta proteção deve permanecer até meados de setembro, sendo posteriormente retirada manualmente.
PECUÁRIA DE LEITE– O frio intenso também afeta diretamente a disponibilidade de pastagem, principal alimento dos rebanhos leiteiros. Por isso, é fundamental reforçar a alimentação com volumosos, como o feno, e, principalmente, com concentrados, que ajudam os animais a manter a temperatura corporal e a compensar o maior gasto energético.
Atenção especial deve ser dada às bezerras recém-nascidas, que ainda não conseguem regular a temperatura corporal. Elas precisam ser mantidas em ambientes cobertos, sem correntes de vento, com feno forrando o piso e, se possível, com fontes adicionais de calor. Pode-se, ainda, utilizar mantas ou roupinhas confeccionadas artesanalmente para aquecer os animais.
As vacas próximas ao parto devem ser levadas para áreas cobertas ou, ao menos, piquetes maternidade com feno, devendo ser monitoradas especialmente à noite, para que os bezerros sejam rapidamente secos e aquecidos logo após o nascimento.
PECUÁRIA DE CORTE – A pecuária de corte também enfrenta desafios em função da falta de pastagem, agravada por estiagens e geadas. Nessas situações, é recomendado o uso de suplementação alimentar, com volumosos conservados (como silagem e feno) e concentrados (milho, farelo de soja, entre outros).
É importante que o pecuarista planeje essas ações com antecedência, considerando a viabilidade econômica, já que o custo da suplementação é maior do que o do pasto. Em regiões mais frias, o cultivo de gramíneas de inverno, mais tolerantes ao frio, pode ser uma alternativa viável.
FRUTICULTURA – Evitar a aplicação de produtos reguladores de crescimento para quebra de dormência; adotar técnicas de aquecimento com fumaça; manter a irrigação; e manter as áreas limpas são as principais recomendações para reduzir o risco de danos por baixas temperaturas.
HORTALIÇAS – Entre as medidas recomendadas estão o cultivo protegido, com fechamento adequado do entorno das estufas; a suspensão da irrigação alguns dias antes do frio mais intenso, para evitar formação de gelo sobre as folhas; e o aquecimento controlado das estufas, utilizando carvão, com monitoramento constante durante a noite e a madrugada.
Em áreas de cultivo a céu aberto, a proteção é mais complexa, mas ainda assim são possíveis algumas ações: cobrir os canteiros com manta de TNT, utilizar aquecimento com fumaça e realizar pulverizações foliares com soluções salinas, que, quando aplicadas com antecedência, podem ajudar a reduzir o ponto de congelamento das folhas.
MILHO – As possibilidades de proteção das lavouras de milho são limitadas. Assim, a recomendação é manter as lavouras devidamente seguradas e atentem ao zoneamento de risco climático, realizando o plantio na época recomendada, de modo a garantir a cobertura do seguro rural e reduzir os riscos de perdas.
As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:
Uma perseguição policial agitou o Oeste do Paraná nesta segunda-feira (26). Com apoio do Falcão 13, helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas – Polícia Militar (BPMOA), policiais do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON) recuperaram um veículo furtado no Rio Grande do Sul que transitava na PR-467, entre Cascavel e Toledo. Ele era da Prefeitura Municipal de Ilópolis.
O caminhão foi avistado pela equipe do BPMOA após detectarem o alerta de furto. A aeronave iniciou o acompanhamento tático e logo em seguida uma equipe de policiais iniciou acompanhamento do veículo pela rodovia dando ordem de parada com o uso de sirene e giroflex. Os dois ocupantes do caminhão furtado desobedeceram as comunicações e continuaram conduzindo o caminhão em alta velocidade por mais alguns minutos.
Após uma breve perseguição, o condutor acessou uma estrada vicinal perto de Toledo, no distrito de Bom Princípio do Oeste, e parou o veículo. O passageiro se entregou, deitando ao chão, mas o condutor não respeitou as ordens de descer do veículo. A equipe policial em solo tentou conter o indivíduo para algemá-lo, mas ele reagiu tentando agredir os policias e foi alvejado na perna.
O caminhão e os indivíduos foram encaminhados para medidas cabíveis, assim que o homem baleado foi atendido pelas equipes do Siate.
A carreta havia saído de Chapecó, em Santa Catarina, e de acordo com informações estava carregada inicialmente com produtos de escritório. Quando ela foi localizada, porém, ela estava com cargas de celulares e cigarro eletrônicos, cuja comercialização é ilegal no Brasil.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (27) para cumprir 18 ordens judiciais contra um grupo investigado por tráfico de drogas, inserção de celulares em unidade prisional e outros crimes ocorridos no interior do Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação conta com apoio da Polícia Penal do Paraná (PPPR), que está auxiliando no cumprimento das ações.
Os policiais vão cumprir sete mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Piraquara, Colombo, Campina Grande do Sul e Quatro Barras.
A operação é resultado de uma investigação conduzida pela PCPR desde janeiro deste ano. As apurações indicam a prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção passiva e ativa, além da inserção de aparelhos telefônicos no ambiente prisional.
“O grupo criminoso contava com o envolvimento de um policial penal aposentado”, aponta a delegada Juliana Cordeiro, que coordena o inquérito. Ele recebia valores para ajudar na introdução de drogas e celulares dentro de uma unidade prisional.
A diretora-geral da Polícia Penal do Paraná, Ananda Chalegre, destacou a importância da cooperação entre as forças. “A Polícia Penal atua com protocolos rigorosos para garantir o cumprimento da legislação e a segurança dentro das unidades prisionais. Essas operações reforçam nossa capacidade de monitoramento e controle, assegurando um ambiente estável e sob a gestão do Estado”, disse.
Maria Cristina Canestraro tinha se tornado mãe pela primeira vez há apenas 14 dias quando precisou subir ao palco para uma das apresentações mais importantes de sua vida: a audição para integrar a primeira formação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP), em 1985. Estudando violino desde os seis anos, com o incentivo da mãe e de uma família com forte ligação musical, no dia do teste, entre os intervalos das provas, precisava amamentar o filho que acompanhou as audições na última fileira da plateia.
“Precisei chamar uma babá, que ficou segurando ele na última fila da plateia, enquanto eu fazia a prova no palco. Havia fases na prova e meu filho ficava esperando, porque outros músicos tinham que se apresentar e isso demorava. Foi um fato inesquecível para mim”, relembra.
Fundada em 28 de maio de 1985, a Orquestra Sinfônica do Paraná comemora em 2025, quatro décadas de história, talento e emoção – e personagens como Maria Cristina dão rosto e alma a essa trajetória.
Entre os músicos daquele primeiro concurso, além dela, estava também Paulo Augusto Ogura, primo e parceiro de ensaios da infância. Inspirado ao ver a prima tocar, Paulo também se apaixonou pelo violino. No dia da audição, no entanto, viveu um momento dramático: a corda do seu instrumento arrebentou. Desesperado, pensou em desistir, mas Maria Cristina rapidamente trocou a corda e o empurrou de volta ao palco. Ele guarda até hoje o Diário Oficial que trouxe os nomes dos dois entre os primeiros contratados da OSP. “Mesmo antes de estar na Orquestra, a música já preenchia nossas casas. Sempre foi uma realização, nunca trabalho”, lembra.
Esse espírito de família é visível em cada ensaio e apresentação. O maestro Roberto Tibiriçá, diretor musical e regente titular da Orquestra, define o grupo como “uma família com muita disciplina, produtividade e trabalho em equipe, que forma um conjunto forte”. Com meio século de carreira, Tibiriçá vê na convivência entre gerações um dos segredos do sucesso. “Os músicos mais antigos trazem toda sua experiência de vida e artística, enquanto os mais jovens renovam o gás”, diz.
Fundada em 28 de maio de 1985, a Orquestra Sinfônica do Paraná comemora em 2025, quatro décadas de história, talento e emoção. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN
ENCONTRO DE GERAÇÕES– Uma orquestra é formada por diferentes instrumentos e diferentes músicos – diferentes no estilo, na idade e nas gerações. Um exemplo é a pianista Analaura de Souza Pinto, 69 anos, que faz parte da Orquestra desde a sua fundação, em 1985, e o violinista Vinícius Batista, de 25 anos, que entrou para o grupo em 2017, aos 18 anos, sendo até hoje o caçula da formação. São três décadas de diferença.
“Eu entrei na Orquestra em 1985, fiz o primeiro concurso e passei. Estou desde aquela época, desde o primeiro concerto”, lembra Analaura. Para ela, a convivência entre gerações é natural. “Em uma orquestra, estamos todos unidos por um único objetivo que é a música. Então, mesmo sendo pessoas diferentes, de lugares diferentes, idades diferentes, a gente tem uma linguagem em comum que é a música. Todo mundo sabe se comunicar através dela”.
Já Vinícius, que é natural de Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, vinha para Curitiba desde pequeno para estudar violino, mas se mudou de vez para a Capital na época do vestibular. Antes de ingressar na faculdade de música, uma seleção para a Orquestra Sinfônica do Paraná mudou seus planos. “Muitos estudam para depois conseguir um emprego. Eu consegui um emprego que me deu estabilidade para estudar”, conta o violinista, que concluiu a graduação em 2024.
“Quando entrei foi preciso me adaptar, eu era o mais novo, o mascote. Então, tive que me esforçar para buscar o meu lugar. Mas a questão musical é muito pessoal: quando junta todo mundo ali, a música sai. Aí tem o maestro para direcionar. Hoje em dia, a Orquestra se tornou minha família. Moro sozinho aqui e é tudo para mim, um divisor de águas na minha carreira. É o que eu amo fazer”, destaca Vinícius.
Vinícius Batista, de 25 anos, entrou para a Orquestra em 2017. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN
MÚSICA E AMOR – Entre tantos personagens e histórias, também nasceu uma história de amor. Foi tocando quase de frente um para o outro – ele no violoncelo, ela no violino – que Romildo Weingartner, músico desde a fundação da Orquestra em 1985, conheceu Juliane Martens. O primeiro contato aconteceu em Londrina, quando Romildo fazia um cachê (participação pontual) na Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, na qual Juliane já atuava.
“Eu tocava uma semana em Londrina, uma semana em Curitiba. E a Ju já fazia parte da Orquestra. Aí não tinha como não observar. O ‘cello’ ficava posicionado de um lado e o violino de outro. Começou o flerte ali”, brinca Romildo.
O namoro evoluiu e Juliane passou a fazer alguns cachês também na Orquestra Sinfônica do Paraná. Até que, em 1999, surgiu um concurso público para o grupo. Ela foi aprovada e precisou decidir a vida em apenas 15 dias: deixou Londrina, veio morar em Curitiba na casa de primas, e logo se casou com Romildo.
“A Orquestra Sinfônica do Paraná foi um marco para mim. Um sonho de adolescência – quando os professores perguntavam de sonhos eu dizia que queria tocar na Orquestra, ainda mais sendo de Londrina. E consegui. E ainda juntei o agradável: unir a família, o amor e o trabalho”, relembra Juliane. “Hoje a gente segue se dando muito bem, cada um no seu instrumento, e já fecha um pacote: precisa de um violino? Tem um violoncelo também, um pacote completo”, se diverte.
Com 24 anos de casamento, o casal tem três filhos, de 18, 16 e 13 anos, que sempre acompanham os pais da plateia.
A pianista Analaura de Souza Pinto, que faz parte da Orquestra desde a sua fundação, em 1985. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN
ENTRE IRMÃOS– A Orquestra teve, até o ano passado, três irmãos dividindo o palco. Marlon (violinista), Jasson (violoncelo) e Iraí (viola) Passos, que também estavam na primeira formação, em 1985. Marlon se aposentou no ano passado, mas a família segue representada pelos irmãos mais novos. “Sempre tocamos juntos e isso nos trouxe, além de uma aproximação, um dever com a família e o público. É o que a gente sabe fazer de melhor e com prazer”, conta Iraí.
40 ANOS – Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. Criada oficialmente em 28 de março de 1985, a OSP é composta por cerca de 73 músicos e é considerada um dos mais importantes conjuntos sinfônicos do Brasil.
Ao longo de cinco reportagens de texto, áudio e vídeo, a série aborda a história da OSP, os personagens que a construíram, curiosidades, o universo dos instrumentos e a atuação descentralizada que aproxima a arte de diferentes públicos.
Para celebrar suas quatro décadas de história, a Orquestra Sinfônica do Paraná terá três apresentações especiais, nos dias 28 e 29 de maio e 1º de junho, com a execução da “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, sob regência do maestro titular e diretor musical da OSP, Roberto Tibiriçá. Uma websérie documental com quatro episódios também será lançada nos canais do YouTube do Instituto de Apoio à OSP e do Teatro Guaíra.
Com o objetivo de ampliar o sistema de proteção de crianças e mães paranaenses, o Governo do Paraná vai garantir biometria neonatal a todos os bebês nascidos em maternidades do Estado. O projeto Bebê ID foi anunciado nesta segunda-feira (26), com a assinatura do termo de cooperação técnica pelo vice-governador Darci Piana.
“Mais uma vez o Paraná larga na frente, com uma solução inovadora para dar mais segurança e dignidade às famílias do nosso Estado. De agora em diante, as nossas crianças sairão do hospital já identificadas e protegidas. É mais uma medida pioneira que o Paraná desenvolve e que servirá de exemplo para o restante do Brasil”, afirmou Darci Piana.
O Bebê ID é uma iniciativa vinculada ao Programa Criança e Adolescente Protegidos, do Tribunal de Justiça do Paraná, que visa assegurar o direito à identidade civil desde o nascimento, prevenir o sub-registro e fortalecer a rede de segurança pública, especialmente no combate ao desaparecimento de crianças.
“Esta é uma medida que ajuda a combater casos como trocas de bebês e sequestros, por exemplo. O Paraná está usando da tecnologia para evitar situações como estas, que chocam a sociedade. É o Estado mostrando o respeito que tem à vida, desde o início”, afirmou o secretário de Justiça e Cidadania, Santin Roveda.
A medida será implementada nas 77 maternidades públicas do Estado, beneficiando recém-nascidos, crianças de 0 a 5 anos e suas mães. O investimento será de R$ 2,8 milhões, com recursos da Secretaria de Inovação e Inteligência Artificial via Fundo Paraná.
“Este é um projeto que envolve uma série de órgãos, fruto do esforço de muitas pessoas, que representa um passo enorme na segurança do Paraná e na proteção de suas famílias”, disse o secretário de Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani.
SEGURANÇA– Antes da expansão, o projeto foi testado entre 2022 e 2024 na maternidade do Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Nesse período, foram coletadas cerca de 240 amostras biomédicas por mês, o que resultou em uma coleta total de 5 mil digitais de neonatos e mães. O piloto confirmou a viabilidade técnica da solução e resultou na criação de um protocolo específico de aplicação em maternidades.
A iniciativa tem como propósito ampliar o acesso à cidadania e fortalecer políticas públicas integradas nas áreas da saúde, justiça e segurança. Além disso, fortalece a rede de proteção e agiliza as investigações em casos de sequestro, desaparecimento, adoção ilegal e tráfico de pessoas.
“É um projeto inédito, com foco em prevenir principalmente a troca de bebês, mas não apenas isso. São dados importantes que, se bem captados desde o início, podem ajudar também na localização de qualquer criança, caso haja um desaparecimento no futuro”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto.
O projeto é resultado da atuação conjunta de instituições como o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), da Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju); da Secretaria da Saúde (Sesa), encarregada da coleta biométrica nas maternidades; e da Secretaria de Inovação (Seia), que apoia tecnicamente e financeiramente a iniciativa, com suporte tecnológico da Celepar.
O Bebê ID inclui, ainda, crianças matriculadas na rede pública estadual e municipal, adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e casos de natimortos, promovendo um amplo mapeamento da identificação civil.
“Quando uma pessoa tem o registro civil, ela se torna visível perante a sociedade. O Bebê ID é uma derivação de uma série de programas que visavam a identificação de crianças e adolescentes que chegam, agora, a uma nova fase”, afirmou a presidente do TJPR, Lídia Maejima.
A desembargadora, inclusive, foi a idealizadora de uma das primeiras políticas públicas conduzidas no Paraná nesta área, com o projeto Impressão Digital, criado em 1990 no TJPR, com foco no combate à falsificação de documentos. Nas décadas seguintes, o projeto evoluiu para o programa Criança e Adolescente Protegidos, que passou a garantir o direito à identidade por jovens em situação de vulnerabilidade.
Desde então, o programa já emitiu mais de 611 mil carteiras de identidade, atendendo mais da metade do público infantil e adolescente do Paraná com biometria oficial, consolidando o Estado como referência nacional em políticas públicas de proteção à infância.
INOVAÇÃO – A tecnologia utilizada para o Bebê ID foi desenvolvida pela empresa paranaense Infant.ID e é capaz de capturar impressões digitais palmares e plantares dos recém-nascidos com alta resolução (mais de 5.000 dpi), antes da alta hospitalar de forma confortável, rápida e segura.
O scanner biométrico utilizado para o registro da biometria possui certificação do FBI e, também, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST). Os dados são criptografados e enviados para o Instituto de Identificação do Paraná, o que atende a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). As informações coletadas ficam à disposição exclusivamente do poder público para fins de investigação, identificação, confecção de documentos e monitoramento de fronteiras.
PRESENÇAS– Participaram da solenidade o secretário de Segurança Pública, Hudson Teixeira; a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte; o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; os deputados federais Rodrigo Estacho e Felipe Francischini; os deputados estaduais Pedro Paulo Bazana, Márcia Huçulak, Gilberto Ribeiro, Flávia Francischini e Mara Lima; o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki; o diretor-presidente do Detran, Adriano Furtado; o procurador de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto; e demais autoridades.
A entrega do Residencial Vivere nesta segunda-feira (26) marca uma nova fase de vida para 55 famílias do município de Palmeira, nos Campos Gerais. Todas elas foram beneficiadas com subsídios de R$ 20 mil do programaCasa Fácil Paranápara ajudar no custeio do valor de entrada dos financiamentos. A obra de mais de R$ 10,4 milhões de investimentos é fruto de uma iniciativa da construtora Piacentini em parceria com o Governo do Paraná e a Caixa Econômica Federal.
O repasse de R$ 1,1 milhão em recursos estaduais foi coordenado pela Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e concedido a pessoas com renda de até quatro salários mínimos, devidamente enquadradas nos demais critérios estabelecidos no programa. Outras vantagens do projeto são que os compradores também conseguem descontos pelo Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e podem utilizar o FGTS para abatimento do montante financiado.
O Residencial Vivere fica no Bairro Jardim Itália, próximo às principais vias da cidade e acesso facilitado a diversos serviços públicos. Ele é composto por 88 casas no total e as demais entregas serão realizadas em etapas, com datas a serem definidas pela construtora responsável.
Nesta primeira fase, foram 55 unidades com plantas arquitetônicas de 43,09 m² e 47,99 m² para o modelo adaptado. Elas são edificadas em terrenos com metragens de até 200 m², o que permite ampliações futuras pelos proprietários.
Cada imóvel tem dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, área de serviço externa, jardim gramado com churrasqueira nos fundos e espaço para vaga de garagem, além de já contarem com acabamento completo.
Além dos subsídios governamentais, as condições de financiamento das moradias são facilitadas junto à Caixa Econômica Federal. Os contratos, que podem ser quitados em até 30 anos, apresentam taxas de juros diferenciadas e as prestações ficam com valores entre R$ 600 a R$ 900 mensais, custo similar ou até mais em conta que um aluguel no município.
SONHO POSSÍVEL– A zeladora Josefa do Rocio Farias, 57 anos, batalhava por uma casa própria desde 2012, mas o orçamento apertado e as condições de financiamento sempre eram um entrave. Foi com o apoio do programa estadual que o tão sonhado lar finalmente se tornou possível.
“Eu ia em imobiliárias, fazia cadastros e nunca conseguia porque meu salário não dava. É uma felicidade muito grande a gente saber que agora vai entrar em uma casa bonita, boa, novinha, com tudo funcionando, do tamanho que eu quero. Só tenho a agradecer, porque se não fosse o subsídio da Cohapar eu não teria conseguido”, comemorou ela.
Outros moradores do Residencial Vivere são o soldador Edenilson de Oliveira, 34 anos, e sua companheira Jaqueline. Juntos há sete anos, o casal celebra esse importante passo e destaca a participação do Estado na compra do imóvel.
“Hoje em dia está muito difícil juntar o valor de entrada, então o subsídio foi fundamental. Somos extremamente gratos e queremos que muitas famílias tenham acesso a esse projeto”, afirmou ela. “Estávamos na luta para conseguir uma casa própria, até que apareceu essa oportunidade, com ótimas condições e que favoreceram muito a gente. Agora é ser feliz nessa nova conquista”, afirmou o soldador.
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) promoveu nesta segunda-feira (26) uma solenidade em comemoração aos 35 anos de atuação do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) no Paraná. A cerimônia destacou a importância do serviço e homenageou profissionais que contribuíram para o seu desenvolvimento.
Foram exibidos vídeos institucionais mostrando a trajetória do Siate ao longo das décadas. Durante a cerimônia, foi entregue a Medalha de Mérito do Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma em Emergência a militares, civis e instituições que tiveram destaque no apoio ao serviço.
Nos últimos anos, o Governo do Estado renovou a frota de ambulâncias utilizadas nos atendimentos do Siate. A unidade recebeu 91 veículos, em um investimento de R$ 44,8 milhões, feito pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa). As aquisições reforçam a parceria firmada entre a Sesa e a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), por meio do Termo de Cooperação Técnica nº 135/2021, que já inclui 55 dos 65 municípios que possuem serviço do Siate.
Só no ano passado o Estado adquiriu 60 novos veículos, o que equivale a mais de 63% das 95 ambulâncias ativas do serviço. Os veículos são de alta qualidade, com mais espaço para vítimas e socorristas, equipamentos mais modernos e uma comunicação mais eficiente com os hospitais.
“A cooperação técnica entre as secretarias da Segurança Pública e da Saúde ampliou a integração entre Estado e municípios, tornando o serviço mais ágil e próximo da população. Um ponto importante é a aquisição das novas ambulâncias nos últimos quatro anos, renovando a frota e qualificando ainda mais o atendimento”, disse o comandante-geral do CBMPR, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, também falou sobre a integração entre as secretarias. “Trabalhamos lado a lado com o Corpo de Bombeiros para conseguirmos que o termo de cooperação fosse firmado e atuamos fortemente para trocarmos essas 91 ambulâncias ao longo dos últimos 18 meses para reforçar esse serviço referenciado e de extrema importância para o atendimento pré-hospitalar”, afirmou.
PRESENÇAS– Também estiveram presentes no evento o subcomandante-geral do CBMPR, coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto; o diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Cesar Neves; a secretária de Saúde de Curitiba; Tatiane Filipaki, e o comandante-geral veterano do Corpo de Bombeiros de 1987 a 1991, coronel veterano Miguel Arcanjo Caprioti.