Autor: Jornalismo

  • Estado contrata anteprojeto da nova duplicação da PR-151 em Ponta Grossa

    Estado contrata anteprojeto da nova duplicação da PR-151 em Ponta Grossa

    O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), contratou a elaboração do anteprojeto de duplicação da PR-151 entre a PRC-373 e a Rua Charles Louis Jean Renaud, no perímetro urbano de Ponta Grossa, região dos Campos Gerais. O investimento será de R$ 867.685,46, com prazo de conclusão de 12 meses após a ordem de serviço.

    A elaboração do anteprojeto inclui atividades como estudos de segurança de trânsito, estudos de traçado, plano de trabalho ambiental, contagens de tráfego, estudos geológicos, levantamentos de campo, sondagens geotécnicas, plano funcional, campanhas de fauna e de flora, entre outras.

    “Este é um importante compromisso que estamos cumprindo com a região de Ponta Grossa, com esse projeto de duplicação da PR-151 em um perímetro perigoso, atendendo a população, estudantes e profissionais de uma universidade federal, e fazendo uma conexão mais segura com o trecho onde há presença de uma industrialização pesada, parte do corredor logístico com o Estado de São Paulo”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. “É um sonho antigo de Ponta Grossa, e que estamos tirando do papel”, acrescenta.

    O trecho tem 5,24 quilômetros de extensão. Além da pista duplicada, estão previstos um novo viaduto no entroncamento da PR-151 com a Rua Rio Cavernoso, alargamento da ponte sobre o Rio Pitangui e construção de uma segunda ponte, paralela à existente, e readequação das rótulas existentes.

    “O DER do Paraná vai acompanhar passo a passo a elaboração deste novo anteprojeto, que uma vez concluído poderá ser utilizado para licitar uma contratação integrada, que contempla a elaboração do projeto básico e projeto executivo de engenharia, e a execução da obra em si”, explica o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.

    A futura obra vai beneficiar milhares de pessoas que utilizam diariamente o trecho para acessar bairros e o câmpus local da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), encerrando os congestionamentos e prevenindo acidentes.

    Fonte: Secom Paraná

  • Dia da Biodiversidade: conheça as espécies que só são encontradas no Paraná

    Dia da Biodiversidade: conheça as espécies que só são encontradas no Paraná

    Minhocas, peixes, sapinhos e pequenos cactos: há um ecossistema cheio de vida que só é possível de se encontrar no Paraná. Chamadas de espécies endêmicas, aquelas que ocorrem naturalmente em apenas uma região geográfica específica, são essenciais para a biodiversidade e exigem uma atenção especial em nome da preservação.

    Ser endêmico é carregar a beleza e o risco da exclusividade. Isso significa que, caso desapareçam dali, desaparecem do planeta. Também por estarem adaptadas a condições muito específicas de clima e vegetação, são muito sensíveis às mudanças climáticas e alterações ambientais.

    Por esse mesmo motivo, a preservação é fundamental para a estabilidade ecológica de um determinado ecossistema. Enquanto elas existirem, haverá ali um pedaço único e insubstituível do equilíbrio ecológico, um bio-indicador da qualidade ambiental daquela região.

    Neste 22 de maio, data de celebração do Dia Internacional da Biodiversidade, o Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), preparou um guia sobre espécies tipicamente paranaenses, com direito a “pé vermelho” e “leite quente”.

    Mirinaba curitybana

    Nome comum: caracol

    AM. curitybanaé endêmica do Paraná, foi vista em apenas duas localidades no Primeiro Planalto Paranaense: Curitiba e Campo Magro. A espécie foi avistada pela última vez no final da década de 1970, o que indica ser uma população severamente fragmentada, com declínio na área de ocorrência.

    Drymaeus currais

    Nome comum: caracol

    A população de caracóis habita a Ilha Grapirá, localizada a 11 km da costa paranaense. Embora esteja dentro de um parque nacional, por se tratar de uma população única, potenciais ameaças podem afetá-la e levá-la à extinção, como coleta indevida de exemplares, fogo e introdução de espécies exóticas.

    Glossoscolex lutocolus

    Nome comum: minhoca

    G. lutocolusestá associada a áreas com solos alagáveis, registrada em brejos, pastagens úmidas e áreas inundadas. São essenciais para a saúde do solo, atuando como “arados naturais” que melhoram a estrutura e promovem a fertilidade da área.

    Brachycephalus pernix

    Nome comum: sapinho-dourado, sapinho-de-colete, sapinho-pingo-de-ouro-sardento

    Espécie conhecida por habitar apenas a localidade na qual foi encontrada pela primeira vez: o Morro do Anhangava, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Esse sapo de pequeno porte tem baixa capacidade de dispersão, e possui habitat específico, sendo encontrado somente na serapilheira de florestas altomontanas acima de 1.100 m de altitude. Assim, sua distribuição está restrita à área do topo do morro.

    Acrolebias carvalhoi

    Nome comum: peixe-anual, killifish

    Natural da bacia do Rio Iguaçu, aA. carvalhoié conhecida apenas na sua localidade-tipo – o local exato onde foi pela primeira vez encontrada –, uma área alagadiça sazonal próxima ao rio, na região de Porto União (SC). Trata-se de um peixe anual, que vive em ambientes temporários e sobrevive à estação seca na forma de ovos em diapausa enterrados no solo. Sua população é considerada extremamente restrita e vulnerável.

    Parodia carambeiensis

    Nome comum: cacto

    Espécie dos Campos Gerais do Paraná, aParodia carambeiensisé encontrada em áreas de campo limpo com afloramentos rochosos, no município de Carambeí. Trata-se de um pequeno cacto que ocorre em manchas de vegetação aberta sobre solos rasos, frequentemente associados a campos naturais em elevações moderadas. Desde sua descrição, em 1952, a espécie tem sido raramente registrada.

    Calamodontophis ronaldoi

    Nome comum: cobra-espada-do-paraná

    Apenas dois registros comprovam a existência dessa espécie de cobra. Um deles, em General Carneiro, no Sul do Estado, e o outro em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Entende-se que ela ocupa regiões campestres da Mata Atlântica, em áreas de planalto acima de 800 metros de altitude. A espécie corre perigo de extinção.

    Fonte: Secom Paraná

  • MON convida educadores para roda de conversa e oficina sobre a arte na rua

    MON convida educadores para roda de conversa e oficina sobre a arte na rua

    Neste mês, o programa MON na Escola, realizado pelo Museu Oscar Niemeyer, promove roda de conversa e oficina com a temática da arte na rua. Conduzida pela equipe de educadores do MON, a atividade é direcionada a profissionais da área da educação.

    A ação “O texto na arte e a arte na rua: a cidade como página” será no dia 28 de maio, com duas sessões, às 9h30 e às 14h. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia por meio de formulário .

    A proposta parte da provocação “Como a cidade pode ser lida como poesia?”, em diálogo com a Poesia Concreta. Além disso, vai explorar formas de expressão que convidam os participantes a refletirem sobre a cidade, as ruas e o cotidiano como espaços de criação e artísticos.

    Com o objetivo de pensar a cidade como território de arte e educação, palavra e imagem se encontram e estimulam novos modos de perceber o mundo.

    O MON na Escola é uma ação educativa que busca ampliar a margem de diálogo entre o museu e a sala de aula, promovendo oportunidades para a descoberta da arte enquanto linguagem fundamental para a relação com o mundo.

    O programa é direcionado a professores das redes pública e privada, educadores e estudantes de áreas correlatas. Os encontros são mensais e contam a emissão de declaração de comparecimento.

    SOBRE O MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

    Serviço:

    MON na Escola – O texto na arte e a arte na rua: a cidade como página

    28 de maio

    Sessão 1: das 9h30 às 11h30

    Sessão 2: das 14h às 16h

    Espaço de Oficinas | Subsolo do MON

    Inscrições e inscrições AQUI .

    Museu Oscar Niemeyer

    Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba

    www.museuoscarniemeyer.org.br

    Fonte: Secom Paraná

  • Apoiado pelo Estado: tenista paranaense disputará três torneios juvenis do Grand Slam

    Apoiado pelo Estado: tenista paranaense disputará três torneios juvenis do Grand Slam

    Paranaense de Londrina, o tenista João Bonini, 17 anos, conseguiu um feito ao se classificar para a disputa de três torneios de Grand Slam na categoria sub-17, os mais relevantes em nível internacional. O atleta tem apoio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte), projeto da Secretaria de Estado do Esporte (SEES), do Governo do Paraná, que oferece mecanismo de incentivo fiscal a empresas por meio da seleção de projetos esportivos.

    Atualmente João é o 22º melhor tenista juvenil no ranking mundial da ITF (Federação Internacional de Tênis), que mede os pontos que cada atleta faz quando participa de torneios do circuito internacional, o que confirma sua participação no Roland Garros (França), Wimbledon (Inglaterra) e US Open (Estados Unidos).

    “Fiquei muito feliz. Foram três anos tentando escalar o ranking. Eu me vejo com grande chance nos torneios. Já joguei com os meninos que são favoritos e consegui ganhar deles. Então, projeto que pelo menos eu jogue bem”, disse.

    Por se tratar das competições mais importantes do mundo, o Grand Slam juvenil é o circuito que os principais tenistas mundiais já percorreram. Exemplo disso é o suíço Roger Federer, um dos maiores nomes da história do tênis, que venceu o Wimbledon tanto no nível juvenil quanto profissional. No contexto brasileiro, João Fonseca, o maior expoente do tênis nacional do momento, também já venceu o US Open sub-17 e agora está na elite do tênis profissional.

    A maratona de competições inicia no Roland Garros, em Paris, no dia 1º de junho. Depois, no Wimbledon, em Londres, no mês de julho. Por fim, no US Open, em Nova York, no final de agosto. Além disso, o tenista ainda vai participar dos Jogos Pan-Americanos Júnior, que inicia em 9 de agosto, em Assunção, capital do Paraguai.

    INSPIRAÇÃOCom o mesmo primeiro nome, o jovem talento londrinense busca seguir os mesmos passos do também prodígio João Fonseca, um ano mais velho que ele, e que já convidou o paranaense para treinarem juntos. Contudo, uma distensão no ligamento do punho direito impediu o londrinense de treinar com a atual estrela do tênis brasileiro. No primeiro ano de profissional, Fonseca se tornou o número um do Brasil no ranking da ATP e conquistou cinco títulos, com o destaque para o ATP 250 de Buenos Aires, se tornando o brasileiro mais jovem a conquistar um título do circuito mundial de tênis masculino.

    “O treinador do Fonseca me ligou para convidar a treinar com ele. Eu até aceitei de primeira porque não tinha saído o resultado do exame. Mas depois que saiu, tive que descansar por duas semanas. Logo terei outras oportunidades”, explicou João Bonini.

    Fonseca é constantemente elogiado por estrelas do tênis, como o sérvio Novak Djokovic, recordista em títulos de Grand Slams e em mais semanas como número 1 do mundo; e também por Carlos Alcaraz, tenista espanhol considerado a grande revelação dos últimos anos e atual melhor tenista no ranking da ATP, que classifica os melhores jogadores de tênis do mundo.

    Agora, João Bonini traça a mesma trilha de torneios que foram disputados por Fonseca no nível juvenil. Em 2024, o tenista paranaense alcançou um feito importante ao ser vice-campeão do Banana Bowl, principal torneio juvenil da América Latina.

    “É um torneio que, além de ser o maior e mais importante sul-americano, a gente joga com jogadores que vê hoje em dia jogando profissional, já ali no topo, como o João Fonseca, que também foi vice-campeão no ano anterior em 2023”, explicou Bonini.

    Segundo ele, o objetivo até o fim do ano é consolidar sua posição no ranking e iniciar, já em 2025, a transição para o circuito profissional. O atleta completará 18 anos no dia 14 de agosto e deixa de jogar torneios a nível juvenil.

    PROESPORTE– Para conseguir participar do programa de apoio a atletas, a família de João Bonini desenvolveu um projeto para ser inscrito no Edital nº 05, de 2023, do programa Proesporte. Ao todo, são R$ 199 mil que servem para custear viagens a torneios, ferramentas de trabalho como bolinhas, tênis e corda de raquete, assim como o pagamento do técnico de tênis que também vai às viagens. “Se não tiver um projeto desse por trás, me ajudando, me dando o apoio que eu preciso, nada disso seria possível”, afirmou o tenista sobre a importância do programa.

    O novo Edital 06, lançado pela Secretaria do Esporte, destina R$ 50 milhões para a execução de projetos esportivos nos anos de 2026 e 2027. Desde a criação do programa, em 2018, já foram R$ 83 milhões destinados a 577 iniciativas.

    “A participação do João no Edital 6 será fundamental para a continuidade dele no País”, disse Guilherme Pegoraro, pai de João Bonini, que tenta novamente a participação do atleta no Proesporte.

    A cada temporada, o tenista faz 24 viagens em média, o que é necessário para que consiga a alta pontuação que atingiu e possa disputar as principais competições. Para conseguir viajar, a ajuda do programa é fundamental.

    “A gente não viaja com nenhum time, igual a outros esportes. Não é uma delegação. Às vezes, tem que levar treinador, então o valor é dobrado com duas passagens aéreas e duas pessoas no hotel”, explicou.

    Além da parte mais custosa de viagens, a manutenção com a corda da raquete, bolinhas e tênis também é financiada por meio do Proesporte. “Antigamente, quando eu era pequeno, estourava uma corda por mês. Hoje são duas por dia, com o preço de R$ 100 cada.”

    Como contrapartida do apoio público, João Bonini desenvolverá um projeto de incentivo ao tênis junto a escolas públicas. A proposta prevê a realização de atividades introdutórias ao esporte com cerca de 800 crianças, que também terão a oportunidade de acompanhar uma sessão de treinamento do atleta e vivenciar a prática em quadra.

    “A ideia é apresentar o tênis para alunos que, muitas vezes, não têm acesso ao esporte. É uma oportunidade de promover inclusão e de divulgar a modalidade”, explica.

    FORMAÇÃO– João iniciou a prática esportiva aos quatro anos de idade. “Com o passar dos anos, percebi que isso era uma carreira que dava pra seguir. Foi tornando a coisa que eu mais amo na vida”, relatou o tenista. A partir do ensino médio, adotou o método online como alternativa para compatibilizar os estudos com a rotina de treinos e viagens.

    Atualmente, ele treina em Londrina, no Paraná, e mantém uma carga média de seis a sete horas de atividade por dia, somando preparação técnica, física e fisioterapia. “Desde os dez anos viajo quase todo mês, então praticamente todos os meus amigos jogam tênis também”, explicou.

    Fonte: Secom Paraná

  • Agepar abre consulta pública para a população opinar sobre item que compõe a tarifa do gás

    Agepar abre consulta pública para a população opinar sobre item que compõe a tarifa do gás

    A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) realiza a partir desta quinta-feira (22) uma Consulta Pública ( 05/2025 ) com o objetivo de obter contribuições, sugestões, propostas e críticas sobre a metodologia preliminar para cálculo do Fator K, referente ao contrato de concessão dos serviços locais de gás canalizado prestados pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas).

    O Fator K é um componente tarifário previsto no contrato de concessão que visa compensar diferenças entre o volume de gás distribuído e projetado na 1ª RTP (Revisão Tarifária Periódica) em relação ao volume distribuído e realizado ao longo do primeiro ciclo tarifário que vai de julho de 2024 a junho de 2029.

    Essa compensação tem o objetivo de manter os resultados dos volumes de gás distribuído próximos daqueles projetados na 1ª RTP e que está indicado no contrato de concessão.

    Essa consulta é uma forma da sociedade contribuir com a metodologia proposta pela Agepar para esse cálculo, além de apresentarem sugestões que aperfeiçoem o trabalho da agência.

    “Colocamos em consulta pública a metodologia de compensação das diferenças entre os volumes projetados e os realizados para o primeiro ciclo tarifário da Compagas, o chamado Fator K. Agora vamos receber sugestões e contribuições da sociedade a fim de melhorar essa metodologia proposta”, destacou Adalto Acir Althaus Junior, chefe de Coordenadoria da Agepar.

    COMO PARTICIPAR – Os interessados em participar da consulta pública podem enviar sugestões, comentários ou questionamentos, a partir de 22 maio até o dia 20 de junho, por meio de formulário online, disponível no site da Agepar, neste LINK . Não serão analisadas contribuições anônimas.

    Fonte: Secom Paraná

  • Nota Paraná expande benefícios e amplia participação do comércio atacadista

    Nota Paraná expande benefícios e amplia participação do comércio atacadista

    Como mais uma forma de celebrar os 10 anos do programa, o Nota Paraná vai ampliar a participação do comércio atacadista no cálculo de créditos do programa. A partir do próximo mês de junho, as notas fiscais geradas em mais desses estabelecimentos também passarão a contabilizar para a devolução de parte do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além da geração de bilhetes para os sorteios.

    Ao todo, 31 novas atividades econômicas serão incluídas no Nota Paraná a partir da Resolução Nº 402/2025 da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). A maior parte delas é relacionada ao comércio de produtos variados, como alimentos para animais, sorvetes, massas alimentícias e embalagens.Com a inclusão, são mais de 28,5 mil empresas que passam a integrar o programa de cidadania fiscal.

    Na prática, isso significa um retorno muito maior para os consumidores, além de mais chances de ganhar nos sorteios mensais. “Todos os meses, eram desperdiçados quase 10 milhões de notas fiscais de empresas não participantes e que agora serão incluídas no cálculo do programa”, explica a coordenadora do Nota Paraná, Marta Gambini. “Mais notas quer dizer que também teremos mais bilhetes, ou seja, mais chances de ganhar a cada sorteio e, consequentemente, mais créditos devolvidos todos os meses”.

    De acordo com Gambini, a inclusão dessas atividades econômicas no cálculo era um pedido antigo dos participantes. Ela conta que, durante a criação do programa, optou-se por priorizar o varejo, mas que o nível de maturidade alcançado pelo Nota Paraná ao longo desses 10 anos permitiu a inclusão dessas novas atividades ao regramento.

    O objetivo da novidade, como aponta a coordenadora, é seguir estimulando o consumidor paranaense a pedir o CPF em suas notas fiscais. “Não é porque o Nota Paraná já se consolidou ao longo de toda uma década que vamos deixar de incentivar. Pelo contrário, queremos ampliar o número de estabelecimentos participantes para seguir fortalecendo este programa que vem dando tão certo. Mais do que nunca, é reforçar que CPF na nota é dinheiro de volta”.

    Confira as atividades econômicas incluídas no programa:

    – Fabricação de produtos de carne (CNAE 1013-9/01)

    – Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis (CNAE 1053-8/00)

    – Fabricação de laticínios (CNAE 1052-0/00)

    – Fabricação de produtos de panificação industrial (CNAE 1091-1/01)

    – Fabricação de alimentos e pratos prontos (CNAE 1096-1/00)

    – Comércio atacadista de sementes, flores, plantas e gramas (CNAE 4623-1/06)

    – Comércio atacadista de sisal (CNAE 4623-1/07)

    – Comércio atacadista de alimentos para animais (CNAE 4623-1/09)

    – Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados (CNAE 4632-0/01)

    – Comércio atacadista de farinhas, amidos e féculas (CNAE 4632-0/02)

    – Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados, farinhas, amidos e féculas, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (CNAE 4632-0/03)

    – Comércio atacadista de pescados e frutos do mar (CNAE 4634-6/03)

    – Comércio atacadista de açúcar (CNAE 4637-1/02)

    – Comércio atacadista de pães, bolos, biscoitos e similares (CNAE 4637-1/04)

    – Comércio atacadista de massas alimentícias (CNAE 4637-1/05)

    – Comércio atacadista de sorvetes (CNAE 4637-1/06)

    – Comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes (CNAE 4637-1/07)

    – Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente (CNAE 4637-1/99)

    – Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (CNAE 4639-7/02)

    – Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso veterinário (CNAE 4644-3/02)

    – Comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, hospitalar e de laboratórios (CNAE 4645-1/01)

    – Comércio atacadista de próteses e artigos de ortopedia (CNAE 4645-1/02)

    – Comércio atacadista de produtos odontológicos (CNAE 4645-1/03)

    – Comércio atacadista de produtos de higiene pessoal (CNAE 4646-0/02)

    – Comércio atacadista de bicicletas, triciclos e outros veículos recreativos (CNAE 4649-4/03)

    – Comércio atacadista de produtos de higiene, limpeza e conservação domiciliar, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (CNAE 4649-4/09)

    – Comércio atacadista de suprimentos para informática (CNAE 4651-6/02)

    – Comércio atacadista de vidros, espelhos e vitrais (CNAE 4679-6/03)

    – Comércio atacadista de papel e papelão em bruto (CNAE 4686-9/01)

    – Comércio atacadista de embalagens (CNAE 4686-9/02)

    – Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (CNAE 4691-5/00)

    10 ANOSEsta não é a única novidade anunciada pela Sefa para celebrar os 10 anos do Nota Paraná. Em maio, o programa ampliou o número de prêmios entregues todos os meses, adicionando 8.000 prêmios de R$ 100. Com isso, são mais de 43 mil prêmios distribuídos nos sorteios regulares e 23 mil nos especiais, realizados nos meses de fevereiro, maio, agosto e dezembro.

    Além disso, a Secretaria também confirmou que vai reduzir o limite mínimo para a realização de saques dos valores em conta, indo dos atuais R$ 25 para R$ 5. A novidade passa a valer a partir do segundo semestre de 2025.

    Fonte: Secom Paraná

  • Com engajamento recorde, Semana da Inovação Copel lança desafio inédito no Paraná

    Com engajamento recorde, Semana da Inovação Copel lança desafio inédito no Paraná

    A Semana da Inovação Copel 2025 chegou ao fim consolidando-se como um marco na transformação digital da companhia. Foram mais de 700 pessoas presentes na sede da empresa, em Curitiba, e mais de 1.500 conectadas simultaneamente na transmissão ao vivo para todos os polos.

    Logo na abertura, na segunda-feira (19), o público conheceu o Desafio Copel de Inovação, que busca soluções de melhoria de eficiência ou redução de custos com o uso de inteligência artificial e novas tecnologias. Pela primeira vez, times de copelianos e agentes externos poderão se juntar em cocriações com prêmios e oportunidades que prometem movimentar o ecossistema de inovação do Paraná.

    “Queremos construir, junto com a sociedade, um novo modelo de gestão na Copel — mais inovador, mais eficiente e com a nossa identidade. O Desafio Copel é uma convocação para quem acredita no poder da cocriação e do impacto positivo, em uma lógica transformadora que reposiciona a companhia e o setor elétrico brasileiro para as próximas décadas”, afirma o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

    Desde o lançamento, o Desafio já recebeu 100 inscrições. Os times podem submeter suas ideias até o dia 6 de junho, por meio do site www.copel.com/desafio .

    A sequência da programação na semana foi um mergulho em conteúdo de alta qualidade, com participações de executivos de empresas nacionais e internacionais que trouxeram experiências práticas, provocações e aprendizados.

    O presidente do Conselho de Administração da Copel e fundador da Bematech, Marcel Malczewski, trouxe reflexões sobre empreendedorismo e estratégia. Em seguida, temas como cultura orientada a dados e transformação digital foram discutidos por nomes como Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, e Wanderley Baccala, diretor executivo da Rede Globo.

    “A Semana da Inovação é o retrato do que estamos construindo com o nosso programa de transformação digital: uma Copel mais aberta, conectada e orientada à geração de valor com tecnologia e propósito. Foi uma oportunidade concreta de unir vozes internas e externas para discutir o futuro da energia, da gestão e da transformação digital. Essa troca é o que impulsiona a inovação real”, destacou Diogo Mac Cord, vice-presidente de Estratégia, Novos Negócios e Transformação Digital da Copel.

    A programação também contou com a presença de Leonardo Almeida, líder da Google Cloud, Maria Haro e Douglas Junior, especialistas da GE Vernova, além de Sávio Marques (SAP) e Gabriel Dornella (Salesforce), em debates sobre modernização de processos e tecnologias de ponta.

    No encerramento, o presidente da Toyota do Brasil, Evandro Maggio, destacou a relevância da Copel como agente de transformação empresarial e social, em uma palestra sobre o Sistema Toyota de Produção — modelo que, segundo Mac Cord, continua a inspirar empresas em todo o mundo.

    Outros painéis de destaque reuniram nomes como Fábio Lima, da IBM, com mediação de Rodolfo Lima, Diretor-Geral da Copel Mercado Livre; Rodrigo Carazolli, VP de Inovação e Transformação da ArcelorMittal, e Luiz Couto, Diretor Executivo da Aegea Saneamento, mediados por Fernando Mano, Diretor-Geral da Copel Geração e Transmissão.

    Além dos conteúdos transmitidos ao vivo, a semana também promoveu momentos de aprendizado prático. Três oficinas presenciais mobilizaram copelianos e copelianas em torno de metodologias aplicadas à inovação: Design System, com Erica Marques, líder global de Ecossistemas de Inovação na XP Sprint; Metodologia Google, com Cezar Affonso, executivo de Estratégia, Vendas e Delivery do Google; e, encerrando a trilha prática, Mensurando a Inovação, com Yasmin Conolly, gerente sênior de Estratégia e Inovação da KPMG.

    Ao longo da semana, também passaram pelo evento lideranças e especialistas de empresas como Fu2Re Solutions, Viasat, Nokia, NVIDIA, Schneider Electric, Pix Force e EY, entre outras.

    Fonte: Secom Paraná

  • Prazo para pagamento do IPVA de veículos com final de placa 5 e 6 encerra nesta quinta-feira

    Prazo para pagamento do IPVA de veículos com final de placa 5 e 6 encerra nesta quinta-feira

    O prazo para que donos de veículos com final de placa 5 e 6 paguem a quinta e última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 encerra nesta quinta-feira (22). Os contribuintes que optaram pelo parcelamento em cinco vezes devem pagar a cota final do tributo ao longo desta semana, sem a incidência de juros.

    O cronograma de pagamentos varia de acordo com o final da placa do veículo. Por isso, é preciso que os proprietários fiquem atentos ao calendário para não terem que arcar com encargos no caso de atrasos. A multa é de 0,33% ao dia mais juros de mora (de acordo com a taxa Selic). Após 30 dias de atraso, o percentual é fixado em 10% do valor do imposto.

    OPÇÕES DE PAGAMENTO– Assim como já ocorria em anos anteriores, as guias de recolhimento (GR-PR) não são enviadas pelos correios. A Secretaria de Estado da Fazenda e a Receita Estadual também não encaminham boletos por e-mail nem aplicativos de mensagens. Os contribuintes do Paraná devem gerá-las para pagamento por meio dos canais oficiais, como o Portal IPVA , os aplicativos Serviços Rápidos, da Receita Estadual, e Detran Inteligente, disponíveis para Android e iOS , ou Portal de Pagamentos de Tributos .

    Uma alternativa de pagamento do IPVA é o pix, por meio do QR Code inserido na guia de recolhimento, a partir de mais de 800 instituições financeiras. O pagamento nessa modalidade é compensado em até 24 horas e pode ser feito nos canais eletrônicos dos bancos ou por meio de aplicativos, não limitados aos parceiros do Estado.

    Além disso, é possível pagar o IPVA com cartão de crédito, que permite parcelar os débitos em até 12 vezes. Neste caso, a Fazenda e a Receita chamam a atenção para as taxas cobradas pelas instituições operadoras. A tabela dos juros aplicados por cada uma delas está disponível AQUI .

    A Secretaria da Fazenda alerta os contribuintes sobre a existência de sites falsos relacionados à cobrança do IPVA. A recomendação é que as guias de pagamento sejam sempre geradas através dos sites oficiais, cujos endereços terminam com a extensão “pr.gov.br”, ou por meio dos apps da Receita Estadual e do Detran, que fornecem formas seguras de realizar os pagamentos.

    Confira o calendário de pagamento da última parcela do imposto:

    Finais 1 e 2: 20/05 (vencido)

    Finais 3 e 4: 21/05 (vencido)

    Finais 5 e 6: 22/05

    Finais 7 e 8: 23/05

    Finais 9 e 0: 26/05

    Fonte: Secom Paraná

  • Entre famílias de instrumentos, movimentos e disposição: como funciona a Orquestra Sinfônica

    Entre famílias de instrumentos, movimentos e disposição: como funciona a Orquestra Sinfônica

    Na linguagem popular, quando alguma coisa é orquestrada, significa que ela foi muito bem organizada, pensada nos mínimos detalhes. A expressão se remete justamente às orquestras musicais, que reúnem instrumentos variados, tocados de forma harmoniosa, mesmo sendo executados por algumas dezenas de pessoas.

    E para atingir essa harmonia, a organização é imprescindível. Por isso, na data em que se celebra os 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP), músicos e o maestro do corpo artístico ajudam a explicar como uma orquestra é formada, seguindo uma organização pré-definida, mas que pode ser adaptada conforme a peça a ser executada ou o espaço onde o concerto é apresentado. A reportagem faz parte da série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) sobre os 40 anos da OSP .

    “A orquestra sinfônica é uma das maiores representações de uma interação, de uma integridade não só musical, mas também como humanidade. São pessoas que se juntam para fazer música e constroem uma relação muito bonita e significativa que exige, em primeiro lugar, uma disciplina muito grande”, afirma o maestro da Orquestra Sinfônica do Paraná, Roberto Tibiriçá.

    As orquestras são compostas por três famílias ou naipes instrumentais: as cordas, o sopro – que se divide entre os instrumentos de madeira e os de metal – e a percussão. Cada naipe tem uma disposição no palco, de acordo com a frequência do som que chegará à plateia. Ao redor do maestro que rege os músicos estão as cordas. Os sopros de madeira ficam logo atrás, funcionando como uma ligação entre as cordas e os metais. No fundo, fica a família da percussão, com som mais forte.

    Atualmente, a Orquestra Sinfônica do Paraná conta com 73 músicos, mas ela pode reduzir ou aumentar de tamanho conforme a peça que será executada. Um exemplo é a “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, que será apresentada na próxima semana em celebração aos 40 anos da OSP. O palco do Guairão vai receber quase 200 músicos, sendo 110 instrumentistas e um coro de 80 vozes.

    “O tamanho da orquestra é relativo ao compositor, à obra que vai ser executada e, às vezes, tem relação ao teatro em que se apresenta”, explica Tibiriçá. “Os compositores russos e franceses, principalmente, usam uma orquestra maior. Já Mozart, Heiden e Beethoven, na sua primeira fase, usam uma orquestra menor, que chamamos de orquestra clássica, de 40 músicos”.

    Alexandre Brasolin, violinista da OSP e maestro convidado nos concertos do projeto Guaíra para Todos, cita alguns exemplos. “Se vamos fazer um Mozart, usamos uma média de 40 a 50 músicos. Agora, se for fazer um Tchaikovski já sobe para uns 80 ou 90 músicos. Se vai fazer um Mahler ou um Richard Strauss, pode passar de 100 músicos. Grandes orquestras podem chegar 120 músicos, dependendo do repertório, do compositor e da época em que a peça foi composta”, conta.

    Ele ressalta que, ao surgirem na Europa no período barroco, no século XVII, as orquestras não eram muito numerosas. “Elas surgiram nos castelos, tocando para os reis ou nas igrejas. Basicamente foi Beethoven que aumentou as orquestras, já no século XVIII, fazendo composições mais pesadas e acrescentando instrumentos. Ele colocou mais sopros, mais percussão e, com isso, teve que aumentar as cordas para equilibrar”, explica.

    “A orquestra começou então a ganhar mais força sonora e os compositores também ampliaram suas composições. Quando chegou ao começo do século XX, havia praticamente uma competição de compositores para ver quem compunha para orquestras maiores”, complementa Brasolin.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
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    Na disposição da orquestra, a família dos violinos e cordas fica à frente no palco. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

    FAMÍLIA DAS CORDAS– Formada pelos primeiros e segundos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos – às vezes também pela harpa e o piano –, a família das cordas é a mais numerosa em uma orquestra e funciona como uma cama que dá base à composição. Os instrumentos geralmente tocam em uníssono a mesma melodia, mas dependendo da peça musical, também têm seus momentos solos.

    “Dependendo do compositor, há momentos em que se abre a harmonia, a melodia pode estar nos violoncelos ou nos violinos, enquanto os outros fazem a harmonia ou outro desenho”, explica Brasolin. “Já em orquestrações maiores, como as de Tchaikovski, usa-se muito o uníssono. Quando a orquestra toda está tocando, ele põe as cordas em uníssono para soar mais forte e o som das cordas não se perderem na massa de metais”.

    Na disposição da orquestra, é a família que fica à frente no palco, ao redor do maestro, dentro de uma gradação que inicia com os instrumentos mais agudos até os mais graves: primeiros violinos, segundos violinos, violas, violoncelos e contrabaixo. Historicamente, essa disposição dos instrumentos obedece a formação de vozes do coral, também gradativa de acordo com o tom: soprano, contralto, tenor e baixo.

    “As cordas ficam na frente porque tem um som mais baixo para competir com os metais e a percussão”, ressalta o músico. “Como a orquestra não usa amplificação, não usa microfones, é a própria acústica do teatro que vai levar esse som até a plateia, então tem que ter essa disposição para ouvir melhor”.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
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    As orquestras são compostas por três famílias ou naipes instrumentais: as cordas, o sopro e a percussão. Foto: Kraw Penas/SECC

    FAMÍLIA DO SOPRO– Logo na sequência no palco está a família do sopro, que é divida em duas: as madeiras e os metais, conforme o material que os instrumentos são feitos, que conferem timbres diferentes. Formado pelas trompas, trompetes, trombones e tubas, os metais são os instrumentos com mais potência sonora, os que mais aparecem em uma orquestração.

    Já o naipe das madeiras é formado pela flauta – que apesar de atualmente ser fabricada em metal, era antigamente feita de madeira, por isso pertence a essa classificação – oboé, fagote e clarinete. Por terem um timbre mais adocicado, ficam no meio da orquestra e servem como um elo entre as cordas e os metais.

    “Basicamente, as famílias das orquestras estão divididas em timbres, e é essa diferença que mostra a riqueza da música sinfônica. As madeiras têm uma potência um pouco menor, mas têm um timbre adocicado e soam mais do que as cordas”, explica o flautista Sebastião Interlandi Junior, que está na Orquestra Sinfônica do Paraná desde a sua fundação. “Os compositores adoram fazer essa mistura de timbres entre os metais, as madeiras e as cordas, que formam a cama para os sopros deitarem”.

    Os timbres, como destaca o músico, são como a cor do som. “Quando você ouve um clarinete, você sente aquele som meio escurecido. A flauta tem um som brilhante, que evoca a luz. O trombone é uma coisa grave e potente e a tuba mais profunda. Esses são os timbres, a imagem que passa quando se ouvem os instrumentos”, diz.

    Outra curiosidade sobre os instrumentos de sopro é que, diferentemente das cordas, eles tocam separadamente as harmonias, fazendo cada um seu solo no meio da orquestração. E não é raro utilizar esses instrumentos para associá-los aos sons da natureza. “Os compositores podem associar os instrumentos com o que quiserem, e essa é a manha e a magia da música, porque o ouvinte embarca junto. A flauta geralmente é o passarinho, não tem como fugir disso”, brinca o flautista.

    “Na peça ‘Pedro e o Lobo’, por exemplo, que tem a representação de vários animais, isso fica muito claro. O clarinete é o gato, porque assim como o animal, tem um som meio malandro, que anda devagar e chega nas sombras”, ressalta Sebastião. “Também aparecem os lobos, que são os metais que fazem, as trompas, justamente porque é um som mais agressivo como o dos lobos”

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná

    O maestro é o condutor da orquestra. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

    FAMÍLIA DA PERCUSSÃO– A percussão é a turma do fundão em uma orquestra, justamente pela força sonora de seus instrumentos. Na história da música, os instrumentos de percussão são os mais antigos e remetem às primeiras manifestações musicais do ser humano, que utilizavam elementos encontrados na natureza para batucar, como troncos, galhos e cascas de árvores.

    Dentro de uma orquestra, a família da percussão é a que tem o maior número de instrumentos: tímpano, bumbos, caixas, prato, triângulo, pandeiro, xilofone, marimba, chocalhos e diversos outros que podem ser incorporados ao gosto do compositor. Um exemplo foi Heitor Villa-Lobos, que incluiu uma série de elementos regionais brasileiros nas composições sinfônicas, incluindo instrumentos como o pandeiro do chorinho, outros de origem indígena e alguns que ele mesmo inventava.

    O tímpano é o instrumento de percussão base em uma orquestra. Originalmente utilizado em guerras, foi levado dos países do Oriente para a Europa no período das Cruzadas e acabou, mais tarde, incorporado à música clássica. “Esses instrumentos eram tocados em cima dos camelos e utilizados para se comunicar durante as batalhas. Assim como as trompas e trompetes, que eram usados para a comunicação dos exércitos, a percussão também era usada para esse fim”, conta Márcio Szulak, percussionista da Orquestra Sinfônica do Paraná.

    Além dele, a percussão pode ser separada entre tambores e acessórios (bumbo, caixa, tom-tom, tumbadora, bongô, pandeiro, triângulo e pratos) e os “teclados da percussão”, como o xilofone, vibrafone e marimba, que são instrumentos de percussão que, semelhante ao piano, emitem sons melodiosos.

    “Essas teclas são montadas em um móvel. Em baixo tem as teclas cromáticas de dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó e, logo acima, as outras teclas para fazer os sustenidos e bemóis, como as teclas brancas e pretas do piano”, explica o percussionista. “A gente toca com baquetas diferentes, geralmente com quatro. Algumas músicas são seis baquetas, três em cada mão”.

    Na orquestra, o percussionista acaba se tornando um múltiplo instrumentista. “Em uma mesma música, acabamos tocando vários instrumentos. Temos uma lista do que será executado para organizar a montagem dos instrumentos. Quem toca violino, por exemplo, está sempre com o mesmo instrumento. A percussão tem que pensar na questão da montagem, é feito um mapa de palco para dividir a localização de cada instrumento”, ressalta Márcio.

    MOVIMENTOS DO MAESTROE é para tornar a execução dessas dezenas de instrumentos, muitos deles tão distintos, em uma apresentação harmoniosa é que entra a figura do maestro. Ele conduz e coordena a orquestra para garantir que os músicos toquem em sintonia. Seu instrumento são as próprias mãos ou a extensão delas, representada pela batuta, que conduzem os movimentos dos músicos para que as partituras sejam interpretadas de forma harmônica.

    “Para falar de forma didática, a mão direita do maestro é como o acelerador de um carro. Se você começa a reger mais rápido, a orquestra toca mais rápido. Se começa a diminuir, a orquestra quase para. É o metrônomo, a mão que dá andamento à obra”, explica o maestro Roberto Tibiriçá. “A batuta está nessa mão e é um prolongamento do braço direito. Em uma orquestra muito grande, ajuda os músicos do fundo a enxergar melhor. Mas eu brinco que, na prática, a batuta não serve para nada”.

    “A mão esquerda é a mão do coração, que dá a expressividade à obra e traz diferenças sonoras à orquestra. É com ela que você chama o músico, o induz a se expressar, a tocar um solo mais bonito. Eu falo que é como um elevador. Quando a mão esquerda sobe, a orquestra toca mais forte. Quando baixa, ela toca mais piano”, completa Tibiriçá.

    Além dele, outra figura que chama atenção em um concerto é o spalla, o primeiro violinista e um dos assistentes do maestro. Ele senta à esquerda do maestro e lidera a afinação da orquestra quando sobe ao palco. O músico atua desde os bastidores, decidindo, por exemplo, a direção das arcadas dos primeiros violinos – o movimento dos braços na execução da música. Isso interfere nas escolhas dos demais naipes e influenciam tanto na interpretação musical, quanto no resultado visual da apresentação.

    “Além de ter uma influência direta na interpretação, o movimento das arcadas também passa uma uniformidade musical que faz parte do show, influenciando na experiência da plateia. Quando a música é muito agitada, o público ouve e também vê essa agitação. E o contrário também, quando a música é calma, fazemos movimentos muito calmos para criar essa atmosfera e influenciar na forma como as pessoas apreciam a música”, conta Ricardo Molter, violinista e um dos spallas da OSP.

    Outra tradição atribuída ao spalla é a afinação dos instrumentos no início do concerto. Antes de começar a execução, o músico levanta e pede ao oboé, que tem um timbre específico e de fácil distinção, para tocar uma nota. A partir dela, os outros músicos da orquestra afinam seus instrumentos.

    “É uma questão de tradição, mas que hoje em dia não tem uma justificativa técnica, já que os músicos já vêm com os instrumentos afinados”, ressalta. “No palco, fazemos um último ajuste, porque muitas vezes os instrumentos reagem às variações de temperatura e umidade. Pode acontecer de afinar um instrumento na coxia, especialmente em dias frios, e ela mudar quando sobe no palco”.

    40 ANOS – Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. Criada oficialmente em 28 de março de 1985, a OSP é composta por cerca de 73 músicos e é considerada um dos mais importantes conjuntos sinfônicos do Brasil.

    Ao longo de cinco reportagens de texto, áudio e vídeo, a série aborda a história da OSP, os personagens que a construíram, curiosidades, o universo dos instrumentos e a atuação descentralizada que aproxima a arte de diferentes públicos.

    Para celebrar suas quatro décadas de história, a Orquestra Sinfônica do Paraná terá três apresentações especiais, nos dias 28 e 29 de maio e 1º de junho, com a execução da “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, sob regência do maestro titular e diretor musical da OSP, Roberto Tibiriçá. Uma websérie documental com quatro episódios também será lançada nos canais do YouTube do Instituto de Apoio à OSP e do Teatro Guaíra.

    Fonte: Secom Paraná

  • BRDE Labs lança edital para startups apresentarem desafios em IA para grandes empresas

    BRDE Labs lança edital para startups apresentarem desafios em IA para grandes empresas

    O BRDE Labs Paraná, programa de inovação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), reuniu nesta quarta-feira (21) as dez empresas paranaenses que participam do programa como âncoras para apresentarem seus desafios reais de inovação, focados em Inteligência Artificial (IA).

    Nesta edição, as empresas que propõem os desafios são a 3L Bike Parts, Atlas Eletrodomésticos, Bree, Brose, C.Vale, Grupo Gondaski, Horse, Lojas MM, MGL Mecânica de Precisão e Millpar.

    No mesmo encontro, foi lançado o edital que abriu as inscrições para startups interessadas em participar como solucionadoras dos desafios das empresas. O prazo é até 7 de julho.

    O evento aconteceu no Innosphera Meeting Center, espaço de conexões da Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que atua como parceira do BRDE na iniciativa. Os desafios e o edital para o programa podem ser acessados no site www.brdelabs.com.br/desafios-2025/ .

    O BRDE é um dos principais intermediadores de recursos para a inovação no país, posição que reforça por meio do programa BRDE Labs. “Esse movimento é fundamental para fortalecer o desenvolvimento, a pesquisa e o empreendedorismo inovador. Nosso compromisso ultrapassa o fomento: queremos conectar quem demanda soluções às empresas que as criam”, afirma o diretor administrativo da instituição, Heraldo Neves.

    Marcelo Moura, diretor da Hotmilk PUCPR, explica que o programa oferece a empresas e startups um suporte completo, com apoio técnico e consultoria proporcionados por um ecossistema de inovação, estimulando aprendizado e desenvolvimento. “A escolha da Inteligência Artificial como tema deste ano abre territórios ainda pouco explorados, com enorme potencial de impacto. Essa colaboração gera benefícios concretos para as empresas, que passam a ter acesso a soluções inovadoras capazes de resolver problemas reais do seu dia a dia”, salienta.

    FORMATO INOVADOR– Nesta fase, o programa adotou o formato de pitch reverso, no qual as empresas apresentam seus principais desafios para que as startups identifiquem oportunidades de atuação e se inscrevam no edital. Podem participar startups com pelo menos seis meses de fundação que ofereçam soluções inovadoras em produtos, serviços ou processos.

    Finalizado o prazo de inscrição de startups, o programa terá duração de três meses. Serão selecionadas até 10 startups por empresa para rodada de pitches online que serão avaliadas pelas empresas participantes. Para a etapa seguinte, serão selecionadas até duas startups por empresa, para um período de imersão, a fim de aprofundar a compreensão dos desafios.

    Será desenvolvida uma proposta de Prova de Conceito (PoC) – modelo que demonstra a viabilidade da ideia ou proposta – que poderá ser contratada ao final do programa. Além disso, as startups terão acesso à Comunidade BRDE Labs Digital, onde poderão se conectar com outras instituições, receber consultorias, participar de workshops e acessar cursos focados em gestão e inovação.

    EXPECTATIVAS DAS PARTICIPANTES – Para as empresas que apresentam os desafios, o BRDE Labs representa uma oportunidade estratégica de acelerar a transformação digital por meio da colaboração com startups inovadoras.

    O supervisor de S&OP da Millpar, Jackson Gonçalves, conta que a indústria madeireira está participando pela primeira vez do programa e que a expectativa é solucionar dois grandes desafios: fazer a gestão de estoque em tempo real por meio da IA e a manutenção preditiva na área de produção.

    “Estamos bastante ansiosos para ouvir as ideias, pois, por estarmos imersos no dia a dia da empresa, muitas vezes nossas perspectivas ficam limitadas. A interação com as startups pode trazer insights inéditos e até soluções que nunca consideramos para nossos desafios”, ressalta.

    A executiva de vendas da statup Driva, Letícia Carvalho, contou que esta é a segunda participação da startup no BRDE Labs Paraná. Na edição anterior, a empresa de tecnologia, que usa dados para auxiliar em vendas, conseguiu implementar duas Provas de Conceito com empresas interessadas em soluções para mapeamento de mercado.

    “Estamos com grandes expectativas para esta edição. O formato do pitch reverso nos mostrou diversas oportunidades de apoiar as empresas em seus desafios. Essa dinâmica, em que as próprias empresas apresentam suas demandas faz todo sentido e torna a conexão muito mais efetiva,” afirma.

    Lançado em 2020, o BRDE Labs tem como objetivo ampliar o ecossistema de inovação na região Sul, qualificando startups e conectando-as a empresas de diversos setores que enfrentam desafios internos e buscam soluções inéditas.

    Fonte: Secom Paraná