Iniciativas estratégicas para fortalecer a competitividade do setor industrial paranaense foram os assuntos da reunião do secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, e o presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, nesta terça-feira (20), em Curitiba. No encontro, foi apresentado ao secretário o Projeto de Descarbonização, que está em fase de implantação pelo Sistema Indústria, com a proposta de parceria com o Governo do Estado.
O projeto busca reduzir a pegada de carbono da indústria paranaense. A proposta é promover a transição energética no setor industrial por meio da adoção de fontes renováveis, do aumento da eficiência no uso de recursos e da implementação de práticas produtivas sustentáveis.
“Projetos como esse mostram que o futuro verde da indústria está em construção no presente”, disse o secretário Rafael Greca. Ele reafirmou o compromisso do Governo Estadual com metas ambientais e colocou a Sedest à disposição para contribuir com a iniciativa. Greca também destacou que o projeto é alinhado às metas de neutralidade climática assumidas pelo Paraná até 2050 e reforça o compromisso do setor produtivo com a agenda ambiental global.
“O projeto que queremos desenvolver em conjunto com o Governo do Estado busca nivelar as empresas, levando mais conhecimento, capacitação e incentivo para que realizem seus inventários e avancem na descarbonização”, disse o presidente da Fiep.
Ele enfatizou o caráter estratégico do projeto para fortalecer a competitividade da indústria paranaense, especialmente diante das exigências dos mercados internacionais. “Temos uma pauta muito importante com o secretário do Desenvolvimento Sustentável, que é a rastreabilidade da descarbonização dos produtos paranaenses, especialmente observando as oportunidades que temos nos mercados mundiais e europeus”, afirmou Vasconcelos.
HABITAT MOBILIDADE– O secretário conheceu o espaço Habitat Mobilidade, também em implantação, que reunirá empresas, startups, institutos de pesquisa, órgãos públicos e especialistas dedicados ao desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas à sustentabilidade e à mobilidade inteligente. Entre os parceiros confirmados estão o Lactec, a Copel e cerca de 50 startups. A inauguração do espaço está prevista para o dia 11 de junho. O tour pelo local foi feito a bordo de um carrinho 100% elétrico, utilizado para o transporte interno no campus.
Outro assunto do encontro foi o Parque Tecnológico. Localizado dentro do Campus da Indústria, a estrutura, de 4 mil metros quadrados, é certificado como ambiente de inovação em operação abriga centros de pesquisa, aceleradoras, habitats corporativos e de mobilidade inteligente, práticas ESG e transição energética.
A paranaense Victoria Barbosa, natural de Londrina, foi a campeã geral da Copa do Mundo de Paraciclismo 2025, na classe C1. A conquista veio após uma sequência de grandes desempenhos nas duas últimas etapas do circuito internacional. Ela é apoiada pelo Governo do Estado por meio do Proesporte (Programa de Fomento e Incentivo ao Esporte) e foi também bolsista do Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) em cinco editais, entre 2020 e 2024.
No início de maio, a atleta subiu ao pódio com dois bronzes conquistados na etapa da Bélgica. Na última sexta-feira (16), ela confirmou o bom momento ao vencer a prova de contrarrelógio na Itália, pedalando os 16,2 km do percurso em 33 minutos e 26 segundos, garantindo o título geral da temporada.
“Fiquei muito feliz com o resultado porque sei que entreguei tudo que podia. Dei o meu melhor nas duas etapas. O nível internacional está cada vez mais alto, todo mundo treina forte e se dedica muito. Estar entre as melhores do mundo é motivo de muita satisfação e orgulho. Representar minha cidade, meu estado e meu país da melhor forma possível é um privilégio”, declarou.
Ela falou sobre o apoio do Governo do Paraná. “O Proesporte e o GOP têm uma importância enorme. São programas que possibilitam a aquisição de equipamentos, a participação em competições e a contratação de bons profissionais. Esse suporte é fundamental para que possamos estar no mais alto nível e representar o Paraná com excelência”, afirmou.
Ambos os programas são desenvolvidos pela Secretaria do Esporte do Paraná. Financiado pelo contribuinte do ICMS, que pode destinar parte do valor devido para projetos na área, o Proesporte destina no atual edital R$ 50 milhões para projetos esportivos a serem executados no biênio 2026/27. Desde 2018, ano do primeiro edital, já foram destinados R$ 83 milhões para 577 projetos.
Criado pelo Governo do Estado em 2011, o Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa em nível estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta e conta com o patrocínio exclusivo da Companhia Paranaense de Energia, a Copel.
Para o coordenador do Proesporte, Otávio Vinicius Taguchi, da SEES, a atleta é um exemplo da importância das políticas públicas de incentivo ao esporte. “A Victoria Barbosa é uma grande atleta que conseguiu, com o incentivo do Proesporte, aprimorar ainda mais seus treinamentos. O programa proporcionou a ela participações em grandes competições internacionais, que elevaram seu potencial. Acompanhamos sua evolução de perto e vemos que essa conquista é fruto de um trabalho sólido e bem direcionado.”
ATLETA– Victoria teve seu primeiro contato com o paraciclismo em 2015, mas começou a treinar com regularidade apenas em 2018, logo após se formar em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Em 2019, disputava sua primeira Copa do Mundo, conquistando o bronze no contrarrelógio na Itália – na época, competindo pela classe C2.
Em 2023, após um diagnóstico de uma síndrome rara que afetava outras regiões do corpo além da perna, Victoria passou para a classe C1, categoria que disputa atualmente. Desde então, mantém-se entre as 10 melhores atletas do ranking mundial, com o apoio de uma equipe multidisciplinar.
“O caminho nunca é trilhado sozinho, independente do esporte que você escolha. Hoje eu colho frutos de um trabalho em conjunto com médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, treinador, preparador físico e mecânico. É realmente um trabalho em equipe”, reforça ela.
PRÓXIMOS DESAFIOS– Após o título mundial no contrarrelógio, Victoria segue focada em equilibrar a rotina de treinos e cuidados com a saúde. Seu principal objetivo em 2025 é o Campeonato Mundial de Estrada, que será em agosto, na Bélgica. Antes disso, ela encara o Campeonato Brasileiro de Paraciclismo, em Leme (SP), em julho.
Em nova ação contra a pesca predatória no Paraná, agentes do escritório regional de Campo Mourão do Instituto Água e Terra (IAT) identificaram nesta terça-feira (20) dois indivíduos pescando no Rio Ivaí, em Engenheiro Beltrão, usando uma tarrafa, rede circular com pequenos pesos proibida no Estado.
Além disso, os pescadores haviam capturado 108 quilos de peixes, incluindo 41 quilos de jaú (Zungaro jahu), espécie em que a pesca não é permitida, segundo aPortaria IATnº 223/2025. A operação ocorreu após denúncia anônima e contou com o apoio do Batalhão da Polícia Ambiental Força-Verde (BPAmb-FV).
Após a abordagem da equipe, um dos pescadores conseguiu escapar, enquanto o outro foi detido, recebendo três Autos de Infração Ambiental (AIA), totalizando R$ 9.320,00. A tarrafa, junto de 120 metros de rede de emalhar usados na pesca, foram apreendidos e destruídos pelos fiscais, enquanto os peixes, de espécies como cascudo, barbado, curimba, corvina e jaú, foram doados para uma instituição sem fins lucrativos da região.
A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna. O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.
No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível noFale Conosco, ou nosescritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.
No dia 24 de maio, próximo sábado, o Museu Casa Alfredo Andersen recebe a artista premiada Jocy de Oliveira para o lançamento de sua mais recente produção literária, “Alucinações Autobiográficas”, além de um momento de solenidade em que a artista irá doar ao museu um quadro de seu acervo pessoal que foi pintado por Alfredo Andersen em 1894. O evento inicia às 10h30 com entrada livre e gratuita.
“Alucinações Autobiográficas” é o mais novo livro escrito por Jocy de Oliveira. Nele a compositora e autora convida o leitor a explorar suas memórias de infância, explorando as impressões, imagens, sons, cheiros e sonhos que a marcaram na primeira parte de sua vida. Jocy entrelaça o real e o ficcional, onde personagens da sua juventude convivem com personagens que Jocy viria a incorporar em suas óperas multimídias anos depois. No livro, a autora também reflete sobre o tempo, questões de gênero, seus processos criativos e a música-invenção nos dias atuais.
Jocy de Oliveira é pioneira da música eletroacústica e arte multimídia, com reconhecimento internacional. Sua obra abrange música, teatro, instalação, vídeo e cinema, com apresentações nas Américas, Europa e China. Atuou como solista sob direção de Stravinsky e estreou obras de Berio, Cage e Xenakis. Compôs e dirigiu dez óperas multimídias e teve filmes premiados em festivais internacionais.
É autora premiada nacionalmente, como o Prêmio Jabuti, Doutora Honoris Causa pela UFRJ, e membro da Academia Brasileira de Música. Hoje, com 89 anos, chega em sua cidade natal, Curitiba, para uma mostra que enaltece suas produções.
MOSTRA– O evento no MCAA faz parte da “Mostra Jocy de Oliveira – Uma artista curitibana”, que está acontecendo desde o dia 20, e tem como objetivo celebrar a vida e os trabalhos da artista multimídia Jocy de Oliveira. “A ideia é proporcionar um encontro de Jocy com artistas e público da cidade. E que o público tenha acesso a sua obra”, comenta Alvaro Collaço, produtor da mostra.
Até o dia 25 de maio, vários espaços culturais de Curitiba promoverão eventos focados da artista. Entre eles estão o Memorial de Curitiba, Cinemateca, Capela Santa Maria e a Escola de Música e Belas Artes (Embap).
A mostra é realizada com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba, da Prefeitura Municipal De Curitiba, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, com apoio do ICAC-Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Museu Alfredo Andersen e da Secretaria de Estado da Cultura, Unespar e Embap. Confira a programação completa AQUI .
Serviço:
Lançamento do livro “Alucinações Autobiográficas” com Jocy de Oliveira
Data: 24 de maio, sábado
Horário: 10h30
Local: Museu Casa Alfredo Andersen | Rua Mateus Leme, 336 – Centro – Curitiba
O Colégio Estadual Gabriel de Lara, localizado em Matinhos, no Litoral, está em festa com a aprovação de sete estudantes em concurso público. Concluintes do curso Técnico em Enfermagem no início do ano, os profissionais recém-formados já estão inseridos no mundo do trabalho.
Em todo o Paraná, ao menos 106 mil estudantes da rede estadual recebem educação profissional, ofertada em 777 escolas estaduais. A modalidade totaliza 45 diferentes cursos de nível médio, em áreas do conhecimento como Agronegócio, Biotecnologia, Desenvolvimento de Sistemas e Mecatrônica, entre muitas outras.
Conforme o secretário de Estado da Educação do Paraná, Roni Miranda, a aproximação com o mundo do trabalho e a verticalização do ensino são algumas das vantagens da educação profissional. “Os cursos técnicos são mais uma oportunidade que o governo do Paraná oferece para os estudantes que querem se capacitar profissionalmente desde a educação básica. Muitos deles deixam o Ensino Médio já com emprego garantido e também encontram mais facilidade para ingressar no Ensino Superior”, apontou.
Diversas escolas estaduais do Paraná ofertam a educação profissional na forma de Ensino Médio Integrado ao Itinerário de Formação Técnica, que dura três anos – nestes moldes, estudantes do Ensino Médio têm a oportunidade de concluir a educação básica com um diploma profissional de nível médio.
Já no caso do Colégio Estadual Gabriel de Lara, a oferta do curso técnico em Enfermagem ocorre de forma subsequente ao ensino básico – também chamada de “pós-Médio”, a iniciativa permite que estudantes com 18 anos ou mais, que já concluíram o Ensino Médio, ingressem em cursos técnicos mantidos pela rede estadual de educação, geralmente com duração de dois anos.
Ao todo, o colégio atende a até 2,2 mil estudantes, incluindo turmas de Ensino Fundamental ao Ensino Técnico e programas especiais. Cerca de 200 alunos participam de cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, nas áreas de Estética, Desenvolvimento de Sistemas e Guia de Turismo.
Já o curso técnico subsequente em Enfermagem atende a mais de 100 estudantes, matriculados após teste seletivo, devido à alta procura pelas vagas. “Somos o primeiro colégio público do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranaguá a ofertar este curso totalmente gratuito”, ressalta o diretor, Edison Luiz Pereira. “A aprovação destes sete estudantes em concurso público só reforça a necessidade de profissionais qualificados para a área da saúde e valida todos os nossos esforços para que o curso atinja cada vez mais pessoas”.
TEORIA E PRÁTICA– No ensejo da habilitação adquirida no início do ano, os egressos do Colégio Estadual Gabriel de Lara celebraram, nesta terça-feira (20), seu primeiro Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem. A data foi definida pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e tem como principal objetivo reconhecer, valorizar e homenagear os profissionais, que são fundamentais para o funcionamento dos serviços de saúde.
Isadora Reis Feliciano, de 24 anos, é uma das alunas habilitadas. Em abril, a jovem soube que havia sido classificada no concurso público para Técnico em Enfermagem da Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná, também no Litoral. “Fiquei muito feliz em ver que meu nome estava na lista. A prova pede alguns conhecimentos teóricos e práticos, tudo o que estudamos e aprendemos no curso técnico. E mesmo dentro do curso, descobrimos setores em que temos mais afinidade para atuar”, relata.
A jovem cursava o Ensino Médio no Colégio Estadual Gabriel de Lara quando ocorreu a implantação do curso técnico em Enfermagem na própria instituição. “Foi muito esforço e dedicação de todos os envolvidos para que desse certo”, recorda. “Sempre agradeço pela oportunidade. Decidi fazer esse curso por ser a área que gosto e pelo tempo de formação, além de ser uma área que sempre precisa de pessoal para trabalhar. Saúde requer cuidado, afinal, são pessoas cuidando de pessoas”.
Aos 33 anos de idade, Kalil Chiah também concluiu o curso técnico em Enfermagem neste ano. Assim como Isadora, ele cursou o Ensino Médio no Colégio Estadual Gabriel de Lara e acompanhou a luta da comunidade escolar pela implantação da educação profissional. Hoje, o sentimento em relação ao colégio é de extrema gratidão. “É uma escola totalmente capacitada, com excelentes profissionais, professores ótimos, laboratório ótimo, equipe pedagógica incrível. Sou formado pelo Colégio Estadual Gabriel de Lara com muito orgulho”, comemora.
Por meio do colégio e de forma gratuita, Kalil realizou o sonho de se tornar técnico em Enfermagem. Aprovado nas primeiras colocações do concurso público, ele atua, há cerca de uma semana, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Shangri-Lá, em Pontal do Paraná. “Fiquei muito feliz por ter sido aprovado, porque me dediquei, estudei bastante e deu tudo certo. É um sentimento que não tem preço”, afirma.
Mesmo inserido no mundo do trabalho, o profissional não pensa em interromper os estudos. Aluno de escola pública do Ensino Fundamental ao Ensino Técnico, Kalil mira, agora, novas oportunidades de aperfeiçoamento, como o Ensino Superior.
“Quero continuar estudando e melhorando, para oferecer um atendimento cada vez melhor a todos os meus pacientes. Enfermagem é uma profissão muito nobre, é o ponto alto da humanização. É se colocar no lugar do outro. Como eu gostaria de ser tratado aqui se eu estivesse nessa maca, nesse exato momento, se eu fosse o paciente?”, indaga.
DIA NACIONAL DO TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM– O Dia Nacional do Técnico e Auxiliar em Enfermagem é celebrado anualmente em 20 de maio. No Brasil, a efeméride encerra a chamada Semana da Enfermagem, que tem início em 12 de maio, quando é comemorado mundialmente o Dia Internacional da Enfermagem.
A data brasileira foi instituída a partir da resolução nº 294, de 15 de outubro de 2004, e definida pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). A escolha foi uma forma de homenagear Ana Néri, enfermeira brasileira pioneira, que morreu em 20 de maio de 1880. Considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil, Néri atuou junto às tropas brasileiras na Guerra do Paraguai (1864-1870), onde, por meio de sua atuação profissional, estabeleceu os alicerces da profissão de enfermagem no Brasil.
O Governo do Estado firmou nesta quarta-feira (21) uma força-tarefa com os municípios para ampliar a cobertura vacinal contra vírus respiratórios. A iniciativa foi apresentada durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que reúne secretários municipais de Saúde de todo o Paraná. Desde o início da campanha de vacinação da gripe, o Paraná aplicou 1.746.397 doses. Nos grupos prioritários, a cobertura atual é de 32,68%. Entre as crianças, a taxa é de apenas 20,72%, muito abaixo da meta de 90%.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a participação ativa dos municípios é essencial para evitar o agravamento da demanda na rede de saúde, especialmente com a chegada do inverno. Entre as estratégias propostas estão o reforço das campanhas de conscientização, ações extra-muros, com vacinação fora das unidades básicas e o uso intensificado dos canais de mídia locais.
“Diariamente nossas equipes monitoram as taxas de vacinação e identificam os pontos mais críticos. Estamos entrando no período mais frio do ano e contamos com mais de 1.800 salas de vacinação nos municípios para proteger a população”, afirmou o secretário.
De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, o Paraná registrou 7.282 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025 – um aumento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 7.030 casos. O cenário é ainda mais alarmante entre crianças de cinco a onze anos, com aumento de 32,5% nos casos (de 593 para 786) e um salto de 175% no número de óbitos entre crianças de um a quatro anos – de quatro para onze mortes.
Análises realizadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) indicam que o Paraná segue em uma fase de crescimento da circulação do Influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), atualmente os dois vírus mais frequentes. Na última semana, o Influenza A apresentou novo aumento, consolidando-se como o segundo vírus mais detectado. Outro dado preocupante é que cerca de 30% das amostras analisadas são de crianças com menos de dois anos, o que evidencia a vulnerabilidade desse grupo.
“Mais do que garantir a proteção coletiva, este é um momento decisivo para manter o equilíbrio da rede hospitalar, evitando superlotações causadas por doenças preveníveis. Vamos seguir trabalhando lado a lado com os municípios para conscientizar os paranaenses sobre a importância da vacinação”, completou o secretário.
MATERNO-INFANTIL– Durante a reunião, os gestores de saúde destacaram o fortalecimento das novas estratégias voltadas à redução da mortalidade materno-infantil no Paraná, uma das prioridades da atual gestão. Entre as principais ações apresentadas, está a adoção de protocolos clínicos atualizados e o uso ampliado das cadernetas de saúde da mulher e da criança, publicadas pela Sesa.
Também foram enfatizadas medidas como a ampliação do acesso aos serviços de pré-natal e ao acompanhamento no pós-parto, garantindo atendimento contínuo e qualificado para gestantes e puérperas. Outro ponto de destaque é o reforço na cobertura vacinal de mulheres, gestantes, recém-nascidos e crianças, com foco especial em populações mais vulneráveis.
Além disso, a Sesa está promovendo a distribuição de equipamentos específicos para atendimento e reanimação neonatal, assegurando que todas as salas de parto no Estado estejam preparadas para acolher e garantir o cuidado imediato ao bebê logo após o nascimento.
“A redução da mortalidade materno-infantil exige ações integradas e permanentes. Nosso foco é garantir qualidade na atenção básica, ampliar a prevenção e assegurar uma rede preparada para acolher mãe e bebê em todas as fases do cuidado”, afirmou Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.
Os homicídios registrados de mulheres caíram 18,7% no Paraná em dez anos, de acordo com dados doAtlas da Violência 2025, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo o anuário, o número total de mulheres vítimas de mortes violentas caiu de 283 casos registrados em 2013 para 230 em 2023.
A redução paranaense foi maior do que a média nacional do período. Em todo o Brasil, a queda no número total de homicídios de mulheres ao longo de dez anos foi de 18,2%, caindo de 4.769 para 3.903.
O Paraná também foi o único estado da região Sul a registrar queda nos casos no período. Em Santa Catarina, o número de homicídios de mulheres aumentou 2,9%. No Rio Grande do Sul, o total de casos teve alta de 6,7%.
Os dados foram extraídos pelo FBSP do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, considerando mortes violentas de mulheres ou causadas por agressões.
A baixa nos índices do Paraná é ainda mais acentuada se comparada em termos proporcionais. Entre 2013 e 2023, a taxa de homicídios de mulheres a cada 100 mil habitantes caiu de 5,1 para 3,9, o que significa uma redução de 23,5%. A variação segue sendo a melhor do Sul do Brasil, já que Santa Catarina registrou queda de 9,7% no índice entre 2013 e 2013, e a taxa no Rio Grande do Sul teve alta de 2,7% no mesmo recorte de tempo.
VÍTIMAS NEGRAS– O anuário ainda faz um levantamento das vítimas negras de homicídios e analisa se há uma disparidade entre a representatividade das mulheres negras em cada estado comparando com a proporção de vítimas. Em todo o Brasil, por exemplo, a população de mulheres negras representa 55,7% de todas as mulheres, mas elas são vítimas de 68,9% dos homicídios de mulheres, o que mostra a vulnerabilidade desta população.
O estudo aponta que o Paraná, no entanto, é um dos únicos estados em que não há disparidade nestas proporções, ao lado do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Roraima. No Estado, as mulheres negras representam 35,3% de todas as mulheres, enquanto foram vítimas de 33% dos homicídios de mulheres.
Nas demais 22 unidades da Federação, a proporção de mulheres negras vítimas de homicídio superou a representação dessa população em relação ao total de mulheres.
AÇÕES– Os números refletem as ações do Governo do Estado que, por meio das forças de segurança, vem reduzindo as taxas gerais de homicídios e de casos violentos no Paraná. Considerando todos os casos, o Paraná registrou asegunda maior queda na taxa de homicídiosdo Brasil em 2023, segundo o Atlas da Violência.
No combate aos feminicídios e à violência contra a mulher, especificamente, a Secretaria da Segurança Pública conduz o programa Mulher Segura. A medida trabalha com a capacitação de agentes públicos para o atendimento de ocorrências com vítimas mulheres, além de conscientizar e orientar os cidadãos pela redução de casos de violência doméstica.
O programa, que até o final de 2024 estava restrito à Operação Vida, ação realizada nos municípios com maiores índices criminais do Paraná, foi expandido para todos os municípios do Estado, a partir de umdecreto assinadopelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em março de 2025.
Dentre as várias atuações do programa, hoje presente nos 399 municípios do Paraná, destacam-se palestras que são levadas às comunidades, como “Mulher Segura”, “De homem para homem” e “Violência doméstica”, que é destinada ao público adolescente. Desde a implantação do programa, já foram promovidas 621 palestras, alcançando 70.890 pessoas.
O prazo de pagamento da quinta e última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 para donos de veículos com finais de placa 3 e 4 encerra nesta quarta-feira (21).
Os contribuintes que optaram pelo parcelamento em cinco vezes devem fazer o pagamento da cota final do imposto ao longo desta semana, sem a incidência de juros. É importante ficar atento às datas de vencimento, que variam de acordo com o final da placa do veículo. Em caso de atraso, a multa é de 0,33% ao dia mais juros de mora (de acordo com a taxa Selic). Após 30 dias de atraso, o percentual é fixado em 10% do valor do imposto.
OPÇÕES DE PAGAMENTO– Assim como já ocorria em anos anteriores, as guias de recolhimento (GR-PR) não são enviadas pelos Correios. A Secretaria de Estado da Fazenda e a Receita Estadual também não encaminham boletos por e-mail nem aplicativos de mensagens. Os contribuintes do Paraná devem gerá-las para pagamento por meio dos canais oficiais. Como o Portal IPVA, os aplicativos Serviços Rápidos, da Receita Estadual, e Detran Inteligente, disponíveis para Android e iOS , ou Portal de Pagamentos de Tributos .
Uma alternativa de pagamento do IPVA é o pix, por meio do QR Code inserido na guia de recolhimento, a partir de mais de 800 instituições financeiras. O pagamento nessa modalidade é compensado em até 24 horas e pode ser feito nos canais eletrônicos dos bancos ou por meio de aplicativos, não limitados aos parceiros do Estado.
ALERTA GOLPES– A Secretaria da Fazenda alerta os contribuintes sobre a existência de sites falsos relacionados à cobrança do IPVA. A recomendação é de que as guias de pagamento sejam sempre geradas através dos sites oficiais, cujos endereços terminam com a extensão “pr.gov.br”, ou por meio dos apps da Receita Estadual e do Detran, que fornecem formas seguras de realizar os pagamentos.
Confira o calendário de pagamento da última parcela do imposto:
Entre 2019 e 2023, Carlópolis, no Norte Pioneiro, ganhou 1.163,64 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a quase 1,2 mil campos de futebol. O novo mosaico verde representa um aumento de 37% da área preenchida pelo bioma, o melhor índice de crescimento de vegetação nativa entre municípios da região Sul do Brasil. Assim, se a cidade de quase 17 mil habitantes, encostada na Represa de Chavantes, na divisa do Paraná com São Paulo, mantiver a média anual de regeneração ambiental, terá, ao final deste ano, mais mata preservada em seu território do que tinha em 1985, quando dados ambientais deste tipo começaram a ser catalogados e serviram de base para ações do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Carlópolis, porém, não é um caso isolado. Desde 2019, três em cada quatro municípios do Estado (300 de um total de 399) apresentaram saldo positivo na preservação de mata nativa, segundo levantamento do pelo MapBiomas, uma iniciativa multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia. O desempenho coloca o Paraná entre as seis unidades federativas que conseguiram conservar mais do que desmatar no período – São Paulo, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro completam o grupo.
Outros destaques são Ivatuba (31%), São João do Ivaí (30%), Doutor Camargo (22%), Floresta (20%), Flórida (18%), Ângulo (17%), Lidianópolis (17%), Jardim Alegre (17%), Maringá (16%) e Santo Inácio (16%).
“Por esses números, e por um conjunto de ações coordenadas pelo Governo do Estado, o Paraná é referência para o mundo em sustentabilidade. São indicadores excelentes, mas que não nos acomodam. Queremos e vamos avançar, buscar um Estado cada vez mais verde, saudável e sustentável”, destacou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
Para a agente profissional do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do IAT (NGI), Iasmin Portela, uma série de fatores impactaram na qualidade da conservação de mata nativa local nas quatro últimas décadas. Entre elas, destaca a técnica, está a eficácia da fiscalização. De 2021 para 2024, o número de Autos de Infração Ambiental (AIAs) ligados a crimes contra a flora nativa, por exemplo, aumentou em 65%, passando de 3.183 para 5.252. O valor total das multas também cresceu, indo de R$ 78.797.343 para R$ 134.067.876 no ano passado, um aumento de 70%.
“Há muito apoio da tecnologia na execução do trabalho. Hoje produzimos laudos técnicos detalhados, que servem de apoio para as ações fiscalizadoras do IAT, sempre com base em imagens de satélite”, explica.
“Nesses relatórios, apontamos a legalidade do desmatamento, o histórico de autos de infração ambiental no local, o domínio de imóvel, as características da vegetação original, a data e área da supressão, além da identificação de sobreposição com áreas especialmente protegidas. Tudo isso baliza o ato administrativo a ser indicado pelo fiscal”, complementa Iasmin.
QUEDA NO DESMATAMENTO– Paralelamente ao crescimento de áreas preservadas, o Paraná vem alcançando resultados expressivos no combate ao desmatamento ilegal. Tanto a Fundação SOS Mata Atlântica quanto o próprio MapBiomas identificaram uma redução de 64% na supressão em 2024.
Já nos quatro últimos anos, de 2021 a 2024 , a queda foi ainda mais representativa: de 95,2%.de 6.939 hectares para 329 hectares, de acordo com material produzido pelo Instituto Água e Terra – a pesquisa foi coordenada pelo NGI com base nos alertas publicados pela Plataforma MapBiomas.
Entre as regionais do IAT que apresentaram as diminuições mais significativas no período estão justamente a de Francisco Beltrão, que passou de 706,01 hectares para 11,26 hectares (queda de 98%), seguida do Litoral (de 58,58 hectares para 1,88 hectare) e Pato Branco (de 571,79 hectares para 17,68 hectares), ambas com 96%.
CRIME– Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.
O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000 .
COMO AJUDAR– A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.
No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco , ou nos escritórios regionais . É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.
Confirma a lista com os municípios que tiveram aumento de área verde entre 2019 e 2023:
Há 40 anos, as primeiras notas da ópera “Anacreon”, de Luigi Cherubini, romperam um silêncio de décadas de espera pela criação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP). Diante de um Teatro Guaíra lotado, os 60 músicos recém-admitidos para compor o corpo musical marcaram história com uma apresentação épica de estreia daquele que se tornaria um dos corpos artísticos mais respeitados do Brasil.
No dia 28 de maio de 2025 (próxima quarta-feira), a OSP celebra quatro décadas de história. Desde a sua fundação, em 1985, a orquestra marcou a cultura paranaense com um repertório vasto, diversas parcerias internacionais e atuações memoráveis que marcam a excelência musical do Paraná. Neste período, ela também conquistou paranaenses de todas as idades com um programa cultural acessível e plural.
“A Orquestra Sinfônica do Paraná é um grande orgulho para todos nós, paranaenses. Ela está entre as melhores orquestras do Brasil, sem dúvidas, e completa seu aniversário de 40 anos em alta performance, demonstrando uma capacidade muito grande de evolução”, diz o diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Cleverson Cavalheiro.
Desde o desenho original do Grande Auditório Bento Munhoz da Rocha, conhecido como Guairão, já existia a previsão do teatro abrigar um corpo sinfônico próprio. A ideia, no entanto, só saiu do papel anos mais tarde, diante da necessidade do Estado ter uma orquestra profissional.
Ao longo dos anos 1980, muitos músicos paranaenses se formavam na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e precisavam sair do Estado para se dedicar à excelência musical em tempo integral. Outros músicos se apresentavam pela Orquestra Estudantil de Concerto, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas dividiam as atenções com os estudos de graduação.
Foi nesta época que músicos e gestores culturais locais se articularam para convencer o então governador José Richa sobre a importância da formação da OSP. A proposta foi elaborada pelo cantor lírico Ivo Lessa, a professora Tatiana de Aben Athar e a violonista Eleni Bettes.
“Para convencer o governador, fizemos várias pesquisas em eventos culturais perguntando ao público a opinião deles sobre a importância de uma orquestra sinfônica no Guaíra. O apoio das pessoas era geral. Assim, conseguimos começar o processo para torná-la realidade”, contou Eleni, que na época era coordenadora de Comunicação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura.
Estreia da Orquestra Sinfônica do Paraná no palco do Teatro Guaíra, auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, em 28 de maio de 1985, na primeira parte do concerto, com regência do maestro Osvaldo Colarusso. Foto: Acervo CCTG
ESTREIA– Foram meses de preparação entre o aceite para a formação da orquestra e a apresentação histórica de estreia. O primeiro passo foi formar a comissão que faria a primeira seleção de músicos, via concurso público, para a OSP. Compuseram a banca Eleni Bettes, os maestros Mário Tavares, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Cláudio Santoro, da Orquestra Nacional de Brasília, e o curitibano Alceo Bochino, que foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica Nacional.
Além da análise do currículo, o concurso exigia uma prova prática dos candidatos, que vieram de todo o Brasil para tentar uma vaga na nova orquestra. “Tivemos que montar uma orquestra temporária para acompanhar os músicos nas provas. Foi um processo muito trabalhoso, que exigiu muito de todos”, diz Eleni.
Entre o fim da seleção e a primeira apresentação, novos desafios surgiram. Antes de receberem os primeiros salários, muitos dos músicos que se mudaram para Curitiba para os primeiros ensaios moraram por algumas semanas nos alojamentos do Ginásio do Tarumã, até que pudessem se estabelecer em definitivo nas suas casas.
A estreia aconteceu em uma noite de terça-feira, no dia 28 de maio de 1985, com casa cheia. O concerto foi aberto pelo maestro assistente Osvaldo Colarusso, com a primeira audição da ópera “Anacreon” no Paraná. Na sequência, Alceo Bocchino, que assumiu como maestro emérito da OSP, regeu duas obras de Beethoven. A plateia virou um mar de aplausos.
Orquestra na capa da Revista do Teatro Guaíra. Foto: Acervo CCTG
EVOLUÇÃO – Em 40 anos de trajetória, a Orquestra Sinfônica do Paraná reuniu mais de 50 maestros convidados e 200 solistas do Brasil e do Exterior, com um repertório de cerca de 900 obras de 250 compositores. Com mais mil apresentações realizadas, 11 músicos que estavam na apresentação de estreia continuam na orquestra até hoje.
Ao longo deste período, diversos maestros deixaram suas marcas na trajetória da OSP. Alceo Bocchino e Osvaldo Colarusso comandaram a orquestra entre 1985 e 1998, período fundamental para a consolidação e expansão do corpo artístico.
Em seguida, passaram pela regência nomes como Roberto Duarte, entre 1998 e 1999, e Jamil Maluf, de 2000 a 2002, que foi responsável por levar ao palco da orquestra trilhas de cinema e músicas populares, que caíram no gosto do público. Depois, assumiu Alessandro Sangiorgi, entre 2002 e 2010, que trabalhou para ampliar o repertório da OSP e realizou uma série de estreias internacionais.
Em 2011, a orquestra passou a ser comandada por Osvaldo Ferreira, que ficou até 2014, e levou a sinfônica a igrejas, cidades do Interior e criou sessões exclusivas para crianças. Depois, entre 2016 e 2020, Stefan Geiger assumiu a regência, ampliando os ensaios do grupo.
Desde 2022, a orquestra é liderada pelo maestro Roberto Tibiriçá, que já vinha atuando pela orquestra por 18 anos como regente convidado. “Neste período, o maestro tem conduzido um trabalho muito importante com trocas de experiências com artistas do mais alto nível, com convidados muito relevantes, entre grandes solistas e maestros renomados”, afirma o diretor-artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra, Áldice Lopes.
ACESSÍVEL – Nos últimos anos, a Orquestra Sinfônica do Paraná tem atraído um público cada vez mais abrangente e plural, fruto dos esforços do Governo do Estado para levá-la a diferentes espaços e cidades, e mantê-la acessível. Os ingressos das apresentações no Teatro Guaíra, por exemplo, custam entre R$ 10 e R$ 20.
Somente em 2024, os concertos que aconteceram em Curitiba ou na Região Metropolitana, com o projeto Guaíra para Todos, e no Interior do Estado reuniram um público total de 45 mil pessoas. Considerando os espetáculos junto aos demais corpos do Centro Cultural Teatro Guaíra, foram mais de 90 mil pessoas.
Esta consolidação acontece mesmo em meio a uma série de desafios, como o período da pandemia da Covid-19, em que a OSP passou a fazer apresentações virtuais, transmitidas pela internet ao público.
COMEMORAÇÕES – Como parte das comemorações pelos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná, o público terá a oportunidade de assistir a uma das mais imponentes obras do repertório sinfônico mundial: a “Sinfonia nº 2 – Ressurreição”, de Gustav Mahler. A peça será apresentada em três concertos especiais nos dias 28 e 29 de maio, às 20h30, e em 1º de junho, às 10h30, no palco do Guairão.
Com regência do maestro titular Roberto Tibiriçá, a apresentação contará com a participação das solistas Gabriella Pace (soprano) e Ana Lucia Benedetti (mezzo-soprano), além de um coro misto. A classificação indicativa é de 7 anos e os ingressos custam entre R$ 10 e R$ 20, com vendas pela bilheteria do teatro e pelo site DeuBalada.com .
Além disso, no ano de aniversário, entre outras atividades comemorativas, a OSP criou a série Mostly Mozart, com apresentações no vão livre do Museu Oscar Niemeyer ao longo do ano. Os próximos concertos estão previstos para os dias 5 de julho, 6 de setembro, 8 de novembro e 6 de dezembro.
Orquestra Sinfônica do Paraná em apresentação na Boca Maldita, em Curitiba. Foto: Karin Van Der Broocke/Arquivo CCTG
40 ANOS– Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. Criada oficialmente em 28 de março de 1985, a OSP é composta por cerca de 73 músicos e é considerada um dos mais importantes conjuntos sinfônicos do Brasil.
Ao longo de cinco reportagens de texto e vídeo, a série aborda a história da OSP, os personagens que a construíram, curiosidades, o universo dos instrumentos e a atuação descentralizada que aproxima a arte de diferentes públicos.
Para celebrar suas quatro décadas de história, a Orquestra Sinfônica do Paraná terá três apresentações especiais, nos dias 28 e 29 de maio e 1º de junho, com a execução da “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, sob regência do maestro titular e diretor musical da OSP, Roberto Tibiriçá. Uma websérie documental com quatro episódios também será lançada nos canais do YouTube do Instituto de Apoio à OSP e do Teatro Guaíra.