A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (23) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 5.767 casos da doença e dois óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 147.531 notificações, 42.802 diagnósticos confirmados e 33 óbitos em decorrência da dengue no Estado.
Ao todo, 395 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 352 possuem casos confirmados. Os dois novos óbitos são de Apucarana (uma mulher de 65 anos sem comorbidades) e de Toledo (um homem de 75 anos com comorbidades). As mortes ocorreram em março e abril, respectivamente.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (9.974); 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (9.127); 15ª RS Maringá (5.188); 12ª RS de Umuarama (2.997) e 19ª RS Jacarezinho (2.773).
OUTRAS ARBOVIROSES– A publicação inclui ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 2.139 casos de Chikungunya, com um total de 5.229 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 43 notificações sem nenhum caso foi confirmado.
O Projeto de Lei n° 66/2025, de autoria do deputado estadual Marcio Pacheco, foi aprovado em primeira discussão, na manhã desta quarta-feira (23), no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
A proposta institui o “Abril Verde e Amarelo”, com o objetivo de promover, ao longo do mês de abril, ações de conscientização sobre a defesa da propriedade privada e o enfrentamento às invasões de terras.
Segundo Pacheco, o projeto surge como um contraponto ao “Abril Vermelho” — mobilização anual promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e em defesa da reforma agrária. A iniciativa também propõe a inclusão da temática no Calendário Oficial de Eventos do Paraná.
O parlamentar defende que a medida auxiliará os proprietários de terras a se organizarem e a estabelecerem um canal mais eficiente com as forças de segurança pública. “Com essa articulação, será possível agir de forma mais rápida diante de suspeitas de invasão, como as registradas em municípios como Terra Roxa, Guaíra e Palotina”, afirmou.
Pacheco também cobrou maior agilidade do Poder Judiciário na concessão de reintegrações de posse.
“Essa é uma vitória das pessoas de bem, dos agricultores paranaenses que produzem alimentos, geram empregos e renda. Não se trata de espalhar medo, mas de afirmar que, no Paraná, não aceitamos isso. O legítimo dono da terra precisa ter voz. Não podemos mais ser omissos. Discutir esse grave problema já é uma reação importante”, declarou o deputado.
Durante o “Abril Vermelho” de 2024, o MST registrou 24 invasões em 11 estados em apenas um dia – incluindo o Paraná. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), do Congresso Nacional, já alertou para a possibilidade de um número recorde de invasões neste ano.
Além das ações do MST, os produtores rurais também enfrentam a ocupação de terras por grupos indígenas.
De acordo com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), nove propriedades foram invadidas por indígenas na região Oeste desde o final de 2023. Como esses casos envolvem terras com possível reivindicação indígena, a competência para reintegração é federal, o que limita a atuação direta do governo estadual.
“Invasão de terra é crime. É um ato ilegal e não pode ser visto como método legítimo de reivindicação de direitos, já que a legislação agrária prevê mecanismos legais para isso”, defendeu Pacheco. Ele também apontou que as invasões geram insegurança jurídica, violência, riscos sanitários e prejuízos econômicos para o estado.
A proposta paranaense segue o modelo de um projeto semelhante já aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Na votação desta quarta-feira, o projeto recebeu 29 votos SIM, 5 NÃO. A segunda votação e a redação final estão previstas para a próxima semana.
Os registros nas estradas estaduais durante o feriado de Páscoa e Tiradentes mostram o resultado da intensificação da ação da Polícia Militar do Paraná, por meio do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Houve 5.297 autos de infração de trânsito no período e 11.507 imagens de radar de veículos trafegando acima da velocidade permitida. As forças policiais flagraram 128 condutores embriagados, com sinais de embriaguez ou que se recusaram a fazer o teste de etilômetro – 12 foram presos pelo crime de embriaguez ao volante. Também houve apreensão de quase 3 toneladas de drogas.
A ação contou com policiais utilizando radares portáteis para coibir o excesso de velocidade, além de testes etilométricos durante as abordagens, com o objetivo de combater a embriaguez ao volante.
“Durante o feriado, houve reforço no policiamento, focado na segurança viária e segurança pública. Os resultados foram positivos, tanto no combate ao crime, com aproximadamente três toneladas de entorpecentes apreendidos, quanto nas fiscalizações nas rodovias paranaenses”, afirmou o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária, tenente-coronel Gustavo Zancan.
Outras equipes especializadas da Polícia Militar, como o Canil e a Rotam, também foram empregadas estrategicamente ao longo do feriado, atuando em apoio às atividades de fiscalização.
Ao todo, a operação flagrou 585 pessoas por estarem sem cinto de segurança e 212 condutores sem habilitação ou com pendências relativas à Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também foram registrados 78 acidentes, 90 feridos e 6 óbitos.
OCORRÊNCIAS– Na PR-317, em Maringá, no domingo (20), uma motocicleta foi abordada e apreendida por ter 151 multas e R$ 32 mil em débitos. O condutor foi preso. Também no domingo (20), um carro foi flagrado a 177 km/h na PR-082, em Cidade Gaúcha. Já em Carambeí, um caminhoneiro foi preso por embriaguez após causar acidente de trânsito com o tombamento dos reboques do seu veículo.
Em relação ao combate aos crimes em rodovia, foram aprendidos 2.995,83 quilos de entorpecentes. Somente em Cianorte, em uma única ação, na quinta-feira (17), foram interceptadas 2,7 toneladas de maconha em um caminhão, um prejuízo estimado de R$ 7,6 milhões ao crime organizado.
O papel da igreja na inclusão, homenagens aos 120 anos do Rotary e ao Dia do Kung Fu, além de um seminário e o lançamento de um prêmio, compõem a agenda legislativa da próxima semana, que será mais curta devido ao feriado de Tiradentes. Audiência pública, sessões solenes e demais eventos dividem espaço com as sessões plenárias, reuniões de comissão e de grupos temáticos.
Três eventos contam com a participação ou organização da Escola do Legislativo com seminário, lançamento de premiação e palestra. Na quarta (23) e na quinta-feira (25), representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de gestores públicos, empresários, profissionais e dirigentes da sociedade civil, participarão do seminário “Captação de Recursos, Prestação de Contas e Normatização para as Organizações da Sociedade Civil e Fundos Municipais”.
A abertura do evento será feita pelo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Alexandre Curi (PSD), às 14 horas. O objetivo é apresentar e discutir as melhores práticas e estratégias para a captação, gestão e prestação de contas de recursos destinados a entidades sem fins lucrativos. Na quinta, a programação começa 9h30.
Premiação
Reconhecer e valorizar gestões municipais que se destacam pela inovação, criatividade e promoção do desenvolvimento local é o objetivo da 13ª edição do Prêmio Gestor Público (PGP-PR). A cerimônia de lançamento ocorrerá na quarta-feira (23), às 11 horas, no Plenarinho, com abertura das inscrições.
O tema deste ano é “Acessibilidade e Inclusão: o espaço público com dignidade para todos os cidadãos”. A iniciativa busca incentivar os municípios de todo o Paraná a adotarem práticas eficientes de planejamento, execução e controle de projetos e programas governamentais. Criado em 2013, o prêmio é uma iniciativa do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná e parceria da Escola do Legislativo.
Trabalho e Meio Ambiente
A Assembleia vai receber o seminário sobre Trabalho e Meio Ambiente, promovido pelo DIEESE e as Centrais Sindicais. O tema desse ano é Transição Justa – rumo à COP 30. A Jornada Nacional de Debates, dessa vez conta com o apoio do Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno. O evento, realizado nas capitais dos 17 estados onde o DIEESE possui escritórios, será na quinta-feira, às 9 horas, no Plenarinho. O proponente é o deputado Requião Filho (PT).
Inclusão
O papel das igrejas na inclusão será tema de uma audiência pública promovida pelo Bloco Parlamentar da Neurodiversidade, coordenado pelo deputado estadual Alisson Wandscheer (SD), em parceria com o Ministério Pão Diário. O evento integra as atividades do Bloco no Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo. O objetivo é apresentar experiências e iniciativas já desenvolvidas por igrejas, destacando as adaptações necessárias para que os espaços religiosos sejam verdadeiros locais de acolhimento físico e espiritual. O evento será realizado na quarta-feira, às 18 horas, no Plenarinho.
E, sexta-feira (25), haverá a palestra Diversidade e Inovação: Autistas no mercado de trabalho, que é proposta pela Escola do Legislativo em parceria com a Empresa de Educação em Neurodiversidade beeMyra. O evento será às 10 horas, no Auditório Legislativo.
Homenagens
A Assembleia Legislativa do Paraná realizará, por proposição do deputado Anibelli Neto (MDB), uma sessão solene em comemoração aos 120 anos de fundação do Rotary International e ao Dia do Rotariano Paranaense. A data foi instituída pela Lei estadual nº 17.009/2011, do ex-deputado e rotariano Rasca Rodrigues. O evento acontecerá na sexta-feira (25), às 9 horas, no Plenário, e destacará a atuação de homens e mulheres que, ao longo do tempo, promoveram ações voltadas à melhoria da qualidade de vida por meio dos projetos desenvolvidos pelos clubes rotários.
Mestres e praticantes do kung fu, arte marcial originária da China com cerca de cinco mil anos de história, também serão homenageados em sessão especial na quinta-feira (24), às 18 horas, no Plenário. O evento será promovido pelo deputado Alexandre Amaro (REP), autor de um projeto de lei em tramitação que propõe instituir o dia 11 de abril como o Dia Estadual do Kung Fu. O parlamentar também é autor da Lei nº 20.337/2020, que criou o Dezembro Faixa Preta, no calendário oficial do Paraná, com o objetivo de popularizar as artes marciais como ferramentas de desenvolvimento humano.
Sessão plenária
Três proposições iniciarão tramitação em plenário na sessão da próxima terça-feira (22), às 14h30. O projeto de lei 105/2025, de autoria do presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), altera a Lei nº 17.826/2013, que trata da concessão e manutenção do título de utilidade pública a entidades do Paraná. A proposta busca atualizar a legislação estadual para permitir a remuneração de dirigentes que exerçam funções executivas em organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, em conformidade com as Leis federais nº 9.790/1999 e nº 13.019/2014.
O projeto de lei 225/2025, do Poder Executivo, solicita aprovação para abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 8.211.000,00 ao orçamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O recurso será utilizado para a criação do programa Paraná Saúde Digital, destinado a cobrir despesas com contratação de serviços de pessoas jurídicas, locação de equipamentos, contratação de instrutores, produção de materiais gráficos, e aquisição e desenvolvimento de softwares para atendimento do SUS Digital.
Já o projeto de lei 112/2025 autoriza o Estado a doar um imóvel ao município de Cerro Azul. Em turno único, será votado o projeto de lei 80/2025, que autoriza a doação de imóvel à Associação dos Moradores, Amigos dos Idosos, Esportivos, Cultural dos Bairros Laranjeiras, Karla, Petrópolis, Estrela, Paraná, Belvedere I e II e Porto Seguro, de Foz do Iguaçu.
Segundo turno
Retornam à pauta para votação em segundo turno o projeto de lei 451/2023, de autoria da deputada Mabel Canto (PSDB) e do deputado Ney Leprevost (União), que institui o Novembrinho Azul. A campanha, a ser realizada anualmente no mês de novembro, visa promover a conscientização e ações de cuidado com a saúde de meninos de até 15 anos de idade.
Também será discutido o projeto de lei 307/2024, do deputado Cobra Repórter (PSD), que institui o Dia dos Heróis Paranaenses e cria o Livro Memorial Oficial dos Heróis do Paraná, com o intuito de preservar a memória histórico-cultural de atos e ações de paranaenses homenageados por seus feitos.
Redação final
Estão em redação final o projeto de lei 763/2023, da deputada Cloara Pinheiro (PSD), que estabelece prioridade no atendimento a pessoas com Diabetes Mellitus em estabelecimentos de saúde no Paraná, especialmente em exames que exigem jejum prévio; e o projeto de lei 1/2025, do Tribunal de Justiça do Paraná, que autoriza a doação de imóvel ao município de Castro.
Além disso, serão apreciadas duas propostas de concessão de título de utilidade pública: o projeto de lei 90/2025, do deputado Thiago Bührer (União), à Associação Para Vida Sem Drogas, de São José dos Pinhais; e o projeto de lei 97/2025, da deputada Cloara Pinheiro, à Associação de Voleibol Ibiporã.
Transmissão
A sessão plenária da próxima terça-feira (22) será transmitida ao vivo pela TV Assembleia, a partir das 14h30, pelo canal 10.2 (TV aberta) e canal 16 (Claro/NET). O conteúdo também estará disponível no canal do YouTube da Assembleia Legislativa do Paraná.
Na terça-feira (15), Dia Mundial da Conservação de Solos, o programa Fala Rural, da Embrapa Agropecuária Oeste, publicou uma entrevista com o engenheiro agrônomo Hudson Lissoni Leonardo (da Divisão de Apoio Operacional) e com o pesquisador da Embrapa, Júlio Salton. A entrevista aborda o programa Ação Integrada de Solo e Água (Aisa), parceria da Itaipu com a Embrapa, IDR-Paraná, Esalq/USP e Faped.
Por meio dessa iniciativa, a Itaipu e os parceiros desenvolvem pesquisas sobre técnicas de conservação de solo, práticas agrícolas e suas interações com o clima, as florestas e a bacia hidrográfica, procurando identificar as melhores estratégias para a produção agropecuária e que também beneficiam a produção de energia e outros usos da água.
A ousadia de alguns jovens neste fim de semana terminou com três pessoas detidas na noite de ontem (20) em Cascavel.
De acordo com o relatório da Polícia Militar, eles receberam uma denúncia via central de que quatro pessoas estavam fazendo uma live, em um bar no bairro Cataratas, e durante o ‘show de um DJ’ estavam vendendo drogas.
Ao chegarem no local, as equipes abordaram os jovens que estavam ao lado da mesa do DJ. Um deles foi flagrado jogando um pacote ziplock sob a mesa, contendo 19 porções de cocaína fracionadas em embalagens menores. Ainda sobre a mesa, foi encontrada uma pequena porção de maconha, que um adolescente assumiu ser de sua propriedade.
Questionado, o proprietário do estabelecimento disse que apenas contratou o DJ e que não sabia a presença de entorpecentes, citando inclusive que os outros dois seriam amigos do DJ. Os dois maiores foram presos em flagrante e o adolescente apreendido. Ao todo foram apreendidas nove gramas de cocaína e 0,5 grama de maconha.
A segunda-feira (21) amanheceu mais triste em todo o mundo pela morte do Papa Francisco, aos 88 anos. O pontífice passou mais de 40 dias internado em decorrência de uma pneumonia e ontem (20) fez pela última vez sua aparição por conta da Páscoa.
Hoje, a Arquidiocese de Cascavel, representada pelo Bispo Dom José Mário, emitiu uma nota de pesar. Veja a íntegra:
Com profunda consternação recebemos, nas primeiras horas desde dia 21 de abril de 2025, o comunicado do falecimento de sua Santidade, o Papa Francisco. Entretanto, as fulgurações pascais que vivemos nesses dias projeta luz e sentido sobre a tristeza que a Igreja agora vive. Assim como os primeiros cristãos interpretaram a Paixão e a morte do Senhor à luz da Ressurreição, também nós somos chamados a ler a vida, o testemunho e as ações do Papa Francisco sob o sinal do Ressuscitado.
No decorrer dos 12 anos de pontificado Papa Francisco moveu todas as forças eclesiais, institucionais e pastorais no sentido de promover uma eclesialidade radicalmente evangélica. Para isso, repropôs o Concílio Vaticano II (1962-1965) como bússola eficaz a guiar os rumos da Igreja em nossa época, marcada por mudanças e transformações. Toda sua eficácia governativa aliou-se à caridade pastoral que o fez perceber e olhar com atenção as chagas da Igreja e os feridos nela. Mediante gestos e palavras, remodelou o exercício do ministério petrino, enfatizando a colegialidade episcopal como nota suprema e fundamental da autoridade apostólica.
Seu pontificado se encerra com um caminho aberto, a saber: a sinodalidade. De fato, cada pontificado realiza-se na esteira dos precedentes e na continuidade dos vindouros. Postulando a sinodalidade como modo de ser e de agir da Igreja em nosso tempo, ele recordou-nos o caminho aberto a ser percorrido por todos nós cristãos. A sinodalidade, enquanto caminho feito junto, possui também uma dimensão escatológica, pois aponta para a vocação universal de cada cristão e da Igreja toda à eternidade. Papa Francisco, em sua morte, chama nossa atenção para essa dimensão alta na qual reside o cume de todo caminho cristão. Com efeito, por ocasião da Benção Urbi et Orbe no dia de ontem (20 de abril), ele apareceu na Sacada das Bençãos da Basílica de São Pedro e disse-nos aquelas que se tornaram suas últimas palavras, seu testamento: “Que Deus Todo-Poderoso vos abençoe, o Pai e Filho e Espírito Santo!”. Conceder a benção foi seu último ato público.
Na fórmula trinitária pronunciada por seus lábios e desenhada por suas mãos em forma de cruz, está contido todo o mistério de Deus revelado na existência, na vida e na vocação humana. A Cruz de Cristo é, realmente, a máxima ação de Deus no interior da criação e da história em favor da nossa redenção, é o compêndio da compaixão divina. Papa Francisco viveu o mistério pascal até o fim e hoje plenifica-se na Jerusalém do alto, nossa mãe (cf. Gl 4,26). Agradecemos a Deus pelo dom do seu pontificado.
Exorto a todos os fiéis católicos da Arquidiocese de Cascavel a rezar em favor do descanso eterno do Papa Francisco bem como a implorar de Deus um Bispo a Roma e Pastor universal da Igreja segundo o Coração de Cristo.
Recordo um dos belos pensamentos presentes na homilia preparada pelo Papa Francisco e lida pelo Cardeal Comastri durante a missa de Páscoa no dia de ontem: “Não podemos estacionar o nosso coração nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria. Corramos ao encontro de Jesus, redescubramos a graça inestimável de ser seus amigos. Deixemos que a sua Palavra de vida e verdade ilumine o nosso caminho” (Papa Francisco, Homilia na Missa de Páscoa, 20 de abril de 2025).
Hoje o Papa fez sua última corrida (cf. 2Tm 4,7), e a fez ao encontro do Senhor Ressuscitado. Descanse em paz, Papa Francisco e desde o céu reze pela Igreja peregrina no mundo.
A Prefeitura de Cascavel emitiu uma nota de pesar pela morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21).
Confira a íntegra:
A Prefeitura de Cascavel lamenta profundamente a morte do Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica, e decreta luto oficial de três dias pela morte do pontífice.
Em uma cidade de forte tradição católica como Cascavel, a notícia toca milhares de fiéis, que encontram na fé parte essencial da vida.
O prefeito Renato Silva lamenta, mas enaltece o legado do papa Francisco. “Exemplo de paz e santidade. Era um homem bom e justo. Lutou pelo bem comum, pela paz na terra, com o seu exemplo pessoal, com suas atitudes, seu comportamento, suas palavras e seus ensinamentos. E, agora, foi morar na casa do Pai, que tem muitas moradas. Muito obrigado, Papa Francisco, que seu espírito continue na presença da humanidade e principalmente em nós católicos. Vá com Deus”, declara o prefeito.
“No crepúsculo do milênio/ seus filhos e herdeiros /ao tocar os sinos virão / eis a Saga / sonho sem fim”. A letra em Portunhol da canção de Artur de Carvalho, parte da trilha sonora do filme “A Saga”, remonta à obsessão do diretor Manaoos Aristides de criar um filme épico sobre a história do Oeste do Paraná.
Com esforço, desafiando todos os obstáculos, o projeto começou no fim do século XX, em 1999, atravessou a passagem do milênio, parecia não ter fim e só se completou ao cabo de treze anos, em uma minissérie com 16 capítulos repletos de história e romance, cada qual com cerca de uma hora de duração.
Ao longo desse tempo a maioria dos projetos se dispersa, mas A Saga persistiu, estendendo-se por dezenas de cidades e mobilizando cerca de cinco mil pessoas – equivalentes à população de Lindoeste.
Manter a equipe unida na aventura de adaptar histórias, adequar personagens e manter atores por período superior ao de uma novela foi uma façanha sem igual, resultando em uma experiência rara na dramaturgia nacional. “Uma saga dentro da Saga”, como a descreveu o diretor e roteirista Manaoos Aristides.
De fato, ela não teria sido possível sem sua própria saga pessoal, iniciada no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Amazonas, em 1970.
Apresentado ao Oeste
Concluindo a formação em 1974, Aristides começa seu preparo na TV e cinema com cursos de iluminação, produção e direção. Em 1977, faz o curso de criatividade da Universidade Búfalo (EUA) pela Rede Globo. Fez vários cursos de cinema e televisão, passando pela TV Cultura de São Paulo.
Além de experiências no jornalismo no Jornal do Commercio e TV Cultura do Amazonas, seu contato com a história é de longa data, pois foi professor dessa matéria. Em São Paulo, foi diretor de produção na TV Globo e diretor na mesma emissora no início dos anos 1980.
O primeiro contato com o Oeste do Paraná se deu em 1984, como diretor de criação e produção da TV Tarobá. Depois fez documentários e até videoclipes com vários artistas para o Fantástico, da Globo, e em 1997 foi chamado para ser o diretor de programa do Festival de Parintins, um dos mais importantes do país.
Experiência não faltava, de Norte a Sul do país, para saber que produzir “A Saga” fora do eixo Rio-São Paulo seria uma aventura atrevida, mas a longa trajetória de Manaoos Aristides lhe garantiu amigos que aceitaram o desafio de apresentar ao Brasil o extraordinário manancial de emoções da história do Oeste paranaense.
Amigos como Jorge Fernandes Guirado, que depois de obter êxito na programação da TV Tarobá, passou a liderar o Grupo Catve e participou desde o início do projeto.
Está claro: não é documentário
O que Aristides imaginou, porém, excedia o filme de longa metragem iniciado em 1999, tornado a base para a minissérie com 16 capítulos transmitidos pela TV Brasil entre 2014 e 2017 (https://x.gd/598y4).
Apesar da profusão de fatos, datas e caracterizações de personagens históricos, A Saga não é um documentário. A história é o veículo pelo qual transitam as aventuras e paixões dramatizadas de um personagem fictício – Audálio dos Anjos.
Inspirado em uma personalidade real, Sandálio dos Santos (https://x.gd/U9jzS), que dá nome à biblioteca pública de Cascavel, Audálio, na idade adulta, vai se distanciar da biografia de Santos e aprofundar a ficção.
Só os atores que interpretam Audálio na infância e juventude, respectivamente Daniel Lange e Adilson Girardi, viveram no filme episódios reais vividos por Santos. O adulto Audálio é interpretado pelo ator global João Vitti (https://x.gd/n9BR5).
A imagem heroica de Audálio é construída a partir da realidade, como se vê no segundo e terceiro capítulo de A Saga, mas a partir daí história vai se adequar ao romance.
Bomtempo, desempenho marcante
Nome consagrado no circuito cinema/TV, o ator Raymundo de Souza (https://x.gd/84DZh) viveu o fundador da cidade de Cascavel, Jeca Silvério. No primeiro capítulo de A Saga ele aparece na velhice contando os primórdios da história do Oeste ao menino Gabriel, que se interessa pela história.
Em A Saga, o personagem Nhô Jeca é o coadjuvante de Audálio dos Santos, licença tomada por Manaoos Aristides para que a ficção pudesse fluir entre o heroísmo de Audálio e o romance que no capítulo 5 se desenvolve com seu casamento com Laura (Suzana Pilon), distanciando-se definitivamente da biografia real de Sandálio dos Santos.
As cenas iniciais com a presença do carismático ator Roberto Bomtempo (https://x.gd/7q9jR) interpretando o espanhol Cabeza de Vaca na descoberta das Cataratas do Iguaçu e na premonição sobre Itaipu foram decisivas para dissipar qualquer impressão errônea de que se tratava de um documentário.
Valdir Fernandes (https://x.gd/LNmlF), que interpretou Padre Germano, veio precedido pela força de seus papéis nas novelas mais marcantes da TV Bandeirantes – Meu Pé de Laranja Lima (1980) e Os Imigrantes (1981).
Seu papel em A Saga foi relevante para o conjunto da história. No capítulo 11, por exemplo, ele, Nhô Jeca e Audálio dos Santos ajudam uma família cuja filha foi raptada por um índio, dramático episódio realmente acontecido. O raptor real foi preso pelo verdadeiro Sandálio dos Santos.
Antes do Country Clube
Alguns personagens marcantes foram desempenhados por gente da comunicação e da sociedade cascavelense não exatamente ligados à TV ou ao cinema. Olga Bongiovanni, ex-vereadora e renomada apresentadora de rádio e TV, faz o papel de Madame Hortência, a dona de um bordel.
Aliás, a casa de tolerância, nos tempos pioneiros, não era necessariamente um antro de imoralidade. Era um precursor do Country Clube, ponto de encontro onde muitas decisões eram tomadas. A ficção de Aristides deixa isso bem claro, como no capítulo 7 da minissérie, na qual aparece o líder revolucionário Luiz Carlos Prestes (Danilo Faro).
Outros comunicadores de sucesso também atuaram em A Saga, casos de Amir Kali (Giovani) e Ivan Luiz (juiz eleitoral). O animador Ivan Taborda representou facilmente o Gaudério Antunes. Hoje presidente da Academia Cascavelense de Letras (ACL), o músico e ator Cleiton Costa representou o Índio Miguel. O advogado Leocádio Lustosa fez o revolucionário Siqueira Campos e o artista plástico Nelson Josefi representou Gaudêncio.
No capítulo 6, Aristides destaca sedutoras personagens inspiradas na peça teatral As Vivandeiras, de Alceu A. Sperança, premiada pela Funarte em 2004.
Manaoos Aristides procura contemplar todos os personagens mais relevantes da história, mesmo distantes do tempo ficcional de seu romance. Seguindo a orientação de distanciar a ficção da história real, para que ninguém a tome como documentário, no capítulo 8 o governista Dilermando de Assis (Igor Rickli) consegue prender centenas de rebeldes comandados por João Cabanas, coisa que nunca aconteceu.
A minissérie capta, assim, um sonho de Assis, que pretendia de fato prender os revolucionários, mas fugiu de Foz do Iguaçu antes que eles chegassem ao Oeste.
Ficção x história
No capítulo 12, o diretor encontra uma forma de contar a aventura do tenente Firmino (Eddy Silva, que também se destaca na montagem dos efeitos especiais), importante personagem real, recorrendo às memórias históricas do narrador Terêncio Goulart, personagem fictício que representa o pioneiro vindo para a região na Marcha para Oeste.
Os capítulos finais permitem à ficção se afastar ainda mais da história real para dar um panorama geral da marcha dos colonos ao Oeste. No episódio 16 a peça de resistência é a equilibrada eleição de 1952, em que o prefeito José Neves Formighieri venceu Tarquínio Santos por um voto.
O episódio foi romanceado na minissérie como a derrota de Audálio dos Anjos por um voto para o fictício Samuel Bernardes, vivido por Francimar Alves Müller (https://x.gd/9ZPIK).
Nenhum historiador poderá se queixar de um documentário que não houve e o espectador pôde se deliciar com a ficção sem correr o risco de confundi-la com a história real. De qualquer forma, as “narrativas” costumam sobreviver aos fatos, tornando-se um “sonho sem fim”, como canta a música-tema de A Saga (https://x.gd/u2O3h).
100 anos da revolução: A sina de quem se rendeu
Apesar da promessa de serem tratados como dignos soldados do Exército Brasileiro, os rebeldes que se renderam em Catanduvas tiveram um destino cruel. Foram levados para Clevelândia do Norte, no Oiapoque do Amapá, extremo Norte do Brasil, onde foi criada uma colônia penal para isolar os “agitadores” e “subversivos”, geralmente militares revolucionários pequeno-burgueses, anarquistas e comunistas.
Os primeiros navios-prisão lotados de prisioneiros começam a chegar a Clevelândia do Norte, levando pessoas que o governo considerasse perturbadores da ordem. Foram submetidos a duras condições de sobrevivência, sendo vítimas de violência policial, epidemias, trabalhos forçados e fome.
Após a rendição em Catanduvas, os revoltosos paulistas que escaparam ao cerco trataram de retardar o avanço governista sobre o eixo Catanduvas–Cascavel–Benjamin–Foz do Iguaçu, a fim de permitir a junção com a coluna gaúcha que tendo transposto o Rio Iguaçu marchava para o entroncamento de Benjamin.
A missão impunha a organização de resistências sucessivas. Comandava a força de cobertura o capitão Juarez Távora. A primeira dessas resistências foi organizada na região de Rio do Salto, a fim de garantir o escoamento dos elementos que se retiravam de Centenário.
A Prisioneiros chegando em 1925 ao campo de concentração em Clevelândia do Norte (AP), o “inferno verde”
A Escola do Legislativo promoverá na próxima semana dois eventos, nos dias 23 e 24 de abril. Além da cerimônia de lançamento da 13ª edição do Prêmio Gestor Público do Paraná (PGP-PR), a Escola vai organizar um ciclo de palestras e capacitações.
Nos dias 23 e 24, a Escola do Legislativo promove o Seminário “Captação de Recursos, Prestação de Contas e Normatização para OSCs e Fundos Municipais”. As palestras vão acontecer no Plenário da Casa.
Os temas das palestras serão: “Sustentabilidade e interação entre área contábil e gestão das organizações da sociedade civil”; “O papel dos Fundos Municipais na viabilização dos projetos sociais”; “Legislação e os desafios jurídicos das OSCs”; “A fiscalização e o acompanhamento do Ministério Público nas OSCs”; “A fiscalização e a prestação de contas da OSCs”.
Também serão feitas duas rodas de conversa com os temas: “Cases de sucesso sobre a captação de recursos e gestão sustentável nas organizações da sociedade civil” e “Critérios de seleção de instituições beneficiadas: experiências e vantagens das empresas e indústrias doadoras”.
Entre os palestrantes estão o procurador do Estado Fernando Mânica; a promotora Karina Anastácio; a secretária de Desenvolvimento Humano de Curitiba, Amália Tortato e o consultor William Fischer.
Para participar, é necessário fazer a inscrição clicando neste link.
Premiação
Já no dia 23 de abril, o Plenarinho da Casa recebe, a partir das 11 horas, a cerimônia de lançamento da 13ª edição do Prêmio Gestor Público do Paraná (PGP-PR), premiação organizada pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep) com a participação especial da Assembleia Legislativa do Paraná.
Com o tema “Acessibilidade e Inclusão: O Espaço Público com Dignidade para Todos os Cidadãos”, a iniciativa visa destacar gestões municipais inovadoras que promovam o desenvolvimento local. Criado em 2013, a ideia do prêmio é incentivar as cidades paranaenses a aprimorarem seus processos de planejamento, execução e controle das ações governamentais.