Autor: Time de redação

Pelo menos quatro casas ficaram destruídas e outras 10 foram atingidas por um incêndio na noite de terça-feira (14) no bairro Interlagos em Cascavel. O fogo, que teria começado devido ao curto circuito em uma casa de madeira, se alastrou rapidamente e moveu, literalmente, um batalhão de militares do Corpo de Bombeiros que trabalharam incansavelmente por mais de duas horas para conter as chamas. Quatro caminhões do tipo ABT (Auto Bomba Tanque) e um caminhão pipa dos quartéis de Cascavel foram usados e foi necessário ainda o auxílio de equipes de Toledo.

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Ainda não foi divulgado oficialmente pela Secretaria de Assistência Social e Defesa Civil qual o impacto causado pelo fogo, mas equipes da Prefeitura foram até o bairro ainda na noite de ontem (14) para ajudar as famílias. Além do Poder Público, populares se organizam desde então para arrecadar doações. Dentre os itens estão fraldas G e GG, roupas infantis para crianças de 1 a 6 anos, roupas adulto, principalmente de frio, calçados adulto e infantil, roupas de cama e banho, cobertas, móveis e eletrodomésticos, material de construção e claro, comida.

Os interessados em ajudar podem entrar em contato pelos telefones (45) 99819-8312 com Eurico ou (45) 99982-6423 com Lucas.

Uma das maiores novidades, sem sombra de dúvida, nessa pandemia do coronavírus é em relação à educação. O homeschooling, ou aulas em casa, que até então eram apenas propostas, teve que ser implantado em todo país. 

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Para ensinar e ao mesmo tempo proteger a população, as aulas presenciais deram lugar às atividades remotas, que tem sido aprovada por pais e alunos. Em Cascavel, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, na maioria das escolas, 100% das famílias estão retirando as atividades propostas.

Toda semana, em horários pré-determinado, os pais ou responsáveis vão até a escola para retirar o material e deixar aqueles que já foram feitos. Conforme a Secretaria, o controle do aprendizado está sendo feito semanalmente pelos professores que, após receberem as atividades dos alunos, organizam um relatório de acompanhamento.

Além do material retirado nas unidades de ensino, para os pais que não puderem ou não quiserem ir até a escola, está sendo disponibilizado o envio de todo material via e-mail ou WhatsApp, fazendo com que todas as crianças matriculadas tenham acesso ao conteúdo.

Como nem todas as famílias têm computadores ou mesmo os celulares dos pais nem sempre estão à disposição dos alunos, o Município optou por não implantar as aulas on-line, como está sendo feito na rede estadual  e também na rede particular. 

Avaliações

Quanto aos pais, a preocupação é em relação a como as avaliações serão feitas. Conforme a secretária de educação, Márcia Baldini, os alunos são avaliados constantemente. “As avaliações são realizadas por meio das próprias atividades remotas, pois pela devolução e resolução das tarefas propostas os docentes podem verificar o nível de apropriação dos conteúdos. Além disso, tem-se solicitado aos familiares que registrem as tarefas que foram feitas com autonomia pela criança e em quais necessitou de auxílio”.

Questionada em relação a volta às aulas, que já foi sinalizado para julho, agosto e agora especula-se para setembro, Márcia cita que ainda não é possível precisar uma data de retorno. “Tudo dependerá da evolução do vírus, portanto é precoce ter um posicionamento a esse respeito”.

Ano letivo de 2021 deverá ser reorganizado

Essa semana, a Câmara dos Deputados aprovou e encaminhou ao Senado uma Medida Provisória que suspende o cumprimento mínimo de dias letivos. Conforme a proposta, escolas de educação infantil serão dispensadas de cumprir os 200 dias do ano letivo e a carga mínima de 800 horas. Já as escolas de ensino fundamental e médio deverão cumprir a carga horária mínima de 800 horas e terão obrigação de cumprir os 200 dias letivos. 

A proposta foi feita pela deputada do Paraná Luiza Canziani,  permite que o conteúdo acadêmico deste ano seja aplicado em 2021, juntando duas séries ou anos escolares. Pelo texto, o uso de atividade pedagógicas online está permitido, mas para contar como carga horária mínima deverá seguir critérios definidos pelo CNE (Conselho Nacional de Educação). Cada faixa etária dos estudantes e de cada modalidade de ensino terá sua própria regra.

De acordo com a secretária de educação Márcia Baldini, Cascavel não trabalha com a possibilidade de suspensão do calendário escolar, cogitada em algumas localidades do País. “Temos a clareza de que no próximo ano necessitaremos reorganizar o ano letivo, pois, cogita-se a possibilidade da implantação de um ensino híbrido, aliando as aulas presenciais com atividades remotas, a fim de sanar as defasagens desse ano”.

Por conta do coronavírus, dos 200 dias letivos previstos na matriz curricular, os alunos da rede municipal em Cascavel tiveram 28 dias de aulas presenciais e 35 dias de atividades remotas. “Para os meses de julho e agosto estão sendo previstas reposição com atividades remotas para os sábados para que possamos repor os dias em que não tivemos aula presencial e nem atividades remotas”. Cabe ressaltar que o recesso escolar previsto para julho foi antecipado para abril e, por conta disso, o primeiro semestre será encerrado no dia 25 de agosto.

Todo mês, mais de R$ 603 mil saem dos cofres públicos da Prefeitura de Cascavel para pagamento de despesas com alugueis. Isso é o que aponta um levantamento solicitado pelo Preto no Branco.

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Conforme o relatório são R$ 603.281,77 pagos em 48 imóveis. O valor, se fosse dividido de forma igualitária, faria com que cada aluguel pago pelos contribuintes seja de mais de R$ 12 mil mensais. 

De acordo com o relatório, a secretaria com a maior despesa de aluguéis é a Secretaria de Saúde: R$ 270.271,66; seguida pela Educação com R$ 176.733,77; Assistência Social com R$ 103.906,59; Planejamento e Gestão com R$ 40 mil; Desenvolvimento Econômico com R$ 7.535,94 e Política Sobre Drogas com R$ 4.829,51.

Dentre todos os valores, três imóveis – que são sede de secretarias, concentram o maior valor pago: Saúde (50.769,33), Assistência Social (50.769,33), e Educação (R$ 45.726,93). Cabe ressaltar que as secretarias de Saúde e Assistência Social estão localizadas no mesmo espaço, atrás da Prefeitura, onde funcionava o antigo supermercado Lembrasul.

Para se ter uma ideia comparativa, o aluguel de um prédio comercial na área central – mais precisamente na Avenida Carlos Gomes no Bairro Maria Luiza, com 3.150 metros quadrados, está disponível em uma imobiliária da cidade por R$ 40 mil.

Conforme o secretário de Planejamento e Gestão, Edson Zorek, o município tem trabalhado constantemente para reduzir as despesas com aluguel. “Ainda em 2017 foi feito um trabalho de redução de alugueis e reviu todos os prédios públicos, mudando serviços para unidades melhores e mais adequadas, além do fato de que em alguns casos estavam sendo usados dois locais para abrigar um mesmo setor”.

Ele cita ainda que paralelo a isso, todas as unidades de saúde e de ensino estão sendo construídas, umas já foram entregues e outras deverão ser nos próximos meses. “Houve e há a necessidade de locação tanto para a reforma quanto para a construção. E temos ainda os prédios que abrigam as sedes das secretarias, que é um projeto a médio e longo prazo. Está sendo avaliada a construção de um imóvel para abrigar esses locais, mas esse projeto depende de recursos financeiros, além da fase de projetos e construção desse espaço”.

Contratos

No relatório consta ainda o vencimento do contrato de cada imóvel. Dos 48 espaços, cinco já estão vencidos e outros 16 vencem ainda este ano de 2020. 

A reportagem do Preto no Branco questionou se os contratos são renovados automaticamente ou se é feita uma nova busca de imóveis. Segundo o município nos contratos encerrados é possível promover um aditivo contratual. Quando isso não acontece e o Município permanece no imóvel, é possível, diante da necessidade, pagar por indenização.

Confira alguns valores:

Sede Secretaria de Saúde R$ 50.769,33

Sede Secretaria de Assistência Social R$ 50.769,33

Sede da Secretaria de Educação R$ 45.726,37

CAFI – Central de Abastecimento (Saúde) R$ 45.000,00

Clinica Escola Atendi. Aspectro Autista R$ 40.000,00

CEDIP R$ 29.402,47

Centro Paulo Freire (Ceebja) R$ 28.844,80

Escola Mun. N. Senhora da Salete R$ 28.000,00

Setor de Merenda Escolar R$ 24.487,90

Ambulatório de Alto Risco R$ 19.745,86

Três mulheres, de 23, 33 e 73 anos foram as últimas vítimas de coronavírus em Cascavel. As mortes estão no boletim divulgado nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Saúde e aponta ainda, o diagnóstico de outros 44 casos da doença na cidade.

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Segundo o boletim, a primeira paciente, uma jovem de 23 anos, faleceu na quinta-feira (09), em um hospital público da cidade. Ainda não se sabe se ela possuía alguma outra doença, o que está em investigação. A segunda morte é de uma paciente de 73 anos que faleceu ontem (09), também em hospital público. Ela possuía hipertensão arterial. O outro óbito é de uma mulher de 33 anos, que faleceu em um hospital filantrópico em Cascavel. A mulher tinha leucemia mielóide aguda.

Conforme o relatório, 3.959 pessoas já foram contaminadas pelo coronavírus em Cascavel. Desse total 3.429 já estão recuperadas. Outros 459 pacientes estão com o vírus ativo, destas 406 em isolamento domiciliar, 33 em UTI e 20 em leitos de enfermaria.

Diferentemente de ontem (9) quando a taxa de ocupação de leitos de UTI estava em 63% e de enfermaria em 62,7%, a taxa nesta sexta-feira (10) é de 73,9% para UTI e 61% em enfermaria. Cabe ressaltar que na quart-afeira (8) o Governo do Estado entregou mais 10 leitos no Hospital Universitário.

Mais uma morte por coronavírus foi registrada nas últimas horas no Hospital Universitário de Cascavel. De acordo com a assessoria de imprensa do HU, trata-se de uma mulher de 56 anos, moradora da cidade de Toledo. Inicialmente a assessoria de imprensa havia passado a informação que ela era de Assis, mas em seguida corrigiu a informação.

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Ela estava internada na unidade hospitalar desde o dia 2 de julho e faleceu na quinta-feira (9). O exame que comprova a doença foi enviado ao Lacen (Laboratório Central do Estado). 

Ainda segundo o boletim, a Ala Covid abriga atualmente 17 pessoas internadas em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e nove em enfermaria.

Cascavel registrou, nas últimas 24 horas, mais 140 casos e uma morte por coronavírus. Os dados são do boletim divulgado na tarde desta quinta-feira (9) pela Secretaria de Saúde. Conforme o relatório, 3.915 pessoas já foram diagnosticadas com a doença e 68 morreram.

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A última morte registrada, na quarta-feira (8) é de uma mulher de 83 anos, que estava internada em um hospital público em Cascavel. Ela possuía doença cardiovascular crônica, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica.

O boletim aponta ainda que das quase quatro mil pessoas que foram diagnosticadas com Covid-19, 3.393 já estão recuperadas e outras 389 estão em isolamento domiciliar. Há ainda 29 cascavelenses internados em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e outras 36 em enfermaria.

Um dos pontos positivos é que, devido aos mais dez leitos de UTI entregues na quarta-feira (8) na Ala Covid do Hospital Universitário, a taxa de ocupação de leitos de UTI caiu, estando em 63%; já a taxa de ocupação em enfermaria é de 62,7%.

Mais 10 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram entregues na manhã desta quarta-feira (8) no HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná). Os novos leitos, que haviam sido prometidos pelo Estado há alguns dias, visa desafogar a superlotação em toda macrorregião Oeste – que engloba Oeste e Sudoeste do Estado.

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Nas últimas semanas, a taxa de ocupação dos leitos exclusivos para o coronavírus tem oscilado entre 75% e 85%, o que gera preocupação de toda população. Cabe lembrar que na segunda-feira (6), outros 12 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram entregues em Foz do Iguaçu.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Hospital Universitário tem se tornado referência no tratamento da doença. A Ala de Queimados, que foi construída e até então nunca havia sido usada, foi modificada para abrigar a Ala Covid. Quando inaugurada, a Ala contava com 10 leitos de UTI e 20 e enfermaria. Há cerca de 3 semanas, outros 10 leitos de UTI foram entregues e agora, mais 10.

A entrega contou com a presença do diretor geral do Huop, Rafael Muniz de Oliveira, o reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Alexandre Webber, o chefe da 10ª Regional de Saúde, João Gabriel Avanci, e o gerente do Consamu, José Peixoto.

As regionais de Saúde do Oeste, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros encerraram a segunda-feira (6) com mais um ofício do Ministério Público. O motivo é a falta de fiscalização por parte dos municípios, que lutam para manter o comércio aberto, com os cuidados necessários para evitar o contágio do coronavírus.

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Quase uma semana depois do decreto do Governo do Estado determinando o fechamento de atividades não essenciais em sete das 22 regionais de saúde – incluindo as de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, o comércio está funcionando normalmente nas cidades do Oeste. 

Paralelo à isso, o Ministério Público tem feito inúmeros pedidos para que o Decreto seja cumprido e, assim como nas demais vezes, nesta segunda-feira (6) promotores de diversas comarcas da região encaminharam aos municípios, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Regionais de Saúde, a recomendação do cumprimento do Decreto Estadual 4.942/20, que visa diminuir os casos de coronavírus no Paraná.

No ofício encaminhado ao Comando Regional da Polícia Militar, o MP pede que seja adotada as condutas necessárias para priorizar as fiscalizações pertinentes nos municípios; que que determine a lavratura de Termo Circunstanciado pelo Art; 268, do Código Penal contra estabelecimento comerciais e atividades não essenciais, incluindo religiosas, que descumprirem o decreto nº 4.942/20-PR, encaminhado com prioridade absoluta para a Promotoria de Justiça correspondente ao local do fato; e que determine o imediato fechamento do estabelecimento ou, cessação da atividade e, na hipótese de não ser imediatamente obedecido, que adote as providências pela prática do crime do art. 330, do Código Penal.

Já para as Regionais de Saúde, além dessas recomendações, o MP pede que seja notificada à Vigilância Sanitária Municipal para que adote as condutas necessárias, para efetivar juntamente com a VISA Estadual e a Polícia Militar as fiscalizações pertinentes nos município de abrangência da 10ª Região de Saúde do Paraná.

O Ministério Público estabeleceu a obrigatoriedade do cumprimento imediato da recomendação, devendo ser manifestado acatamento no prazo de 48 horas contados do recebimento das notificações.