Bancos de sangue do país pedem ajuda para manter estoques durante pandemia

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

O número de doadores de sangue, no Brasil, sofreu uma queda drástica por conta da pandemia de coronavírus. É o que informa a administração dos hemocentros brasileiros. Em meio à quarentena, foi preciso mudar a forma de atendimento para não zerar os estoques dos bancos de sangue e tentar garantir à população um ambiente seguro e sem contágio do coronavírus (Covid-19). O agendamento foi a saída escolhida, tanto em Brasília, quanto nos demais estados, como forma de evitar aglomerações.

No Paraná ,o Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná), adotou um sistema online de agendamento para doação de sangue nas unidades de Curitiba e Cascavel.

A medida tem como o objetivo evitar aglomerações e filas, seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Com isso, as pessoas podem continuar a doar sangue e manter os estoques para atendimento aos hospitais.

A solução foi construída devido ao aumento do número de casos do novo coronavírus e de novas recomendações para isolamento social. Para acessar, basta clicar neste link.

Outros estados

Na cidade do Rio de Janeiro, as doações de sangue caíram mais de 50% na semana passada por causa do coronavírus. A estimativa de queda para o estado é ainda maior e pode chegar a 70%. No Brasil, houve uma redução de 30% a 40% nos estoques.

O estoque dos bancos de sangue no Hemocentro do Hospital São Paulo e no IBCC Oncologia atingiram níveis críticos. O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), de Teresina, está realizando uma campanha para pedir às pessoas que agendem um horário para doação de sangue durante a pandemia e evitar que o estoque de bolsas de sangue caia durante o período de calamidade pública no estado.

Em Minas Gerais, a Fundação Hemominas registrou queda de 40% de voluntários nos hemocentros. O estoque de sangue O positivo é crítico e outros cinco tipos estão em estado de alerta: O negativo, A positivo e negativo, B negativo e AB negativo.

A Fundação Hemocentro de Brasília diz que “após a suspensão de atividades escolares e restrição no fluxo de pessoas, o movimento caiu cerca de 30% (comparando o período de 12 a 16 de março de 2020 com o mesmo intervalo do ano anterior)”. No Distrito Federal, opera-se com estoque estratégico, que pode abastecer toda a rede pública e hospitais conveniados, de dois a sete dias, dependendo do hemocomponente (hemácia, plasma ou plaqueta), se não houver qualquer doação de sangue no período.

Atualmente, os tipos sanguíneos AB negativo e B negativo estão em menor quantidade, abaixo de 50%.

Na Paraíba, o hemocentro passou a oferecer o serviço de agendamento de doação de sangue por WhatsApp. Em Brasília, também é possível marcar horário, por meio do telefone 160 opção 2. 

Orientações

Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 kg, estar saudável e não pode estar em jejum.  O candidato deve comparecer ao local bem alimentado, mas tendo evitado alimentos gordurosos, leite e derivados pelo menos 3 horas antes da coleta de sangue.

 Além disso, é fundamental manter-se hidratado e não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores ao procedimento.

O Hemocentro também explica que não há evidências de transmissão do coronavírus pelo sangue. Porém, quem apresentar sintomas respiratórios como tosse, coriza, dor de garganta ou febre deve aguardar 15 dias para fazer a doação.

Caso a pessoa tenha visitado países com casos confirmados de coronavírus, ou cidades/estados com transmissão comunitária do vírus, deve aguardar 30 dias após o retorno ao Brasil para doar sangue. Quem teve contato com paciente infectado ou pessoa com suspeita da doença também deve esperar 30 dias.

Fonte: Correio Braziliense

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *