O presidente Jair Bolsonaro descartou, no momento, a possibilidade de dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado pelo ex-juiz Sergio Moro. “Está descartada (a divisão da pasta). A chance, no momento, é zero. Tá bom?”, afirmou o presidente nesta sexta-feira (24) a jornalistas assim que chegou ao hotel em que ficará hospedado até o dia 28.
Bolsonaro é o convidado de honra do governo da Índia para as festividades do Dia da República, no domingo (26). “Não sei amanhã. Na política, tudo muda. Mas não há intenção de dividir (o ministério da Justiça)”, completou.
Ao ser questionado sobre a reunião em que essa possibilidade de divisão do Ministério da Justiça foi aventada, inclusive, foi cogitada que a nova pasta de Segurança seria chefiada pelo ex-deputado federal Alberto Fraga, o presidente afirmou que o horário era muito cedo e não dava para chamar o ex-juiz para o encontro. “Alguns dizem que eu devia ter convidado o Moro. Mas se tiver no gabinete, por exemplo, uma reunião de agronegócio e eu for chamar a ministra Tereza Cristina, ela não trabalha”, justificou.
O presidente descartou a existência de um clima tenso entre ele e o ministro Moro e usou um tom irônico para descartar qualquer fissura no relacionamento. “Nos entendemos muito bem. Estou até preocupado com a maneira cordial que nos nos entendemos”, afirmou.
O debate sobre a divisão do superministério criou um mal-estar com o ministro Sérgio Moro, que comanda a pasta. O ex-magistrado já tinha sentido o golpe de perder o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que foi para o Banco Central, e viu Bolsonaro contrariá-lo ao sancionar a lei anticrime sem veto ao juiz das garantias.
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