Cascavel chega aos 69 anos de emancipação

A bela imagem captada pelas lentes do fotógrafo Nery Cardoso dão uma ideia da imponência da capital do Oeste aos 69 anos de emancipação, data a ser comemorada neste sábado (14) | Foto: Nery Cardoso

Neste sábado, 14 de novembro, Cascavel comemora 69 anos de emancipação política e administrativa. Foi nessa data, em 1951, que o município foi criado pela lei estadual nº 790, desmembrando-se de Foz do Iguaçu.

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Mas, a história desta localidade começou a ser contada muito antes, ainda nos anos seguintes ao descobrimento do Brasil. Um tempo em que esta região era habitada pelos índios caingangues e que passou a ser ocupada por espanhóis com a fundação da Ciudad Real del Guairá. 

Uma nova ocupação iniciou a partir de 1730, com o tropeirismo, mas o povoamento da área do atual município começou efetivamente no final da década de 1910, por colonos caboclos e descendentes de imigrantes eslavos, no auge do ciclo da erva-mate.

A vila começou a tomar formas em 28 de março de 1928, quando José Silvério de Oliveira, o Nhô Jeca, arrendou as terras do colono Antônio José Elias nas quais se encontrava a Encruzilhada dos Gomes, localizada no entroncamento de várias trilhas abertas por ervateiros, tropeiros e militares, onde montou seu armazém. Seu espírito empreendedor foi fundamental para a chegada de novas pessoas, que traziam idéias e investimentos.

Na década de 1930, com o ciclo da erva-mate já extinto, iniciou-se o ciclo da madeira, que atraiu grande número de famílias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e, em especial, colonos poloneses, alemães e italianos, que juntos formaram a base populacional da cidade.

Em 1934, foi criado o distrito policial de Cascavel. Posteriormente, instalou-se o distrito judiciário e o distrito administrativo, todos integrantes do município de Foz do Iguaçu.

A vila foi oficializada pela prefeitura de Foz do Iguaçu em 1936, já com a denominação de Cascavel. Entretanto, o prelado daquela cidade, monsenhor Guilherme Maria Thiletzek, rebatizou-a como Aparecida dos Portos, nome que não vingou entre a população.

Em 20 de outubro de 1938, já com a denominação definitiva de Cascavel, a localidade foi alçada à condição de sede de distrito administrativo, nos termos da Lei n.° 7.573.

A emancipação finalmente ocorreu em 14 de dezembro de 1951, juntamente com a cidade vizinha Toledo.

Encerrado o ciclo da madeira, no final da década de 1970, Cascavel iniciou a fase de industrialização da cidade, concomitantemente com o aumento da atividade agropecuária, notadamente soja e milho.

Cascavel possui uma topografia privilegiada, fato que facilitou seu desenvolvimento e permitiu a construção de ruas e avenidas largas e bairros bem distribuídos.

Hoje, Cascavel é conhecida como a Capital do Oeste Paranaense, por ser o pólo econômico da região e um dos maiores municípios do Paraná.

Fonte: Município de Cascavel (https://cascavel.atende.net/)

Veja abaixo alguns registros históricos do acervo de Xico Tebaldi.

Imagem dos anos 60. Retrata o início do asfaltamento do centro da cidade e aparenta ser o início das obras da catedral. 

Imagem que ilustra a capa do livro de Rubens Nascimento, mostrando o atual centro de Cascavel nos anos 50. 
A Avenida Brasil no cruzamento com a Rua Souza Naves. Quem fosse pegar um táxi podia escolher: DKW ou DKW. 
Imagem do centro da cidade. Abaixo o colegião de madeira do Marista e a prefeitura (atual biblioteca) em construção. 
A pista dupla da Avenida Brasil encerrando em frente à Metropolitana Tratores. O barracão abaixo eram as Madeiras Sbaraini, onde hoje é o Shopping West Side. Aos fundos, o parque e a região do lago, ainda inexistente. 
Por volta de 1946 uma frota de caminhões da Serraria Lupion trancava a pequena rua (Atual Av. Brasil). A instalação da serraria foi um passo importante para que Cascavel tivesse o impulso para se emancipar de Foz. Detalhe: no fundo ao alto hoje é o centro da cidade e o pinheiro está representado na pintura do Hotel Copas Verdes. 
Estrada que ligava Cascavel a Capitão Leônidas Marques nos anos 50 ou 60. 
Primeira estação rodoviária de Cascavel.
Centro da cidade nos anos 60. Imaginem o rebuliço na época do asfaltamento da área central.
Construção do Cine Delfim em 1967. Prédio ruiu recentemente. 
No início dos anos 50, o fotógrafo Peados Hartmann registrou estes moradores do interior onde hoje é o calçadão, defronte à Catedral. 
Foto de Xico Tebaldi retrata o protesto dos agricultores com a política agrícola do governo federal, com um tratoraço na Avenida Brasil em julho de 1983. 
Foto de Xico Tebaldi registrando a boa equipe do Cascavel no dia da inauguração do Estádio Olímpico. Perdeu por 1×0 para o grande São Paulo.
Muitos ainda devem lembrar do vendaval em outubro de 2009. Foi feia coisa. A foto é de Maycon Beal. 
Manifesto pelo Estado do Iguaçu sendo reprimido pelas autoridades no centro de Cascavel. 
Antigos postinhos da PM. Este ficava entre as ruas Carlos Gomes e Barão do Cerro Azul, na extinta Praça Cristo Rei, que foi tomada pelo “Paraguaizinho” ao lado do cemitério.
Num dia comum, lá por 1970, o menino fica admirando os cartazes de filmes de bang-bang. A mulher faz a limpeza da calçada do Cine Coliseu. Adiante, a construção do edifício São Miguel, a Catedral em obras, a cidade empoeirada mesmo já com asfalto na Avenida Brasil, mas faltando nas ruas próximas.

Fonte: Fonte não encontrada

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