A imagem de um cachorrinho amarrado e amordaçado circulou intensamente nas redes sociais em Marechal Cândido Rondon desde esta quarta-feira (28), causando a indignação de muita gente.
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Trata-se de uma fêmea que foi adotada na ONG Arca de Noé e fugiu de casa na manhã de ontem. Horas mais tarde foi encontrada amarrada e amordaçada, numa área próximo ao posto de saúde do Loteamento Augusto. Foi recolhida pela ONG e devolvida à dona.
Causa espanto a crueldade com o animal. Mas, este é apenas um dos muitos casos de maus tratos registrado pela ONG rondonense, que vem registrando um aumento significativo neste tipo de situação. Em apenas cinco dias, foram registrados outras três situações.
Fio de energia
No Bairro São Francisco foi recolhida uma cachorra com o pescoço quase decepado. Ela era mantida amarrada com um fio de energia, conseguiu se soltar e populares a encaminharam para os cuidados da ONG.
Ela teve o pescoço suturado e continua aos cuidados dos voluntários, se recuperando dos ferimentos.
Jogado do carro
Outro caso flagrado esta semana foi de um cãozinho arremessado de um carro. A pessoa simplesmente jogou o animal para fora e se evadiu do local.
Câmeras de segurança de uma empresa flagraram o ato.
O animal foi recolhido pela ONG e atendido.
Doente abandonado
De todos, talvez o mais cruel tenha sido de um animal que foi abandonado com uma doença já em estado neurológico. O cãozinho foi encontrado no meio de uma lavoura, sem a menor chance de defesa ou sobrevivência.
Foi recolhido e encaminhado para tratamento, mas não sobreviveu.
Maior rigor, pouca aplicação
No último mês de setembro o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que aumenta a punição para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. Conforme o texto a punição é de pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e a proibição de guarda.
Existe também uma lei municipal de 2017, que também prevê penalidades.
Contudo, apesar do aumento do rigor são raros os casos em que ocorre punição. Por isso talvez esteja também aumentando o número de casos de maus tratos na cidade.
Segundo a tesoureira da ONG Arca de Noé, Rosemeri Lamberti, em alguns casos os voluntários chamam a polícia para acompanhar e registram boletim de ocorrência. Porém, para efetiva aplicação das penalidades é necessária fiscalização e o setor responsável alega não ter efetivo suficiente para fazer cumprir a legislação. “Como os animais não são prioridade, a lei acaba não sendo aplicada”, lamenta a voluntária.
Sobre a ONG
A ONG Arca de Noé é formada por um grupo de pessoas voluntárias sensibilizadas com atos de abandono, maus tratos e sofrimento de animais domésticos e domesticados da cidade de Marechal Cândido Rondon.
O objetivo principal é a conscientização sobre a posse responsável de animais domésticos, e isso inclui a conscientização sobre a castração de animais (cães e gatos), fêmeas e machos, pois somente desta forma a população de animais abandonados poderá ser controlada.
O grupo também procura divulgar animais que estejam pra adoção, desaparecidos ou encontrados. Desta forma, também amenizaremos o sofrimento de animais perdidos e de suas famílias.
Fonte: Fonte não encontrada
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