Categoria: Agricultura

A Coopavel encontrou uma forma criativa para comemorar a histórica segunda safra de milho que começará a ser colhida em breve em todo o Brasil. O presidente Dilvo Grolli, o gerente de Filiais Oeste, Altair Garcia, e o gerente da Ucas (filial de Cascavel), Roberto Painelli, recepcionaram cooperados, autoridades e convidados durante toda a última sexta-feira, 19 de maio.

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Nas primeiras horas da ação, os diretores da Coopavel receberam, entre outros, o prefeito Leonaldo Paranhos, o secretário municipal de Agricultura Renato Segalla e o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, o agropecuarista Paulo Roberto Orso. “Essa é uma oportunidade de parabenizar o Dilvo e toda a Coopavel por resultados tão expressivos. Nosso país é mesmo incrível”, disse Paranhos durante a visita.

“Criamos esse evento para recepcionar os amigos, para estreitar laços de fraternidade e para mostrar o quanto a nossa região e o Brasil são dinâmicos e surpreendentes nos assuntos da agropecuária. Nosso país vai colher, nesta segunda safra do cereal, 125 milhões de toneladas de milho”, informa o presidente Dilvo Grolli. O Paraná, por sua vez, deverá colher na segunda safra de milho 14,2 milhões de toneladas, 8% a mais em comparação às 13,3 milhões alcançadas na safra anterior.

A recepção de milho também será a maior da trajetória de 52 anos da Coopavel, hoje com 7,2 mil cooperados e quase 8 mil funcionários. “Vamos receber 500 mil toneladas do grão, um número bastante expressivo, resultado do trabalho dedicado dos nossos cooperados e agricultores. Estamos muito felizes com essa parceria tão vitoriosa e que tanto contribui para o desenvolvimento das regiões (mais de 20 municípios) nas quais atuamos no Oeste e Sudoeste do Paraná”, conforme Dilvo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil. A medida foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União de segunda-feira (22), na portaria nº 587.

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O ato vale por 180 dias e é mais uma medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

“A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todos esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explicou Fávaro.

Novos casos confirmados

Na tarde de segunda-feira (22), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada.

As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.

Até o momento, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

O Mapa alerta a população para que não recolha as aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.

Não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.

Feiras com aglomeração de aves

A Portaria nº 587 também prorroga, por tempo indeterminado, a vigência da suspensão de realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no Mapa.

A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

Centro de Operações de Emergência

Também na segunda-feira (22), a Secretaria de Defesa Agropecuária se articulou para instalar o Centro de Operações de Emergência (COE) para coordenação, planejamento, avaliação e controle das ações nacionais referente a influenza aviária.

O grupo será responsável pela coordenação das ações de prevenção, vigilância e cuidado com saúde pública, bem como a articulação das informações entre outros ministérios, órgãos, agências estaduais e setor privado.

O preço da soja deve entrar em um ponto equilíbrio no mercado mundial diante o pós-pandemia e crises econômicas. Entretanto, tal patamar no Brasil, de acordo com especialistas, está abaixo do custo de produção, que em algumas localidades já registra a saca abaixo de R$ 150.

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O desempenho da safra 2022/23 de soja e o mercado são alguns dos temas abordados desta quinta-feira (18) no programa Direto ao Ponto, que conta com a presença do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Fabrício Morais Rosa.

A brasileira safra 2022/23 de soja, conforme ele, pode ser considerada uma “safra boa”, apesar das expectativas não terem sido atingidas, uma vez que em regiões, como o Rio Grande do Sul, registraram perdas em decorrência as condições climáticas.

“De maneira geral temos uma safra recorde, mas não do tamanho que se esperava. O que nós vemos é alguns produtores reclamando de queda do preço, que aconteceu durante o processamento da safra”, frisa o diretor-executivo da Aprosoja Brasil.

Conforme ele, além do câmbio, a chuva e o atraso da colheita, com represamento da soja dentro do Brasil, são fatores contribuintes para a saca ser encontrada hoje em algumas localidades abaixo de R$ 150.

A queda nos preços é uma preocupação, segundo Fabrício Rosa, vista tanto na soja quanto no milho. O diretor-executivo da Aprosoja Brasil pontua que ao se olhar para o panorama macroeconômico internacional a tendência é uma desvalorização do dólar, o que internamente para o Brasil é um “problema”.

“Olhando para a frente, a tendência é o mundo todo, pós-pandemia, crises e guerra, começar a estabilizar. Juros também. A tendência é voltar realmente para um equilíbrio abaixo de R$ 200. Não sei se mantém R$ 150, R$ 160. É desafiador para os produtores”.

Contudo, de acordo com Fabrício Rosa, ao mesmo tempo se tem observado recuo nos custos, especialmente nos fertilizantes, o que pode auxiliar a equilibrar as contas.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em Brasília nesta terça-feira (16), afirmou que é contrário à invasão de terras privadas e produtivas, de acordo com publicação do colegiado. “Invasão não pode ser tolerada por ninguém. Invadiu, tem que desinvadir, cumpra-se a lei. Total respeito a propriedade privada”.

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Plano Safra

No encontro do vice-presidente com a bancada do agronegócio no Congresso, outro tema discutido foi a oferta de recursos para o Plano Safra.

“Os valores do Plano Safra, pela nossa entidade, têm uma necessidade de R$ 25 bilhões para equalização de juros e R$ 400 milhões para operações. Estamos trabalhando com ministros como Tebet, Haddad, Favaro e Paulo Teixeira. Nós temos que buscar espaço fiscal para esses recursos e buscar um entendimento básico para o Plano Safra”, disse o presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR).

Lula

Ele também falou sobre dificuldades em tratar sobre invasões de terra com o atual governo. Também mencionou a relação do Legislativo com o presidente Lula, que, para Lupion, afasta aliados.

“O próprio Alckmin, questionado sobre sua presença na feira do MST, falou que é contra invasão de terra, assim como disseram outros membros do governo. Mas resta um pouco a dúvida enquanto ainda tem membros dentro do governo que invadem terras. Sempre digo que cada um controla seus aliados”, disse o líder da FPA.

“Ultimamente, toda vez que o presidente Lula abre a boca afasta aliados. É por isso que a base do governo no Congresso não existe”, afirmou Lupion.

Em coletiva a jornalistas no fim do encontro, Alckmin agradeceu o convite feito pela bancada rural e elogiou a agricultura brasileira.

“Eu, sempre ligado ao meio rural, fiquei muito feliz de receber a pauta. A questão do Plano Safra, seguro rural, logística, segurança jurídica… Uma pauta longa e muito positiva. O Brasil tem a agricultura mais competitiva do mundo. Então é um setor que gera emprego e renda, é importantíssimo”, disse.

A Agrishow 2023, feira Internacional de tecnologia agrícola, conta com a participação de diversos expositores, dentre eles a Gilbarco Veeder-Root. A empresa de equipamentos, tecnologia e soluções integradas para abastecimento de combustíveis, marca presença no estande B047.

O evento tem o propósito de expor e disseminar as tendências voltadas para a agricultura. A feira está na sua 28ª edição e reúne expositores de diferentes ramos agrícolas e segmentos relacionados. Com expectativa de grande público, o evento tem a apresentação de recursos e tecnologias para diversos setores, dentre eles o de gestão de combustível em postos de empreendimentos agrícolas.

As soluções industriais de abastecimento são utilizadas na indústria da mineração, usinas, agricultura e transporte, e estão presentes em milhares de postos de abastecimento interno em todo o mundo.

Sobre a Gilbarco Veeder-Root

A Gilbarco Veeder-Root atua no setor de abastecimento de combustíveis desde 1865. Com sistemas projetados para trabalhar de forma integrada visando a economia de recursos.

A empresa está presente na Agrishow 2023, no estande B047, na Arena de Soluções, em Ribeirão Preto – SP – até 05 de maio.

Serviço:

Agrishow – Feira Internacional de tecnologia agrícola em ação 

Data: 1º a 5 de Maio de 2023

Horário: das 9h às 18h

Endereço: Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, Km 321 – Ribeirão Preto/SP

Informações: www.agrishow.com.br

A Coopavel, por meio da Unicoop, começa a colocar em prática os primeiros passos de um programa de aprimoramento desenvolvido pela Cargill a partir de uma ação conhecida por Open Farm/Projeto Farol. Gerentes, supervisores, técnicos e extensionistas da cooperativa acabam de participar de uma capacitação que trabalhou ferramentas em três áreas importantes do saber: liderança, método e conhecimento técnico.

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Os conteúdos foram repassados por Naldo Luiz Dalmazo, da Simões Dalmazo Consultoria em Gestão e Extensão. Ele fez uma abordagem ampla sobre hierarquia, papéis e atribuições. Segundo ele, cada nível tem suas metas e cada um contribui para o todo de acordo com a sua alçada. “A qualidade do treinamento pode ser medida pelos depoimentos colhidos junto aos participantes, que se sentem motivados a buscar melhorias e avanços em seu cotidiano profissional”, segundo o gerente de Recursos Humanos da Coopavel, Aguinel Waclawovsky.

A gestão, segundo Naldo, é um processo cíclico, que envolve indicadores do período, avaliações, auditar e treinar no campo as equipes. Ele falou da natureza do trabalho do extensionista, sobre etapas importantes de uma visita ao produtor e passou até dicas para a formação de jovens. A parceria da Coopavel com o Open Farm, da Cargill, também define etapas a serem cumpridas, que serão as seguintes: formação de equipes das granjas, domínio tecnológico, análise econômica, redução do turnover (taxa de rotatividade dos colaboradores) e solução de problemas.

Reflexões

A Unicoop colheu depoimentos de alguns dos participantes e todos foram unânimes em falar da qualidade dos conteúdos apresentados. As ferramentas demonstradas, segundo eles, ajudam a entender melhor os agricultores, a tomar decisões mais rápidas e assertivas, a repensar a forma de trabalhar e abordar colegas e produtores rurais, buscar a mudança contínua para melhorias e ampliação de resultados, foco na motivação e propósito e também sobre a importância de maior integração e desempenho em toda a cadeia.

A Coopavel acaba de vencer a segunda edição do Oscar da Inovação 2022 da UPL, empresa indiana que é uma das maiores fornecedoras globais de soluções agrícolas sustentáveis. O anúncio do resultado foi feito durante etapa do Cooper Up, com líderes de cooperativas, em Gramado, no Rio Grande do Sul. A Coopavel superou cooperativas de todo o Brasil para chegar ao título.

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A cooperativa de Cascavel inscreveu o case Coopclean, indústria da área de materiais de higiene e limpeza criada há menos de um ano. “A nova empresa surgiu como uma oportunidade de negócios à Coopavel e, ao mesmo tempo em que abastece a demanda interna, leva ao mercado produtos de alta qualidade e ambientalmente corretos”, informa o presidente Dilvo Grolli.

A Coopclean, que opera no parque industrial mantido pela Coopavel às margens da BR-277, surgiu como uma forma criativa e inovadora de a cooperativa reduzir custos e melhorar resultados, já que seu consumo mensal de materiais de higiene e limpeza é de 50 mil litros. Transformada em embalagens de detergente comum, essa quantidade toda representa mais de 100 mil frascos de produto, custo mensal elevado à empresa.

“Com cálculos como esse, encontramos um meio criativo de tornar a cooperativa autossuficiente nesses materiais e ainda passamos a contar com uma nova linha de produtos para atender o mercado”, diz o gerente de Inovação Kleberson Angelossi, gestor do Espaço Impulso, um hub para agronegócio oficialmente inaugurado durante o 34º Show Rural, em fevereiro de 2022.

Única entre as cooperativas

Kleberson informa que a Coopavel visualizou uma oportunidade para verticalizar a sua cadeia produtiva e inovar em seus produtos. “É importante destacar que a Coopclean é a única indústria de saneantes, até o momento, a ser desenvolvida e lançada por uma cooperativa no Brasil”. Os testes dos produtos formulados, inicialmente 2021 e 2022, foram feitos nos frigoríficos de aves e suínos, observando todas as normas sanitárias vigentes. “Esse é um campo de testes exigente e os resultados foram excelentes”, segundo Kleberson.

A utilização dos materiais da Coopclean apresentou resultados de forma imediata. Apenas no frigorífico de aves, que funciona 24 horas por dia e abate diariamente 250 mil abate, foi apurada economia de consumo de 20% e financeira de 22%. O gerente da nova indústria, José Carlos Salles, informa que hoje a Coopclean tem uma linha completa de produtos – industrial, automotiva e para lavanderia em geral. Além das indústrias, agora as filiais da Coopavel em 23 municípios do Oeste e Sudoeste recebem os produtos, que são comercializados junto a cooperados e a produtores rurais. A capacidade de produção mensal é de 300 mil litros.

Salles informa que a indústria emprega matérias-primas biodegradáveis, atendendo o compromisso da Coopavel de produzir alimentos saudáveis e com sustentabilidade. Todo resíduo líquido é armazenado e enviado à estação de efluentes da cooperativa, evitando qualquer contaminação. Lá, os materiais são devidamente tratados. Os resíduos sólidos vão para unidade na qual é feita separação, triagem e envio de embalagens para reciclagem. Ao usar produtos ambientalmente aprovados, essa atitude preservacionista é estendida também às propriedades rurais.

Alguns dados mostram a assertividade da Coopavel em criar uma indústria como a Coopclean. O sindicato dos fabricantes de materiais de higiene e limpeza informa que o potencial de faturamento da área, no Brasil, é de R$ 30 bilhões por ano. Esse segmento cresceu 170% nos últimos 15 anos. “Inovar continuamente é um dos negócios da nossa cooperativa e estamos muito felizes com o desempenho e com esse prêmio conquistado pela nossa mais nova indústria”, diz o gerente de Filiais Oeste da Coopavel, Altair Garcia, que esteve em Gramado, onde recebeu o troféu entregue pela UPL.

Uma propriedade rural em Campo Novo do Parecis (MT) foi “invadida” por uma nuvem de gafanhotos na noite de sexta-feira (14). A situação chegou a assustar os funcionários da fazenda.

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Segundo vídeos que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens, os insetos foram encontrados mortos na manhã de sábado (15) pelos colaboradores da propriedade cobrindo o gramado e até mesmo impedindo a abertura de portas.

Gafanhotos podem trazer prejuízos

Não é a primeira vez que Mato Grosso registra relatos de nuvem de gafanhotos em propriedades rurais. Em janeiro de 2022 uma propriedade rural em Poxoréu foi atingida por uma nuvem e teve perdas em alguns pomares devido a intensidade do ataque.

Em abril de 2021, imagens de gafanhotos “gigantes” em Santa Catarina circularam nas redes sociais.

A implantação de boas práticas na avicultura de corte poderá ser atestada em toda a América Latina com o lançamento da “Certificação em Bem-estar Animal”, da startup brasileira Produtor do Bem. O novo selo foi apresentado na quarta-feira (12), dentro da programação do simpósio “Definindo o futuro do bem-estar animal na América Latina”, que reuniu empresas de alimentos globais, demais stakeholders e pesquisadores.  

O desenvolvimento do selo está ligado à criação da Produtor do Bem, que é formada por profissionais que dispõem de conhecimento técnico em bem-estar animal, unindo suas experiências nas áreas de indústria, academia e organizações não governamentais. Com um olhar atento às necessidades e mudanças do mercado em relação ao sistema de produção, a iniciativa surge com uma opção sustentável, justa e com melhores níveis relacionados à criação dos animais de fazenda.

“Pensando nesse novo cenário, nos desafios e nos gaps que existiam no mercado até então, desenvolvemos a Produtor do Bem. Considerando a avicultura de corte, a nossa proposta é de trazer um selo inovador, sendo o primeiro na América Latina a ter condições de certificar com 100% de alinhamento com o Better Chicken Commitment e também com a Farms Initiative, que são de grande relevância para o mercado”, destaca o diretor executivo da Produtor do Bem, José Rodolfo Ciocca.  

Diferente das certificações já existentes – que praticamente são traduções dos modelos europeus ou norte-americano, o selo desenvolvido pela startup leva em consideração a realidade brasileira e os critérios e indicadores fundamentais para garantir um nível de excelência do bem-estar dos animais.

“Criamos um selo brasileiro que não exclui a realidade latino-americana, ao contrário, inclui em três níveis de abordagem a nossa realidade e tipo de produção local, com equivalência às diferentes certificações globais já existentes. Posso afirmar que o nosso selo contempla os indicadores que são exigidos em diferentes países e atende aos mais rigorosos requisitos de bem-estar animal do mundo. Isso traz mais segurança para as empresas e nos dá a oportunidade de atender mercados estratégicos para os nossos parceiros, sem perder a nossa essência brasileira”, detalha Ciocca.

Ele adianta que o lançamento do selo é só o início do projeto. “Queremos justamente trabalhar para que isso seja comunicado de uma maneira muito simples ao consumidor. Nosso objetivo é fazer com que ele entenda a importância disso na tomada de decisões e que, principalmente, tornemos o bem-estar animal difundido (mainstream) e não apenas um nicho de mercado ou uma linha específica de produtos. Temos isso como um dos nossos diferenciais”, resume o diretor executivo da Produtor do Bem.

Maior engajamento

Criada também para trazer soluções aos pequenos produtores, como a certificação, a startup brasileira quer incluir as pessoas que não têm acesso ao mercado por meio subsídios em termos de auditorias e selos que as deem a oportunidade de acessarem novos espaços. Além disso, no futuro, a iniciativa quer incorporar outros aspectos socioambientais para que o bem-estar animal seja parte integrante de uma certificação mais robusta.

“Buscamos que isso não seja uma coisa tão específica, mas que ela oportunize ao pequeno produtor a certificação, seguindo aspectos mínimos, com as questões socioambientais sendo cumpridas de acordo com iniciativas globais como a Global Reporting Initiative.”, explica Ciocca.

Ele enfatiza que o desenvolvimento da certificação também deu voz às organizações não governamentais, que puderam conhecer mais das indústrias do setor, por meio de agendas mais positivas.

“Temos uma equipe muito diversa e multidisciplinar, com pessoas que vêm de ONGs e da indústria, todos com excelente relacionamento no setor produtivo e na academia. Com nosso quadro de especialistas, estamos construindo firmes conexões entre a indústria e o terceiro setor para que o debate avance. Queremos ter sequência em relação a mudanças de sistemas, em busca de soluções factíveis e conjuntas. Esse é um ponto em que nos colocamos como uma ponte entre as exigências do consumidor e da sociedade civil organizada, com os produtores do campo e a agroindústria”, ressalta o diretor executivo da Produtor do Bem.

Cascavel inaugurou, na tarde desta quarta-feira (12), o primeiro Escritório de Compras do Agro do Brasil. Com isso, produtores vinculados à Agricultura Familiar terão mais facilidade para participar de licitações públicas e prospectar novos clientes. A função do escritório é prestar assessoria aos produtores com treinamentos e orientações para que eles possam aumentar sua renda.

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O prefeito Leonaldo Paranhos disse que o escritório será uma importante e inteligente ferramenta. “Nós fizemos essa prática na Prefeitura de Cascavel, tivemos dinamismo, tivemos economia, eficiência e é algo que está comprovado que dá resultado. Fico muito feliz que o Sindicato Rural possa liderar esse processo com o potencial que tem esse segmento do agro, que é o nosso DNA, é a nossa matriz, nosso arranjo produtivo”, enfatizou.

Anunciado durante o Show Rural, o Escritório de Compras do Agro será um instrumento que irá fortalecer a economia. O secretário de Agricultura, Renato Segalla, destaca que inicialmente a ideia é que as compras e vendas sejam feitas dentro de Cascavel, mas que nada impede de ampliar para outros municípios.

“Você consegue ampliar o mercado dessas famílias de produtores, dessas pequenas empresas, você abre a porta para o poder público também comprar desses produtores, dessas pequenas empresas e tudo isso fortalece principalmente a economia local, a economia do nosso município, mas não tem nenhum limite para que isso se amplie e ganhe dimensões em níveis regionais, nível estadual e isso é bom para todo mundo”, disse Segalla.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Hivonete Piccoli, explica que o escritório foi pensado, planejado e estruturado a partir do comitê gestor, um grupo de trabalho existente para discutir o fortalecimento da economia com ações que envolvem a gestão pública e iniciativa privada.

“O interessado deve procurar pelo escritório, nós vamos auxiliar para que ele faça os cadastros necessários, prepare toda a documentação que legitime, que habilite ele a participar dos nossos editais”, explica Hivonete.

Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural, diz que a expectativa é grande. Ele ressalta que o agricultor produz com qualidade, mas muitas vezes não tem o planejamento necessário para fornecer, de forma constante, durante os 12 meses do ano.

“É isso o que o escritório quer fazer, quer ser o mediador, o incentivador, assessorar e até no planejamento para que a gente possa trazer os compradores, seja público ou privado”, observa.

Para Adir Mattioni, o setor é muito importante e esse apoio ao produtor com orientação ajudará, inclusive, a organizar melhor esse mercado. “Basta ser produtor rural, querer participar, ele vai ter um cadastro e fazer parte desse grupo”.