O evento é uma tradição. Caravanas de todos os cantos do Brasil e do planeta sabem que têm compromisso de alta qualidade no início de fevereiro de cada ano.
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O Show Rural Coopavel já é o principal motriz no cronograma de eventos do agronegócio brasileiro, aliás, está entre os três maiores do mundo com destaque pleno nas américas.
A 35ª edição será de 6 a 10 de fevereiro em Cascavel. Ainda está se programando para vir? Se não tiver onde ficar e precisa de um hotel, esqueça, estão todos lotados há meses.
Este será o segundo evento após a severa pandemia de covid e neste ano deverá reunir mais de 300 mil visitantes.
É como se quase todos os cascavelenses dessem uma passadinha por lá, para aprender agro. Importante lembrar que Cascavel é a quinta maior cidade do Paraná e tem 333 mil habitantes.
O diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli fala com orgulho de mais uma edição de sucesso do evento, a que deve ser a mais tecnológica de todas.
Neste ano, dos 600 expositores, 20% são da área de tecnologia, a maioria Startups que estão levando para o campo o dinamismo, o avanço, a melhor performance, o que há de mais moderno na inovação, conciliada à produção, claro.
O parque tecnológico abre espaço para a tecnologia e inovação de todo o mundo. Um quarto de todos os expositores é de empresas com matrizes estrangeiras que escolheram o evento para lançar, difundir e trazer o que há de mais importante no seu quadro de inovação.
Um evento para todos
“Na agricultura do Sul do Brasil, de 72% a 74% das propriedades têm menos de 50 hectares, ou seja, são pequenas propriedades, a tecnologia e inovação precisam e devem chegar até elas. Aliás, a tecnologia embarcada para o agro vive um momento especial no Brasil e no mundo”, afirma Dilvo Grolli ao falar que o evento é amplo, eclético e acolhedor.
Soja, milho, arroz, feijão, cana de açúcar, hortaliças, proteína vegetal ou animal, não importa o setor ao qual os visitantes estejam inseridos, haverá novidades para todos, em todos os cantos e em todos os estandes.
Focado no melhoramento genético, aumento de produtividade sem abertura de novas áreas, ganho de mercado, melhor momento para comercializar, atenção ao mercado. Faz tempo que o produtor precisou deixar de ser a pessoa que está de olho apenas no seu pedaço de chão. “A inovação, o avanço tecnológico permitirá que alcancemos em poucos anos 400 milhões de toneladas de grãos na produção anual brasileira, neste ano teremos 313 milhões de toneladas. Em 32 anos a produção brasileira cresceu 440% enquanto a área aumento 104%, o percentual a mais já foi aumento de produtividade e ainda temos muito para alcançar”, conta Dilvo.
Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, afirma que evento é campo fértil à tecnologia
O oeste é agro
A referência mencionada por Dilvo Grolli não é por acaso, há décadas o agro tem mantido o superávit de balança comercial brasileira, com o número crescente de exportações. O oeste se sagra com mais de US$ 2 bilhões em exportações por ano puxadas pelas proteínas como carne de frango e suína. “O Brasil produz alimento hoje para até 1 bilhão de pessoas, nós temos 215 milhões de habitantes, o Brasil alimenta parte do mundo e seguiremos sendo essa potência”, segue.
Estudioso do mercado, do agro e das tendências, Dilvo está sempre antenado com o que o mundo busca ou vai buscar.
“O Brasil já é o primeiro produtor e primeiro exportador de soja, o terceiro produtor mundial e segundo exportador mundial de milho, com o trigo ainda temos um déficit. Precisamos de 13 milhões, mas temos disponível 9,5 milhões de toneladas”, destaca ao lembrar a referência que o Brasil se tornou quando o assunto são as commodities.
Meio ambiente e preservação
Para Dilvo Grolli, o momento também pede a consolidação da imagem do Brasil fora daqui, como um país que preserva e que cuida.
Para o diretor-presidente da Coopaveel, é preciso contar para o mundo que, em média, 60% das propriedades rurais estão preservadas.
“Temos 41% do território brasileiro preservado. Se alguém estiver derrubando uma arvore ilegalmente, prenda-o, prenda-o, prenda-o, mas não façam com que todos paguem por ele”, alertou.
Os seis estados que compreendem as regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil produzem hoje 77% de todos os grãos do País.
No oeste do Paraná, tanta produção e potencialidades abriram caminho para oito grandes cooperativas que se tornaram referência nacional. Somente em empregos diretos elas têm juntas 80 mil trabalhadores.
Bioinssumos em alta
Tanta produção de grãos de proteína animal e a necessidade de avançar em produtividade sem aumentar áreas, focando essencialmente na proteção do meio ambiente, fez o segmento se voltar para os bioinsumos, o uso mais intenso de bactérias, de produtos naturais para o fortalecimento das plantas e combate aos invasores, os depredadores das plantações.
Neste ano 15 empresas que estão focadas na produção e tecnologia para os bioinsumos estarão no Show Rural. “Muitas são Startups que desenvolvam tecnologia para o melhor controle, inovações dentro da propriedade com a tecnologia da informação, marketing de conteúdo, a ciência. Até 2030 o Brasil vai precisar de 75 mil profissionais com conhecimento agronômico ou no meio rural com conhecimento tecnológico”, considerou.
“Temos um ambiente propicio no Show Rural para a motivação, inovação e renovação do agro. Saímos de uma fase do agro onde se priorizava a melhor semente, o melhor químico, a melhor colheitadeira, a melhor máquina para o plantio, estamos falando agora em bioinssumos, tirando químicos da propriedade rural e pondo material orgânico. A TI [tecnologia da informação] vai acelerar processos de produtividade. Aqui vamos mostrar isso tudo”, completou.
“Hoje já temos drones que sobrevoam as lavouras, pesquisam e identificam onde precisa ser pulverizado, ele volta para a sede da propriedade com os dados já no celular ou no computador permitindo uma aplicação somente para aquela área atingida, isso é economia no tamanho de máquina, economia à produção, preservação e assertividade”.
O Show Rural abre os portões de 6 a 10 de fevereiro das 8h às 18h com entrada e estacionamentos gratuitos. No domingo, dia 5, o parque já estará aberto para visitação e com a celebração da missa que tradicionalmente marca a abertura.
