Categoria: Cultura

  • O “Tarzan” brasileiro

    O “Tarzan” brasileiro

    Ao contrário do Super-Homem, um ET fictício, o nadador Johnny Weissmuller representou Tarzan no cinema após conquistar cinco medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, entre 1924 e 1928. Por isso foi, naturalmente, um ídolo e um modelo em todo o mundo.

    É o que também deve ser o “Tarzan” do Oeste, o multiatleta Olício dos Santos Filho, que em 2023, aos 79 anos, conquistava pela décima vez o título de campeão mundial de levantamento de peso.   

    Residindo em várias cidades do Oeste paranaense, especialmente Assis Chateaubriand, Olício é por seu alto e prolongado desempenho esportivo um herói também em Foz do Iguaçu e Toledo, mas sua trajetória pública mais destacada foi no automobilismo, ao brilhar no Autódromo de Cascavel e prosseguir a carreira vitoriosa por outras praças esportivas.

    No livro Cascavel em alta velocidade (https://x.gd/cZmQw), Olício é apresentado como campeão na Divisão1 Classe B da Fórmula Ford e “um dos maiores atletas de todos os tempos no mundo”. 

    Começando no judô, teve rápida ascensão no automobilismo ao se sagrar bicampeão brasileiro da Fórmula Ford Corcel II nos anos 1970, continuando a colecionar títulos nas décadas seguintes.

    O pulo do gato

    Olício, sendo dentista, usava as técnicas da profissão para melhorar suas chances no esporte, como usar a broca odontológica para trabalhar o carburador e pesar as peças em balança de precisão para escolher as mais leves para os carros.

    José Luiz Nogueira, um de seus inúmeros amigos, disse que em geral os pilotos só corriam, deixando os detalhes técnicos, a preparação e os detalhes para técnicos e engenheiros, mas Olício controlava cada detalhe, da preparação à prova.

    Os demais pilotos, equipes e engenheiros das fábricas não conseguiam entender como Olício dava estabilidade ao rebelde Ford Corcel. “Verificavam tudo e nada encontravam. Levavam as peças para a fábrica e o laudo apontava que tudo era original” (https://x.gd/JUk8c). 

    Ele contou ao jornalista Luiz Aparecido que preparava o braço da suspensão e, conforme a pista, abria um pouco a dobra da meia-lua. “Era quase imperceptível, mas dava um resultado enorme”. 

    Quando foi bicampeão não teve mais autorização para continuar competindo nessa modalidade. Só então ele contou ao engenheiro Hélio Perini, da Ford, os segredos de seu desempenho nas pistas. Quando a empresa lançou o Del Rey surgiu a lenda de que a boa estabilidade do carro se devia aos truques de Olício. Se foi, o piloto paranaense não recebeu créditos por isso.

    Os irmãos presos

    O fenômeno Olício nunca foi igualado, mas além dele a região Oeste forjou vencedores de altíssimo padrão em diversas modalidades. Não sem dificuldades e obstáculos, como ocorreu com o ciclismo. 

    No frio de 1º de junho de 1976, em Cascavel, quatro irmãos ciclistas treinavam na rodovia Cascavel–Toledo, como sempre faziam, quando foram abordados por agentes da Polícia Rodoviária Federal. 

    Benildo, Pacífico, Claudino e Itanilo Delai tiveram as bicicletas confiscadas e foram levados presos ao xadrez da Delegacia de Polícia, onde passaram frio e receberam um doloroso prêmio pela dedicação da família ao ciclismo. Os Delai tinham ainda outros dois irmãos que se dedicavam à modalidade: Dário e Cleonice. 

    Eram tempos de ditadura, mas ainda assim o episódio foi considerado uma injustiça. Joaquim Pedro dos Santos, presidente da Liga de Futebol Amador de Cascavel, aconselhou os irmãos Delai a criar uma Liga de Ciclismo para dar força organizada ao esporte.  

    Assim, em 4 de dezembro daquele mesmo ano um batalhão de ciclistas criava a Liga de Ciclismo de Cascavel. Logo, além, dos Irmãos Coragem (os Delai e seus associados) várias equipes de formaram.

    Das competições que vieram a seguir destacou-se de imediato um fenômeno da modalidade: Renan Ferraro, que viria a se tornar o número 1 do país e o primeiro ciclista profissional brasileiro.

    Celeiro de campeões

    Destacar-se em mais de um esporte, como ocorreu com Olício dos Santos, é o complexo desafio enfrentado pelos triatletas, caso de Gustavo Wiebbeling, que recentemente voltou a colocar o Oeste do Paraná na berlinda, conquistando resultados excelentes no ciclismo, corrida e natação. 

    Triunfando em competições recentes do triátlon, não será surpresa a presença de Gustavo nas Olimpíadas de 2028, em Los Angeles (EUA), já que as competições até lá serão um preparo para chegar a esse objetivo. 

    Em Foz do Iguaçu, os esportes ligados à água sempre apresentaram bons resultados, como o desempenho de Ana Sátila na canoagem slalom, participando dos Jogos Olímpicos de Londres (2012) e Tóquio (2021), mas em Cascavel só após a formação do largo artificial a canoagem apresentou resultados acima da média.

    Com Vagner Souta, por exemplo, canoísta que desde as conquistas de medalha de prata e de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2015 é sempre um destaque brasileiro. Também Ana Paula Vergutz, que depois do Mundial de Canoagem de Velocidade em Dartmouth (Canadá) em 2009 participou dos Jogos Pan-americanos de 2011 no México e 2015 no Canadá. 

    O futsal de Cascavel, masculino e feminino, é sempre muito competitivo. Poderoso fator de inclusão, o esporte se mostrou propício à revelação de atletas que de outra forma jamais teriam como ostentar títulos mundiais.

    Cumprimentadas efusivamente com gestos em Libras, é o caso da goleira Waneza Wons, campeã do mundo em Futebol de Salão para Surdos na Suíça, em 2019, competição na qual Laelen Brizola foi a artilheira e eleita melhor jogadora. 

    Os segredos de Olício

    Os resultados inigualáveis de Olício dos Santos são creditados pelo multiatleta à sua maior conquista: a capacidade de ganhar amigos. Os primeiros que fez no automobilismo, além de Gastão Weigert, com quem fez parceria em Cascavel, foram Delci Damian e Saul Caús. 

    Naturalmente, ter uma Deusa como esposa também fez muita diferença para Olício: ela e uma precisa cronometragem fora da pista exigiram dele o máximo desempenho até janeiro de 2021, quando ela morreu. 

    Ser meticuloso em tudo, mais que um segredo, foi uma obsessão, exemplificada pela decisão de viajar de Assis Chateaubriand até Porto Alegre e no trajeto visitar as revendas da Ford para escolher as peças mais leves. 

    “Como tudo tinha que ser original, colocando as mais leves, conseguia baixar peso no carro”, contou o jornalista Luiz Aparecido. Reduzindo um grama em cada parafuso das rodas e o menor peso de muitas outras peças do carro explicavam o sucesso técnico do obstinado piloto. 

    Um truque incomum era cortejar seus mais encarniçados inimigos nas pistas até torná-los parceiros de equipe, como aconteceu com Victor Steyer. “Mais tarde os dois formaram uma temida dupla no Campeonato Brasileiro de Marcas” (Luiz Aparecido). 

    Adotado como cascavelense

    Ter sorte também ajudou, como em 1979, na primeira etapa do Campeonato Paranaense, no Autódromo de Cascavel, quando o afoito Olício rodou na frente do piloto Jefferson Fonseca, que para não bater nele saiu da pista, danificando o próprio carro.

    A combinação dos vários segredos explica o sucesso de Olício dos Santos, dentre eles mudar de objetivo quando o anterior foi conquistado. Um resumo de sua carreira é não se limitar a vencer os outros, mas competir consigo mesmo, quebrando os próprios recordes.

    Quando deu os primeiros passos no automobilismo ele se impôs a meta de fazer a melhor volta em todos os autódromos para sempre bater recordes. E quando já se pensava que ele era apenas história antiga, aos 76 anos declarou que sua carreira de piloto não estaria encerrada enquanto não fizesse a melhor volta em uma prova Cascavel de Ouro.  

    As amizades cultivadas por Olício em Cascavel também o fizeram ser considerado um piloto cascavelense. Quando a Prefeitura deu início às obras do atual Kartódromo Delci Damian, em 1992, Olício foi um dos pilotos homenageados festivamente como pioneiro do automobilismo local. 

    100 anos da revolução: “Completamente vencidos” 

    Em Santa Helena, em 14 de abril de 1925, o Comando da 1ª Divisão Revolucionária, constituída pelo agrupamento das colunas paulista e gaúcha, que ficaria conhecido, dentro de algum tempo, como Coluna Prestes, baixou o Boletim n° 1, pelo qual a informação chegaria aos revolucionários de outras regiões: 

    Com a concentração de um efetivo esmagador pelo número e emprego de quase todos os engenhos de guerra conhecidos, os asseclas do bernardismo, na data de 29 do mês findo, conseguiram secionar as forças da “Divisão S. Paulo”, atacando fortemente os elementos da 2ª Brigada e outras tropas que heroicamente defendiam Catanduvas.

    Os elementos que nos restavam procuraram por todos os meios restabelecer a unidade da Divisão, mas, apesar de todos os esforços empregados, os nossos companheiros de Catanduvas, por absoluta impossibilidade de receberem recursos em munição, alimento e reforço, foram, mau grado o heroísmo com que se portaram, completamente vencidos pelo inimigo. Conseguiram escapar muito poucos desses abnegados revolucionários, contando-se entre eles o comandante daquela Brigada, sr. Tenente-coronel Newton Estillac Leal, seu chefe de E.M. sr capitão Filinto Muller, sr. Capitão Philogonio Antonio Teodoro com parte de sua companhia, sr. 1º tenente Deusdedit Loyola com parte de sua cavalaria e outros cujos nomes serão oportunamente publicados.

    Comando da 1ª Divisão Revolucionária, Acantonamento em Santa Helena, 14 de abril de 1925

    Filinto Müller escapou ao cerco legalista em Catanduvas, mas foi expulso da Coluna Prestes por pregar a deserção 

    Fonte: Alceu Sperança

  • Escritor e artista plástico paranaense lança livro e exposição em Cascavel

    Escritor e artista plástico paranaense lança livro e exposição em Cascavel

    “Deus me ditou. Eu escrevi. Até porque, nenhum poder teria, se não me viesse do alto”. Com essas palavras, o escritor e artista plástico Belmiro Santos refere-se ao seu processo criativo, onde a realidade dita os caminhos e sugere a obra a ser escrita, tornando assim possível seu primeiro livro, “O Choque da Neve”.

    O livro-obra de arte tem características autobiográficas e de narrativa poética, embora não pretenda ser poesia. Com sua linguagem dramática, inspirada no cinema e no teatro, conta a trajetória de um sonhador, na “cidade do gelo”, Curitiba, aos olhos e coração do artista.

    O suspense e o agravamento dos fatos impeditivos de sua realização pessoal e profissional revelam uma história verdadeira, de um aspirante de artista, que sai do interior para enfrentar um choque, na capital do Paraná. “A história é minha, mas a arte é nossa”, afirma Belmiro, referindo-se à causa da Arte. “O Choque da Neve lembra o Choque do Novo e a urgência do moderno”.

    Para o escritor, o título do livro é amplo de significados. É metáfora do frio, mas é também desamparo, carência, dor e solidão, para além da poesia. É a luta da Arte pela sobrevivência em um mundo racional. “Só se vive de Arte. O resto é sobre não viver”, provoca o artista.

    Belmiro Santos também traz suas obras de arte reconhecidas, premiadas, coloridas e vibrantes, que contrastam com o tom melancólico do livro, ao mesmo tempo que o complementam.

    O espaço do Museu de Arte de Cascavel, que receberá a exposição até o dia 27 de junho, estará representando os doze capítulos do livro, com suas possibilidades visuais. São pinturas, objetos, aparelhos mágicos, cartazes de cinema e dispositivos cinéticos, os quais pretendem dialogar, mover, despertar mentes e corações. 

    Sobre o autor

    Belmiro Santos é natural de Araruna, Paraná, e teve seu primeiro contato com a arte em Campo Mourão aos 17 anos, quando começou pintando cartazes de cinema no Cine Plaza, uma experiência marcante que despertou ainda mais sua vocação artística.

    Com o fechamento do cinema na cidade, mudou-se para Curitiba, onde deu início a sua formação acadêmica. Graduou-se pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Superior de Pintura) e mais tarde concluiu uma pós-graduação em Comunicação Audiovisual, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR).

    Ao longo de sua carreira, teve seu trabalho reconhecido e conquistou 12 premiações em salões diversos em vários estados do Brasil.

    Serviço: Lançamento do livro “O Choque da Neve” e exposição de arte do escritor e artista plástico Belmiro Santos.

    Abertura: Sábado (7) de junho, às 15hPeríodo de exposição: De 07 a 27 de junhoLocal: Museu de Arte de Cascavel – Rua Mato Grosso, 2909

    A entrada é gratuita, com venda de livros autografados pelo escritor no valor de R$75,00.

    Fonte: Assessoria

  • Humor ácido, palco aberto e reflexão fecham o maior Festival de Teatro

    Humor ácido, palco aberto e reflexão fecham o maior Festival de Teatro

    O 36º Festival de Teatro de Cascavel, promovido pela Secretaria de Cultura, já se aproxima da reta final, com um fim de semana recheado de atrações gratuitas concentradas no Teatro Municipal Sefrin Filho. Programe-se para prestigiar os artistas e se deleitar com apresentações únicas. 

    Até mesmo os que têm vontade de ter as luzes do Teatro Municipal voltadas para si terão seu espaço, com o Palco Aberto, a partir das 17h deste sábado (31), mesmo dia em que o público pode se divertir com o humor ácido de Emílio Martini, protagonista do monólogo “Vô Emílio – Rindo da Vida”. E no domingo, fechando as cortinas do maior evento de artes cênicas da região, a peça “A Sapateira Prodigiosa”, traz a farsa violenta de Federico García Lorca aos privilegiados que presenciarem esse encerramento em grande estilo do festival. 

    Palco aberto

    Quer realizar o sonho de subir ao palco e se apresentar? Pois é isso mesmo que o Festival de Teatro de Cascavel está oferecendo para artistas, estudantes de arte ou mesmo para quem apenas gosta das artes, sejam elas quais forem. Isso porque qualquer forma de arte pode ser levada até o palco do Teatro Municipal Sefrin Filho, a partir das 17h, deste sábado. As inscrições ainda podem ser feitas pelo site https://forms.gle/VDXFynDu21YQ3RhE9.

    O idealizador do evento, o ator e servidor da Secretaria de Cultura de Cascavel, Álvaro Bizinella, destaca a variedades das ações. “É muito interessante como percebemos a diversidade das proposições e, assim como as pessoas entendem que podem colaborar artisticamente, e não apenas para este evento, mas sim como elas se entendem no mundo, como elas compreendem suas habilidades e a importância de expressa-la a tê-las como ferramentas para a vida, além dos palcos. Teremos apresentações musicais, leitura de monólogos, teatrais, coreografias, solo de dança, esquetes de humor, contação de histórias, dança do ventre e tango”, avisa o ator. 

    Vô Emílio

    A atração de sábado também segue com o stand up “Vô Emílio – Rindo da Vida”. O stand up que tem como temática, a terceira idade, está agendado para às 19h30, no Teatro Municipal Sefrin Filho, com entrada gratuita.  A apresentação envolve a nova experiência de vida do assistente social Emílio Fernando Martini, que aos 68 anos de idade, já fez de tudo um pouco na vida. Após passar a vida exercitando a prática do bom humor em roda de amigos de futebol, de trabalho e vida social, agora é provocado a dialogar e brincar no palco, sobre a temática do idoso. Sua presença agora no palco, decorre do dom da manifestação pública, apimentada com doses elevadas de bom humor, a ponto de, na terceira idade, aceitar o desafio de arriscar-se com o stand up. 

    A pré-estreia, aconteceu no “Dia do Idoso” em 2024, durante o evento cultural Idoso Mostra Arte. “A apresentação vale a pena ser vista. Tem ritmo, boas piadas e traquejo de um humorista com futuro que certamente Cascavel vai projetar”, explica o diretor de cena, Jair Pereira Gomes. Ele enfatiza ainda, que se trata deu um agradável show onde estórias e histórias são contadas com doses apimentadas de bom humor, sempre respeitado e valorizando a trajetória do personagem que alcançou a terceira idade após vivenciar mais de meio século encarando a vida. 

    Destinado ao público em geral, a abordagem traz as peculiaridades da propalada melhor idade, a exemplo do sexo, saúde, esporte, família, questões jurídicas e da assistência social. Aprofunda-se nas leis existentes com seus favorecimentos e desconfortos e enfoca as situações urbanas. A coletânea de piadas relacionadas com a temática, é contada no tempo certo por quem tem lugar de fala, empoderamento para contagiar e transformar o encontro, em momento agradáveis, oportunidade para desopilar o fígado como terapia do prazer. 

    O show se preocupa-se com a diabete do expectador ao apresentar doses açucaradas de bom humor relacionado a esta fase da vida, abusa do alzheimer sem esquecer as reconhecidas anedotas dos bons tempos de inocência, aplica doses homeopáticas para superar o mal de parkinson e deixar os tremeliques de lado e ainda, propicia doses de humor contagiante porque a missão é interagir e alegrar a todos, afinal, rir sempre é o melhor remédio. Na parceria com o Rotary International, para o segundo semestre deste ano, dezenas de cidades do Oeste e Sudoeste estão agendadas para receber o show “Vô Emilio”.   

    Emilio Martini 

    Ao longo dos anos, o cascavelense (60 anos de vida e atuação nesta cidade), firmou-se em liderança junto de grupo de jovens (anos 70 e 80), presidiu clube social (Associação Atlética Comercial entre os anos 89 e 90), registra décadas de forte atuação no Rotary International (há 40 anos). Presidiu o Cascavel Futebol Clube (anos 80 e 90), foi secretário de Esporte do Município (anos 80), comandou o Instituto Alfredo Kaefer (durante anos) e gerenciou dois jornais diários (Hoje e O Paraná). Também, registra participação na vida esportiva, institucional e política da comunidade local e no jornalismo, há duas décadas, escreve a coluna de sátiras ‘‘O Cartuxo’’ e atualmente, edita o jornal “Terceira Idade”.  

    A Sapateira Prodigiosa 

    Finalizando o Festival de Teatro, a Companhia de Teatro da Uli Idiomas Cultural dá vida ao espetáculo “A Sapateira Prodigiosa”, no domingo (1°), às 18h30. A história é uma farsa violenta em dois atos que apresenta uma releitura da obra clássica de Federico García Lorca. A proposta cênica destaca questões de gênero, como o patriarcado, a autonomia feminina e as imposições sociais nas relações afetivas, através da jornada de uma protagonista que desafia as normas estabelecidas. A adaptação inova ao introduzir a temática do etarismo, com foco na relação entre a Sapateira, mais velha que o Sapateiro, provocando reflexões sobre preconceitos etários e estereótipos de gênero. 

    O espetáculo busca, assim, promover o diálogo entre gerações e desconstruir tabus sociais. Esteticamente, a montagem combina elementos de cenografia tradicional com projeções em vídeo, criando uma atmosfera dinâmica que integra objetos físicos e ambientes virtuais. 

    Com direção da chilena Patricia Cuevas Estivil e um elenco que celebra a diversidade cultural, o espetáculo combina teatro, dança e elementos visuais para contar a história da Sapateira, uma mulher à frente de seu tempo. Prepare-se para se emocionar, rir e se surpreender com esta adaptação que une a força do clássico com o frescor do contemporâneo!

    PROGRAMAÇÃO

    SÁBADO – 31/0517h – Palco Aberto – Teatro Sefrin Filho19h30 – Stand Up Vô Emílio – Teatro Sefrin Filho

    DOMINGO – 1°/0618h – Encerramento e Certificação – Teatro Sefrin Filho18h30 – A Sapateira Prodigiosa – Teatro Sefrin Filho

     

    Fonte: Assessoria

  • O velho hábito de acusar sem provas

    O velho hábito de acusar sem provas

    Morto no dia 13 de maio, aos 92 anos, o comerciante Antônio Vaz de Chaves atendeu por muitos anos a uma clientela formada por policiais civis e militares que repentinamente passaram a ser artistas e ativistas culturais. 

    Militar que nos anos 1950 trabalhou no serviço geográfico do Exército, ao se reintegrar à vida civil adquiriu imóveis em Cascavel, em um dos quais abriu seu Bar Ubiramar, anexo à moradia, diante do quartel e delegacia de polícia, na Rua Duque de Caxias.

    As instalações policiais foram instaladas em 1958. A partir da construção do Centro Cultural Gilberto Mayer, em 1982, tudo mudou: o bar deixava de ser frequentado por policiais fardados e familiares dos presos mantidos na prisão anexa à 15ª Delegacia de Polícia para receber atores, escritores, fotógrafos, estudantes e jornalistas.

    Na fase dos fardados e depois na fase dos artistas, Chaves mantinha sempre o bom humor, mas em muitas ocasiões precisou ser firme com clientes que se excediam na bebida: “Tenho um rabo-de-tatu (açoite) que às vezes ajuda muito”, dizia.

    Quando foi instaurado o regime civil-militar de 1º de abril de 1964, Chaves tinha franca simpatia pela promessa de limpar o país que respaldava a troca de governo. No entanto, anos depois sofreu o dissabor de ter seu nome envolvido num escândalo que tinha como alvo o prefeito Octacílio Mion (1926–2015).

    Acusados para ser presos e mortos

    O episódio foi detonado por delações, a habitual deduragem que corre solta quando um regime de força se instala. Os bajuladores dos poderosos denunciam desafetos, inimigos e concorrentes como vilões a ser presos, torturados e mortos a qualquer pretexto.

    Culpado ou não, o denunciado tinha que provar inocência, mas os denunciadores não precisavam apresentar provas. Com isso, os delatores não tinham receio em acusar pessoas com quem mantinham disputas econômicas ou políticas. 

    A deduragem sem provas prosseguiu até a Comissão da Verdade e posterior decisão do STF, em 2017, quando documentos sigilosos da ditadura vieram à luz, passando sob o crivo judicial, limpando os nomes dos cidadãos envolvidos indevidamente, como foi o caso de Antônio Vaz de Chaves e muitos outros em Cascavel.

    O incômodo de Chaves começou em 9 de agosto de 1976, quando o promotor público Manoel Vicente de Oliveira Mello, membro da seção paranaense da Comissão Geral de Investigações do Ministério da Justiça, comunicou aos superiores o processo 166/70, “instaurado para apurar atos de corrupção administrativa e de enriquecimento ilícito” de Octacílio Mion.

    O caso da Rodoviária

    Mion foi acusado no meio de seu segundo mandato (1969–1972) de engendrar em seu primeiro mandato como prefeito (1961–1964) “um plano de enriquecer ilicitamente, consistente na apropriação, para si” de 57 lotes na cidade.

    Doze desses terrenos foram escriturados para José Smarczewski, o Zé do Torno, e sete para Elza Smarczewski, sua irmã. Seis para Alceu Barroso Filho, cinco para Rud Bruner, quatro para Antônio Vaz de Chaves e os demais 23 para outras pessoas supostamente relacionadas a Mion que o acusador dizia serem seus “testas de ferro” em negócios ilícitos.

    Também seriam “testas de ferro” de Mion os participantes das ações para a construção da Estação Rodoviária de Cascavel na Rua Carlos Gomes. A Prefeitura doou a área em 29 de agosto de 1964 ao arquiteto Gustavo Gama Monteiro e seu sócio, o engenheiro Roberto Brandão, com a condição de construir a rodoviária.

    Brandão era o dono da empresa que asfaltava as ruas da cidade. Monteiro foi o arquiteto que projetou a Avenida Brasil, a Catedral e a própria Rodoviária. Os dois se comprometeram construí-la em troca do imóvel.

    Essa área foi depois passada por eles a Adolpho Cortese (1929−2003), um dos criadores da Coopavel, e a Euclydes Formighieri (1933–2010), que se notabilizou na presidência da Sociedade Rural do Oeste, primo da esposa de Mion, Carolina (1923–2014), que consta no processo como intermediária dessas transferências.

    O Aero-Willys e a pá-carregadeira

    O processo continua desfilando acusações e dando nomes de pessoas que seriam “testas de ferro” de Mion, caso de João Daniel Zimmermann (1930–1992), que seria beneficiário de um automóvel Aero-Willys dado como propina na compra de uma pá-carregadeira junto à empresa Nodari, pertencente a um dos fundadores da Acic – João Pedro Nodari. 

    Outros ainda mencionados seriam José Pacheco e Antônio Botelho, também de famílias tradicionais de Cascavel.  

    “As ações ilícitas do indiciado [Mion] eram ilimitadas”, segundo o denunciante Manoel de Oliveira Mello. “Tirava proveito de tudo que pudesse levá-lo a qualquer vantagem financeira. Assim é que, além das tramas nas transferências dos lotes urbanos, da participação da negociata na construção da Rodoviária, de ter lesado os cofres públicos com avaliações ínfimas nos impostos de transmissão inter-vivos, o indiciado praticou outras inúmeras irregularidades, todas com o propósito de enriquecer ilicitamente”.

    Chocado com essas agressões, Mion foi notificado em 17 de setembro de 1976 pelo coronel Raymundo Negrão Torres, presidente da submissão da CGI no Paraná. Estava intimado a responder a essas acusações no prazo de oito dias, acrescentando à resposta sua declaração de bens “com especificação minuciosa quanto à respectiva origem”.

    “Absurdo da imputação”

    Mion respondeu que pegou a Prefeitura em cinzas, atacada por um incêndio criminoso, e para refazer a administração precisou vender os poucos imóveis que haviam restado à Prefeitura. 

    Não era verdade que ele havia escriturado 57 imóveis da Prefeitura para “enriquecimento ilícito”, até porque a maioria dos terrenos listados foram vendidos pelo prefeito anterior, Helberto Schwarz.

    Mion disse que só passou escritura de um lote para Júlio Tozzo, três para a Sociedade Paraguaçu e um para Antonia Bublitz. Dois dos terrenos que Mion teria escriturados na verdade pertenciam ao Estado do Paraná e um ainda pertencia à Prefeitura.

    Por conta dessas comprovações, escreveu Mion ao coronel Torres, quem o denunciou à CGI “não tem o senso mínimo de responsabilidade, pelo absurdo da imputação”. Para o prefeito de Cascavel, era uma trama com interesses eleitorais. Ele suspeitava do envolvimento de um delegado de polícia e um senador, cujos candidatos Mion derrotou nas eleições de 1968.

    O maior absurdo, porém, foi a acusação sem um pingo de consistência de haver manobras ilícitas no caso da Estação Rodoviária. Mion desmontou a denúncia expondo a documentação dos procedimentos, começando pelo decreto 18/63, de 27 de agosto de 1963.

    Nesse decreto, Mion nomeava os cidadãos Itasyir Antônio Luchesa (comerciante), o major Oscar Ramos Pereira, respeitado militar, o engenheiro Ciro Bucaneve e o vereador Moacir Bordignon para formar uma comissão sob a presidência do prefeito para avaliar as propostas dos interessados em construir a nova Estação Rodoviária, prevista pela lei municipal 227, de 11 de junho de 1963.

    Tudo em pratos limpos

    O edital de concorrência, publicado no Diário Oficial do Estado, determinava as normas para o contrato de concessão pública e a data de 31 de outubro de 1963 para o julgamento. Nessa ocasião, a comissão decidiu por unanimidade a doação da área ao arquiteto Gustavo Gama Monteiro, sem precisar o voto minerva do prefeito.

    Hoje, quando se conhece a história do arquiteto Gama Monteiro (https://x.gd/X77AF), nota-se a presença de seu trabalho pelos pontos mais destacados da cidade – Avenida Brasil e Catedral, por exemplo, enquanto o promotor Manoel Mello se desmoralizou por não conseguir provar nada. 

    Mion também desmontou a denúncia de que teria escriturado em favor de supostos “testa de ferro” dezenas de imóveis em um fantasioso esquema milionário de corrupção. Na verdade, foram quase todos escriturados anteriormente pelo prefeito Helberto Schwarz e pelo Estado, dentre eles os quatro lotes do ex-militar Antônio Chaves.

    As pesadas acusações, ofendendo sem provas o prefeito de Cascavel e vários cidadãos respeitáveis da comunidade, que hoje são nomes de ruas e escolas, foram completamente desmoralizadas pelos fatos. 

    As pessoas mencionadas como “testas de ferro” do prefeito foram algumas das que mais ajudaram o Município a se recuperar depois do incêndio da Prefeitura, em 1960. 

    100 anos da revolução: Erro dos historiadores

    As forças governistas, no encalço dos revolucionários, abordaram Santa Tereza quando os rebeldes já haviam partido nas direções de Santa Helena e Foz do Iguaçu.

    “A tropa legalista seguia os revoltosos nas direções Cascavel–Lopeí, Cascavel–Benjamin e ao longo da rodovia estratégica. Nessa ocasião ocorreu em condições misteriosas a morte do capitão Leônidas Marques no acampamento governista estabelecido na picada entre Cascavel e Benjamin mais ou menos na região que hoje leva seu nome” (Ney Salles).

    “É instalado na região de Toledo o posto avançado do comando do destacamento Norte das tropas federais sob as ordens do coronel João Manoel de Souza Castro, para dali lançar ofensivas contra os revolucionários paulistas junto ao Rio Paraná, no trecho entre Porto Mendes e Porto Britânia” (Luiz Alberto da Costa, Calendário Histórico de Toledo).

    A menção a “Cascavel” se refere ao local em que no futuro haveria a cidade, de fato só iniciada em 1930. Toledo também não existia antes de 1946. 

    Os soldados gaúchos se uniram aos paulistas em Foz do Iguaçu no dia 11 de abril de 1925, estabelecendo as principais diretrizes do movimento revolucionário para a fase que se iniciava a partir do Oeste do Paraná.

    Em 1925 ainda não existiam as cidades de Cascavel e Toledo. Cascavel começou em 1930 e Toledo em 1946

     

    Fonte: Alceu Sperança

  • Departamento de Cultura de Nova Santa Rosa está cadastrando agentes culturais municipais

    Departamento de Cultura de Nova Santa Rosa está cadastrando agentes culturais municipais

    A Prefeitura de Nova Santa Rosa, por meio do Departamento de Cultura, informa que disponibilizou um formulário on-line para o cadastramento de agentes e entidades culturais do município.

    De acordo com a diretora do departamento, Fernanda Baú, a iniciativa tem como objetivo formar um mapeamento da cadeia produtiva na cultura local: “Servirá para divulgar a produção cultural local, promover a participação em editais de fomentos e auxiliar no planejamento e gestão das políticas culturais, bem como, manter um contato mais próximo com os agentes de cultura e seus espaços”.

    Para se inscrever o agente/instituição cultural deve preencher um formulário disponível no link a seguir:https://docs.google.com/…/1FAIpQLSdyXP4ebvk…/viewform….

    Para eventuais dúvidas, artistas, produtores, artesãos, grupos e coletivos culturais em geral podem ligar no (45) 3253-1144, enviar uma mensagem de WhatsApp para o (45) 2032-0203 ou enviar um e-mail para [email protected].

    Fonte: Assessoria

  • Festival Brescianini da Canção acontece nesta sexta e sábado em Marechal Cândido Rondon

    Festival Brescianini da Canção acontece nesta sexta e sábado em Marechal Cândido Rondon

    A 3ª edição do Festival Brescianini da Canção acontecerá nesta sexta-feira, dia 23, e no sábado, dia 24, a partir das 19h, no pavilhão alemão, no parque de exposições, com a participação de 58 candidatos.

    No primeiro dia do festival, ocorrerão as apresentações das categorias infanto-juvenil, alemã e gospel. No segundo dia, será a vez das categorias popular e sertaneja. Todos os calouros serão acompanhados pela banda Savana, reconhecida por sua tradição em festivais. Ao todo, o evento distribuirá R$ 34,1 mil em premiação.

    Realizado pela prefeitura de Marechal Cândido Rondon, por meio da Secretaria de Cultura e da PROEM (Fundação Promotora de Eventos), o festival tem como objetivo valorizar artistas locais e regionais, além de promover a difusão das músicas brasileira e alemã. O evento também busca selecionar intérpretes locais para o XX FERMOP (Festival Regional dos Municípios do Oeste do Paraná).

    O secretário interino de Cultura, vice-prefeito Vanderlei Sauer, convida toda a comunidade a prestigiar a programação. “Será um evento muito especial, com apresentações que vão emocionar o público. A entrada é gratuita. Convidamos todos a participar dos dois dias de programação”, ressaltou Sauer.

    Categorias

    O Festival Brescianini da Canção contará com cinco categorias:• Alemã: com três candidatos;• Infanto-juvenil livre: participantes de 10 a 15 anos completos até a data do evento, com 15 inscritos;• Gospel: 15 participantes;• Popular: 15 participantes;• Sertanejo: 10 participantes.

    A lista completa dos classificados pode ser consultada em https://drive.google.com/…/1jlXGBx…/view.

    Fonte: Assessoria

  • 36° Festival de Teatro celebra a arte cênica com programação gratuita para toda família

    36° Festival de Teatro celebra a arte cênica com programação gratuita para toda família

    Cascavel será palco para a 36ª edição do Festival de Teatro, um dos eventos mais tradicionais da cena cultural local, que neste ano aposta na diversidade de linguagens e no protagonismo dos artistas da nossa cidade. O festival será de sexta-feira (23) até dia 1° de junho.

    A grande abertura acontece no sábado, 24, às 19h30, no Teatro Municipal Sefrin Filho, com o musical “Mamma Mia”, um espetáculo inspirado nas canções do icônico grupo ABBA, que promete emocionar o público com uma apresentação vibrante e inspiradora.

    A programação completa traz 15 espetáculos para públicos de todas as idades, apresentados em diversos pontos da cidade, como o Teatro Municipal Sefrin Filho, o Centro Cultural Gilberto Mayer, o Calçadão da Avenida Brasil, o Palco Arena da Travessa Padre Champagnat e o Lago Municipal.

    Todas as atividades são gratuitas e os ingressos para os espetáculos em espaços fechados podem ser retirados gratuitamente pelo site parallela.art.br, e a ocupação dos assentos será feita por ordem de chegada. Além das encenações teatrais, neste ano o festival também contará com debates, apresentações musicais e oficinas, fortalecendo a cena cultural de Cascavel e valorizando as produções autorais da nossa cidade.

    Nos palcos e ao ar livre

    A maior parte da programação será no Teatro Municipal Sefrin Filho, com espetáculos voltados para o público infantil e adulto. Peças como “Em Busca do Tesouro Verde”, “Sobre Dragões e Bolhas”, “Histórias de Todo Mundo” e “A Festa da Bruxa” integram a grade destinada às crianças.Para público adulto, a programação tem espetáculos como “Na Casa da Sogra”, o Stand Up “Vô Emílio” e “A Sapateira Prodigiosa”, que encerra o evento no dia 1º de junho, logo após a cerimônia de certificação.

    Já ao ar livre, o festival tem sete espetáculos programados. No Calçadão da Avenida Brasil e no Lago Municipal as sessões serão realizadas ao meio-dia, no fim da tarde e aos domingos. A programação inclui títulos como “Os Animais do Zodíaco Chinês”, “Um Grande Show de Bobagens”, “História de Monstros Nada Monstruosos”, “Raposão – Histórias e Lendas”, entre outros. As apresentações em espaços abertos buscam aproximar o teatro da rotina da população, com uma programação pensada para surpreender quem passa e criar novas conexões com a arte cênica.

    Formação, memória e valorização da cultura local

    O 36° Festival de Teatro de Cascavel também inclui ações voltadas para a formação de artistas. A Oficina Técnica de Som, que será realizada de 26 a 30 de maio, é uma das iniciativas que oferece qualificação profissional para quem deseja ingressar ou conhecer mais sobre o universo das artes cênicas. A oficina ocorre sempre às 18h30, na Sala de Artes do Teatro Sefrin Filho. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo Instagram @daliprojetoscriativos.

    Outro destaque da programação é a mesa-redonda “História do Teatro de Cascavel”, que ocorre no dia 23, às 19h, no Centro Cultural Gilberto Mayer. O encontro será mediado a partir do livro do artista cascavelense Jair Pereira e propõe uma reflexão sobre o legado e os caminhos da arte teatral em Cascavel.

    Ainda no Centro Cultural, o espetáculo musical “Carminha Canta João Lopes e outros Rocks”, no dia 29, às 20h, agrega uma programação musical à diversidade de linguagens do festival.

    Oportunidade para novos talentos

    No dia 31 de maio, às 17h, no Teatro Sefrin Filho, acontece a atividade Palco Aberto, uma iniciativa que convida artistas, estudantes de artes e entusiastas da cultura a se apresentarem voluntariamente e compartilharem suas produções autorais. Podem ser apresentadas peças, monólogos, poesias, dança, música e outras expressões. Para participar, os interessados em se apresentar devem enviar um e-mail para [email protected].

    Programação completa

    23/05

    12h – Os Animais do Zodíaco Chinês – Calçadão

    15h – Em Busca do Tesouro Verde – Teatro Sefrin Filho – Infantil

    18h – Um Grande Show de Bobagens – Calçadão

    19h – Mesa-redonda História do Teatro de Cascavel – C. C. Gilberto Mayer

    24/05

    19h30 – Cerimônia de Abertura – Teatro Sefrin Filho

    20h – Musical Mamma Mia – Teatro Sefrin Filho – Público Adulto

    25/05

    16h – A Princesa Isabela e o Pirata Abobaldo – Lago Municipal

    18h30 – Na Casa da Sogra – Teatro Sefrin Filho – Público Adulto

    26/05

    12h – História de Monstros Nada Monstruosos – Calçadão

    18h30 – Início da Oficina Técnica de Som (até 30/05) – Sala de Artes do Teatro Sefrin Filho

    27/05

    12h – Raposão – Histórias e Lendas – Calçadão

    28/05

    12h – Contação de Histórias da Margarida Friorenta – Calçadão

    15h – Sobre Dragões e Bolhas – Teatro Sefrin Filho – Infantil

    29/05

    15h – Histórias de Todo Mundo – Teatro Sefrin Filho – Infantil

    18h – Portais: Tudo ou Nada? – Calçadão

    20h – Carminha Canta João Lopes e Outros Rocks – C. C. Gilberto Mayer

    30/05

    15h – A Festa da Bruxa – Teatro Sefrin Filho – Infantil

    31/05

    17h – Palco Aberto – Teatro Sefrin Filho

    19h30 – Stand Up Vô Emílio – Teatro Sefrin Filho

    01/06

    18h – Encerramento e Certificação – Teatro Sefrin Filho

    18h30 – A Sapateira Prodigiosa – Teatro Sefrin Filho

    Fonte: Assessoria

  • Inscrições para 49° Festival de Inverno (Festin) estão abertas

    Inscrições para 49° Festival de Inverno (Festin) estão abertas

    O “Festival de Inverno (Festin) – Interpretação e Composição Regional”, realização da Secretaria Municipal da Cultura, já tem data marcada, no dia 22 de julho às 19h será realizada a abertura do festival, que se estende até o dia 26 no Teatro Municipal de Toledo. 

    O evento contará com premiações de até R$ 3 mil para os participantes. Os interessados deverão realizar as inscrições no período de 15 de maio a 13 de junho pelo formulário online ou presencialmente se dirigindo até o Teatro Municipal de Toledo, localizado na Rua Santos Dumont, Vila Industrial, das 8h às 11h30, e das 13h30 às 17h. 

    O Festin é um evento musical que está na sua quadragésima nona edição e visa o desenvolvimento e o aprimoramento da cultura musical, incentivando os talentos locais e regionais nas categorias de interpretação e composição.

    O festival conta com 5 categorias diferentes, sendo elas a infantil (7 a 12 anos), a juvenil (13 a 17 anos), o adulto popular (a partir de 18 anos), adulto sertanejo, e adulto gospel. As performances serão avaliadas por critérios como afinação, ritmo, interpretação e letra (para categoria composição). 

    Para evitar a duplicidade de músicas na categoria interpretação, é necessária a reserva na Secretaria da Cultura ou pelo telefone (45) 3196-2490, a reserva não contará como inscrição, e terá prazo de validade de 10 dias. Para mais informações, é possível encontrar o regulamento no site da prefeitura municipal.

    Fonte: Assessoria

  • Juiz Engelhardt: suavidade em tempos violentos

    Juiz Engelhardt: suavidade em tempos violentos

    O juiz Hélio Enor Engelhardt viveu em Cascavel situações extraordinárias por conta da época. Em plena ditadura civil-militar, a política era asfixiada pela censura à imprensa, com prisões de opositores e o início do desastre econômico que resultaria na Década Perdida.

    Curitibano, bacharel em direito pela Universidade Católica do Paraná, Hélio Engelhardt nasceu em 10 de fevereiro de 1931, filho de Otto Engelhardt e Laura Ellen Fernandes Lima. 

    Juiz substituto em junho de 1964, foi nomeado para as Comarcas de Pato Branco, Francisco Beltrão, Santo Antonio, Palmas, União da Vitória e Chopinzinho. Juiz de direito desde abril de 1966, exerceu a função nas comarcas de Coronel Vivida, Capanema, Cascavel e Curitiba. 

    Sua história em Cascavel começa em fevereiro de 1969, quando a cidade aguardava a inauguração do trecho asfaltado da BR-277 até Foz do Iguaçu, raro momento de alegria em meio a uma situação mundial e nacional deprimente. 

    Crises política, econômica e social

    Em todo o mundo a juventude se erguia contra a repressão, torturas e mortes de opositores, desumanidades da chamada Guerra Fria, situação em que as pessoas eram rotuladas como pró ou contra os EUA ou a antiga União Soviética.

    Quem contrariava o regime fugia ou era preso. Ao chegar a Cascavel, o novo juiz fez um levantamento da realidade social da região de alcance da Comarca. Percebeu que também aqui havia polarização entre apoiadores violentos do governo e opositores que reagiam com atos de sabotagem.

    Havia brigas entre advogados e o juiz Engelhardt precisou lidar com os atritos entre eles e deles com o Judiciário, que funcionava com limitações e falta de recursos. O papel do juiz, diante das confusões reinantes, foi atuar como pacificador, exigindo um trabalho mais profissional e cuidadoso dos chamados “operadores do Direito”. 

    O “juiz-bobina”

    Por seu rigor e detalhismo para tomar as decisões, o juiz colecionou atritos com os advogados que pretendiam resolver de imediato as pendências junto ao Fórum.

    O estilo meticuloso de Engelhardt lhe valeu o apelido de juiz-bobina (“era enrolado”) pelos advogados mais exigentes, como Antônio Arnaldo De Bona e Valdir Webber, que certa vez se irritou com o juiz por interromper a audiência “umas cem vezes”. 

    Em episódio narrado no livro “Cascavel, a Justiça” (https://x.gd/ZEuKg) Webber disse que o juiz parou de ouvir as testemunhas para permitir que um vendedor de rosas, citros e outras plantas entrasse na sala. 

    Segundo o advogado, que desistiu da profissão e foi secretário municipal da Cultura, o juiz chegou a perguntar ao vendedor qual limão era o mais adequado para fazer “caipirinhas”.

    Engelhardt conseguiu o feito de unir os advogados após tenso episódio em que deu voz de prisão ao agressivo Arnaldo De Bona. A solidariedade ao detido, que por ser amigo do delegado Gidaltti do Nascimento nunca foi encarcerado, uniu as alas divergentes dos advogados e fortaleceu a OAB.

    Aguda visão social

    Na sociedade, a mecanização da agricultura trouxe o fenômeno negativo do êxodo rural. Em tempo de ditadura, com o governo descuidando do planejamento social, um dos piores impactos na época era a dissolução das famílias rurais.

    Homens que seguiam às frentes madeireira e agrícola de Mato Grosso, Amazônia e Bahia abandonavam esposas e filhos. A criminalidade juvenil disparou e para organizar uma ação conjunta da comunidade o juiz promoveu já em 1969 consultas entre as lideranças locais e esboçou uma estrutura de atenção à infância desassistida.

    Com o apoio das senhoras da Legião de Maria da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, a primeira providência foi alugar uma casa na Rua Fortaleza para atender 17 adolescentes entre 15 e 17 anos. Não foi suficiente e logo outra casa foi aberta na Rua Sete de Setembro, atendendo 12 crianças e adolescentes com idades abaixo de 12 anos.

    Era a base para a criação, em 30 de novembro de 1971, da Fundação da Indústria Turística Para Reclusos e Menores de Cascavel (Fiturmel), origem do Recanto da Criança e da Casa Lar.

    Base das políticas pró-infância

    A instituição deveria concentrar esforços para minimizar o abandono infantil, que rapidamente resvalava para a criminalidade juvenil. Era dever da sociedade consciente tirar das ruas as crianças abandonadas por retirantes e condenados à prisão, que ao crescer se tornavam adolescentes recrutados por quadrilhas para roubar e se prostituir.

    A entidade projetava o preparo de mão de obra para atender às necessidades urbanas, dentre as quais o turismo, a ser escorado pelo desenvolvimento do automobilismo e do papel de centro-polo regional que Cascavel passava a exercer, como sede da Associações dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) e cidade universitária.

    A Fiturmel fez sua sede em terreno doado pela Prefeitura na Rua Santa Catarina, esquina com a Rua Marechal Deodoro. A instituição socorria crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, filhos de pais em situação prisional ou separados. 

    As mães podiam residir no local e auxiliar na rotina de cuidado diário. “Em 1976 a casa atendia um total de 210 crianças, distribuídas em uma estrutura composta por uma creche e 4 alojamentos” (https://x.gd/BzTto).

    Em 1977 as atividades se expandiram para a criação de uma escola de ensino fundamental e no ano seguinte passou à administração da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel (Fecivel), futura Unioeste.

    A maior “enrolação”

    O apelido de “juiz-bobina” colou em Hélio Engelhardt após um incêndio, ocorrido na Colchoaria Espanha (Rua Carlos de Carvalho), pertencente ao espanhol José Rodrigues Martínez, em 2 de outubro de 1971. 

    O episódio foi contado em tese acadêmica pelo historiador Vladimir José de Medeiros (https://x.gd/HDN9J). Havia certeza de que o incêndio foi causado por uma mulher de rua conhecida por Maria Ribeira, de 35 anos, supostamente doente mental.

    Todos a conheciam: era alcoólatra e se envolvia em brigas com homens que a assediavam nas noites. Foi acusada de invadir o depósito da fábrica de colchões para passar a noite e ali seu cigarro aceso teria causado o incêndio.

    A dúvida estava em se ela realmente pôs fogo no estabelecimento, e se pôs em qual circunstância: por acidente ou de propósito? Uma versão dizia que ela pediu um colchão e ao lhe ser dito que precisava pagar, prometeu botar fogo no local. 

    Outra versão era que foi coagida por policiais a assumir o crime para pôr fim às investigações e tirá-la de circulação. Analfabeta, sem documentos, sua presença nas ruas era um estorvo. 

    Em seu depoimento, Eugenio Amiero Fernandes, sócio de Martínez, disse ter ouvido falar que a autora era Maria, mas o caso se complicou ao se saber que o seguro da colchoaria estava apenas em nome de Eugenio, omitindo o sócio Martínez. Depois disso, Amiero se mudou para o Mato Grosso. 

    O caso se arrastou até 1975 porque o juiz Hélio Engelhardt queria ter certeza sobre os fatos. Não lhe bastava a suposição de que Maria era alcoólatra e seu cigarro teria incendiado o prédio.

    Pergunta sem resposta

    O juiz mandou intimar a acusada, mas o oficial de Justiça nunca a localizou. Em 1973 ela foi finalmente considerada revel por não se apresentar em juízo. O advogado Wilson Lopes, designado como seu defensor dativo, apontou que se ela fosse a autora do incêndio o crime já estava prescrito em 1975, quando haveria o julgamento final. 

    O juiz, sem convicção quanto ao crime ser efetivamente cometido pela acusada desparecida, deixou o caso prescrever? Seria ela uma das mulheres abandonadas por maridos retirantes? 

    Um ano depois do encerramento desse caso, Engelhardt recebeu da Câmara Municipal o título de Cidadão Honorário de Cascavel por seu bom senso em questões jurídicas e sensibilidade na resolução de problemas sociais.

    Deixando Cascavel em 26 de setembro de 1978 e seguindo para Curitiba, em 1990 foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada e em 1999 promovido a desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. 

    Casado com Therezinha de Jesus Gomes, o juiz Hélio Enor Engelhardt teve com ela três filhos. Aposentado em maio de 2000, morreu em maio de 2024, com 93 anos.

    Quanto à instituição que ele criou, em maio de 1979 o Centro Social Beneficente da Paróquia São Cristóvão assumiu o domínio social da Fiturmel e muitas mudanças nas políticas para a infância e juventude ocorreram nos anos seguintes. 

    100 anos da revolução: Impressões de Prestes 

    Luiz Carlos Prestes seguiu para Foz do Iguaçu enquanto Miguel Costa foi ao Depósito Central, nas cercanias da futura cidade de Cascavel, que só começaria a se formar em 1930, onde organizou uma posição defensiva.

    “Era guarnecida por um batalhão de infantaria, um pelotão de cavalaria e uma seção de artilharia. Essa posição devia cobrir o escoamento da coluna gaúcha pela estrada de Santa Helena.  

    “Após a junção dos remanescentes paulistas com a coluna gaúcha, os governistas abordaram Santa Tereza, havendo daí se retirado os rebeldes nas direções de Santa Helena e Foz do Iguaçu” (Ney Salles).

    Em Foz do Iguaçu, os revolucionários paulistas deixaram o legado de ter assumido os papéis que caberiam à Prefeitura. Prestes tratou de fazer contatos com a população civil para sentir o pulso da população.

    “Eram gente muito boa. Para dar um exemplo só, um oficial da Coluna foi à Argentina e, quando nos viu acampados e cozinhando ao relento, pediu que voltássemos ao Brasil, que eles nos dariam proteção. A luta deles era pela liberdade e por melhores condições de vida para o povo” (Marieta Shinke, esposa do fotógrafo Harry Shinke, jornal Nosso Tempo, 14/1/1981.)

    Fotógrafo Harry Shinke, com o vereador Jorge Werner: chamado de volta a Foz do Iguaçu por Prestes

     

     

     

     

     

     

     

     

    Fonte: Alceu Sperança

  • Artista plástica de São Miguel do Iguaçu ganha medalha de ouro em exposição no Japão

    Artista plástica de São Miguel do Iguaçu ganha medalha de ouro em exposição no Japão

    Do Oeste para o mundo. Nascida em Missal, mas moradora de São Miguel do Iguaçu, a artista plástica Eliane de Pieri conquistou nesta semana mais um prêmio internacional: a medalha de ouro na exposição Arte Brasil que acontece na cidade de Hamamatsu, no Japão.

    De acordo com a artista, o evento celebra os 130 anos da amizade diplomática entre Brasil e Japão, reunindo mais de 140 obras. “Fiz uma curadoria na Noruéga há algum tempo e, após isso, sou convidada à participar de exposições internacionais”, disse Elaine.

    A exposição reúne obras de diversos estilos e técnicas, com o objetivo de valorizar a diversidade da arte brasileira contemporânea. É uma mostra coletiva que destaca a originalidade e a expressão individual de cada artista articipante.

    “Durante o evento, são oferecidas medalhas de bronze, prata e ouro aos artistas que se destacam, de acordo com a avaliação da curadoria. Tive a alegria de receber a medalha de ouro, o que foi uma grande honra para mim”.

    Fonte: Fonte não encontrada