O Museu de Arte de Cascavel -MAC abre as portas para a 8ª edição da Exposição Panorama das Artes Visuais de Cascavel, neste sábado (3), às 15h. O evento, que já se consolidou no calendário cultural da cidade, promete ser um verdadeiro espetáculo para os amantes das artes visuais. Localizado na Rua Mato Grosso, 2909, no Centro de Cascavel, o MAC espera atrair um grande público para prestigiar as obras de mais de 80 artistas locais.
A exposição deste ano abrange uma ampla variedade de categorias, incluindo pinturas, desenhos, gravuras digitais, fotografias, colagens, técnicas mistas, esculturas, objetos tridimensionais, performance e vídeo arte. Essa diversidade reflete a riqueza e a versatilidade da produção artística de Cascavel, oferecendo ao público uma oportunidade única de apreciar diferentes formas de expressão visual.
Com a curadoria de Antonio Carlos Machado, que também é artista visual e coordenador do MAC, conhecido no meio artístico como ACMachado, a 8ª Panorama das Artes de Cascavel não só promove e incentiva a produção artística local, mas também desempenha um papel crucial na democratização do acesso à arte na cidade. _”A 8ª Panorama das Artes de Cascavel é uma plataforma vital para a visibilidade e valorização dos artistas locais, além de contribuir para a democratização do acesso à arte na cidade. Participar deste evento é uma excelente oportunidade para mostrar seu trabalho, trocar experiências e enriquecer a cultura de Cascavel”, destacou ACMachado.
A presença dos mais de 80 artistas no evento de abertura é um dos grandes destaques desta edição. Além de exibirem suas obras, os artistas estarão presentes para interagir com o público, compartilhar suas experiências e perspectivas, e assim, criar um ambiente de troca e aprendizado mútuo. Esse contato direto entre criadores e espectadores enriquece ainda mais a experiência artística, tornando o evento um espaço de diálogo e reflexão sobre a arte contemporânea.
Entre os artistas participantes, destacam-se nomes já consagrados no meio e emergentes, proporcionando uma rica mistura de estilos e abordagens. A integração de obras de veteranos com as de novos talentos não só promove a troca de conhecimentos e experiências, mas também reflete a evolução contínua da cena artística local.
A 8ª Exposição Panorama das Artes Visuais de Cascavel ficará em exibição de 03 de agosto a 30 de setembro, oferecendo ao público quase dois meses para explorar e apreciar a rica diversidade das obras apresentadas.
Após a solenidade de inauguração, o público será convidado a percorrer os espaços expositivos e apreciar as obras em exibição. Não perca a oportunidade de prestigiar este evento que celebra a riqueza e a diversidade da produção artística de Cascavel. Venha descobrir novas perspectivas, conhecer os artistas da nossa cidade e mergulhar no universo das artes visuais.
No domingo do Dia dos Pais, 11 de agosto, Cascavel será palco de um evento que promete encantar e também contribuir para uma causa nobre. A Camerata Antiqua de Curitiba, que celebra 50 anos este ano, em parceria com a Secretaria de Cultura de Cascavel, realizará um concerto gratuito no Teatro Municipal Sefrin Filho, às 19h.
A apresentação é uma excelente oportunidade para todos da cidade celebrarem a data especial apreciando a música clássica de alta qualidade sem custo algum. No entanto, os organizadores solicitam que o público contribua com a doação de 1 quilo de ração para cães, que será destinada à Associação Cidadão de Proteção aos Animais (Acipa).
A Camerata Antiqua de Curitiba, conhecida por sua excelência e tradição no cenário musical brasileiro, trará a Cascavel um repertório diversificado, mesclando obras clássicas com peças contemporâneas. Este concerto, além de proporcionar uma experiência cultural enriquecedora, tem um caráter solidário que agrega ainda mais valor ao evento.
A colaboração entre a Camerata Antiqua de Curitiba e a Secretaria de Cultura de Cascavel visa não apenas democratizar o acesso à cultura, mas também apoiar a proteção e cuidado dos animais. A Acipa, entidade beneficiada com as doações, atualmente abriga cerca de uma centena de cães, e a arrecadação de ração será fundamental para o bem-estar desses animais.
O concerto no Dia dos Pais é uma excelente oportunidade para celebrar a data de maneira única e significativa. Os pais, acompanhados de suas famílias, poderão desfrutar de uma noite memorável, envolta em boa música e solidariedade. É uma ocasião perfeita para criar lembranças especiais e, ao mesmo tempo, contribuir com uma causa importante.
Para assistir ao concerto, basta retirar os ingressos que já estão disponíveis no site www.sympla.com.br ou pelo link da secretaria, o www.linktr.ee/culturacascavel.
A mais tradicional e antiga empresa de comunicação do Paraná, fundada há 45 anos, inicia uma nova era. A nova proposta do Grupo Tarobá de Comunicação, além de reforçar o peso histórico da marca, também facilita a aproximação com o público jovem e o posicionamento ainda mais competitivo no cenário atual.
Um evento realizado nesta quarta-feira (31) de forma simultânea em Cascavel e Londrina, marcou o lançamento das novidades do Grupo.
Em Cascavel, mais de 400 pessoas, entre autoridades estaduais e municipais, influenciadores digitais, empresários de toda a região, representantes do Grupo Bandeirantes de Comunicação, bem como profissionais que ajudaram a construir a trajetória do Grupo, prestigiaram o dia “Dia T” realizado no Espaço Vivacce. A virada da nova marca e o anúncio das novidades aconteceu em transmissão ao vivo durante o evento e simultaneamente em todos os seus meios de comunicação.
Durante a cerimônia, o empresário e piloto, Pedro Muffato, antigo sócio e tio do CEO do Grupo, relembrou a trajetória e o papel que o veículo teve no desenvolvimento da região e do Estado e se disse feliz em ver o legado sendo honrado. “O objetivo da Tarobá sempre foi dar as notícias boas, verdadeiras e com credibilidade. Isso sempre foi feito e agora eu fico muito contente que vai continuar com essa nova geração no comando”, disse emocionado.
O vice-governador do Paraná, Darci Piana, destacou a lembrança da primeira transmissão realizada pela emissora em 1979 e reforçou o impacto do Grupo na geração de empregos e a representatividade social e econômica no Estado. “Parabéns a família Muffato e à Tarobá, que venham mais 100, 200 anos de crescimento e que deixe cada vez mais o povo do Paraná com um orgulho muito grande, que o sucesso seja perene”, afirmou.
O apresentador do Grupo Bandeirantes de Comunicação e diretor de programação da Band Paraná, Douglas Santucci, prestigiou o evento e reforçou a admiração pela empresa. “A Tarobá é a afiliada mais antiga do Grupo Bandeirantes de Comunicação, ver que ela não parou no tempo, que se reformula a cada dia e entrega um material de tanta qualidade como essa renovação de marca, é algo muito relevante. Eu fico muito feliz e lisonjeado de participar deste momento”, afirmou.
Somando tradição e modernidade
A história do Grupo Tarobá, repleta de registros e conquistas memoráveis enquanto representante da população, ganha um novo capítulo e uma nova marca, se preparando para alcançar novos horizontes e ocupar ainda mais espaços, mantendo sua posição na vanguarda da reinvenção dos veículos de comunicação do interior.
A Tarobá foi a primeira emissora do Paraná com transmissão digital e também largou na frente com o lançamento de programação local no estado. Atualmente, a afiliada da Rede Bandeirantes chega a 199 municípios paranaenses, impactando mais de 6 milhões de telespectadores.
Para a nova era foram definidos quatro pilares que guiarão a linha editorial: jornalismo, entretenimento, esporte e gastronomia. O diretor-geral do Grupo, Maikon Bruno, explica que o novo conceito soma a tradição à modernidade e o slogan ressalta a força da marca e a diretriz que vai guiar o futuro nos próximos anos. “Junto com a nova marca, um novo portal, novas programações, programas no rádio, na TV e na internet. Interação entre as plataformas, estúdios repaginados, área de cobertura expandida, prédios revitalizados, afinal uma boa mudança vem com muitas outras boas mudanças”, afirma.
O que permanece é o propósito que o Grupo sempre teve em representar e evidenciar o que o Paraná e seu povo tem de melhor. “Somos a plataforma de conteúdo e mídia que aproxima o mundo dos paranaenses, dá voz e celebra suas conquistas através de formatos originais feitos para quem é da nossa terra e integrados em diversos canais. Fortalecemos nossa cultura dando valor a cada uma das histórias contadas. Seja no jornalismo, no esporte, na culinária e no entretenimento, estamos no seu cotidiano trazendo informação de confiança, com agilidade, escuta e interação com a comunidade. Conhecemos nosso público como ninguém e assim construímos valor para anunciantes que combinam com nosso jeito de comunicar e retratar a vida paranaense. Tudo o que fazemos é para promover e incentivar o povo guerreiro do Paraná, afinal temos tudo aqui, é só confiar”, completou.
Fé na comunicação local
O CEO da emissora, Eduardo Muffato, anuncia o rebranding da marca e chancela a fé na comunicação local. “Acreditamos muito na força e importância que a TV aberta, rádio e portais de notícias têm na sociedade. E após 45 anos vimos a necessidade de uma renovação de marca, que traz também mudanças significativas na programação, com novas atrações, reformulação de programas já existentes e também dos apresentadores que entram todos os dias na casa do nosso telespectador. Voltamos nosso olhar ainda mais para a produção de conteúdo multiplataforma, programas exclusivos para os meios digitais como podcasts. É uma reestruturação voltada para a atualidade da comunicação, incluindo novos equipamentos e estúdios, bem como ampliação da presença e cobertura multiplataforma na região.”, garante.
Uma marca ainda mais forte
O rebranding é assinado pela Agência Ana Couto, referência nacional na construção de valor para as organizações, que tem no portfólio marcas como Itaú, Brastemp, Havaianas e Natura. “A nova abordagem reflete a força histórica da Tarobá e sua capacidade de se adaptar às novas demandas do público, especialmente os mais jovens. Estamos confiantes de que essa transformação fortalecerá ainda mais a conexão da marca com seu público e ampliará sua relevância no cenário midiático”, comenta Ana Couto, CEO da agência.
Para a criação da marca, a inspiração foi a origem do nome Tarobá. O conto das Cataratas do Iguaçu, onde Tarobá era um índio guerreiro que se apaixonou por uma índia, mas que não podiam ficar juntos pois ela estava prometida para um Deus em forma de serpente. Eles acabam ficando juntos e uma maldição atinge os dois. A serpente cai entre eles e daí se forma o Rio Iguaçu. A índia se transforma nas Cataratas, nas elevações montanhosas, e o índio se transforma numa palmeira. Daí a estrutura do T como o tronco e as copas das árvores, também associando as ombreiras de um guerreiro. A ideia da tipografia foi manter um peso e potência visual, mas que tivesse alguns traços da geometria indígena.
Em meio a santos, referência indígenas, fatos e personagens históricos, o interior do Brasil é repleto de cidades com nomes curiosos. De forma especial, o Paraná – Borrazópolis, Contenda, Piên – tem cidades com nomes que não se explicam por si mesmos. No Oeste do Estado se destacam Pato Bragado e Palotina, cidades iniciadas há 70 anos.
Borrazópolis homenageia Francisco Borraz, um banqueiro gaúcho que investiu na colonização da área. Contenda é nome derivado do rio ali existente, cuja origem parece estar na reação dos comerciantes de gado à existência de um posto de cobrança de impostos no local desde o século XVIII. Piên tem origem controversa: para alguns, vem do piado de um gavião; para outros, é “coração” em uma língua indígena.
Por sua vez, a oestina Pato Bragado começa a se formar com a aquisição da Fazenda Britânia pela colonizadora Maripá, em 1946. O plano da Maripá consistia em criar vilas com intervalos entre 10 e 20 quilômetros distantes uma das outras para servir de centro de fornecimento de mercadorias. Pato Bragado foi uma delas.
O plano da Maripá
Localizadas junto a estradas tronco ou secundárias, as vilas deveriam ter comunicação fácil com a sede, Toledo.
“A vila consistiria de diversas quadras de cem por cem metros, contendo 8 a 10 lotes urbanos. As ruas seriam retas, preferencialmente com traçado norte-sul e leste-oeste, e, a exemplo de Toledo, seriam largas. No centro da vila seria reservada uma quadra para futura praça” (Ondy Niederauer, Toledo no Paraná).
Vindo de Ijuí (RS) depois de aprender bem o idioma português servindo ao Exército no período da II Guerra, estabeleceu-se em uma delas Hugo Antônio Frank, em 24 de junho de 1952, com a esposa Nair. Iracema Luiza, filha do casal, foi a primeira criança a nascer no local, ainda sem nome.
“Tinha um boteco ali, onde parávamos para beber e comer alguma coisa. Willy disse que o local precisava uma maior consideração pelo movimento que tinha e pela importância para a Maripá. E assim foi feito” (Honório Fornazzari (https://x.gd/SYeQjp).
Hugo Frank havido sido contratado como intérprete de um dos proprietários da Olaria Maripá, Arthur João Thober, que não falava português, e já em 1953 estava lecionando para os filhos dos primeiros moradores da região.
“Além de intérprete, em função da necessidade de educar os filhos dos pioneiros que residiam no local, também foi contratado para ser professor, na vila de Pato Bragado. A empresa construiu a escola e fazia o pagamento do professor” (Inge Romer, Emancipação de Pato Bragado).
O barco surpreendente
Pato Bragado foi o nome que Willy Barth escolheu para o lugar por ser o nome de uma embarcação argentina que parecia impossível ancorar no Porto Britânia, pois o atracadouro só recebia barcos de pequeno calado.
“Certa ocasião, surgiu um navio com capacidade de carga de até 600 mil pés², que foi carregado com apenas 400 mil pés² e, mesmo assim, foi o navio que maior carga levou deste porto. O navio, ‘Pato Bragado’, tinha por comandante um argentino cuja jovialidade e simpatia contagiante tornou-o amigo de Willy Barth” (Antônio M. Myskiw, Lúcia T. M. Gregory e Valdir Gregory, Porto Britânia a Pato Bragado: memórias e histórias).
A vila que surgiu começou com um professor também parecia algo inusitado. Uma espécie de “Pato Bragado”, o barco de tamanho e carga tidos como impossíveis de chegar ao Porto Britânia.
A ave que deu nome ao barco, um pato da família dos anatídeos, é bragado (do latim bracatu) por ter as pernas de cor diferente do restante do corpo. O barco também tinha cor diferente no convés em relação ao casco.
Além de Thober e Hugo Frank, entre os pioneiros de Pato Bragado figuram Reinold Bais, Luiz Underberg e Conrad Klinger. Em 29 de dezembro de 1962 a localidade e seu entorno se tornaram distrito de Marechal Cândido Rondon.
O Município de Pato Bragado foi instituído em 18 de junho de 1990, com a lei estadual 9.299, e instalado em 1º de janeiro de 1993, com a posse do prefeito Luiz Grando, vice-prefeito Walter Kleemann e os vereadores Antônio Franceschetto, Cláudio Pedro Schaeffer, Arnaldo Pauli, Elio Laurindo Seibert, Celso Stülp, Gilberto Maehler, Holdi Romer, João Valério Specht, Leomar Rohden, Nivaldo Gomes de Souza e Sérgio Kinzkowski.
Renovando a Igreja Católica
No final do inverno de 1953, quando as colonizadoras Pinho e Terra e Maripá trouxeram para a região da futura Palotina os primeiros moradores, vindos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Vicente Palotti ainda não era santo, mas os padres palotinos desde 1950 se dedicavam a estender o apostolado católico, sua aspiração maior.
Vincenzo (Vicente) Pallotti nasceu em Roma, capital italiana, em 21 de abril de 1795. Os tempos em que viveu foram marcados pelas consequências ideológicas da Revolução Francesa, das quais brotaram tanto as ideias liberais quanto as reações operárias que deram origem ao Manifesto Comunista, de Marx e Engels.
Em meio ao embate das novas ideias com as tradições conservadoras, Palotti decidiu iniciar um trabalho paciente de renovação do catolicismo, cuja expressão seria a expansão do apostolado.
Quando morreu, em 22 de janeiro de 1850, Palotti estava longe de imaginar que sua iniciativa não só seria expandida por seus ajudantes como chegaria ao Novo Mundo, tão valorizada que um século depois de sua morte seria beatificado.
Um de seus seguidores fez história no Oeste paranaense: Hermoigênio Borin (https://x.gd/GVcGY).
Palotina imortalizou o santo
Quando os primeiros moradores de Palotina chegaram. Trazidos por Borin – Domingos Francisco Zardo, João Bortolozzo, Luís de Carli, Bernardino Barbieri, João Egidio Clivatti, Eugenio Leczinski, Eurico Nenevê, Amado Vilaverde e Francisco Studzinski – confiavam em um bom futuro porque a colonização era avalizada por um religioso respeitado.
“Nove homens e um destino: derrubar a mata, plantar café, abrir ruas, construir casas, fazer uma cidade. Como esperança e fé andam sempre juntas, no dia 6 de janeiro de 54 foi rezada a primeira missa em um altar montado no que hoje é a Granja Possan, por padres Palotinos. Daí o nome da cidade” (Folha da Terra, https://x.gd/I7cZS).
Vicente Palotti, embora beatificado em 1950, ainda não era um santo referendado pela Igreja Católica nessa época nem quando Palotina se tornou distrito do Município de Guaíra com a lei 3.212, de 1957, mas com a beatificação se deu ampla divulgação às suas ideias de extensão do apostolado.
A comunidade de Palotina sofreu muito com a grilagem acobertada por autoridades estaduais e chegou a sofrer cerco policial (https://x.gd/lpGOM). A solução para os problemas de regularização fundiária veio por ação do STF em 21 de novembro 1958.
O Município foi criado em 25 de julho de 1960, com a lei estadual 4.245, desmembrando-se de Guaíra e Toledo. O primeiro prefeito de Palotina, Waldemar Gregório Empinotti, foi nomeado em agosto daquele ano, permanecendo provisoriamente no cargo até o dia 3 de dezembro de 196l, quando assumiu o primeiro prefeito eleito, Marcelino Afonso Neis.
Os primeiros vereadores foram Albino Schwengber, Antonio Bordin, Bonifácio Laurindo Canceli, Bruno Rohslig, João Bortolozzo e João Pelanda.
De bancário a prefeito
Filho de imigrantes italianos, Waldemar Empinotti nasceu em 28 de novembro de 1906 em Antônio Prado (RS). Em 1931 casou-se com Diva Amábile Giordani, com quem teve os filhos Wladimir Dirceu, Tania Marlova (falecida), Airton Luiz, Cláudio Mauro, Júlio Cesar e Tania Marlova.
Em 1952, junto a outros pioneiros, veio para a região Oeste do Paraná, fixando-se na área da futura cidade de Palotina, que ajudou a formar e a legalizar as terras do entorno.
“No Rio Grande do Sul, Waldemar trabalhou como bancário durante alguns anos, assumindo os cargos de gerência e superintendente regional, assumiu a contabilidade de empresas, tabelionato e prestou apoio na criação de cooperativa. Em Palotina, trabalhou como açougueiro, hoteleiro, respondeu pelo abastecimento das famílias e trabalhadores que desbravavam o local, tendo desenvolvido diversas atividades junto a comunidade” (Marcelo Nava, Assessoria da Câmara Municipal).
A instalação oficial de Palotina se deu em 3 de dezembro de 1961. Nem nessa época, entretanto, Palotti já era santo. Sua canonização só ocorreu em 1963, no Concílio Vaticano II, passando a ser chamado “São Vicente Pallotti”.
O impacto da ação dos padres palotinos no Oeste paranaense foi tão marcante que o único santuário no mundo dedicado ao santo está localizado justamente no Paraná, em Ribeirão Claro.
100 anos da revolução Só uma questão de horas
Apesar de não produzir baixas significativas entre as forças revolucionárias, o bombardeio iniciado em 12 de julho espalhava o pânico e a morte entre a população civil.
Em dezesseis dias, das mais de 1.800 edificações arrasadas, uma centena eram fábricas e estabelecimentos comerciais.
Enquanto o governo passava ao país a farsa de que havia derrotado a revolução, naquele mesmo 12 de julho se dava o primeiro movimento em apoio à revolta, em Bela Vista (MT).
Jovens oficiais tentam sublevar o 10º Regimento de Cavalaria, mas não conseguem. Se tivessem êxito dariam fôlego à intenção de formar o Estado Livre do Sul a partir do Mato Grosso.
Apesar da derrota, a ideia não morreu e teria futuros lances nas movimentações militares e na política.
A imprensa desinformava por pressão da polícia, dando a rebelião como vencida. O presidente fingia – ou foi assim informado pelos subordinados – que os revolucionários não teriam como resistir por mais de 48 horas depois dos bombardeios.
Assessores enganando governantes com informes manipulados é prática habitual na gestão pública.
Artilharia do tenente Cabanas na Revolução de 1924
Está chegando. No dia 24 de julho, Cascavel se prepara para receber um evento musical que promete ser inesquecível: o espetáculo I Tre Amici, protagonizado pelos renomados tenores Jocimar Silva, Matheus Bressan e Thiago Stopa. Com carreiras internacionais na Europa e Estados Unidos, o trio trará uma noite de emoção e virtuosismo musical no Anfiteatro da Universidade Paranaense (Unipar) em um evento a partir das 20h.
O superespetáculo contará com o acompanhamento de uma banda, oferecendo um repertório diversificado que vai desde canções italianas e árias de ópera até músicas populares brasileiras e napolitanas. “Pensamos com carinho para todos se apaixonarem”, destaca o chanceler Jocimar Silva.
Matheus Bressan enfatiza a oportunidade única de assistir a um espetáculo dessa magnitude no Oeste do Paraná. “Queremos proporcionar ao público uma experiência que rivaliza com grandes centros internacionais, mas com a acessibilidade de ingressos a preços populares, em torno de R$ 40”.
A cobrança dos ingressos será apenas para cobertura dos custos operacionais e possibilitar ao trio o início de uma turnê regional que objetiva levar espetáculos também de música clássica e erudita com acesso livre e gratuito em locais públicos por algumas regiões do Paraná.
“Queremos proporcionar uma possibilidade única em uma turnê que quer levar às pessoas que ainda não conhecem, a chance de saberem mais sobre a música clássica, erudita e para quem conhece, a possibilidade de ver um show digno dos grandes centros mundiais”, completou Jocimar Silva.
Os ingressos seguem à venda nesta reta final que antecede ao show na Kahal Escola de Música, na Rua Canela, 37, bairro Tropical, e pelo telefone (45) 9 9980-2066. A procura tem sido intensa e as entradas são limitadas. “Estamos ansiosos para compartilhar nossa paixão pela música com o público de Cascavel e região. Será uma noite inesquecível, repleta de emoção e talento”, comenta Matheus Bressan.
“I Tre Amici [Os três Amigos] é mais do que um concerto, é um encontro com a excelência da música clássica interpretada por talentos paranaenses que conquistaram o mundo”, afirma Thiago Stopa.
Para mais informações e reservas, entre em contato pelo telefone disponível. A noite de 24 de julho promete ser histórica para os amantes da música em Cascavel.
Quem são os três tenores
Jocimar Silva é uma personalidade cujas conquistas transcendem a música, sendo Doutor Honoris Causa, Chanceler Internacional, Embaixador Imortal da Paz e Comendador, começou sua jornada na música clássica há décadas como solista em ópera e oratório, Jocimar é uma figura ilustre, cuja influência se estende à regência de vários coros, incluindo o Coral da OAB Cascavel e o Grupo Vocal Mariage. No oeste do Paraná, ele é uma força imbatível, tendo fundado o Coral da Itaipu Binacional e formado talentos que hoje brilham internacionalmente. Sua dedicação à música e à formação de novos talentos é inegável, e seu impacto na cena musical local é profundo e duradouro.
Matheus Bressan é graduado em Canto pela Faculdade Ave Maria, começou sua trajetória musical em Cascavel sob a orientação de Jocimar Silva. Sua voz ecoou por oito países na Europa, além do Brasil e dos Estados Unidos. Ele se aperfeiçoou com mestres renomados, como Bento Hess nos EUA e Fulvio Massa na Itália. Seu nome é sinônimo de excelência, especialmente conhecido por sua participação na “Noite de Gala” em Cascavel. Agora, como membro de I Tre Amici, sua voz continua a encantar audiências ao redor do mundo, trazendo consigo uma qualidade que só os grandes cantores possuem.
Thiago Stopa é o barítono que muitas vezes é carinhosamente confundido como tenor. Iniciou seus estudos musicais aos 13 anos com Jocimar Silva. Graduado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Thiago teve mentores como Carla Domingues e Denise Sartori. Sua jornada o levou ao Madrigal Vocale de Curitiba e ao núcleo de ópera da EMBAP, destacando-se como solista em produções como “The Mikado” e “Chip and his Dog”. Em Bolonha, Itália, ele estudou por cinco anos com o maestro Fulvio Massa, sendo aluno da Escola de Ópera do Teatro Comunal de Bolonha. Aos 30 anos, sua carreira já influencia uma nova geração de cantores. Como membro de I Tre Amici, ele busca inovar no canto lírico e explorar novas possibilidades artísticas.
A Secretaria de Cultura de Cascavel anuncia a prorrogação das inscrições para o 34º Festival de Dança de Cascavel até o dia 4 de agosto, inicialmente o prazo terminaria na quinta-feira, 25 de julho.
A decisão veio em resposta ao recesso escolar, que também afetou as academias de dança, e a pedidos de diversas escolas de dança que solicitaram mais tempo devido ao término recente do Festival de Dança de Joinville.“Nós estamos prorrogando as inscrições do 34º Festival de Dança de Cascavel devido ao recesso escolar, quando as escolas de dança também estão em férias e também atendendo a solicitação de várias escolas que o prazo de inscrição fosse prorrogado, tendo em vista que o Festival de Dança de Joinville encerrou neste fim de semana”, afirmou a diretora de Cultura Miriane Scussiatto.
O festival, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro de 2024, é uma oportunidade única para bailarinos de diferentes estilos mostrarem seu talento. O evento contará com a Mostra Avaliativa, a Mostra Competitiva, a 4ª Mostra Gospel de Dança, o 2º K-POP Dance Cascavel, além de oficinas de dança, fomentando a troca de experiências e o aprendizado entre participantes.
Os bailarinos interessados devem estar credenciados por uma academia, escola, grupo ou companhia de dança. As inscrições são realizadas exclusivamente online através do site linktr.ee/culturacascavel, onde também está disponível o regulamento completo com todas as diretrizes do festival.
O festival apresenta duas modalidades principais, sendo a Mostra Avaliativa e a Competitiva. Na Mostra Avaliativa as coreografias selecionadas recebem críticas construtivas dos jurados, sem concorrer a prêmios. Podem participar coreografias das categorias Infantil, Júnior e Sênior. Já na Mostra Competitiva, além das avaliações, as coreografias concorrem a prêmios.
Podem participar coreografias das categorias Júnior e Sênior. Os três primeiros colocados recebem troféus, e o primeiro lugar de cada categoria ganha um prêmio em dinheiro de R$ 800,00.
Ambas as modalidades passarão pelos mesmos critérios rigorosos de seleção da comissão julgadora, garantindo a qualidade e a imparcialidade nas avaliações.
A 34ª edição do Festival de Dança de Cascavel vem com o principal objetivo de apresentar à comunidade de Cascavel e região os trabalhos desenvolvidos pelos bailarinos e suas respectivas escolas, grupos e companhias de dança. O evento busca criar um ambiente crítico-analítico que favoreça o desenvolvimento da linguagem artística da dança, promovendo trocas enriquecedoras de experiências e aprendizados.
Com o compromisso de promover e fortalecer a cultura e toda a sua transversalidade, o Festival Internacional de Músicas Araucárias do Paraná (Festimap) chegou ao fim na noite deste sábado (20), com a apresentação da Orquestra Sinfônica e do Coro Sinfônico. Em sua primeira edição, o Festival incentivou a formação de plateia para este estilo musical e a formação de jovens músicos promissores, que conseguiram neste evento uma visibilidade que faz a diferença.
O município de Toledo pôde ser considerado a capital paranaense de música clássica com o Festival Internacional de Música Araucárias do Paraná durante uma semana. O evento expandiu a cultura musical para fora dos grandes centros e incentivou a troca de experiências.Musicistas brasileiros de diversos estados, como São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Amazonas, Paraná e Brasília e também de outros países, como México, Estados Unidos, Peru e Argentina engradeceram o Festival.
O maestro Jean Reis parabenizou a todas as pessoas que estiveram envolvidas para a realização do Festival. “O Festimap movimenta a cultura, a educação, o lazer e, sobretudo, a economia da cidade. Agradecemos toda essa mobilidade colocada à disposição do Festival. Tudo aconteceu de maneira organizada e com eficiência”.
Para a diretora administrativa Raquel Mantovani, o Festival trouxe toda a expertise de um dos mais relevantes encontros de música clássica do Brasil, o Festival Música nas Montanhas, de Poços de Caldas, Minas Gerais. “A programação finaliza e a emoção toma conta de todos. Agradeço a todas as pessoas que estiveram envolvidas na realização e que nos deram apoio”.
Políticas públicas
A diretora do Departamento de Cultura de Toledo Cristiane Cândido afirmou que a Secretaria da Cultura se sente agraciada e feliz com a chegada deste projeto, o Festimap, no município. “Foram sete dias de muita cultura. Toledo pode absorver todo esse cenário cultural da música clássica. É um segmento cultural que já está sendo valorizado há muito tempo pela Casa da Cultura, pois oferecemos vários cursos, principalmente na área de instrumentos, os quais compõem a parte de uma Orquestra”.
Cristiane complementou que o cenário oferece uma boa prospecção para a Secretaria da Cultura, porque existem projetos futuros para a formação de uma Orquestra Sinfônica. “Um fomento para crianças e adolescentes, os quais são o nosso público-alvo. Nós queremos realizar políticas publicas de qualidade ao município de Toledo”. Na oportunidade, a diretora parabenizou a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi por ter um olhar sensível e consciência cultural. “Que mais empresas possam observar a participação de projetos financiados pela Lei de Incentivo da Cultura. Que mais musicistas possam conhecer o campo fértil e fecundo no município e desenvolvam a sua arte em Toledo”.
Sonhos
A ex-secretária de Cultura, Rosselane Giordani – uma das idealizadoras do Festimap e defensora da Cultura – disse que é um sonho realizado ter este Festival em Toledo. “O Festimap é uma realidade e acreditamos que ele ultrapassará as fronteiras do município. Desejo que o Festimap tenha vida longa no município. Agradeço a todos que vieram de suas cidades e escreveram uma história linda conosco. Agradeço a dona Carmen e seu Luiz Donaduzzi que acreditam que o Festival tem potencial de crescer e ter continuidade. Enfim, agradeço a todas as pessoas que acreditam na Cultura de Toledo”.
O diretor de marketing da Prati-Donaduzzi Edilson Bianqui disse estar feliz com o resultado alcançado no Festimap. “Acredito que cumprimos com o nosso propósito ao apoiarmos essa iniciativa. Além de trazer os espetáculos, nós queríamos desenvolver e incentivar esse cunho social do projeto, que foram as oficinas, o trabalho desenvolvido com as crianças e em diversos espaços da cidade, como o Hospital Bom Jesus”.Bianqui enfatizou que a equipe da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi trabalha para melhorar a qualidade de vida da sociedade. “É uma ação que vai além de ofertar medicamentos com qualidade, e sim, envolve educação, esporte, lazer e cultura. Que esse Festival seja apenas o primeiro entre outros que podem acontecer”.
Festival
O Festimap reuniu mais de 300 musicistas e teve uma agenda pedagógica intensa, com oficinas durante os dias para todos os instrumentos orquestrais, regência, piano, canto e coro. Além de concertos com apresentações dos nomes mais relevantes da música de câmara e orquestral do país.
Com uma programação artística digna dos grandes centros culturais do país, o Festimap levou para o palco do Teatro Municipal de Toledo a série de Concertos Noturnos, sempre às 20h30, com entrada gratuita; com Concertos Especiais, ocorridos no Hospital Bom Jesus, Certi da Vila Pioneiro, Paróquia Menino Deus, indústria Farmacêutica Prati-Donaduzzi e Praça Willy Barth.
A agenda de espetáculos trouxe ainda professores do Festival das áreas de cordas, madeiras, metais, uma noite dedicada ao Tango Portenho, sob direção e solos do grande violinista Alejandro Drago, além de concertos apresentando a Orquestra Acadêmica, Coro Infantojuvenil, Classe de Canto, Orquestra Sinfônica e Coro Sinfônico do Festival.
O Festival teve direção artística do maestro Jean Reis e direção administrativa de Raquel Mantovani, com patrocínio exclusivo da Prati-Donaduzzi, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Com produção da Piu Mosso, a realização do Festimap é da Prefeitura Municipal de Toledo, da Secretaria Municipal de Cultura de Toledo e do Ministério da Cultura.
Sabe-se que a iniciativa de imprimir cartilhas para os índios e replicar publicações de doutrinação religiosa, como catecismos, foi decidida pelos padres jesuítas, que criaram cidades de índios no Oeste do Paraná – as reduções.
Os primeiros impressos provavelmente foram feitos na redução de Nossa Senhora de Loreto, fundada em 1610 pelos padres italianos José Cataldini e Simón Mascetta à margem esquerda do Rio Paranapanema. Depois da expulsão dos jesuítas ela se transferiu para o Sul, onde foram localizados esses primeiros impressos.
Nos arredores de onde hoje se encontra a localidade de Itaguajé, o Sítio Arqueológico da Redução Jesuítica de Nossa Senhora de Loreto, com uma área de 22,7 hectares, foi tombado pelo patrimônio histórico em março de 2013.
Até meados do século XX, o Oeste já havia conhecido publicações esparsas. A primeira relatada veio do naturalista e escritor anarquista suíço Moisés Bertoni, que fez chegar a Foz do Iguaçu em 1918 uma publicação bilíngue em Português e Espanhol.
O primeiro jornalista
Filho de um advogado e uma professora que lhe passou o apreço pela botânica, Moisés Santiago Bertoni nasceu na aldeia de Lottigna, no cantão Ticino, em 15 de junho de 1857. Sua vida foi uma entrega completa à busca e divulgação do conhecimento.
Enfermo de malária, Bertoni morreu em 19 de setembro de 1929, aos 72 anos, na residência do imigrante alemão Harry Erwin Schinke, em Foz do Iguaçu, mas foi sepultado no Paraguai, onde sua memória é reverenciada.
Há museus com seu nome e a localidade em que foi enterrado recebeu o nome de Porto Bertoni. O site Documentos Revelados menciona Bertoni como o criador do primeiro jornal a circular na região (Alto Paraná, 1918).
Depois dele vieram O Veneno (1934), do sargento Gustavo Barbosa; A Voz do Iguaçu (1951), do capitão Eurico Nogueira; e O Marco (1951), conhecidos apenas na fronteira.
O início forte da imprensa oestina veio com a publicação de três jornais na primeira metade da década de 1950: Correio d’Oeste (Cascavel), O Oeste (Toledo) e A Notícia (Foz do Iguaçu).
Tipografia moderna e impressora antiga
O catarinense Celso Formighieri Sperança (1927–1977) veio de Curitiba para Cascavel a convite do prefeito José Neves Formighieri, seu primo, para ocupar a Secretaria da Educação do Município de Cascavel. Devido a desentendimentos com a Câmara, Sperança deixou a Prefeitura e decidiu criar uma gráfica para a publicação de um jornal.
Abriu um modesto escritório próximo à Praça Getúlio Vargas e se dirigiu a Curitiba, obtendo uma tipografia completa junto ao governador Moysés Lupion, que tinha participação acionária nos jornais O Dia e Gazeta do Povo.
“A tipografia foi instalada na Rua das Palmeiras [atual Rua Souza Naves], em frente ao atual Centro Comercial Lince. Na época, ali ainda não era o centro da cidade. O que se considerava centro ainda era a área ao redor da Praça Getúlio Vargas, ou seja, a antiga Encruzilhada” (Projeto Livrai-Nos!, A Pedra Atirada e o Correio d’Oeste https://x.gd/1XLrb).
Em Guarapuava, conseguiu do jornalista Antônio Lustosa de Oliveira uma impressora histórica, chegada aos Campos Gerais em lombo de burro no crepúsculo do século XIX.
Surgiu, assim, o jornal Correio d’Oeste, instalado no início de 1953 e cujo primeiro número veio a público em maio. Celso F. Sperança figurava como diretor-responsável, Lyrio Bertolli (mais tarde eleito deputado federal) era o redator. Participavam ainda de sua direção Paulo Dodô Rodrigues Pompeu e Valdir Ernesto Farina, contando com Luís Guiné na direção gráfica.
Zenni, o polivalente
O jornal, além de notícias de interesse regional, promovia campanhas, uma das quais propondo o estímulo à cafeicultura, que se esvaziou após fortes e seguidas geadas.
Celso aproveitava o espaço do jornal para apresentar queixas, chistes e críticas por meio de um personagem que sequer os mais ingênuos supunham ser outra pessoa além dele: “J. Urutu de Souza”.
Em Toledo, o semanário O Oeste frutificou no interior da gráfica iniciada por Clécio Zenni (1930–1995), funcionário da colonizadora Maripá. Ele ainda foi vereador, presidente da Câmara e prefeito interino de Toledo.
Com o apoio de Willy Barth e Egon Bercht, Zenni fundou a Impressora Toledo Ltda em 1950. Depois de alguns anos fazendo blocos de notas e outros impressos corriqueiros, decidiu ousar um pouco mais, passando a imprimir informação.
A primeira edição de O Oeste veio a público em 6 de setembro de 1953. Apresentava Zenni como diretor-gerente, Willy Carlos Trentini como redator-chefe e colaboradores o engenheiro agrônomo Rubens Stresser e o contador Ondy H. Niederauer.
O tratorista e a namorada
Como no caso do “J. Urutu”, a grande atração do jornal toledano era uma coluna de humor em que Stresser e Ondy apresentavam cartas trocadas entre personagens emblemáticos na formação de Toledo: Chorch, tratorista da Maripá, e sua namorada Katrine.
“Sua veiculação foi semanal, com uma tiragem de 100 exemplares, sendo comercializados no município através de assinaturas semestrais e venda avulsa, bem como a disponibilização de alguns exemplares para a cidade de Cascavel e Guaíra” (Reginaldo Aparecido dos Santos, Narrativas Urbanas https://x.gd/JBQSk).
“Não existiam máquinas de compor os textos. Assim, o jornal todo era composto manualmente, tipo por tipo, letra por letra. Eram funcionários desta primeira gráfica, os dois então meninos: Olívio Sarturi e Waldir Formighieri” (Ondy Nederauer, Toledo no Paraná).
Sarturi e Formighieri cresceram na gráfica, tornaram-se sócios e por fim proprietários da empresa, até que dissolveram a sociedade, com Formighieri mantendo a empresa com o nome de Sul Gráfica Editora e Sarturi abrindo a Livraria Barão. Outro sócio era Ivo Welter, que começou vendendo bicicletas no balcão do jornal e depois criou sua própria empresa comercial.
Na luta pelo turismo
O jornal A Notícia resultou de uma complexa trama de acontecimentos iniciados com o esgotamento da ditadura do Estado Novo, em meio à II Guerra Mundial.
As duras medidas de restrição à entrada de estrangeiros a Foz do Iguaçu pelo Rio Paraná desagradaram aos comerciantes. Liderados pelo gerente do Hotel Cassino Iguassu, major José Acylino de Castro, enviaram ao governo federal queixa declarando que medidas restritivas afetavam negativamente o turismo local.
“Como o objetivo da empresa é difundir o turismo, o Brasil estava perdendo turistas para a Argentina que, no momento, oferecia melhores condições de transporte. Do lado brasileiro, as autoridades ao invés de facilitar, dificultam a entrada de estrangeiros no país” (Micael Alvino da Silva, Repressão policial na parte brasileira da tríplice fronteira [1942-1945] https://x.gd/un8x1).
Sofreram dos fiscais de renda do Estado a suspeita de colaborar com a evasão de divisas via contrabando, um dos objetivos centrais das restrições à circulação de visitantes. O episódio resultou em um caso de polícia documentado pelo Dops.
Para reagir às limitações, sob o comando de Acylino de Castro um grupo de empresários – João Lobato Machado, Fernando Campiã, Vitório Basso, Inácio Sotto Maior entre outros –, fundaram em 1953 o jornal A Notícia.
A impressora de A Notícia era a mesma do Correio d’Oeste. Apanhada em Cascavel por Lobato Machado, foi instalada em Foz do Iguaçu por Celso Sperança, que ao retornar a Cascavel voltou a prestar serviços à Prefeitura, nas funções de contador.
Mais tarde também prestaria serviços contábeis aos Municípios da Rota do Oeste, Catanduvas e Santa Helena. Sua última colaboração na imprensa foi a Coluna Um no diário Fronteira do Iguaçu, de Cascavel, em 1976. Morreu no ano seguinte, em Caçador (SC).
100 anos da revolução: Bombas sobre São Paulo
Em 11 de julho de 1924 São Paulo já estava cercada pelas tropas legalistas, que pela manhã do dia 12 começaram a bombardear a capital, rapidamente levando a terríveis perdas de 1.800 prédios destruídos, 503 pessoas mortas, 4.876 feridos e ao final do período a prisão de dez mil pessoas.
“Os líderes rebeldes não acreditam que as baterias do Exército estejam atirando deliberadamente contra alvos civis, espalhando a destruição e a morte entre os moradores desarmados dessas regiões afastadas, sem nenhum interesse militar” (Domingos Meirelles, As Noites das Grandes Fogueiras).
“O bombardeio da capital, com apoio aéreo, além de provocar o pânico entre a população, alertou as classes conservadoras para a ameaça de destruição dos estabelecimentos comerciais e industriais da cidade” (Plínio de Abreu Ramos, https://x.gd/YXcMU).
Surpreendendo os revolucionários, que esperavam dos militares estrita obediência às leis da guerra, os canhões do governo mirando sem critério um aglomerado urbano era um evidente crime de guerra cometido por Bernardes.
“Além de imoral, esse bombardeio é também impiedoso e criminoso; uma demonstração de que o presidente Bernardes enlouqueceu. O Exército não pode desrespeitar a Convenção de Haia de 1917, da qual o Brasil é um dos signatários. (…) O presidente Bernardes, com esse bombardeio, provou mais uma vez que não tem condições morais de continuar exercendo a Presidência da República” (desabafo de Isidoro testemunhado pelo general Emigdio Miranda).
O arcebispo d. Duarte Leopoldo e Silva (1867-1930) pediu a Bernardes que parasse de jogar bombas contra São Paulo, mas não foi atendido.
Bombardeio de instalações industriais em São Paulo, crime de guerra em 1924
No dia 24 de julho, Cascavel será palco de um evento musical imperdível: o espetáculo I Tre Amici, protagonizado pelos renomados tenores Jocimar Silva, Matheus Bressan e Thiago Stopa.
Com carreiras internacionais consolidadas na Europa e Estados Unidos, o trio promete uma noite de emoção e virtuosismo musical no Anfiteatro da Universidade Paranaense (Unipar). “O superespetáculo será acompanhado por banda com um repertório diversificado e voltado para todas as idades e todos os públicos, foi pensando com carinho para todos se apaixonarem”, contou o chanceler Jocimar Silva.
Para tornar a experiência ainda mais memorável, os três tenores serão acompanhados por uma banda, elevando ainda mais a grandiosidade do evento. O repertório eclético inclui desde canções italianas e árias de ópera até músicas populares brasileiras e napolitanas, garantindo uma diversidade musical que promete agradar a todos os públicos.
“A oportunidade de assistir a um espetáculo dessa magnitude no Oeste do Paraná é única. Queremos proporcionar ao público uma experiência que rivaliza com grandes centros internacionais, mas com a acessibilidade de ingressos a preços populares, em torno de R$ 40”, destaca Matheus Bressan.
Com os ingressos já à venda na Kahal Escola de Música, localizada na Rua Canela, 37, bairro Tropical, e também pelo telefone (45) 9 9980-2066, a procura tem sido intensa e as entradas estão quase esgotadas. “Estamos ansiosos para compartilhar nossa paixão pela música com o público de Cascavel e região. Será uma noite inesquecível, repleta de emoção e talento”, completou, destacando a importância de trazer um repertório que promete surpreender até os mais céticos em relação à música clássica.
Não deixe para última hora
Adquira seus ingressos e prepare-se para uma experiência musical que transcende fronteiras. “I Tre Amici é mais do que um concerto, é um encontro com a excelência da música clássica interpretada por talentos paranaenses que conquistaram o mundo”, considerou Jocimar Silva.
Para mais informações e reservas, entre em contato pelo telefone disponível. A noite de 24 de julho promete ser histórica para os amantes da música em Cascavel.
Nesta terça-feira (16) inicia o Férias com Leitura, o projeto de contação de histórias da Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos, que acontece todo ano e tem o objetivo de incentivar a leitura.
A ação gratuita e aberta à comunidade acontecerá até a sexta-feira (19), todos os dias, sempre às 15h, na Biblioteca Pública.
Abaixo os dias e as histórias que serão contadas. Além da Biblioteca, a Secretaria de Cultura realizará a contação em pontos descentralizados.
Programação na Biblioteca
Terça – 16/07 – História: “Uma casa para dois” – 15h
Quarta – 17/07 – História: “O monstro monstruoso da caverna cavernosa” convidada especial: Palhaça Pidi Mandô – 15h