Categoria: Cultura

  • Evento recebe o incentivo de empresas para possibilitar acesso gratuito a expectadores

    Evento recebe o incentivo de empresas para possibilitar acesso gratuito a expectadores

    A 7ª edição da Noite de Gala, que será realizada em dois espetáculos nos dias 1º e 2 de maio às 20h no Teatro Municipal Sefrin Filho em Cascavel, terá noites de casa lotada com mais de 1,3 mil expectadores esperados nas apresentações.

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    Os concertos de música clássica, de alta qualidade e com artistas reconhecidos em todo o mundo, terá acesso gratuito e isso só é possível porque recebeu o patrocínio de empresas a partir de Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. 

    “O ingresso mais acessível para um concerto como este, em grandes centros internacionais, pode custar US$ 1 mil [5 mil reais], diante da grandiosidade que ele representa. Em Cascavel ele será gratuito porque empresas destinaram parte do seu imposto devido à sua realização, nenhuma empresa paga mais por isso. Esse imposto já seria pago por elas ao governo. Assim, esse recurso é destinado à comunidade local da forma como o empresário achar conveniente e possibilita o acesso e democratização da cultura”, reforçou o chanceler Jocimar Silva, idealizador do evento.

    Neste ano o evento recebe o apoio das empresas: Unipar, Estrada, Instituto Kahal, JJ Produções e Washington Academia de Inglês. “O projeto passou por um rigoroso processo de avaliação e validação pelo Ministério da Cultura o que nos permitiu captar recursos com as empresas. Que outras se sintam sensibilizadas para fazerem o mesmo. É grandioso para a trajetória delas, aos projetos culturais e à população que pode ter acesso a algo tão especial e preparado com muito profissionalismo e carinho”, reitera Gislayne Zamberlan Dal Berto, diretora-Geral de eventos culturais do Membra Vocal, instituição organizadora do Noite de Gala.

    Como as duas noites do espetáculo já estão com ocupação máxima, os organizadores decidiram abrir as portas do teatro para o ensaio geral, na quarta-feira (1º de maio), das 10h ao meio-dia. “Muitas pessoas gostariam de ver o espetáculo, mas estamos com casa cheia nas duas noites, o ensaio é uma forma de as pessoas sentirem, verem o que vai ser apresentado em um concerto inesquecível”, destacou Jocimar Silva.

    Quem fez reservas dos ingressos para os espetáculos em uma das noites precisa retirá-los antecipadamente de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 19h no Instituto Kahal Música e Artes na Rua Canela, 37, no Bairro Tropical em Cascavel. No dia do evento não será possível fazer a retirada.

    Maestro João Carlos Martins reforça importância de concerto para democratizar a cultura

    Um dos maestros mais importantes em atuação no cenário internacional, João Carlos Martins, fez um vídeo para falar da importância da 7ª Noite de Gala em Cascavel.

    Martins destacou a relevância em levar Mozart ao palco do Sefrin Filho e da democratização do acesso à cultura, em um evento com acesso gratuito. “Essa é uma forma de democratizar a música clássica trazendo Mozart para o grande público”, celebrou o maestro.

    As duas apresentações memoráveis serão o Réquiem de Mozart. A majestosa e última obra do músico austríaco terá a regência do maestro Israel Menezes, um dos nomes mais aclamados do cenário nacional e com carreira internacional consolidada. 

    A excelência musical

    O Membra Vocal e a Orquestra de Cãmara de Cascavel se unem ao coro paraguaio Espiritu Santo regido por César Azamendia para dar voz às complexas harmonias do espetáculo. 

    Solistas de renome internacional também abrilhantam as apresentações com destaque para Michele Coelho, Matheus Bressan, Tiago Stopa e Camila Santiago.

    Apesar dos ingressos gratuitos, pede-se que as pessoas levem alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal e limpeza. Eles serão destinados a entidades assistenciais de Cascavel.

    Os músicos garantem noites de emoção, com a beleza da obra e a qualidade das interpretações.  “As pessoas que nunca tiveram acesso, terão uma oportunidade única. Um espetáculo de alta produção, acessível e beneficente”, lembrou o tenor Matheus Bressan, um dos solistas em destaque no evento.

    Fonte: Assessoria

  • A grande “História do Oeste”. Muita confusão sobre datas históricas

    A grande “História do Oeste”. Muita confusão sobre datas históricas

    Segundo as anotações do então secretário municipal da Prefeitura de Cascavel, Celso Formighieri Sperança, encarregado pelo prefeito José Neves Formighieri de fazer sua articulação com a Câmara, em 11 de agosto de 1953 foi sancionada a lei 36/53, considerando feriado o dia da criação do Município, 14 de novembro de 1951. A lei, entretanto, não faz parte do acervo documental da Prefeitura por uma triste razão: o incêndio sofrido pela Prefeitura em 12 de dezembro de 1960.

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    Ainda de acordo com o registro particular de Sperança, o projeto de lei havia sido apresentado na Câmara pelo vereador Helberto Schwarz. Embora o prefeito preferisse que o feriado de aniversário do Municípiofosse 14 de dezembro, data da posse do primeiro prefeito e dos primeiros vereadores, quando o Município começou a existir de fato, a Câmara aprovou e o prefeito sancionou a lei. Celso Sperança, entre o fogo e o prefeito.

    A lei queimada em 1960 por um incêndio que a Justiça considerou de origem criminosa, dois dias antes da posse do terceiro prefeito eleito, Octacílio Mion, originou-se de uma proposta do vereador Helberto Schwarz na primeira legislatura.

    Uma turba tentou linchar o prefeito Schwarz atribuindo-lhe a responsabilidade pelo incêndio da Prefeitura. O Estado mandou seu principal delegado para apurar o caso, Lycio Bley Vieira, chefe da Delegacia de Ordem Política e Social do Paraná.

    Ele apurou que naquele dia Helberto Schwarz deixou na Prefeitura o contador da Prefeitura, Celso Formighieri Sperança, secretário da Educação na gestão de José Neves Formighieri, encarregado de fechar as contas do Município para entregá-las ao prefeito eleito, Octacílio Mion, no dia 14 de dezembro.

    O novo prefeito era casado com a cartorária Carolina Formighieri Mion, irmã de Neves Formighieri e prima de Celso. Assim que os criminosos viram Celso deixando a Prefeitura para se dirigir à residência de Florêncio Galafassi, sogro de Schwarz, onde o prefeito o esperava, os suspeitos de praticar ou mandar incendiar a Prefeitura trataram de executar o crime.

    Corrida ao aeroporto

    Quando Celso alcançou Schwarz para lhe entregar os papéis para assinar, as labaredas já iluminavam a noite do dia 12 de dezembro.

    Pouco depois algumas pessoas chegaram aos gritos avisando que a Prefeitura estava em chamas e um grupo de irados oposicionistas estava em marcha com a intenção de linchar o prefeito.

    Celso Sperança recebeu o grupo e avisou que Neves havia partido para Curitiba, depois de deixar o relatório e os documentos finais de sua gestão devidamente assinados para entregar ao novo prefeito. Quem correu ao aeroporto para tentar impedir a decolagem chegou tarde. O prefeito Helberto Schwarz já estava a caminho de Curitiba.

    Até chegar a esse momento infeliz de sua vida, Helberto Schwarz só havia acumulado sucessos. Descendente de imigrantes, nascido em Campo Vicente (Taquara, RS), em 2 de julho de 1918, Helberto veio para Cascavel em 20 de maio de 1949 para se unir ao sogro Florêncio Galafassi na administração da Industrial Madeireira do Paraná (Imapar).

    Apesar da tragédia, gestão de sucesso Casado com Inês Matilde Galafassi, Schwarz teve com ela quatro filhos que também se destacaram na comunidade cascavelense: Sérgio Clóvis, Sauro Cláudio, Carlos Alberto e Maria Emília.

    Fundador e presidente do Tuiuti Esporte Clube, Schwarz participou ativamente do processo de criação do Município e concorreu no pleito de 1952 à vereança, sendo o segundo mais votado, com 69 votos. Tornou-se o mais produtivo vereador da primeira Legislatura. Seus projetos eram idealizados por ele e recebiam forma pelas mãos de Celso Formighieri Sperança, a exemplo de outros vereadores, sempre em articulação com o prefeito José Neves Formighieri.

    Como prefeito, Helberto sancionou projeto de Valdir Farina para denominar o prédio da Prefeitura de “Paço Municipal José Silvério de Oliveira”, homenagem ao pioneiro Tio Jeca. Sua atuação intensa na Câmara Municipal lhe valeu a indicação para candidatar-se à Prefeitura a chamado do governador Moysés Lupion.

    Eleito em 1956, com 1.533 votos, Schwarz organizou o primeiro mapa do Município, construiu a Praça Getúlio Vargas e abriu a pedreira municipal, fator de impulso às obras municipais.

    Delegado especial no escuro

    Helberto iniciou a primeira usina hidrelétrica de Cascavel, no Rio Melissa, e desenvolveu projetos de abastecimento de água e telefonia. Ao final do mandato, a tragédia: a Prefeitura destruída por um incêndio. O fato criou um clima de rancores e acusações a culpados e inocentes.

    Depois de escapar da intolerância dos cidadãos mais esquentados, a família se transferiu inicialmente para Curitiba e em seguida a Brasília, retornando a Cascavel depois que não ficou demonstrada qualquerparticipação ou interesse pessoal dele no incêndio da Prefeitura.

    Além do prefeito, foram acusados por mando ou autoria do crime o secretário Eduardo Dellatorre e os ex-vereadores Valdir Farina, Raul Ramos e Nélson Cunha pelo delegado titular da Dops, Lycio Bley Vieira,que estabeleceu seu QG no Hospital Nossa Senhora da Salete porque a Delegacia de Polícia não tinha luz.

    No entanto, não foi possível coletar provas contra nenhum deles. Os indícios fortes de interesse no incêndio contra o secretário Dellatorre, apresentados pelo vereador Roberto Paiva e destacados pelo jornal Diário do Oeste, não foram considerados pela Justiça.

    Queimou as próprias leis?

    Se fosse provada a culpa de Helberto no incêndio da Prefeitura ele teria queimado as leis que ele mesmo propôs quando foi vereador, na primeira legislatura.

    Além da lei 36, que instituía 14 de novembro como feriado municipal, Helberto havia proposto no calor da emoção pela morte então recente do vereador Donato Matheus Antônio, a aprovação da lei 35, que deu nome a uma rua com o nome do seu colega, tombado em duelo no interior com um desafeto cujos animais pisoteavam suas plantações.

    A rua central de Cascavel em homenagem ao vereador desapareceu, renomeada porque a lei queimou. Algumas leis foram recuperadas com ementas ou textos incompletos e sem comprovação oficial. Até hoje ainda não há uma rua com o nome do vereador assassinado no exercício do cargo.

    Sobreviveu ao incêndio a lei 41/54, proposta de Helberto que isentava de taxas e impostos de competência do Município, pelo espaço de 5 anos, as indústrias se instalassem no Município no decorrer de 1954.No entanto, outras leis de Schwarz não resistiram às chamas, como a 51/54, que doava Associação Rural de Cascavel o lote 3 da quadra 54, a lei 55, sugerindo recursos para a construção da ponte sobre o Rio Cascavel, efetivamente construída, a lei 56, para a construção de uma escola em Rio do Salto, e a 59/54, para auxílio financeiro à Capela de Rio do Salto. Das leis 57, de 60 a 64 e de 66 a 73 não sobrou sequer uma remota pista.

    Novas leis realimentaram a polêmica

    Durante vários anos, cada prefeito comemorava o aniversário da cidade de acordo com sua própria interpretação. Alguns se basearam nas anotações de Celso Sperança sobre a iniciativa de Schwarz propondo 14 de novembro.

    Outros preferiam o dia 14 de dezembro, data da instalação do Município, evitando colar um feriado municipal com um nacional – 15 de novembro é uma das datas mais importantes da Nação, evocando a Proclamação da República.

    Para suprir o vácuo da lei queimada, em 5 de junho 1986 o vereador Aldo Parzianello conseguiu transformar na lei 1.875 seu projeto instituindo 14 de dezembro como o feriado municipal de aniversário do Município de Cascavel.

    O trâmite da proposta foi conturbado e o prefeito Fidelcino Tolentino se recusou a sancionar a lei. Aprovado pela maioria da Câmara, o presidente José Claudio Cavalcanti foi obrigado a promulgar a lei, revogada em 2010, quando houve a recomposição da lei original de Schwarz.

    Parzianello foi um dos primeiros vereadores de Cascavel a ter projeção estadual: em 2003 foi nomeado pelo governador Roberto Requião para chefiar a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania.Em 2023, o vereador Celso Dalmolin tentou resgatar a data de 14 de dezembro, sem sucesso. É a data de aniversário da Câmara, mas os vereadores não cogitaram sua oficialização.

    100 anos da revolução: O panfletário Banco do Brasil

    Mais que qualquer manifesto anarquista ou de rebeldia militar, o Relatório do Banco do Brasil de 26 de abril de 1924 expôs o país em frangalhos ao assinalar que 1923 foi “o ano cambial mais terrível de nossahistória”.

    “As fortes oscilações cambiais são um mal muitíssimo mais nocivo do que em geral se pensa”, afirmava, referindo-se a elementos perturbadores do balanço de pagamentos, responsáveis por um déficit muito maior do que o superávit comercial: serviço da dívida externa, remessa de juros e lucros de capitais estrangeiros, especulação, remessas pessoais, contrabando – além da agitação política e da desconfiança da população.

    Por essa época, estava no Brasil a Missão Montagu, à qual o governo entregou a tarefa de achar as soluções. Faziam parte do grupo, além do influente administrador Edwin Montagu, Charles S. Addis, diretor do Banco da Inglaterra, e o investidor Lorde Lovat, cujo nome está ligado à colonização do Norte do Paraná.

    As recomendações da Missão foram polêmicas e causaram muita revolta: aumento dos impostos, corte rigoroso da despesa, demissões e redução dos investimentos públicos.

     Edwin Montagu: as soluções que o administrador britânico apresentou para salvar o Brasil causaram revolta

    Fonte: Alceu Sperança

  • Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná divulga sua programação completa

    Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná divulga sua programação completa

    O teatro infantil tem um papel fundamental na formação de plateia e na educação artística e criativa de crianças e adolescentes. Com o objetivo de proporcionar uma programação democrática e gratuita de artes cênicas às famílias paranaenses, o FESTIN – Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná – chega em sua 5ª edição apresentando espetáculos premiados e com diferentes linguagens na cidade de Cascavel, região Oeste do Paraná, que está entre os cinco municípios mais populosos do estado.

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    O evento, que ocupará gratuitamente teatros, parques, praças e espaços públicos da cidade paranaense, contará com 25 apresentações de mais de 10 companhias teatrais, vindas de diferentes regiões do Brasil e de países como México, Peru e Portugal. “Estamos muito felizes em promover mais uma vez arte gratuita e de qualidade para as famílias da região Oeste do Paraná. O teatro infantojuvenil contribui para o desenvolvimento, estímulo cognitivo e de observação, orienta na oralidade, no lúdico e, principalmente, na criatividade das crianças e dos jovens, ainda mais em tempos do mundo digital. Ajuda nos primeiros passos de um futuro promissor. O Festin tem uma programação totalmente pensada nas diferentes famílias e suas realidades”, explica a produtora cultural e diretora do Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná, Bruna Bayley.

    A abertura, que ocorrerá no dia 14 de maio, às 19h30, no Teatro Municipal Sefrin Filho, contará com, além da cerimônia, uma apresentação do espetáculo “Monstro e Cia”, em linguagem de teatro de formas animadas pela Companhia Talagadá (São Paulo), que aborda um debate sobre o bullying, assunto de grande importância para a conscientização das crianças e adolescentes do mundo atual. 

    Atrações premiadas e de sucesso de críticas passarão pelo evento, como “O Poderoso de Marte”, da Teca Teatro (Bahia), “O Lançador de Foguetes”, da Cia. De pernas pro Ar (Rio Grande do Sul), “El Secreto Del Árbol”, da Pepito Ron Teatro de Mimo y Títeres (Peru), “Desamor” e “Encantos”, da La Máquina Núcleo de Criação Artística (Portugal), “Jardim – Um Solo Poético para Crianças”, da Tecer Teatro (Paraná), “#Mergulho”, da Eranos Círculo de Arte (Rio Grande do Sul), “Afuera”, do Teatro Al Vacío (Argentina/México), entre outras.

    Encerrando a programação, o aguardado espetáculo “O Rei Leão”, também no Teatro Municipal no dia 19 de maio, às 19h30, em uma livre adaptação pela L’art Produções (Santa Catarina), sucesso de público e que aposta em valores importantes como perdão, união em família e generosidade. 

    “Buscamos uma seleção que fosse democrática e de produções com alta qualidade, premiadas e de sucesso de público em várias regiões da América Latina. Essa será uma oportunidade para que as famílias, pais e mães, educadores da região Oeste do Paraná possam apresentar para suas crianças e adolescentes espetáculos primorosos e de companhias que são referência nas artes cênicas infanto-juvenil, com linguagem e temas variados. Tudo isso de forma gratuita”, completa Bruna Bayley, que também assina a curadoria do FESTIN Paraná, ao lado de Cynthia Borges, licenciada e especialista em Teatro pela Faculdade de Artes do Paraná, e Cleiton Echeveste, ator, dramaturgo, bacharel e mestre em Artes Cênicas.

    O FESTIN – Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná – conta com recursos pelo PROFICE – Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná, e com realização do Ministério da Cultura – Governo Federal, com patrocínio da Copel – Pura Energia, Sicoob, M.A. Máquinas Agrícolas e da John Deere Brasil. Acompanhe as novidades por meio das redes sociais oficiaos @festinparana e pelo site www.festinparana.com.br

    Confira a programação completa:

    14 de maio (terça-feira)

    19h – Monstro e Cia(Cia Talagadá)Abertura OficialTeatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    15 de maio (quarta-feira)

    10h – O Poderoso de Marte(Teca Teatro)Centro Cultural Gilberto MayerRua Duque de Caxias, 379 – Centro

    10h – O Lançador de Foguetes(De pernas pro Ar)

    Praça Wilson JofreRua São Paulo, 1177 – Centro

    14h – O Poderoso de Marte(Teca Teatro)

    Centro Cultural Gilberto Mayer

    Rua Duque de Caxias, 379 – Centro

    16h – Oficina Afuera(Teatro Al Vacío)Teatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    19h30 – Monstro e Cia(Cia Talagadá)Teatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    16 de maio (quinta-feira)

    10h – El Secreto Del Árbol(Pepito Ron) – InternacionalCentro Cultural Gilberto MayerRua Duque de Caxias, 379 – Centro

    10h – Afuera(Teatro al Vacío) – InternacionalCAIC IEvento exclusivo para alunos e educadores

    14h – El Secreto Del Árbol(Pepito Ron) – Internacional

    Centro Cultural Gilberto MayerRua Duque de Caxias, 379 – Centro

    15h – O Lançador de Foguetes(De Pernas pro Ar)Eureca 1Rua Felicidade, 631 – Interlagos

    15h – Desamor(La Máquina Núcleo de Criação Artística) – InternacionalPraça Wilson JofreRua São Paulo, 1177 – Centro

    19h30 – Jardim – Um Solo Poético para Crianças(Tecer Teatro)Teatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    17 de maio (sexta-feira)

    10h – #Mergulho(Eranos Círculo de Arte)Centro Cultural Gilberto MayerRua Duque de Caxias, 379 – Centro

    14h – Encantos(La Máquina Núcleo de Criação Artística)APAE CascavelEvento exclusivo para alunos e educadores

    15h – Afuera(Teatro Al Vacío)Evento exclusivo para alunos e educadores

    15h – O Lançador de Foguetes(De Pernas pro Ar)Calçadão da Avenida BrasilAv. Brasil, S/N – Centro

    19h30 – Jardim(Tecer Teatro)Teatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    18 de maio (Sábado)

    11h – Afuera(Teatro Al Vacío) – InternacionalCalçadão da Avenida BrasilAv. Brasil, S/N – Centro

    16h – Desamor

    (La Máquina Núcleo de Criação Artística) – InternacionalLago Municipal (Parque Ecológico Paulo Gorski)Avenida Rocha Pombo, S/N – Centro

    19h30 – Rei Leão(L’art Produções)

    Teatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    19 de maio (Domingo)

    11h – Encantos(La Máquina Núcleo de Criação Artística) – InternacionalFeira do TeatroRua Duque de Caxias, 421-275 – Centro

    16h – Afuera(Teatro Al Vacío) – InternacionalLago Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    19h30 – O Rei Leão(L’art Produções)Encerramento OficialTeatro Municipal Sefrin FilhoRua Rio de Janeiro, 905 – Centro

    *Sujeito a alterações

    Fonte: Assessoria

  • Campo de futebol virou a Praça da Matriz

    Campo de futebol virou a Praça da Matriz

    Os primeiros jogos de futebol em Cascavel foram promovidos pelos operários das serrarias, com o apoio dos comerciantes e trabalhadores nas obras da Estrada Estratégica Federal (futura BR-277). As equipes se constituíam na base do “quem quer ir lá jogar contra a serraria vizinha?”. À medida que os times de futebol se organizavam começaram a surgir torneios, segundo Juvenal Gonçalves da Silva, que trabalhava com madeira. 

    “Os primeiros campos de futebol eram áreas contíguas às serrarias, as praças de capelas ou igrejas e descampados de chácaras e sítios. Nesses espaços, era providenciada primeiro a limpeza por roçada do matagal, seguindo-se a extração de troncos, raízes e tocos” (Regina Sperança e Alceu A. Sperança, Tuiuti, a Presença Azul). 

    Quando era possível, aplainava-se o terreno nas dimensões aproximadas às dos campos oficiais. Não havia grama e constantemente os atletas tropeçavam em raízes, daí advindo o mais tradicional nome de times da época: “Arranca-Toco Futebol Clube”. 

    Para enfrentar as equipes das serrarias e demais localidades da região – Toledo por exemplo, que surge em 1946, e Foz do Iguaçu, a sede do Município – formou-se uma equipe da vila de Cascavel. 

    “Era o time de futebol de Cascavel, que nem nome tinha. Mas disputava jogos defendendo as cores de Cascavel e fazia muitas partidas com Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e mais tarde com Toledo, a partir de 1946” (Amadeu Rodrigues Pompeu).

    Caminhão de jogadores

    Para se deslocar às outras localidades, os jogadores de Cascavel viajavam em caminhões que durante a semana eram utilizados para transportar toras e madeira serrada. Eram caminhões com reboques, com os quais era possível levar, além da delegação de diretores e atletas, alguns torcedores. 

    Jogavam no time de futebol na vila de Cascavel jovens das famílias Siqueira, Pompeu, Zandoná e Fogaça, entre outras. Também os militares destacados para o Posto da Força Aérea não se furtaram de correr atrás da pelota ao lado de seus hospedeiros. 

    Na década de 1940 estava em reconstrução o campo de aviação e havia intensa circulação na sede distrital. Afinal, eram cerca de 50 operários trabalhando na reconstrução do “aeroporto” da vila “e todo esse povo que faz trabalho pesado tem condições de exercitar bem o esporte” (Amadeu Pompeu). 

    Aquela equipe dos anos 1940 levava como “ídolos” os irmãos Amadeu e Dodô Pompeu, que jogavam no ataque e eram sempre temidos pelas outras equipes. A pequena comunidade de Cascavel qualificava a equipe de “um timão”.

    O timão era organizado informalmente, mas a sociedade cascavelense se tornava mais complexa e a riqueza da madeira transbordava para necessidades de serviços e confortos dos centros urbanos. O desenvolvimento econômico da comunidade favorecia uma organização social mais aprimorada. 

    A presença do Tuiuti

    Fundado em agosto de 1949 por militares da Aeronáutica, membros das famílias tradicionais, madeireiros e comerciantes, o Tuiuti Esporte Clube seria, até a instalação do Município de Cascavel, em dezembro de 1952, o centro dos debates e das tomadas de decisões. 

    Em 1953, quando a Prefeitura começa a organizar a cidade, o time de futebol do Tuiuti, o Leão do Oeste, disputava o Campeonato Regional de Foz do Iguaçu, já que Cascavel pertencia a esse Município, e competia contra todos os clubes da fronteira. 

    Não havia um estádio para o Tuiuti mandar seus jogos. Treinamentos e competições se realizavam na área que desde a criação do Distrito estava prevista para ser a Praça da Matriz.

    Nos jogos realizados em Cascavel, o sargento Oswaldo Hercílio de Oliveira montava um palco dotado de microfone ao lado do campo e assim transmitia os jogos, entrevistava os jogadores, divulgava a entrega de prêmios e troféus.

    Amarrando cavalos   

    Desde 1949 o campo já estava gramado, mas não havia cuidados especiais afora os tomados pelos diretamente interessados. Os jogadores tinham que limpar o campo antes de jogar. 

    “Era um potreiro, mesmo. Era grama misturada com samambaia, muita guanxuma. Transversal ao campo, tinha uma meia valeta no centro. Os operários da CER-1 atravessavam o campo sempre pelo mesmo caminho para ir até a Comercial Oeste Paraná, que era na esquina da rua Pio XII com a Avenida Brasil. Foi assim que se formou aquela espécie de valeta. Era preciso contratar alguém para com um carrinho tapar a valeta com terra para poder jogar” (Dercio Galafassi).

    No dia a dia as pessoas amarravam cavalos nas traves. “Quando elas apodreciam e os animais se assustavam, elas até caíam”, lembrou Galafassi.

    Além das dificuldades naturais para enfrentar quanto à qualidade do campo, disponibilidade de boas bolas e material esportivo adequado, havia também as inevitáveis brigas entre jogadores e torcedores, já que inexistiam os alambrados e os poucos policiais não podiam garantir a segurança em jogos importantes. 

    Em 7 de agosto de 1953, quando entrou em vigor a Lei 25, que dava à Praça da Matriz o nome de “Praça Getúlio Vargas”, a Prefeitura precisava projetar a construção de equipamentos adequados à nova destinação.  

    O Tuiuti não poderia mais mandar seus jogos no local, que deveria ser uma área de convivência diária para a população e não só palco de eventuais jogos do clube, então o único da cidade. 

    Praça afastou o futebol

    A Lei 22, de 4 de agosto de 1953, autorizando a Prefeitura a conceder auxílio de 10 mil cruzeiros ao Tuiuti Esporte Clube para contribuir no custeio de um campo de futebol pela entidade foi um meio de afastar o esporte da área, que deveria em breve receber equipamentos para formar a Praça Getúlio Vargas.

    Até isso ser possível, os jogos aconteciam ainda na praça prometida e na Serraria São Domingos, cuja população era maior que a vila de Cascavel.  

    O fracasso do Brasil na Copa do Mundo de 1954, depois de imensa desilusão nacional em 1950, no Estádio do Maracanã, deixou os planos esportivos de lado devido a necessidades mais urgentes. O Município era muito grande e tudo estava por fazer.  

    No entanto, a cidade crescia, a juventude exigia não mais um campo de futebol, mas um estádio. Em 1957, a confiança em um bom desempenho do Brasil na Copa de 1958, que iria revelar Pelé, animou a comunidade e a ideia de um estádio municipal prosperou. 

    O futebol brasileiro voltava a ser considerado o melhor do mundo e o Tuiuti fazia a sua parte: conhecido como o “Leão do Oeste”, o clube azul fazia sucesso, reforçado com jogadores da Seleção do Paraguai.

    O novo prefeito, Helberto Schwarz, eleito em 1956, havia jogado no Tuiuti e decidiu que o progresso trazido pela madeira permitia ousar a construção de um estádio em área do Estado reservada a obras de futuros prédios públicos, junto ao cemitério da Rua Carlos Gomes.

    Calote no jardineiro

    A tarefa de obter a área foi facilitada pelo deputado Ruy Gândara, genro do governador Moysés Lupion. “Gândara conseguiu, com ajuda da Prefeitura, fazer um bom campo de futebol, um estádio bem montado, com arquibancadas”. (Beto Pompeu). 

    O presidente da Câmara, Alir Silva, contratou Floriano Pavoski para fazer o plantio da grama. No entanto. ameaçado de morte por grileiros de terras teve que abandonar a cidade. 

    Encerrado o trabalho, Pavoski, mais tarde professor e diretor do Colégio Adventista, entrou na Justiça para receber o dinheiro da grama e outras tarefas, como a pintura de duas casas: foi apalavrado para trabalhar a Cr$ 100,00 diários e alegou ter recebido apenas a metade, ao cabo de 84 dias. 

    Já a construção do Estádio Municipal, que em 1965 recebeu o nome de Ciro Nardi, foi administrada sem problemas pelo major Oscar Ramos Pereira, que chefiava a seção de obras da Comissão de Estradas de Rodagem e não se negava a cooperar com outras obras necessárias à consolidação da comunidade cascavelense.

    Hoje, na mesma área, mantém-se com alterações ao longo dos tempos o Complexo Esportivo Ciro Nardi. O Tuiuti mais tarde construiu seu próprio campo de futebol no bairro São Cristóvão, área em que depois iria edificar seu complexo social e esportivo, doada pela colonizadora Pinho & Terras, uma das empresas responsáveis pela formação da Rota Oeste (as cidades do trecho Cascavel–Foz do Iguaçu da BR-277). 

    100 anos da revolução: Governo sabia do plano

     Conforme o documento policial “Denúncia de um movimento subversivo”, de abril de 1924, o governo sabia que “elementos” civis e militares planejavam tomar o poder e até matar o presidente da República. Entre os militares citados estavam o coronel reformado Isidoro Dias Lopes e dentre outros civis o jornalista Macedo Soares e o anarquista José Oiticica.

    Com poucos partidários na guarnição do Exército no Rio de Janeiro, o grupo fez contato com militares de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais, “obtendo êxito”. Havia planos também de recrutar forças de fora do país: o tenente Heitor Mendes teria prometido reunir três mil homens no Paraguai para auxiliar as “forças revoltadas”. O RS não aparecia nesse plano.

    O roteiro do golpe era levantar as guarnições de São Paulo, Mato Grosso Paraná e Minas Gerais, enquanto Oiticica “agitaria” o meio operário no RJ, distraindo a atenção das guarnições da capital e favorecendo a entrada das forças militares rebeldes dos demais estados. 

    O presidente Artur Bernardes seria eliminado em um atentado em Petrópolis com granadas de mão a ser lançadas por anarquistas. Os artefatos, entretanto, foram descobertos a partir de denúncia feita por um açougueiro cujo estabelecimento se situava próximo ao local onde estavam armazenados.

     O presidente Artur Bernardes soube em abril de 1924 que militares e anarquistas tentariam dar um golpe e matá-lo

     

    Fonte: Alceu Sperança

  • Sinfonia: Uma Homenagem à Vida Cascavel recebe concerto com clássicos  da música brasileira e com acesso gratuito

    Sinfonia: Uma Homenagem à Vida Cascavel recebe concerto com clássicos  da música brasileira e com acesso gratuito

    O Teatro Municipal Sefrin Filho em Cascavel vai receber, na noite de 3 de maio, um espetáculo musical para celebrar a vida. A Sinfonia uma Homenagem à Vida, será regida pelo chanceler maestro Ricardo Diniz com a participação da Orquestra de Câmara de Cascavel e a Orquestra formada por alunos do Conservatório Instituto Artes Sol Maior, de Pernambuco. Os músicos do conservatório viajam à cidade paranaense exclusivamente para o evento.

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    O concerto vai proporcionar um verdadeiro passeio e imersão à música brasileira sempre a partir de grandes clássicos, desde o imperador Dom Pedro I, que compôs o Hino da independência do Brasil, passando por Vila Lobos e nomes da atualidade que prometem emocionar o público.O espetáculo trará ao som da orquestra sucessos de todos os tempos em apresentação única a partir das 20h.

    A realização é do Ministério da Cultura, patrocinada pelo Instituto Cultural Vale (ICV) e tem como proponente o Conservatório Instituto Artes Sol Maior com reconhecida atuação internacional em projetos e ações em 8 países.

    O Conservatório Instituto Artes Sol Maior tem 27 anos de história e já recebeu 18 prêmios e títulos nacionais e internacionais. A instituição é comandada por Ricardo Diniz que contribuiu e contribui na preparação à vida e formação musical de quase 90 mil pessoas. “O Conservatório do Instituto Artes Sol Maior realizará uma série de concertos pelo Brasil e Cascavel foi uma das cidades escolhidas”, contou.

    Todas as ações do instituto têm um cunho beneficente e com o espetáculo em Cascavel não será diferente. O acesso ao concerto é gratuito, mas os ingressos precisam ser retirados antecipadamente na Rua Canela 37 esquina com Jucelino Kubitschek no Bairro Coqueiral em Cascavel das 9h às 11h30 e das 13h30 às 19h. No dia do evento eles estarão disponíveis para retirada durante o dia no Teatro municipal se ainda restarem lugares, pois há limitação de cadeiras no Sefrin Filho.

    “Como realizamos em todas as nossas ações, temos o caráter beneficente, por isso pedimos às pessoas que levem alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, pois serão destinados a entidades assistenciais da cidade de Cascavel”, reiterou Diniz.

    O chanceler reforça ainda a importância do incentivo do Instituto Cultural Vale para a realização de espetáculos, permitindo acesso gratuito à cultura, refletindo no processo de formação do indivíduo. “O acesso ao espetáculo só pode ser gratuito porque recebemos o patrocínio do Instituto Cultural Vale a partir da Lei de Incentivo à Cultura, pelo Ministério da Cultura.  Atuamos focados na transformação da vida das pessoas pela arte, cultura, cidadania, educação e parcerias como essa tornam isso tudo possível”, descreveu.

    O Conservatório Instituto Artes Sol Maior, que desembarca em Cascavel para seu primeiro espetáculo, desenvolve ações sobretudo com crianças, jovens e adolescentes em regiões periféricas e de vulnerabilidade social possibilitando o acesso a medidas transformadoras. “Em Cascavel queremos proporcionar ao público, de todas as idades, uma experiência musical inesquecível, esperamos que as pessoas gostem e possam voltar em outros espetáculos para música de qualidade e, neste caso, acessível”, seguiu.

    Sobre o chanceler maestro Ricardo Diniz

    Com uma carreira nacional e internacional consolidada há décadas, Ricardo Diniz tem uma extensa trajetória e prêmios de reconhecimento profissional.

    É diretor-presidente e Artístico do Conservatório Instituto Artes Sol Maior, diretor-administrativo e colunista da Revista Cultura e Fé, fundador do Projeto Sinfonia para Todos os Ritmos aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura em 2011 e em 2020.

    Foi convidado a integrar projeto criado pelo maestro João Carlos Martins, denominado Orquestrando o Brasil e foi coordenador municipal da Central Única das Favelas (Cufa), com sede em Nova York. Diniz também é membro Correspondente do Instituto Histórico, Arquitetônico, Arqueológico e Geográfico de Escada-PE (IHAAGE).

    Para saber mais sobre o Instituto basta acessar o site da instituição (https://esperancaemsolmaior.ong.br/).

     

    Fonte: Assessoria

  • Primeiros vereadores foram fortes e atuantes

    Primeiros vereadores foram fortes e atuantes

    Segundo pleito eleitoral após a reconquista da democracia, que deu fim à esgotada ditadura do Estado Novo, as eleições municipais de 22 de julho de 1951 em Foz do Iguaçu tiveram pela última vez a participação dos eleitores das regiões de Cascavel, Toledo e Guaíra.

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    Esses três municípios seriam criados em novembro desse mesmo ano, com as respectivas primeiras eleições previstas para novembro de 1952. Considerando o amplo território do Município de Foz do Iguaçu, todos os nove vereadores iguaçuenses eleitos em 1951 tinham compromissos com o interior, mas cinco se destacavam mais por suas ligações com Cascavel, Toledo e Medianeira que pela sede do Município. 

    Os quatro eleitos diretamente pela sede, Sady Vidal, Heleno Schimmelpfeng, Moacyr Pereira e Júlio Pasa, também tinham relações com o interior, mas foi surpreendente e notável que Cascavel tenha conseguido eleger dois vereadores (Antônio Rodrigues de Almeida e Jacob Munhak) e Toledo, jovem cidade iniciada em 1946, outros dois: Domingos Francisco Zardo e Carlos Mathias Becker. 

    O quinto vereador eleito em 1951 mais ligado ao interior foi Emílio Henrique Gomez. Sua atuação foi tão intensa e participante na formação da Rota Oeste que veio a se tornar a figura histórica mais destacada da região.

    Depois de voar, pés no chão

    Gomez foi o líder mais destacado dessa época. Mesmo vindo de fora, um gaúcho sem relação com as famílias tradicionais da fronteira, depois de uma vereança altamente produtiva ele se elegeu prefeito de Foz do Iguaçu com ampla votação e depois também de Céu Azul, Município que criou.

    A extraordinária história de Gomez começa em Caxias do Sul (RS), onde nasceu em 4 de abril de 1923 para iniciar seus voos na construção histórica desta parte tão importante do Brasil. Completou os estudos do grau médio em Erechim, no Norte gaúcho, e ali ficaria, se a II Guerra Mundial não lhe abrisse a oportunidade de cursar a Escola Técnica de Aviação, em São Paulo.

    Desenvolvendo sua capacidade de liderança, foi instrutor da Escola de Aeronáutica no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. No final da guerra, deixando a Força Aérea, partiu para Santa Helena, no Oeste paranaense, onde a família instalava uma serraria.

    Santa Helena fazia parte do Município de Foz do Iguaçu. Gomez estendeu sua atuação por uma ampla porção do extremo-Oeste e na eleição municipal de 1951 Gomez foi eleito vereador pelo Partido Social Progressista (PSP).

    Nessa época, pioneiro na colonização de Medianeira, onde morava desde 1949, dedicando-se à extração de madeira, sua atuação na Câmara de Foz e na sociedade foi toda voltada a fortalecer o interior oestino.

    Mesmo sem ter como foco principal a cidade de Foz do Iguaçu, Emílio Henrique Gomez concorreu em 1959 ao cargo de prefeito de Foz do Iguaçu, obtendo uma vitória espetacular.

    Nome forte da Rota Oeste

    Como vereador e depois prefeito do grande Município de Foz do Iguaçu, Gomez foi um dos principais sustentáculos dos projetos de colonização que distribuídos pela futura BR-277, até Cascavel, iriam configurar a Rota Oeste.  

    Assim, logo que terminou o mandato de mandato de prefeito na fronteira, fixou-se em 1963 na ainda minúscula Céu Azul, onde assumiu a função de gerente industrial da recentemente criada empresa Oleolar S/A.

    Deixando a empresa para se candidatar à Prefeitura de Céu Azul, em 1968, foi candidato único, sem adversários, uma raridade em período de muita polarização político-eleitoral, obtendo 90% dos votos. Reconhecido como um dos mais importantes líderes do Oeste, Emílio Gomez morreu em 29 de agosto de 1983.

    Além de Gomez, pela comunidade de Medianeira, nas eleições de 1951 as regiões de Toledo e Cascavel elegeram dois vereadores cada uma. De Toledo foram para a Câmara de Foz do Iguaçu os vereadores Domingos Francisco Zardo e Carlos Mathias Becker, que logo, a exemplo de Gomez, destacaram-se em ações pelo fortalecimento do interior oestino.

    Zardo, família influente

    Nascido em Nova Prata (RS), em 11 de novembro de 1917, Domingos vinha de famílias de madeireiros (Zardo e Vigo) que abasteciam Porto Alegre. Também com foco na madeira e nas oportunidades da região, chegou ao Oeste do Paraná em 1946, vindo da terra natal com o irmão Hilário Zardo.

    Em 1947, os irmãos Zardo traziam os primeiros tratores para abrir a estrada até a Palotina, cuja colonização foi inspirada pela cafeicultura, motivando um ambicioso projeto da Companhia Pinho & Terra, iniciado para trazer e assentar colonos sulinos na região da atual Palotina.

    Quando a Companhia Maripá, que colonizou uma ampla região no Médio-Oeste, criou a Agro-Industrial do Prata Ltda, em Toledo, para montar serrarias na região, Domingos era um dos sócios da empresa e acabou se firmando na gerência.

    Ainda residindo em Toledo, Domingos Zardo foi eleito vereador pelo Município de Foz do Iguaçu em julho de 1951, pelo Partido Republicano, do governador Bento Munhoz da Rocha. 

    Atuando entre Foz e Palotina

    Ao estruturar a comunidade de Palotina, Zardo iniciou a campanha pela emancipação do Município, que pertencia Guaíra, e sua atuação política rendeu à região estradas e pontes, linhas telefônicas e as bases do sistema de assistência social e ensino palotinense.

    Por essa atividade ele também a ser o segundo prefeito de Palotina, de fevereiro de 1966 a janeiro de 1970, com seu nome eternizado por uma rua em Foz do Iguaçu e uma escola em Palotina.

    Por sua vez, Carlos Mathias Becker (1913–1955) foi o sucessor de Zardo na gerência da Industrial do Prata e da Industrial Agrícola Britânia, empresas iniciadas por Willy Barth como desdobramento da colonizadora Maripá.

    Os dois vereadores eleitos pela região de Cascavel foram Antônio Rodrigues de Almeida e Jacob Munhak. Poderia ser motivo de estranheza não haver em Cascavel nenhuma rua ou escola com o nome de Almeida, mas a “culpa” foi de Munhak.

    Ao gravar depoimento sobre sua participação na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Munhak foi perguntado sobre quem mais foi vereador de Cascavel em Foz do Iguaçu. Ele disse “Antônio Almeida”, mas na degravação ficou grafado “Antônio Leivas”. 

    Só Foz homenageou Almeida

    Cascavel não tem nenhuma rua como o nome de Almeida, mas tem uma rua com o nome de alguém que nunca existiu: “Antônio Leivas”, no bairro Santa Felicidade. Foz do Iguaçu homenageou Almeida com uma rua no jardim Panorama.   

    Ligado à família Pompeu, Antônio Rodrigues de Almeida nasceu em Lagoa Vermelha (RS) e foi vereador em Foz do Iguaçu com a votação obtida no Distrito de Cascavel. 

    Foi um dos fundadores do Tuiuti Esporte Clube, em 1949, e presidente da Associação Rural de Cascavel de 1953 a 1955, entidade que também fundou e foi o berço do cooperativismo regional.

    Casado com a professora Jacy Fagundes de Almeida, desempenhou as funções de delegado civil de Polícia em Cascavel e Laranjeiras do Sul.

    Foi escriturário e chefe da 5ª Seção da Comissão de Estradas de Rodagem (hoje o equivalente ao DNER) e nessa condição um dos responsáveis pela construção da atual BR-277, nos canteiros de obras de Cascavel e Laranjeiras do Sul.

    Munhak, o líder da colônia eslava

    Filho do carroceiro e agricultor João e de Maria Reva Munhak, Jacob nasceu em Itaiópolis (PR, atualmente SC) em 1º de maio de 1901. Tinha oito irmãs e três irmãos. 

    Aos 35 anos, Munhak se deslocou de Canoinhas (SC) ao Paraná, primeiro para a Colônia Mallet (Laranjeiras do Sul) e em seguida para o interior do Distrito de Cascavel. Logo no princípio se estabeleceu na Colônia Esperança, de onde se dirigiu à Colônia São João, onde a família se fixou. 

    Casado com Genoveva Bioleski, Munhak teve sete filhos: Eduardo, Vitória, Albino, Tereza, Daniel, Leonilda e Antônio. Eleito vereador pelo Distrito de Cascavel na Câmara de Foz do Iguaçu em 1951, sempre esteve empenhado na luta pela criação do Município de Cascavel, ao lado de outros líderes locais.

    Ao contrário de outros filhos de colonos no início do século, Munhak chegou a obter alguma instrução, o equivalente às primeiras séries do 1º grau. Foi por isso que além de agricultor, sua ocupação principal, também exerceu as funções de delegado de Polícia designado pela Prefeitura de Foz do Iguaçu ao Distrito de Cascavel. 

    Jacob Munhak foi o autor do projeto de lei que denominou de Coronel Adalberto Mendes da Silva o aeroporto de Cascavel. Morreu em 17 de setembro de 1987, aos 86 anos. 

    100 anos da revolução: Leis para não cumprir 

    No início de 1924 estava em debate a revisão da primeira Constituição republicana, de 1891. O povo atribuía seu sofrimento às leis não cumpridas, a oposição ao presidente Artur Bernardes não sabia como fazê-la cumprir e até o governo reconhecia que ela não atendia às necessidades nacionais.

    Imitando a dos EUA, a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil instituía o federalismo, “união perpétua e indissolúvel” dos estados autônomos. Já destinava uma área no Planalto Central para a futura capital federal. Com eleição direta e independência entre os Poderes, extinguiu o Poder Moderador e impôs o Estado laico (sem interferência religiosa). 

    Bernardes pôs fim ao estado de sítio com o qual respondeu à rebelião militar de 1922, mas manteve as regras do jogo democrático só no papel, governando de maneira despótica, sem melhorar os métodos de gestão.

    Como o governo só cumpria o que lhe interessava, uma das causas da revolução de 1924 foi a falta de respeito à Constituição.  

    A bandeira dos Estados Unidos do Brasil, criada por Ruy Barbosa, deixava evidente a intenção de copiar os EUA

    Fonte: Alceu Sperança

  • Cascavel celebrará sétima arte com Semana de Cinema Experimental

    Cascavel celebrará sétima arte com Semana de Cinema Experimental

    Cascavel se prepara para uma noite de cinema e discussão virtual que promete agitar a cena cultural da cidade. Na próxima quinta-feira (18), às 19h30, o Praça Paranauê Bar e Galeria – Localizado na Rua Minas Gerais, 2841 esquina com a Rua Souza Naves –  será palco da exibição do curta-metragem experimental “Movimento”. O evento contará com a presença da proponente do projeto, Gabriela Queiroz, e do Duo Strangloscope, que irão conduzir uma discussão virtual sobre o que é o cinema experimental.

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    Durante o evento, serão abertas as inscrições para as oficinas gratuitas, que serão ministradas pelo Duo Strangloscope em maio. Os participantes do evento terão a oportunidade de se inscrever em primeira mão e esclarecer todas as dúvidas com a organização.

    Este será o pontapé inicial da Semana de Cinema Experimental, que acontecerá entre os dias 21 e 24 de maio, e terá suas inscrições iniciadas no dia da mostra do curta, 18 de abril e encerrarão no dia 12 de maio tendo a divulgação dos selecionados realizada no dia 15 de maio.

    Sobre a Semana de Cinema Experimental

    As oficinas, que serão realizadas no Centro Cultural Gilberto Mayer, incluem a Oficina Presencial de Cinema sem Câmera e Performance de Cinema Expandido e a Oficina Presencial de Cinema Experimental. Ambas as oficinas serão ministradas pelo Duo Strangloscope, que tem vasta experiência como realizadores, curadores e professores de cinema experimental.

    Os interessados em participar das oficinas devem preencher alguns pré-requisitos, como ter noção de vídeo, comprovar residência na cidade de Cascavel, apresentar um mini currículo/portfólio de atuação na área audiovisual, artes visuais, artes cênicas ou demais categorias artísticas, possuir uma câmera fotográfica ou celular e um notebook ou similar com um programa de edição de vídeo instalado.

     A semana culminará com a Mostra de Cinema Experimental no dia 25 de maio, que incluirá uma oficina de pintura em filmes 16mm para alunos de ensino médio com dificuldade auditiva, uma masterclass do Duo Strangloscope e a exibição dos trabalhos realizados nas oficinas.

    Os instrutores e proprositora

    O Duo Strangloscope, que irá participar da discussão virtual e ministrar os cursos na semana de cinema experimental tem ampla formação e experiência como realizadores, curadores e professores de cinema experimental. Já produziu 14 edições do evento “Strangloscope – Mostra Internacional de Áudio, Vídeo/FIlme e Performance de Cine Expandido”, que já foi realizada em Florianópolis, Itajaí e Rio de Janeiro. As oficinas de criação de cine experimental do Duo Strangloscope já foram realizadas em São Paulo – SP, Rio de Janeiro -RJ, Florianópolis-SC, Chapecó-SC, Oaxaca(MX), Cidade do México(MX), Valparaíso(CH) e esta será a primeira vez em Cascavel (PR).

    Gabriela Queiroz, nascida em Cascavel, é uma artista multidisciplinar, formada em Artes Plásticas pela UDESC/SC. Transita entre diferentes áreas como gravura, pintura, desenho, escrita, dança, e atua como produtora de projetos culturais. Gabriela desenvolve uma linha de artesanato/semi jóias em Cerâmica Plástica chamada Cosmos Acessórios, e também produz trabalhos personalizados em cerâmica e mdf, realizando sempre parcerias com artistas locais.

    Lei Paulo Gustavo

    Este evento é uma celebração da cultura e é uma realização da Secretaria de Cultura de Cascavel e da propositora Gabriela Queiroz com recursos da Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura por meio do Governo Federal. A Lei Paulo Gustavo destina R$ 3 bilhões para o setor cultural de todo o país, sendo R$ 1,5 bilhão para estados e Distrito Federal e R$ 1,5 bilhão para municípios. Em Cascavel, foram selecionados 136 projetos culturais, que receberão um total de R$ 2,4 milhões para realização de diversos projetos, todos ligados a cultura e oferecidos gratuitamente para a população.

    Fonte: Assessoria

  • Festival Internacional de Teatro Infantil confirma data da nova edição e promove apresentações gratuitas em Cascavel

    Festival Internacional de Teatro Infantil confirma data da nova edição e promove apresentações gratuitas em Cascavel

    A cidade de Cascavel recebe, de 14 a 19 de maio, a nova edição do FESTIN – Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná. O evento, que promove espetáculos teatrais para toda a família de forma gratuita, ocupará os parques, praças, calçadões e salas de teatro da capital do Oeste paranaense. A programação reunirá 25 apresentações de 10 companhias teatrais, vindas de diferentes estados brasileiros, assim como internacionais, do Uruguai, Argentina. 

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    “Estamos preparando uma edição memorável, que encherá as ruas de Cascavel com muita arte e cultura. Tudo isso de forma gratuita e voltada para todas as idades”, comenta Bruna Bayley, diretora do FESTIN. 

    Os espetáculos selecionados para este ano apostam no campo teatral infanto-juvenil, navegando pelas aventuras fantásticas e por elementos que existem e (re)existem a partir das relações que os indivíduos constroem desde a pequena infância. “É na infância que a criança descobre o mundo, se relaciona, aprende a trocar com seus pares e nutrir relações que contribuem para a construção da sua noção de identidade e pertencimento. É a partir da jornada do herói ou heroína, que se aventuram diariamente na jornada da vida, que as crianças compreendem as etapas do amadurecer e, para o FESTIN, por meio deste conceito curatorial, queremos que os espetáculos dialoguem com este ideal, com aventuras fantasticamente prazerosas, superáveis e vívidas, em que a superação ocorre após uma jornada pessoal que as personagens devem atravessar durante a trama, em busca do autoconhecimento”, completa Bayley. 

    Importância do FESTIN reconhecida internacionalmente

    A importância do FESTIN – Festival Internacional de Teatro Infantil do Paraná tem sido reconhecida não só por todo o Brasil como também internacionalmente, por sua curadoria, produção e formação de plateia. Além de passar em primeiro lugar no “Selo Paraná Festival” do PROFICE – Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura -, o FESTIN foi convidado, por meio de sua diretora, Bruna Bayley, para participar de um dos mais reconhecidos festivais na Europa, o “Opening Doors Festival”, no País de Galles, sendo também o único festival infantil do Brasil que passou no “Programa Iberescena”, realizado na Espanha.

     

    Fonte: Assessoria

  • Meme “Táca-le pau, Marco Véio” completa 10 anos

    Meme “Táca-le pau, Marco Véio” completa 10 anos

    Em 2014, uma simples brincadeira entre dois primos no morro da vó Salvelina, em Taió, Santa Catarina, transformou-se em um fenômeno digital. O vídeo “Tá le pau, Marco Véio”, onde Leandro Beninca incentiva Marcos Joaquim Martinelli a acelerar seu carrinho de rolimã ladeira abaixo, não apenas viralizou nas redes sociais, mas também marcou a cultura pop brasileira, acumulando mais de 8,4 milhões de visualizações até hoje.

     

    O sucesso do meme, segundo especialistas em comunicação digital, deve-se à sua autenticidade, simplicidade e ao forte elemento de identificação regional. A frase “Taca-le pau” tornou-se um bordão conhecido nacionalmente, demonstrando como momentos espontâneos podem ecoar e conectar pessoas de diferentes lugares.

    Relembre o vídeo que viralizou:

    Dez anos após o vídeo, os primos seguiram caminhos distintos. Marcos, agora com 22 anos, trabalha como desenvolvedor web, enquanto Leandro, aos 19, recorda com carinho daquele dia que mudou suas vidas. O carrinho de rolimã, construído com materiais simples, ainda repousa na casa da avó Salvelina, símbolo de uma infância cheia de aventuras e criatividade.

    Avó Salvelina em frente à placa anexada no morro, que virou ponto turístico | Foto: Arquivo pessoal

    Chegou à Fórmula 1

    A repercussão do meme chegou a tal ponto que “Marco Véio” e seu primo foram convidados a eventos de destaque no automobilismo, como o GP Brasil de Fórmula 1, onde o bordão foi usado em uma campanha publicitária do circuito automobilístico.

    Hoje, a casa da avó Salvelina e o morro da icônica descida se tornaram pontos turísticos locais, atraindo visitantes curiosos por reviver o espírito aventureiro e genuíno que o vídeo capturou. A história de “Taca-le pau, Marco Véio” é um lembrete de como a cultura digital pode preservar e celebrar as pequenas alegrias da vida.

    Marcos Joaquim Martinelli, hoje com 22 anos, ficou conhecido como ‘Marco Véio’ em 2014 | Foto: Arquivo Pessoal

     

    Fonte: G1-SC

  • Cidades em busca de luz

    Cidades em busca de luz

    Sem queixas durante o duro trabalho de sol a sol, os pioneiros também pretendiam conforto em suas noites além do sono reparador. 

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    Fogueiras nos quintais, velas e lampiões atendiam só às necessidades domésticas dos oestinos, pois o trato com a madeira exigia mais força.

    A solução disponível no interior eram o gerador movido a óleo diesel, que as madeireiras tinham para seu uso. 

    Por sua vez, os trabalhadores nos lares não tinham como sustentar os custosos geradores. 

    Logo após a criação do Território Federal do Iguaçu, em 1943, o ditador Getúlio Vargas designou o primeiro governador territorial nomeado, major João Garcez do Nascimento, seu assessor confiança, para levantar as necessidades da região. 

    Nascimento palmilhou pessoalmente as regiões Oeste e Sudoeste, tomadas por Vargas do Paraná sob a alegação de abandono pelas autoridades de Curitiba. No topo de suas anotações, o major assinalou a necessidade de estruturar o serviço público de energia elétrica.

    Em 1944, em seu relatório, Nascimento fez ver ao poder central que havia a extrema urgência de instalar a energia elétrica por meio de geradores movidos a motores. Sugeriu, em consequência, a destinação de recursos para montar a estrutura de fornecimento de energia elétrica para as principais cidades da região, calculando-os em torno de 60 milhões de cruzeiros.

    Benefício da democracia 

    O Território Federal morreu sem que as providências recomendadas fossem cumpridas. Ditaduras não precisam atender às exigências da população, mas com o retorno da democracia, após a vitória dos Aliados sobre o nazifascismo na II Guerra Mundial, a situação mudou.

    A oportunidade de conquistar energia elétrica para as comunidades veio com as sucessivas eleições municipais, estaduais e federais que vieram com o retorno à democracia. A eletricidade era invariavelmente o primeiro item das reivindicações feitas pelas comunidades pioneiras do Oeste aos candidatos nas eleições que vieram com o fim do regime ditatorial.     

    Na Câmara de Foz do Iguaçu, no início de 1947, o vereador Antônio Alves do Amaral pediu ao prefeito Júlio Pasa a abertura de concorrência para instalação de luz elétrica em Cascavel. 

    Pasa havia tomado essa providência para a cidade-sede do Município e o vereador Amaral aproveitou para pedir a providência também para Cascavel. Sem recursos, o pedido ficou no papel. 

    No fim desse ano, porém, o colonizador e fundador de Toledo, Alfredo Ruaro, apresentou à Prefeitura de Foz uma proposta concreta de instalação de energia elétrica no Distrito de Cascavel, em favor da área distrital onde hoje se encontra o Município de Toledo. 

    Tuiuti: energia para os bailes

    Na sessão da Câmara de Foz do dia 20 de dezembro de 1947, o mesmo vereador Antônio Alves do Amaral apresentou uma série de pedidos de providências para problemas urgentes registrados no Distrito de Cascavel, dentre os quais a energia.

    Na mesma sessão entrou em debate a proposta de Alfredo Ruaro para a instalação de energia elétrica em Cascavel. Defendia a urgência da eletricidade pela crescente exploração econômica do pinheiro, que atraía diversos grupos de colonos oriundos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    Em janeiro de 1948 voltou a ser discutido o futuro da energia elétrica em Cascavel na tribuna da Câmara de Foz. A Prefeitura iguaçuense já se mostrava inclinada a construir a usina hidrelétrica requerida por Ruaro.

    O Estado doaria um grande gerador e outros equipamentos e Alfredo Ruaro completaria tudo o que fosse necessário. Por essa época, em Cascavel já havia energia elétrica fornecida por motores, principalmente a serviço da Industrial Madeireira do Paraná (Imapar).

    Fundado em 1949, o Tuiuti Esporte Clube também precisava de energia elétrica para suas atividades noturnas e foi um elemento de pressão a mais, a partir daí, para a definição da geração elétrica na cidade. 

    Quem se desdobrava em achar soluções energéticas era José Smarczewski, o Zé do Torno, que operava um conjunto gerador portátil em seus trabalhos no meio rural e decidiu aproveitá-los também para atender ao Tuiuti: “O primeiro motor era da marca Petry, máquina importada com dois cilindros e capacidade de gerar 15 KVAs”.

    A hidrelétrica de Toledo 

    Ao assumir a Prefeitura de Cascavel, em 14 de dezembro de 1952, o prefeito José Neves Formighieri naturalmente havia colocado a energia elétrica no topo das providências listadas. Foi à falida Cidade Munhoz da Rocha e trouxe de lá um motor GM de 75 KVA, postes e fios. 

    De imediato, o prefeito fez aprovar na Câmara a lei 19, de 3 de agosto de 1953, abrindo crédito especial para a aquisição de uma bomba d’água destinada a abastecer o motor para fornecer a energia elétrica à cidade.

    Providência tomada de imediato, a necessidade de concentrar o foco municipal na manutenção da luz levou o Município à lei 31, de 10 de novembro, criando o Departamento Municipal de Engenharia, “órgão técnico, cuja função será a de estudos e planejamento de obras públicas municipais”.

    Uma das obras previstas seria uma hidrelétrica, mas não poderia ser ainda uma conquista só do Município, com a cidade ainda pequena e poucos contribuintes.

    Para dobrar o fornecimento de energia, a Prefeitura conseguiu junto ao governo do Estado um motor Cummins também de 75 KVA.

    Toledo se adiantou e em junho de 1956 inaugurou a usina geradora de energia elétrica do Rio São Francisco, com o que a economia passou a se movimentar mais rapidamente na região.

    As cidades cresciam ao embalo da produção de madeira e os geradores que forneciam luz a Cascavel tinham o fornecimento racionado. O primeiro dos vários incêndios criminosos que ocorreram em Cascavel avariou as instalações elétricas e o racionamento piorou.  

    Por uma solução duradoura

    Com a cidade crescendo, as soluções de juntar geradores para dobrar a oferta já não resolviam o problema, até porque o óleo diesel era comprado em centros de abastecimento, faltando quando as chuvas se prolongavam e as estradas ficavam intransitáveis.

    “Na época, algumas famílias dispunham de motor a diesel para a geração de energia própria, mas a população em geral e as ruas da cidade viviam às escuras durante a noite. Por isso, foi convocada uma reunião das lideranças da comunidade para debater o assunto no Tuiuti Esporte Clube, então a sociedade mais representativa da população de Cascavel” (Dercio Galafassi, jornal O Paraná, 27/9/2005).

    Nessa reunião surgiu a proposta de organizar uma companhia mista de energia elétrica, cujos acionistas pagariam cotas. No entanto, por deficiências de organização na época, essa companhia não evoluiu, mas as lideranças não desistiram. 

    Mais de uma iniciativa ainda foi empreendida até que se propusesse a ideia de procurar um salto d’água para a instalação de uma usina hidrelétrica, enquanto se procuraria recursos com ação política, já que a redemocratização do país favorecia as demandas populares.

    Em busca de uma cachoeira

    Cascavel, assim, teria que encontrar uma cachoeira propícia para se candidatar a receber recursos do governo federal ou estadual para iniciar a hidrelétrica.

    “Caravanas eram formadas pelo interior do município para procurar um salto d’água condizente com as necessidades de Cascavel”, lembrou Galafassi. “Procurou-se no Rio Cascavel, Rio Andrada, até que meu sogro, Júlio Gomes Sobrinho, informou que na fazenda onde ele administrava, Santa Terezinha, quase na barra do Melissa com o Rio Piquiri, tinha um grande salto d’água”.

    As lideranças se deslocaram ao local e não foi preciso nenhum estudo adicional para constatar que aquela era a melhor queda d’água disponível a uma distância razoável da sede urbana. O passo imediato era conseguir recursos para viabilizar a usina e a extensão das linhas de transmissão. 

    O novo prefeito de Cascavel Helberto Schwarz, cunhado de Dércio Galafassi, conseguiu a promessa de verbas junto ao Departamento de Fronteiras e isso permitiu a construção da usina do Rio Melissa. 

    Em 30 de setembro de 1957, Schwarz fazia aprovar a lei 65/57, que o autorizava a construir uma usina geradora de energia elétrica no salto do Rio Melissa:

    “Art. 1° – Fica autorizada a Prefeitura Municipal de Cascavel, na pessoa do senhor Prefeito Municipal, a construir uma Usina Hidrelétrica neste Município. Parágrafo 1° – A Usina Hidrelétrica, de que trata este artigo, terá uma capacidade inicial de 2.000 KVA”.

    Uma empresa de Joaçaba (SC), Lindeler, foi contratada para fornecer a turbina e o gerador. Outra empresa, a Valente, de Curitiba, iria construir a obra civil – uma mini-barragem.

    100 anos da revolução: O presidente negro 

    Na Presidência, Nilo Peçanha, o presidente negro, criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI, antecessor da Funai) e as escolas de aprendizes, precursoras dos Cefets, tornando-se o patrono da educação profissional e tecnológica no Brasil. 

    Sua morte, em 21 de março de 1924, pôs fim à perspectiva do retorno. Favorecido pelas bases populares, seus comícios vibrantes o punham na condição de mais forte adversário do presidente Artur Bernardes.

    Na sociedade e no Exército crescia a intolerância com o elitismo do governo e suas frequentes fraudes eleitorais e a revolução, portanto, já estava madura quando Peçanha morreu. 

    O fim de Peçanha desanimou a oposição política, mas facilitou a pregação revolucionária, sobretudo porque ele e o general Isidoro Dias Lopes desde o primeiro semestre de 1923 já estudavam um plano para desfechar o golpe se Bernardes não renunciasse.

    Nilo Peçanha, o presidente negro, patrono do ensino tecnológico

     

     

    Fonte: Alceu Sperança